terça-feira, 24 de outubro de 2017

Ciência, Tecnologia, Inovações e Ministério das Comunicações



Alô, Brasília! A maior Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - SNCT da história já está acontecendo no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. Bota fé? A programação é gratuita e vai até domingo (29)!















PROJETORES NACIONAIS DESENVOLVIDOS COM FINALIDADE DE FACILITAR TRANSMISSÃO DE CONTEÚDO EM SALAS DE AULA.


ROBÓTICA DESENVOLVIDA POR ALUNOS DO SESI DF

A lista dos 109 condenados por Moro


O juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Operação Lava Jato, em Curitiba, condenou 109 pessoas em três anos e sete meses de escândalo Petrobrás.
É o resultado de 35 processos em primeira instância julgados pelo magistrados – que atua exclusivamente na Lava Jato, desde 2014.Entre os condenados estão importantes figuras, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (9 anos e 6 meses de prisão), os ex-ministros Antonio Palocci (12 anos e 2 meses) e José Dirceu (32 anos) e o empresário Marcelo Odebrecht (29 anos e 4 meses). O levantamento feito com base nos dados da Justiça Federal inclui as condenações de primeira instância, sem considerar revisões de segundo grau.
OS CONDENADOS POR MORO
  1. Adir Assad – Lobista e operador de propinas
  2. Agenor Franklin Magalhães Medeiros (2 vezes) – Executivo OAS
  3. Agosthilde Monaco – Executivo Petrobrás
  4. Alberto Elisio Vilaça Gomes – Executivo Mendes Júnior
  5. Alberto Youssef (6 vezes) – Doleiro e operador de propinas
  6. Alexandrino de Salles Ramos de Alencar – Executivo Odebrecht
  7. André Catão de Miranda – Doleiro e operador de propinas
  8. André Luiz Vargas Ilário – Ex-deputado do PT
  9. Antônio Carlos Brasil Fioravante Pieruccini – Advogado operador de propina
  10. Antonio Palloci Filho – Ex-ministro do PT
  11. Antônio Pedro Campelo de Souza – Executivo Andrade Gutierrez
  12. Augusto Ribeiro de Mendonça Neto – Empresário Setal
  13. Bruno Luz – Lobista e operador de propinas
  14.  Carlos Alberto Pereira da Costa (3 vezes) – Laranja e operador de propinas
  15. Carlos Emanuel de Carvalho Miranda – Empresário operador de propinas
  16. Carlos Habib Chater ( 2 vezes) – Doleiro e operador de propinas
  17. Cesar Ramos Rocha – Executivo Odebrecht
  18. Cleverson Coelho de Oliveira – Operador de propinas
  19. Dalton dos Santos Avancini – Executivo Camargo Corrêa
  20. Dário de Queiroz Galvão Filho – Empresário Galvão Engenharia
  21. Dário Teixeira Alves Júnior – Laranja e operador de propinas
  22. Demarco Epifânio – Executivo Petrobrás
  23. Ediel Viana da Silva – Laranja e operador de propinas
  24. Eduardo Aparecido de Meira – Empresário e operador de propinas
  25. Eduardo Consentino da Cunha – Ex-deputados PMDB
  26.  Eduardo Costa Vaz Musa (4 vezes) – Executivo Petrobrás e Sete Brasil
  27. Eduardo Hermelino Leite – Executivo Camargo Corrêa
  28. Elton Negrão de Azevedo Júnior – Executivo Andrade Gutierrez
  29. Enivaldo Quadrado –  Operador de propinas
  30. Erton Medeiros Fonseca – Executivo Galvão Engenharia
  31. Esdra de Arantes Ferreira – Laranja Labogen
  32. Faiçal Mohamed Nacirdine – Doleiro e operador de propinas
  33. Fernando Antônio Falcão Soares (2 vezes) – Lobista e operador de propinas
  34. Fernando Antonio Guimarães Hourneaux de Moura – Lobista e operador de propinas
  35. Fernando Augusto Stremel Andrade –  Executivo OAS
  36. Fernando Migliaccio da Silva – Executivo Odebrecht
  37. Fernando Schahin (2 vezes) – Empresário Grupo Schahin
  38. Flávio Gomes Machado Filho – Executivo Andrade Gutierrez
  39. Flavio Henrique de Oliveira Macedo –  Empresário e operador de propinas
  40. Gerson de Mello Almada (2 vezes) – Executivo Engevix
  41. Hamylton Pinheiro Padilha Júnior – Lobista e operador de propinas
  42. Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho – Executivo Odebrecht
  43. Iara Galdino da Silva – Doleira
  44. Ivan Vernon Gomes Torres Júnior – Laranja ex-assessor de Pedro Corrêa
