sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A Estratégia De Lula Para Driblar A Justiça E Sair Candidato



  • 22/12/2017



Depois que o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região marcou a data do julgamento do recurso de Lula contra a condenação imposta a ele pelo juiz federal Sergio Moro, a defesa do ex-presidente e o PT deixaram bem clara sua estratégia. Não se trata, claro, de pedir rapidez no julgamento, o que seria esperado de alguém que, convicto de sua inocência, gostaria de ver afastadas o quanto antes as suspeitas que pesam sobre si. Em vez disso, aposta-se na no apelo ao labirinto jurídico nacional e à confusão pura e simples, na tentativa de iludir a população que irá às urnas em outubro de 2018.
Em vez de se alegrar com o fato de seu cliente ter sua situação resolvida rapidamente, o advogado Cristiano Zanin Martins se mostrou indignado a ponto de questionar formalmente a velocidade com que o relator e o revisor do caso no TRF4, respectivamente João Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen, finalizaram seu trabalho, tornando possível a definição da data do julgamento. Teve de engolir a resposta do presidente da corte, Carlos Eduardo Thompson: o TRF4 julgou outras 1.236 apelações criminais mais rapidamente que o recurso de Lula. “A celeridade no processamento dos recursos criminais neste Tribunal Regional Federal constitui a regra e não a exceção”, escreveu Thompson, acrescentando que não há obrigação nenhuma de a corte seguir a ordem cronológica em que os recursos são apresentados – algo que Zanin Martins certamente sabe.
O PT quer transformar o julgamento de janeiro em um circo – se não dentro do tribunal, ao menos fora dele
Conformando-se com o fato de o julgamento ocorrerá realmente em 24 de janeiro, e sem respaldo factual para a tese de que a celeridade é motivada por perseguição política, os aliados de Lula partem para a segunda etapa: transformar o julgamento em um circo – se não dentro do tribunal, ao menos fora dele. O plano é levar a Porto Alegre o maior número possível de apoiadores do petista, como se a aglomeração tivesse alguma influência na análise dos desembargadores do TRF4. Os amigos de Lula prometem até atrações internacionais, como o senador socialista norte-americano Bernie Sanders, o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica e até mesmo o vocalista do U2, Bono – quem diz é o senador Roberto Requião.
Se os desembargadores confirmarem a sentença de Moro, o que transformaria o pré-carnaval em missa de réquiem, a missão dos defensores de Lula é criar as condições para que ele pelo menos possa se candidatar à Presidência da República. A defesa tem à disposição os embargos de declaração, questionamentos feitos quando se identifica contradições, dúvidas ou omissões na decisão final. E, se um dos desembargadores votar pela absolvição, deixando o resultado em 2 a 1, ainda há a possibilidade dos embargos infringentes – cujo julgamento levará a uma nova decisão também sujeita a embargos de declaração. Enquanto todos esses recursos (previstos na legislação e um direito da defesa, ressalte-se) não forem julgados, Lula ainda não estará sujeito à inelegibilidade prevista pela Lei da Ficha Limpa.


E o PT ainda conta uma cartada final para criar o caos na eleição, já anunciada e repetida pela presidente da legenda, Gleisi Hoffmann: registrar a candidatura de Lula mesmo se houver condenação, alegando que só a Justiça Eleitoral pode declarar a inelegibilidade do petista. Neste cenário, o PT lançaria Lula candidato e alguém teria de pedir sua impugnação no TSE, o que daria início a um novo – e longo, assim esperam os petistas – processo, com a campanha já em curso. Na pior das hipóteses, a definição ficaria para depois do pleito, com consequências inimagináveis e até mais surreais que o próprio fato de um candidato condenado por colegiado estar disputando eleições em desafio aberto à Lei da Ficha Limpa.
Em resumo: quanto mais confusão for criada em torno do processo do tríplex, das sentenças e de interpretações da legislação eleitoral, melhor para Lula e o PT. Essa é a única esperança do partido, mesmo que para isso seja preciso jogar um país inteiro na dúvida e na instabilidade. Que todos aqueles comprometidos com o cumprimento da lei estejam a postos para denunciar e frustrar essas tentativas.

