Chorando as pitangas pela sua condenação o ex-presidente Lula acusou, nesta quinta-feira, os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de formarem “um cartel” apenas para condená-lo de forma unânime e não lhe dar o direito de apresentar os embargos infringentes.
Ao ser lançado candidato a presidente pelo PT, Lula disse nesta quinta-feira não ter “nenhuma razão” para respeitar a decisão do TRF-4.
— Este cidadão simpático que está falando para vocês não tem nenhuma razão para respeitar a decisão de ontem — discursou.
— Construíram um cartel para dar uma sentença unânime — afirmou Lula, ao discursar logo após ser aclamado em reunião da cúpula do PT a candidato a presidente.
O petista ainda disse não ter ficado surpreso com a condenação por 3 a 0.
Passada a euforia do sensacional e histórico resultado do julgamento no TRF-4, mantendo a condenação constante da irrepreensível sentença do juízo de primeira instância da Justiça Federal de Curitiba, convém uma certa sobriedade, e seria recomendável toda a atenção possível. Afinal, não estamos falando de um país em que a mínima lógica moral/legal é seguida, mas uma nação onde imperam o crime e o domínio da desfaçatez dos canalhas.
É óbvio que a convincente decisão do órgão colegiado foi estupenda e dificultará os planos do patife Luis Inácio Lula da Silva. Todavia, nem de longe será o fim do teatro de horrores. Lula e seus aliados – nos quais incluimos a ignorância de seus fanáticos militantes – farão tudo para tumultuar o cenário político-eleitoral brasileiro e contarão com as conhecidas benesses dos burocratas compañeros. Existe ainda um longo caminho a ser percorrido e não devemos nos esquecer do fatídico julgamento da inepta-mor da República, Dilma Rousseff, onde criaram uma jabuticaba para salvar a pele do estorvo em tela.
Além possuir seus velhos aliados, Lula tem a fidelidade da imprensa brasileira, uma militância devota e várias franjas marxistas dispostas a defendê-lo, a fim da retomada do protagonismo do projetinho autoritário de poder. O Partido dos Trabalhadores não estará sozinho nesta empreitada. Contará com a força camarada daqueles que há décadas suportam o plano socialista de poder no Brasil e na América do Sul. Eles sofreram uma derrota, um baque? __Sim, sofreram. Tentarão fazer do azedo limão uma doce limonada.
Notem que as narrativas da esquerda ganharam novos elementos a partir do desenrolar dos fatos desfavoráveis. Começaram culpando uma suposta elite capitalista por um fictício golpe. Depois passaram a repetir o mantra da falta de provas dos crimes imputados ao chefe da seita. Agora aditarão a estas duas falácias o infame ataque ao Poder Judiciário e a própria democracia – que juram, escrupulosamente, defender.
Não podemos ignorar o aparelhamento nos tribunais superiores e que temos pela frente um TSE, um Gilmar Mendes, um Lewandowski, um Toffoli, uma Carminha e tutti quanti, que sempre tiram um coelho da cartola para interpretar a norma constitucional, de acordo com a conveniência de suas simpatias e ideologias. Este magote, certamente, agirá para que Lula não seja preso e para que ele possa se candidatar ao cargo máximo do país.
A guerra não chegou ao fim, apenas uma importante batalha foi vencida. Existe ainda um longo e rigoroso inverno a ser enfrentado. A esquerda tem uma capacidade enorme de mutação e regeneração: quando menos se espera ela ressurge do nada, do crime, da mentira repetida mil vezes, visando apresentar uma solução para o impasse por ela criado.
Fosse o Brasil um país normal e ético, a questão estaria encerrada e Luis Inácio Lula da Silva ganharia, na cadeia, o título de maior canalha-traidor que a história política brasileira conheceu. Entretanto, o Brasil é a terra da piada pronta e da impunidade estratosférica – o país dos bandidos -, portanto, todo cuidado é pouco.
O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou a apreensão do passaporte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira (25/1), a pedido do Ministério Público Federal (MPF). A Polícia Federal foi notificada da decisão no começo da noite e tem como tarefa impedir o político de sair do país.