  45. Jayme Alves de Oliveira Filho – Operador de propinas
  46. Jean Alberto Luscher Castro – Executivo Galvão Engenharia
  47. João Augusto Rezende Henriques (2 vezes) – Lobista e operador de propinas do PMDB
  48. João Carlos de Medeiros Ferraz – Executivo Sete Brasil
  49. João Cerqueira de Santana Filho (2 vezes) – Marqueteiro do PT
  50. João Claudio de Carvalho Genu – Assessor do PP operador de propinas
  51. João Luiz Correia Argolo dos Santos – Ex-deputado do PP
  52. João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado – Laranja e operador de propina
  53. João Ricardo Auler – Executivo Camargo Corrêa
  54. Joao Vaccari Neto (5 vezes) – Tesoureiro do PT
  55. Jorge Luz – Lobista e operador de propinas do PMDB
  56. Jorge Afonso Argello – Ex-senador do PTB
  57. Jorge Luiz Zelada (2 vezes) – Executivo Petrobrás
  58. José Adolfo Pascowitch – Lobista e operador de propinas
  59. José Aldemário Pinheiro Filho (3 vezes) – Executivo OAS
  60. José Carlos Costa Marques Bumlai – Pecuarista amigo de Lula
  61. José Dirceu (2 vezes) – Ex-ministro do PT
  62. José Ricardo Nogueira Breghirolli – Executivo OAS
  63. Juliana Cordeiro de Moura – Doleira operadora de propinas
  64. Julio Cesar dos Santos – Ex-sócio de José Dirceu
  65. Júlio Gerin de Almeida Camargo (2 vezes) – Lobista e operador de propinas
  66. Leandro Meirelles – Doleiro e operador de propinas
  67. Leon Denis Vargas Ilário – Irmão do ex-deputado André Vargas
  68. Leonardo Meirelles – Doleiro e operador de propinas
  69. Luccas Pace Júnior – Doleiro e operador de propinas
  70. Luiz Carlos Moreira – Executivo da Petrobrás
  71. Luiz Eduardo da Rocha Soares – Executivo Odebrecht
  72. Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (2 vezes) – Irmão de José Dirceu
  73. Luiz Inácio Lula da Silva – Ex-presidente
  74. Marcelo Bahia Odebrecht (2 vezes) – Empresário Odebrecht
  75. Marcelo Rodrigues – Operador de propinas Odebrecht
  76. Márcio Andrade Bonilho – Empresário e operador de propinas
  77. Márcio Faria da Silva (2 vezes) –  Executivo Odebrecht
  78. Maria Dirce Penasso – Doleira operadora de propinas
  79. Mario Frederico Mendonça Goes – Lobista e operador de propinas
  80. Matheus Coutinho de Sá Oliveira – Executivo OAS
  81. Milton Pascowitch – Lobista e operador de propinas
  82. Milton Taufic Schahin (2 vezes) – Empresário Grupo Schahin
  83. Mônica Regina Cunha Moura (2 vezes) – Marqueteira do PT
  84. Nelma Mitsue Penasso Kodama – Doleira operadora de propinas
  85. Nestor Cunat Cerveró (3 vezes) – Executivo Petrobrás
  86. Olívio Rodrigues Junior (2 vezes) – Operador de propinas Odebrecht
  87. Paulo Roberto Costa (7 vezes) – Executivo Odebrecht
  88. Paulo Roberto Dalmazzo – Executivo Andrade Gutierrez
  89. Pedro Argese Júnior – Laranja Labogen
  90. Pedro da Silva Correa de Oliveira Andrade Neto – Ex-deputado PP
  91. Pedro José Barusco Filho (3 vezes) – Executivo Petrobrás
  92. Rafael Ângulo Lopes (2 vezes) – Operador de propinas
  93. Raul Henrique Srour – Doleiro operador de propinas
  94. Renato de Souza Duque (6 vezes) – Executivo Petrobrás
  95. Renê Luiz Pereira –  Doleiro operador de propinas
  96. Ricardo Hoffmann –  Publicitário
  97. Ricardo Ribeiro Pessoa (2 vezes) – Empresário UTC
  98. Rinaldo Gonçalves de Carvalho – Funcionário Banco do Brasil
  99. Roberto Gonçalves –  Executivo Petrobrás
  100. Roberto Marques – Ex-assessor José Dirceu
  101. Rogério Cunha de Oliveira – Executivo Mendes Júnior
  102. Rogerio dos Santos Araújo (2 vezes) – Executivo Odebrecht
  103. Salim Taufic Schahin – Empresário Grupo Schahin
  104. Sérgio Cunha Mendes – Empresário Mendes Júnior
  105. Sérgio de Oliveira Cabral Santos Filho – Ex-governador Rio
  106. Sônia Mariza Branco – Operadora de propinas
  107. Waldomiro Oliveira – Empresário e operador de propinas Sanko Sider
  108. Walmir Pinheiro Santana (2 vezes) – Executivo UTC
  109. Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho – Ex-secretário governo do Rio
  110. Zwi Skornicki – Lobista e operador de propinas