Câmara Dos Deputados: As Fantásticas Aposentadorias De Até R$ 55 Mil




  • 22/12/2017




Ao apresentar o mais recente texto da reforma da Previdência, o governo Michel Temer anunciou que o foco seria “reduzir privilégios” e atingir o “andar de cima”. Fazem parte dessa cobertura os aposentados e pensionistas da Câmara dos Deputados – justamente a Casa que está para votar o novo projeto do governo. Cerca de 45% dos seus inativos têm renda bruta acima do teto constitucional, que corresponde ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – R$ 33.763,00.
As 50 maiores aposentadorias superam os R$ 50 mil, sendo R$ 55.188,00 o teto dos vencimentos brutos. Outros 581 benefícios ficam entre R$ 40 mil e R$ 50 mil. Com renda bruta acima do salário dos ministros do STF estão 1.428 inativos. Na parte de baixo da pirâmide salarial, apenas quatro servidores têm rendimento abaixo de R$ 10 mil, com média de R$ 6,5 mil.


A folha mensal dos aposentados soma R$ 104 milhões – o que representa R$ 1,35 bilhão por ano. Uma média mensal de R$ 32,7 mil por servidor.

Mas há ainda a folha dos 1.164 pensionistas, que soma R$ 24,5 milhões por mês, com média de R$ 21 mil. Nessa categoria, há 45 pessoas com renda bruta acima de R$ 40 mil. Entre os pensionistas “pobres”, apenas 54 estão abaixo do teto previdenciário – R$ 5,5 mil.
Enquanto a despesa com aposentados e pensionistas da Câmara fica em R$ 129 milhões, a arrecadação com contribuições previdenciárias de servidores da ativa efetivos, aposentados e pensionistas não passa de R$ 19 milhões por mês. Quem paga a diferença é o contribuinte.
A fartura é tanta que até mesmo técnicos legislativos aposentados – de nível médio – têm renda bruta acima do teto constitucional. São 41 inativos nessa situação, sendo que seis recebem acima de R$ 40 mil. Apenas 66 deles têm rendimento abaixo de R$ 20 mil.
Rombo poderia ser maior
O rombo nos cofres públicos seria ainda maior se não fosse aplicada a lei do abate-teto. Os aposentados com renda bruta acima do teto constitucional têm renda líquida média de R$ 25 mil. No grupo que recebe acima de R$ 50 mil, a média da renda líquida fica em R$ 26,5 mil. O maior rendimento líquido está em R$ 33.478,00.
Até agosto de 2013, os servidores da Câmara que recebiam acima do limite constitucional não sofriam o abate-teto. Naquela data, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou o corte do valor excedente ao teto, que era de R$ 26,7 mil na época. Auditoria do tribunal iniciada em 2010 apurou que mais de mil servidores da Câmara estavam com a remuneração em situação irregular. A decisão também foi aplicada ao Senado Federal.

No ano da decisão, o presidente do TCU, Augusto Nardes, afirmou que cerca de 3 mil servidores da Câmara e do Senado estariam com vencimentos acima do teto. Segundo ele, a decisão do tribunal resultou numa economia anual de cerca de R$ 600 milhões.
Atualmente, apenas a remuneração fixa dos aposentados soma R$ 83 milhões por mês. Mas a folha de pagamento conta ainda com as vantagens de natureza pessoal – mais R$ 16,7 milhões – e com os cargos comissionados – cerca de R$ 5 milhões. Essas vantagens são incorporadas quando os servidores estão na ativa e carregadas para inatividade.
Fórmulas generosas
As altas aposentadorias do Congresso são possíveis porque a maioria deles se aposenta pelo teto da carreira. Além disso, as fórmulas previdenciárias seguidas pelos servidores públicos, incluindo os servidores da Câmara e do Senado, são mais generosas do que as aplicadas aos segurados do INSS.
O servidor público precisa ter 60 anos de idade (55 para mulheres) e 35 de contribuição (30 para mulheres) para se aposentar. Se ingressou no serviço público até dezembro de 1998, necessita de pelo menos 25 anos de serviço público e 15 anos na carreira. Se entrou até dezembro de 2003, precisa cumprir 20 anos de serviço público e 10 anos de carreira. Isso assegura aposentadoria integral e reajustes iguais aos dos servidores na ativa.