A decisão foi tomada no âmbito do processo que investiga um suposto tráfico de influência do ex-presidente na compra de 36 caças Gripen NG da empresa sueca Saab. A medida ocorre um dia depois do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmar a condenação dele no processo que teve origem nas investigações da Operação Lava-Jato.
A investigação que aponta a influência de Lula na compra dos aviões de combate ocorre na Operação Zelotes, que foi deflagrada pela Polícia Federal em 2015. O MPF afirma que Lula e seu filho, Luis Cláudio, “integraram um esquema que vendia a promessa” de interferência no governo para negociar empresas.
Lula está com viagem marcada para a Etiópia, que deveria ocorrer nesta sexta-feira (26/1). De acordo com a assessoria do petista, ele embarcaria para participar de um evento da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que ocorre na tarde de sábado. Dois de seus assessores já viajaram.
Um dos nomes considerados importantes para as eleições de 2018 é o do distrital Joe Valle (PDT), que atualmente preside a Câmara Legislativa. Não necessariamente o cargo ao qual ele pretende se candidatar.
O próprio deputado diz que na política há que se respeitar o rito da fila e dos acordos, e que sua vez de se lançar ao governo pode não ter chegado. Mas a participação de Joe, que pode se tornar fundamental em outubro de 2018, se dará pelas alianças que o pedetista estiver disposto a fazer e as composições que, eventualmente, rejeitar.
Em entrevista ao Metrópoles, o presidente do Poder Legislativo no Distrito Federal dá sinais de que se as eleições fossem hoje, ele estaria mais a Jofran Frejat (PR) que a Rodrigo Rollemberg (PSB), embora não haja ainda nem sombra de um acordo formal nesse sentido.
Confira a entrevista:
Ao dizer que toparia fazer parte do mesmo grupo político de Frejat, Joe Valle comenta com naturalidade e aprovação a possível influência do ex-governador José Roberto Arruda nesta composição. Sem tocar nos problemas judiciais que marginalizam Arruda no processo eleitoral, o deputado afirma que o ex-governador não poderia ter comando na futura gestão, mas que, no âmbito consultivo, sua presença seria bem-vinda.
De objetivo até agora, tem o ranço que o deputado pegou de sua relação com o governo – ao qual chegou a fazer parte como secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos – e a simpatia por um projeto gerido no campo da oposição a Rollemberg.
“A fila, o acordo e o gesto” O presidente crava que o único cargo ao qual não gostaria de concorrer é o de deputado distrital. E se coloca como nome na disputa a um mandato federal, ao Senado, a vice-governadoria ou, até mesmo, ao próprio governo – desde que haja um entendimento dentro do grupo de que sua hora chegou. “Na política, tem três pilares que eu respeito: a fila, o acordo e o gesto”.
Convicto de que Rollemberg descumpriu o acordo que lhe garantiria “pertencimento” ao GDF, o gesto de Joe Valle agora é o de afastamento. Em seu segundo ano como presidente da Câmara Legislativa, o deputado promete acabar com privilégios na Casa e reduzir os gastos de funcionamento da estrutura.
Hoje, o orçamento disponível ao Poder Legislativo bate a marca dos generosos R$ 500 milhões. Joe Valle prevê que as despesas sejam de, no máximo, R$ 350 milhões em 2018. Para o chefe do Legislativo local, é perfeitamente possível um distrital ser atuante sem se valer de verba indenizatória, cotas de Correio, carros oficiais, motoristas. Ao Metrópoles, ele se comprometeu em dar o exemplo.
A guerra interna entre delegados e agentes contrários à gestão do diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Eric Seba (leia entrevista abaixo), extrapolou os muros da instituição e reacendeu uma antiga rixa, desta vez com a Polícia Militar do DF (PMDF). Em áudio que começou a circular nas redes sociais durante a tarde desta quinta-feira (25/1), o chefe da PCDF compara militares a “vigiadores de cones”, após saber de alguns PMs supostamente equiparando os policiais civis a “balconistas”.