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Na Calada Da Noite, Temer Libera Mais 829 Milhões Para Deputados, Crise?




  • 24/10/2017
À véspera da votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Câmara, a “tropa de choque” do governo avaliava nesta segunda-feira, 23, ter garantidos 240 votos e trabalhava para conseguir um placar que chegue ao menos aos 263 obtidos no primeiro resultado. A estratégia do Palácio do Planalto, a exemplo da acusação por corrupção passiva, tem sido usar a liberação de emendas parlamentares e a nomeação de afilhados políticos em cargos no segundo e terceiro escalões do Executivo para conquistar mais votos.
Desde 14 de setembro, quando a Procuradoria-Geral da República apresentou a denúncia por organização criminosa e obstrução da Justiça contra Temer, o governo liberou quase R$ 829 milhões em emendas. Do valor total previsto para este ano, R$ 6,8 bilhões, o Planalto ainda tem cerca de R$ 1,6 bilhão para transferir aos parlamentares.

Os esforços dos articuladores políticos do governo estão concentrados no convencimento de um grupo de 30 a 40 deputados da base aliada que ameaçam votar contra o peemedebista.


Temer Pede Ao STF Que Reconheça Sua Competência Para Extraditar Cesare Battisti



  • 23/10/2017

A Advocacia-Geral da União sustentou que o presidente Temer tem o poder de rever a decisão do ex-presidente Lula que negou, em 2010, a extradição do italiano Cesare Battisti. Para a AGU, o STF deve negar o habeas corpus preventivo pedido pela defesa do terrorista para tentar impedir sua extradição.


Os advogados de Battisti argumentaram que é impossível Temer revisar agora a decisão anterior porque já se passou muito tempo e eventual mudança de posicionamento do governo causaria insegurança jurídica. Além disso, alegaram que Battisti se casou com uma brasileira e tem um filho pequeno que depende dele.
Ex-militante de um grupo terrorista de extrema esquerda, Battisti foi asilado no Brasil, protegido por Lula e Dilma e celebrado pelos parlamentares da esquerda, depois de condenado pela Justiça italiana por quatro assassinatos.
Temer decidiu revogar a condição de refugiado de Battisti e extraditá-lo caso o STF não conceda a ele o habeas corpus preventivo. A AGU sustenta, com base no regimento interno do STF, que o caso deve ir ao plenário, uma vez que em um dos polos figura o presidente da República.
por: fernandofrancischini.com.br

General Paulo Chagas Ataca Dirceu E Diz: É Revoltante Ver Esse Marginal Hipócrita Aconselhando As FFAA, Usando O Verbo “Servir” E A Palavra “Pátria”, Coisas Que Ele Teme E Odeia Ou Desconhece Completamente.




  • 23/10/2017
“Ou há disciplina e hierarquia nas Forças Armadas, com elas servindo ao poder civil e à Constituição, ou haverá luta, divisão, facções, com disputa dentro delas e por elas. É o que nossa história nos ensina. Não nos iludamos para não sermos pegos de surpresa e servir aos desígnios dos que usam e abusam dos militares para seus próprios fins e não aos da pátria.” (Zé Dirceu)
É revoltante ver esse marginal hipócrita aconselhando as FFAA, usando o verbo “servir” e a palavra “pátria”, coisas que ele teme e odeia ou desconhece completamente.