Para completar o tempo de serviço público, o servidor pode fazer “averbações”, que são aproveitamento de períodos trabalhados em outros órgãos públicos, até mesmo estaduais ou municipais. O valor da aposentadoria é fixado pelo cargo ocupado nos últimos cinco anos. O tempo de contribuição ao INSS anterior ao início da carreira pública pode ser averbado para completar o tempo total de 35 anos de serviço.

Renda Bruta De Aposentados Da Câmara

Faixas de renda em R$Número de aposentadosRenda média
acima de 50 mil5051.084
de 40 mil a 50 mil58144.976
de 33,7 mil a 40 mil79736.496
de 30 mil a 33,7 mil36431.686
de 20 mil a 30 mil1.33725.607
de 10 mil a 20 mil7517.039
abaixo de 10 mil46.913
Total3.20832.685

Maia Decide Cortar Salário De Maluf; Decisão Se Estende A Celso Jacob


  • 22/12/2017




Opresidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu cortar por inteiro o salário do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que começou a cumprir pena em regime fechado nesta quarta-feira, 20, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão de Maia também se estenderá a partir desta quinta-feira, 21, ao deputado Celso Jacob (PMDB-RJ), que segue preso no Complexo Penitenciário da Papuda.
A Câmara foi notificada ontem sobre a decisão judicial relacionada a Maluf. Nesta quinta, Maia foi orientado pela assessoria jurídica da Casa a cortar o subsídio do parlamentar. Na quarta, Maia revelou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que já havia cortado 2/3 do salário de Jacob, mas hoje conversou com a diretoria geral e a conclusão foi suspender o pagamento de ambos. “O entendimento definitivo foi cortar”, disse. Com a medida, os deputados presos perderam também os recursos a que parlamentares no exercício do mandato têm direito, como verba de gabinete, cota para viagens e auxílio-moradia.

Maia também informou que está avaliando com o departamento jurídico a possibilidade de recorrer ao STF sobre o encaminhamento que deve ser dado em relação à determinação do ministro Edson Fachin para que a Câmara declare a perda de mandato de Maluf. De acordo com o presidente da Câmara, há posições divergentes nas turmas da Corte sobre se cabe à Mesa Diretora declarar, de ofício, a perda do mandato ou se a decisão final é do plenário da Câmara. Os técnicos da Casa entendem que a Constituição é clara sobre a votação no plenário e dizem que a tramitação da medida começa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Estamos estudando o assunto e vamos decidir na próxima semana”, afirmou Maia.
Maluf foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado pelo crime de lavagem de dinheiro. Aos 86 anos, Maluf terá de pagar o equivalente a 248 dias-multa, aumentada em três vezes. O deputado foi considerado culpado pelo desvio de dinheiro de obras públicas e remessas ilegais ao exterior, por meio da atuação de doleiros, além da participação em um esquema de cobrança de propinas durante sua gestão da Prefeitura de São Paulo (1993-1996).
Já o deputado do PMDB fluminense foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão por falsificar documentos e dispensar licitação para construção de uma creche em 2002, quando era prefeito da cidade de Três Rios (RJ). Preso no início de junho, o deputado cumpriu pena em regime semiaberto no complexo penitenciário da Papuda e tinha autorização para exercer o mandato durante os dias úteis. Flagrado com biscoito e queijo provolone na cueca, Jacob perdeu o benefício de sair durante o dia da cadeia em 23 de novembro. Com informações do Estadão Conteúdo.

‘Não Quero Entrar Para A História Como Um Inocente Condenado’, Diz Lula







Em café da manhã com jornalistas nesta quarta-feira, 20, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não teme ser preso, faltando pouco mais de um mês para o julgamento do caso do tríplex do Guarujá pelo Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4).
“Eu não penso. Não penso porque acho que preso só pode ir quem cometeu um crime”, disse Lula ao ser questionado sobre a possibilidade de prisão.
Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex. O TFR-4 vai julgar o recurso e caso a sentença de Moro seja mantida o ex-presidente terá sido condenado em segunda instância.