A gravação não é recente. Foi feita há aproximadamente um ano, ao longo de reunião sobre o reajuste salarial dos policiais civis. O desabafo de Seba ocorreu quando ele conversava sobre a movimentação dos PMs para garantir o mesmo percentual de aumento eventualmente concedido à PCDF, o que poderia inviabilizar o pedido de equiparação com a Polícia Federal.
No diálogo com interlocutores da cúpula da Polícia Civil, publicado primeiramente pelo site Radardf, Seba sobe o tom ao defender seus pares: “Quem é a PM para falar dos meus policiais ou que os policiais são balconistas? Outro dia passei no parque e estavam lá os ‘caras’, um sentado na viatura, o outro mexendo no celular. Fiz a filmagem e mandei para o governador. Esses aqui são os que querem ganhar igual aos policiais civis”, disparou, batendo a mão na mesa.
Na ocasião, a diretora do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegada Mabel de Farias, participava da conversa. Em determinado momento, ela pede a palavra e diz que a Polícia Civil não pode ficar na dependência das negociações envolvendo a PM e o Corpo de Bombeiros: “A nossa polícia sempre foi muito bem-vista e quista, e hoje estamos a reboque da Polícia Militar”.
Ouça o áudio
Após a divulgação do áudio, a reação de entidades que representam policiais militares foi imediata. Em nota, a Associação dos Oficiais da Polícia Militar fez críticas ao diretor da PCDF. “Caso confirmadas as informações, revelam o total menosprezo do chefe daquela organização policial para com todos os profissionais que, exaustivamente, dedicam-se às ações de policiamento ostensivo”, destaca o texto.
Opinião semelhante tem o coronel Wellington Corsino do Nascimento, da Associação dos Oficiais da Reserva Remunerada da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (Assor): “Foi uma surpresa. É inimaginável o líder de uma instituição tentar justificar os seus insucessos gerenciais creditando a culpa em outras. Isso demonstra um comportamento inadequado na administração pública”.
O sargento Manoel Sansão Alves Barbosa, vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal (Aspra), também se manifestou. “Não devemos nada a esse delegado, que não tem competência para estar à frente da PCDF”, disparou.
A PMDF não se manifestou sobre o assunto, mas o tema chegou a políticos ligados à categoria. O deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), que é coronel da reserva da Polícia Militar, divulgou no WhatsApp vídeo classificando as declarações de “lamentáveis”. Confira:
“Delegado maconheiro” Esta é a segunda vez que áudios de conversas do diretor-geral da Policia Civil do DF vazam nas redes sociais. Seba já foi gravado enquanto tecia críticas ao comportamento de delegados da corporação. Na gravação, ele chama um delegado de “maconheiro” e insinua serem corruptos os que desejam “desestabilizar a instituição por conta da direção”.
Seba passa por um momento conturbado. A categoria decidiu, em assembleia nessa quarta-feira (24), pedir a exoneração do diretor-geral. Segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia do Distrito Federal (Sindepo-DF), o chefe da corporação não representa a categoria, porque a “sua subserviência ao governo é atentatória à dignidade do cargo e instituição”.
Veja o que Eric Seba disse ao Metrópoles:
Em quais circunstâncias o senhor disse que policiais militares eram vigias de cones? Em junho ou julho do ano passado, dei uma entrevista a um veículo de comunicação e, na época, defendi o pagamento da paridade. Na ocasião, teci alguns comentários, disse que o policial civil vive apenas do salário, que não tem trabalho extra, que tínhamos de resolver o problema da paridade. Logo em seguida, começaram a sair em blogs críticas à minha entrevista. Em um desses blogs, de um camarada vinculado à PM, as pessoas chamavam os policiais civis de balconistas.
Aí, durante uma reunião com dirigentes da Polícia Civil, tive uma discussão e desabafei: “Se comparam o trabalho da Polícia Civil a um simples trabalho de balconista, fazendo um paralelo, podemos dizer que os policiais militares são vigiadores de cones. Mas não falei isso para ofender ninguém. Foi em um momento de desabafo, referente a uma questão pontual. A PM é uma instituição extremamente respeitada, a qual muito admiro e onde tenho grandes amigos. O apreço que tenho é monstruoso. Devo lembrar ainda que a Polícia Civil, diferentemente das críticas que recebemos na época, faz um trabalho de inteligência, de investigação.
Ficou arrependido? Feliz ou infeliz, está feito. E, mais uma vez, se trata de uma gravação que aconteceu há um ano. Quem gravou fez com a intenção de divulgar em momento oportuno. Todos esses movimentos têm fundo para desestabilizar a Polícia Civil e atingir o governo. Gravar uma conversa dentro de um ambiente fechado e divulgar é coisa de bandido, de criminoso. Você está em ambiente de absoluta confiança e, de repente, tem alguém te gravando! Claro que não houve nada de errado, mas são conversas dentro de um contexto interno.
O senhor vai tomar alguma providência? Nesta tarde, tive uma reunião com meu corregedor e fiz contato com o Ministério Público. Vamos instaurar um inquérito. Não vou aceitar nem que continuem nestas investidas de bandido contra mim nem que diminuam os servidores da Polícia Civil. E, todas as vezes que sofrermos uma agressão, responderei à altura. Quem está fazendo isso está tripudiando sobre uma instituição que já enfrenta vários problemas.
O senhor está se referindo à defasagem salarial? A Polícia Civil está agonizando, e isso me deixa indignado. A nossa categoria foi a única que não teve recomposição salarial nos últimos sete anos.
Alguma sinalização? Está nas mãos do governo, que tenta compor com a União. Tenho tratado da questão com frequência e me empenhado para resolver a questão, mas confesso que já estou cansando deste jogo. E olha que eu não sou de me cansar, mas tudo isso já está me tirando a paciência.
Colaborou Isadora Teixeira
Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
Por Soldado Atlas
Era uma vez uma Polícia onde os homens mais capazes, mais
audazes, valorosos e que reuniam todas as virtudes que se espera de um Policial
cansaram, lutaram, gritaram, imploraram e por fim faleceram.
Aqueles que tinham propósito claro de que vale a pena
trabalhar para garantir a vida, a propriedade e a liberdade dos cidadãos de sua
cidade, desapareceram, não suportaram entregar suas vidas para um ideal, quando
os meios que lhes são oferecidos para servir são justamente os mesmo que servem
para ceifar suas vidas.
De uma vez por todas se uniram, cansaram de observar meia
dúzia de parasitas sugarem milhões de reais para realizar a manutenção de
viaturas que nunca foram feitos, enquanto reuniam farelos de seus suados
salários para consertá-las.
Seus corpos estão em hospitais, salas de cirurgias, UTI,
caixões, o dos parasitas, provavelmente se regozijando em um alto cargo do
Governo, cujos vencimentos são duramente pagos com nosso suor, lágrimas e
sangue.
Somente o trauma coletivo gera união e nos parece que só a
violência vai gerar a compreensão necessária à sociedade.
Ao lançar a candidatura do condenado Lula, petistas e representantes de movimentos sociais aliados ao partido pregaram “desobediência” a decisões judiciais como caminho que deve ser seguido pela a partir de agora, diante da decisão do Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4). João Pedro Stédile, da coordenação nacional do Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST), afirmou que os movimentos não deixarão que Lula seja preso. — “Aqui vai um recado para dona Polícia Federal e para o Poder Judiciário: não pensem que vocês mandam no país. Nós, os movimentos populares, não aceitaremos de forma alguma e, impediremos com tudo for possível, que o companheiro Lula seja preso” — discursou Stédile.
Paulo Cesar Morato era apontado como 'laranja' em esquema criminoso. Polícia Federal vai acompanhar investigações de peritos criminais.
Katherine Coutinho e Bruno MarinhoDo G1 PE
O empresário Paulo Cesar de Barros Morato foi encontrado morto na noite desta quarta-feira (22), em um motel no bairro de Sapucaia, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, de acordo com a Polícia Federal (PF). Morato era considerado foragido pela PF desde terça (21), quando foi deflagrada a Operação Turbulência.
"Quem vai cuidar da investigação por enquanto é a Polícia Civil. Mas já foi designado um policial federal para acompanhar os trabalhos da perícia. Se for constatado que as circunstâncias da morte têm ligação com a Operação Turbulência, aí Polícia Federal pode entrar nas investigações", afirmou o assessor de comunicação da PF, Giovani Santoro.
Ainda não se sabe a causa da morte de Morato. A delegada Gleide Ângelo deixou o motel por volta das 23h10, dizendo apenas que "não poderia passar nenhuma informação no momento". O carro do empresário foi encaminhado para o Departamento do Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Em conversa com um policial civil, o G1 apurou que o corpo não tinha sinais de violência. Ele foi encontrado em cima da cama, junto com os documentos, R$ 3 mil e um relógio avaliado em R$ 10 mil.
A equipe do Instituto de Criminalística (IC) também esteve no local, mas os peritos não quiseram dar entrevista à imprensa. "Ainda vão ser feitos exames adicionais, então não podemos falar nada no momento. A delegada Gleide Angelo está investigando o caso e, no momento oportuno, dará uma coletiva", limitou-se a dizer a perita Vanja Coelho.
Corpo do empresário Paulo César Morato foi encontrado em motel, em Olinda (Foto: Bruno Marinho/G1)
O veículo do Instituto de Medicina Legal (IML) saiu do motel com o corpo do empresário às 22h40.
Procurada pelo G1, a advogada do empresário, Marcela Moreira Lopes, afirmou que ele já havia tentado suicídio anteriormente.
De acordo com o advogado do motel, Higínio Luís Araújo Marinsalta, a polícia foi acionada por funcionários do estabelecimento. "Como ele não tinha avisado se iria renovar a diária, os funcionários fizeram contato telefônico e, como não houve retorno, bateram na porta. Também não obtiveram resposta. Aguardaram mais um período e, à tarde, entraram no quarto, identificando que ele já estava em situação cadavérica. Eles, então, fizeram o procedimento padrão e chamaram a polícia", afirmou.
Um policial civil que participou da ocorrência e prefere não ser identificado contou ao G1 que o empresário deu entrada sozinho no motel na terça, por volta das 12h30, e que o corpo não tinha marcas de violência. A polícia foi acionada às 19h desta quarta.
Carro do empresário Paulo Cesar Morato foi levado pela Polícia Civil (Foto: Bruno Marinho/G1)
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Morato era o “verdadeiro responsável pela empresa Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem LTDA”. Segundo o inquérito da PF, por meio desta e outras pessoas jurídicas, Morato teria “aportado recursos para a compra da aeronave PR-AFA (que caiu com Campos, em 2014) e recebido recursos milionários provenientes de empresas de fachada utilizadas nos esquemas de lavagem de dinheiro, engendrados por Alberto Yousseff, Rodrigo Morales e Roberto Trombeta, além de provenientes da construtora OAS”.
A Câmara & Vasconcelos é apontada pelo inquérito como a empresa que recebe da OAS o montante de R$ 18.858.978,16. O documento afirma que "chama a atenção" o repasse de recursos milionários de quase R$ 19 milhões para "uma empresa fantasma, a qual possui 'laranjas' confessos em sua composição societária, o que representa um claro indicativo de lavagem de dinheiro".
Operação
A operação teve início com investigaçõessobre a compra do avião, logo após o acidente que matou Campos e outras seis pessoas, mas chegou a um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado até R$ 600 milhões, segundo a PF.
Esse montante seria alimentado por recursos de propinas e usado por firmas de fachada e sócios “laranjas” para fazer a lavagem de dinheiro.
A PF investiga, agora, a relação entre essas empresas citadas na Turbulência e grupos já envolvidos na Operação Lava Jato e em investigações que estão no Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF recolheu em casas e escritórios, alvos de mandados de busca e apreensão durante a operação, sete automóveis de alto luxo, 45 relógios de marcas internacionais famosas, além de R$ 3,6 milhões, dólares, revólveres e uma espingarda.Também foram apreendidos dois barcos, dois helicópteros e um avião.