Gabriel, O Pensador Atinge 1,1 Milhão De Visualizações Com Clipe Em Que “Matai O Presidente” 2




  • 23/10/2017
Na quinta-feira (19), o cantor Gabriel, O Pensador lançou no YouTube o clipe da música “Tô feliz (matei o presidente) 2”. Em apenas quatros dias, foram mais de 1,1 milhão de visualizações. O ponto alto da melodia é: “Todo mundo bateu palma quando o corpo caiu, eu acabava de matar o presidente do Brasil”.
No ano passado, seu irmão, Tiago Mocotó, gravou um jingle para a comemoração dos 50 anos do partido do presidente Michel Temer: “PMDB sou e você. Nós já fizemos muito e temos muito a fazer”. O PMDB optou por contratar Mocotó justamente pela linguagem jovial e pelo estilo musical, que lembra o rap do irmão, na tentativa de reaproximar a sigla dos eleitores jovens. “Eu gravei, mas o Gabriel não tem nada a ver com isso. Ele nem sabia disso. Só soube depois que foi lançado”, diz Mocotó.

https://www.youtube.com/watch?time_continue=8&v=cBiKePi3QMY

‘Lava Jato é a Diretas-Já do novo Brasil’, diz presidente da 2ª instância da operação no Rio



  • 23/10/2017
“A Lava Jato é a Diretas-Já do novo Brasil. Vai acabar com a ditadura da corrupção
e da impunidade.” O paralelo histórico é do desembargador André Fontes,
presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), a segunda instância
da Operação Lava Jato no Rio.
Na primeira, atua, com explícito apoio de Fontes, o juiz federal Marcelo Bretas.
Questionamentos de suas decisões vão parar em uma turma especial do TRF-2,
com três desembargadores: Abel Gomes, o relator, Paulo Espírito Santo, o decano
do tribunal, e Ivan Athie.
Ao contrário de seus colegas da 8ª Turma do TRF-4, em Porto Alegre, que cuidam
só da Lava Jato do juiz Sérgio Moro, eles acumulam ações previdenciárias e sobre
propriedade industrial. Fontes recebeu o Estado em seu gabinete no 20º andar do
edifício-sede, no centro do Rio. A seguir, os principais trechos da entrevista.
Seu primeiro ato formal, como presidente do TRF-2, foi uma portaria
aumentando a segurança do juiz Marcelo Bretas, responsável pela primeira
instância da Lava Jato no Rio. Por quê?
A minha prioridade foi proteger o juiz Bretas naquilo que é o caso mais complexo,
rumoroso e sensível da 2ª Região. Eu me lembrei da juíza Patrícia Acioly
[assassinada por policiais que estava investigando, em 2011], que várias vezes
pediu proteção ao Tribunal de Justiça. O juiz Bretas também se manifestou. Eu não
iria deixá-lo à mercê da própria sorte.
O senhor foi, em agosto, ao ato de desagravo ao juiz Marcelo Bretas, em que o
agravado era o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que o
atacara.

Sei que não é comum presidente de tribunal ir para uma manifestação que envolva
tribunais superiores. Mas eu achei que não tinha sentido estar na direção máxima
do tribunal e deixar o juiz de uma forma quixotesca, sozinho, diante de um
reconhecimento externo público da importância dele. Fui, mesmo sabendo que
haveria críticas no próprio tribunal.
Houve reprovação interna dessa sua atitude?

Recebi críticas de três desembargadores. Disseram que foi uma indelicadeza minha
perante os tribunais superiores, e que eu estaria a prejudicar minha carreira. Mas eu
não tenho outra pretensão que não seja ser presidente do tribunal.
Na sua posse na presidência, o desembargador Paulo Espírito Santo, decano
do tribunal, e integrante da turma que julga a Lava Jato, fez um forte desabafo
contra a corrupção, chorou, e até disse que ‘Deus também não aguenta mais
tanta corrupção, tanta maldade e tanta violência’. O que o senhor achou do
desabafo?
Ninguém aguenta mais a corrupção. A corrupção é inaceitável, intolerável. É
ignominiosa, porque a coisa pública não tem dono. A corrupção trouxe para o Brasil
pobreza e concentração econômica. Se o Rio de Janeiro hoje não tem
competitividade econômica, nem industrial, é por conta da corrupção, dos impostos
que são pagos indevidamente e acabam gerando vantagem para terceiros, e por
conta da falta de atenção no trato das questões públicas. O Rio de Janeiro é o pior
ambiente de negócios do Brasil.
O senhor já disse que a Lava Jato é ímpar. Em quê?
A Lava Jato é clara, limpa, não tem desvios. Na Lava Jato não tem linhas tortas. Ela
é escrita, pelas mãos de Deus, sem as linhas tortas. É uma boa oportunidade para
o Brasil.
Em que sentido?
Eu acredito fielmente que a Lava Jato é uma oportunidade de mudança – como
outros atos na história do Brasil também o foram. É a referência que eu não tive nas
instituições, na minha infância, e que só foram surgir quando eu vi as Diretas-Já. A
Lava Jato é a Diretas-Já do novo Brasil. É o fim da ditadura da corrupção e da
impunidade.
O senhor vê diferenças entre a Lava Jato aqui no Rio e a de Curitiba?
A grande diferença é que a Lava Jato do Rio não é iniciante. A de Curitiba foi o
início de algo que nunca se imaginou no Brasil. E nós lemos, aprendemos, vimos
quais são os movimentos técnicos que foram equivocados, e passamos a adotar
toda a experiência daquela primeira ocasião. É como se o doutor Moro tivesse feito
a primeira semeadura. E agora nós temos a experiência da prática. Com a
experiência que extraiu do doutro Moro, o doutor Bretas planejou a atuação dele de
modo a preservar os direitos fundamentais, a privacidade, a separar e distinguir o
joio do trigo.
O senhor faz alguma comparação entre os dois?
Os dois são evangélicos. Esse vigor religioso, ético, tem dado uma grande
contribuição.
Essa mistura do evangélico com o jurídico não tem um lado perigoso?
Concordo. O lado perigoso é o de achar que as coisas devem acontecer não por
obra dos homens, mas por obra de Deus. As coisas não são porque são – já
ensinava o positivismo. São, porque os homens fazem. No caso do juiz Bretas eu
tenho impressão de que a personalidade dele foi importante. Essa convicção ética,
religiosa, jurídica, familiar, deu a ele certa centralidade nas questões.
A Lava Jato já lavou Executivo, Legislativo, menos o Judiciário. Como o
senhor vê isso?
Não deveríamos ter esperado nenhuma iniciativa externa ao Judiciário para saber o
que se passa no próprio Judiciário. O ideal seria que a própria magistratura, diante
de um contexto de tantas dúvidas, tivesse formado um conselho, designado um
magistrado com amplos poderes para investigar internamente. Não condenar,
investigar. Saber se alguém na magistratura ousou violar o juramento que fez.
Depois que isso fosse feito, viria a segunda fase, a de serem julgados.
Volta e meia vem à tona que o Judiciário ainda vai aparecer nas investigações
da Lava Jato – inclusive o do Rio de Janeiro. Até hoje não apareceu. O
senhor é favorável a que apareça?
As causas que envolvam juízes devem ter duas características. Primeiro, um juiz
que tem a sua judicatura posta em discussão não pode julgar. A menor suspeita
tem que ser causa de afastamento. Segundo, o julgamento tem que ser mais
abreviado que os outros. Terceiro: não deveriam ser julgados por membros da
magistratura, mas de um outro órgão. Os julgadores nunca deveriam ser juízes.
Os julgamentos do Conselho Nacional de Justiça não são uma boa solução?
É um começo. Mas eu lembro que quando houve o problema das provas fraudadas
no TJ (Tribunal de Justiça) do Rio de Janeiro todos que não eram da magistratura
votaram pela anulação, e os que eram da magistratura votaram pela permanência.
O que é que está errado na magistratura?
Os magistrados deveriam ter a sua vida financeira totalmente aberta. Nós não
podemos imaginar preservação de sigilo bancário, ou sigilo dos bens, num homem
que depende do recurso público, ou seja, que nunca poderia ter mais do que ele
ganha. Deveria haver um exame feito anualmente, criteriosamente, com os
resultados claramente abertos.

Como seria isso, na prática?
Os policiais, por exemplo, fazem esse controle: tem a sindicância anual de
verificação de patrimônio. No Judiciário, os bens deveriam ser declarados
publicamente, e não reservadamente. E só quem quisesse se submeter a isso é
que poderia ser juiz. Se não quiser ter a sua vida privada aberta, não deveria ser
juiz.
As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.