Durante quase duas horas e meia, Lula reiterou várias vezes que é inocente e, portanto, a única hipótese para a Justiça é absolvê-lo. O ex-presidente disse que não quer ser um mártir.
“Não quero passar para a história como um inocente condenado”, afirmou.
O petista voltou a desafiar Moro e o Ministério Público a apresentarem provas de que ele é o dono do apartamento construído e reformado pela empreiteira OAS, alvo da Lava Jato. “A única chance que tenho é pedir provas. Não é possível que alguém seja dono de uma coisa que não é dono”, afirmou.
Lula, no entanto, admitiu que o país vive uma “anomalia jurídica”. Segundo ele, Moro e o MPF criaram uma narrativa falsa da qual não conseguem se libertar. “Eles ficaram sem rota de fuga”, disse Lula.
Embora insista na tese de absolvição por inocência, o petista disse que continua na disputa presidencial seja qual for o resultado do julgamento no TRF-4 e, se for condenado, pretende usar todos os recursos jurídicos aos quais tem direito.

O contra-golpe da Lava Jato contra a decisão de Gilmar Mendes






Proibir as conduções coercitivas pode significar um benefício aos investigados. Apenas pode.
Isso porque em resposta a liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes suspendendo a utilização da condução coercitiva para interrogar investigados, a Lava Jato deve utilizar outra ferramenta jurídica para avançar nas investigações.

Trata-se de intensificar o uso de prisões temporárias, quando o suspeito fica preso durante cinco dias para ser ouvido.

O Globo destaca que desde o início da investigação conduzida em Curitiba, o juiz Sergio Moro determinou 225 conduções coercitivas e 111 prisões temporárias.
O mecanismo é fundamental para evitar que investigados tenham tempo de combinar entre si o que vão dizer durante os depoimentos.

Até o STF julgar esta ação, a liminar de Gilmar segue em vigor e, neste período, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal deverão pedir à Justiça que seja determinada a prisão temporária, que tem o mesmo efeito e é pior para o suspeito, já que ele tem de passar até cinco dias na prisão para ser ouvido.
Se a liminar de Gilmar estivesse valendo na época em que Lula foi conduzido coercitivamente, provavelmente o ex-presidente teria sido preso temporariamente.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

VOCÊ PAGOU $2.100.762.384.990.56 EM IMPOSTOS ESTE ANO



O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo, que soma todos os impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros no período de um ano, atingiu nesta quinta-feira, 21, R$ 2,1 trilhões. O número é recorde de arrecadação. Até o último dia do ano, a estimativa é que o placar chegue a R$ 2,170 trilhões – um crescimento de 8,4% em relação ao ano passado, sem considerar a inflação.
“O que mais contribuiu para esse aumento de um ano para o outro foi a retomada da atividade econômica, principalmente do setor industrial, que, quando está em expansão, recolhe mais tributos”, explica Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ele aponta outros dois fatores para o resultado de 2017: a elevação de alíquotas no primeiro semestre deste ano e a inflação. “Quando os produtos e serviços ficam mais caros, o valor arrecadado em imposto também cresce. Mesmo com recuos em 2017, a inflação ainda está em patamar elevado. A mordida maior do Leão afasta a necessidade de aumentos ou recriação de impostos e reforça a urgência de se administrar melhor os gastos”, finaliza Burti.
São Paulo
No estado de São Paulo, segundo o Impostômetro, os tributos somam R$ 775,1 bilhões do início do ano até hoje, o correspondente a 37,9% da arrecadação total do Brasil. Na capital paulista, o total é de R$ 25,9 bilhões.

GOVERNO CRITICA O 'CORPORATIVISMO' DO MINISTRO LEWANDOWSKI



AUMENTO PARA SERVIDORES

EQUIPE ECONÔMICA CRITICOU ASPERAMENTE DECISÃO DE LEWANDOWSKI

Publicado: 21 de dezembro de 2017 às 00:01 - Atualizado às 00:09


MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI.