sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O Cerco Se Fechou Em Torno De Lula.





Lava Jato Apresenta 12 Telefonemas Entre O Laranja E O Compadre Do Petista

  • 21/10/2017
A situação do ex-presidente Lula fica cada vez mais delicada no processo relativo ao
recebimento de propina da Odebrecht. Após ter sido pressionado pelo juiz Sérgio
Moro para que comprovasse a versão de que sua mulher Marisa Letícia, falecida em
fevereiro, havia alugado a cobertura de São Bernardo do Campo, Lula acabou cedendo
e se comprometeu a apresentar os recibos referentes ao aluguel do imóvel.
A partir deste momento, o petista comprometeu completamente sua linha de defesa.
Acuados, Lula e seus advogados acabaram entregando cópias recibos ideologicamente
falsos para a Justiça. Moro então passou a pressionar a defesa do ex-presidente para
que fossem entregues os recibos originais e deu um prazo de cinco dias para que os
advogados de Lula acatassem sua determinação. O prazo se esgotou e nada da defesa
de Lula comparecer em juízo para entregar os recibos originais.


Nesta quinta-feira (19), , o Ministério Público Federal apresentou petição para que
registros telefônicos do empresário Glaucos da Costamarques sejam juntados ao
processo que envolve a suposta compra pela Odebrecht de um terreno para o Instituto Lula.
O relatório, produzido por meio da quebra do sigilo telefônico de Costamarques,
mostra que foram efetuadas 12 ligações entre o empresário e o advogado Roberto
Teixeira, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O contato se deu no
período em que Costamarques esteve internado no Hospital Sírio Libanês, em São
Paulo.
O empresário é suspeito de ter atuado como laranja na aquisição de um apartamento
em São Bernardo do Campo (SP), vizinho ao que Lula mora. O apartamento, segundo
a acusação, teria sido comprado com propina da Odebrecht, obtida por meio de
contratos com a Petrobras.
Costamarques afirma que só passou a receber os aluguéis do apartamento ao final de
2015. A defesa de Lula enviou à Justiça 26 recibos de aluguel com o objetivo de
comprovar os pagamentos.
O empresário, então, disse que todos os recibos foram assinados no mesmo dia,
durante sua internação. Segundo ele, após visita de Teixeira, o contador João Leite foi
ao hospital recolher sua assinatura.
O Sírio Libanês confirmou na semana passada que Leite fez três visitas a
Costamarques, mas disse que o nome de Teixeira não constava nos registros.
Na petição apresentada nesta quinta, a Procuradoria afirma que “os elementos ora
trazidos vêm a corroborar a narrativa feita por Glaucos da Costamarques a respeito de
ter sido contatado por Roberto Teixeira, durante a internação”.
O Ministério Público ressalta que as ligações foram “atípicas”. “(…) Ambos Glaucos e
Roberto Teixeira, anteriormente, só haviam mantido contatos telefônicos no dia
17/02/2015 e 23/10/2015.”
Com isso, o cerco se fechou completamente em torno de Lula. O processo, que está em
fase final de conclusão, promete render ao petista mais uma condenação. Novamente
pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ainda é bem provável que o juiz
Sérgio Moro também vá condenar o petista por falsidade ideológica, além de abrir
novos processos conta a defesa do petista, por fraude processual. Há ainda a
possibilidade do magistrado determinar a prisão de Lula, caso fique comprovado que
o petista, por meio de sua defesa, atuou na coação de testemunhas e incorreu no crime
de obstrução de Justiça, no caso relativo aos recibos falsos, produzido enquanto era
investigado

PROCURADOR: PROMISCUIDADE.



Essa É A Conclusão Que Se Tira Do Atual Quadro Político Brasileiro.
  • 21/10/2017
PROMISCUIDADE. Essa é a conclusão que se tira do atual quadro político brasileiro. Poucas vozes se levantam com autoridade moral. O que há são acusados ligando para ministros, compra e venda de votos no Congresso, barganhas com a vida e a dignidade de seres humanos, movimentos que se dizem livres, mas que servem apenas para encenar falsa indignação e alcançar alguma sinecura, e por aí vai.
Excelente entrevista com Cláudio Lembo:
Distante da política, o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo, 83, se vê como um observador neutro da vida pública nacional. Um dos fundadores do PFL (atual DEM) e filiado desde o início ao PSD, o advogado e professor universitário diz estar “isolado do mundo”.


Mas os olhos sob as espessas sobrancelhas dele seguem acompanhando fatos como o impeachment de Dilma Rousseff (do qual discordou) e a nova aventura eleitoral de Geraldo Alckmin (de quem foi vice). Em 2006, Lembo assumiu o governo após o tucano renunciar para tentar a Presidência. O ex-político falou à Folha em seu escritório, na região da avenida Paulista.
Folha – Como o sr. vê o Brasil?
Cláudio Lembo – Perdeu-se a compostura. Nós, eleitores, votamos mal e os políticos se portam mal. Ninguém mais tem honra, respeito a si próprio, à imagem na sociedade.
Como se chegou a esse ponto?
É um processo histórico. Nossos políticos sempre foram corruptos, as eleições são muito caras. Quem deformou a eleição foram os marqueteiros. Com as montagens cinematográficas de TV, veio a corrupção generalizada. E os empresários são corruptos tradicionalmente. Desde Mauá.
E a corrupção permanece depois da campanha?
Sim. Depois vem o vício. Antigamente o político abria mão do patrimônio para construir a carreira. Hoje ele se torna rico na política. Tudo isso é parte da deformação brasileira.
Quando concorreu a vice, o sr. identificava isso?
Não, porque eu vim por um caminho externo. Fui indicado para o Geraldo.
O sr. participou dessas conversas de campanha?
Não, nada, nada, nada. O Geraldo é muito fechado. [Ficava tudo centralizado] nele. O tucanato que fez tudo.
Algum partido está a salvo?
Não, ninguém. É um inferno generalizado. Você vê: o PT veio como um partido para salvar. Não há nada mais salvático que o PT, na origem. Uma busca da pureza, unindo a Igreja Católica da Teologia da Libertação, os intelectuais da USP, o operário lutador. E deu nisso que está aí.
O ex-ministro Antonio Palocci comparou o PT a uma seita.
Pode ser uma máfia, mas não uma seita. Seitas têm um líder religioso. Ali tem uma máfia com um líder mafioso.
Que seria quem? Lula?
É Lula. Simpático, porém mafioso. Dominou um grupo.
A pesquisa Datafolha mostra o petista em primeiro lugar na intenção de voto em 2018.
Mas no dia seguinte a pesquisa mostrou que o povo quer ele preso! O Brasil é um país muito incongruente [risos], não “fecha”. É louco.
O que o próximo presidente precisaria fazer?
Primeiro, um grande ministério. Mas aí ele não consegue apoio no Congresso. É aquilo: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. E o Congresso está acostumado ao estilo Temer e ao estilo Lula. Com estilo Dilma, cai! [risos]
O Niemeyer construiu um monstro. A praça dos Três Poderes é a ágora da promiscuidade. O Supremo, o Legislativo e o Executivo, tudo juntinho, todo mundo conversa. O Temer vai falar com o Gilmar [Mendes]. Para quê? Ele é ministro do Supremo, tem que manter imparcialidade total.
Fala-se que o Judiciário age como um ator político e que o Supremo está politizado.
Tem agido muito mal, entrando em assuntos que não são da sua competência. O Supremo está fraco, virou uma casa de surpresas.
O sr. conviveu com Alckmin. De que forma avalia a situação dele na disputa presidencial?
Difícil. Ele parte de um Estado que não tem penetração no país. São Paulo é muito paulista. Alckmin precisa conquistar o Brasil profundo.
Como vê as disputas e trocas de farpas dentro do PSDB?
É próprio do partido. É partido de intelectual, falso intelectual, entende? Eles criam conflitos artificiais e vaidades pessoais muito grandes.
O sr. já disse que estamos na mãos de “uma burguesia má, uma minoria branca perversa”.
E continuamos. Tudo igual. Uma parte dela foi para a cadeia e a outra parte continua no comando. A elite branca é a dona do Brasil. É hegemônica, é o vértice da sociedade.

RAIO-X

Nome
Cláudio Lembo (83 anos)
Formação
Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela USP e doutor em direito pela Mackenzie
Carreira
Um dos fundadores do PFL (depois DEM), é filiado ao PSD. Foi vice-governador de SP (2003-06) e governador (2006)
Atuação
É professor e advogado
VIA FOLHA

Ministros Do TCU, Passaram O Fim De Semana Numa Ilha Paradisíaca À Custa Da JBS — A Empresa Que Eles Investigavam





  • 21/10/2017
Em meados do ano passado, a Lava-Jato já havia deflagrado três dezenas de operações. As empresas do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, ainda não haviam caído na teia, mas já eram alvo de investigações que apuravam suspeitas de pagamento de propina para obter financiamentos no BNDES e na Caixa Econômica Federal. Na época, longe de Brasília, no píer de uma mansão em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, uma pequena lancha aportou para apanhar um grupo que havia chegado para um fim de semana de lazer. Todos a bordo, a embarcação rumou mar adentro, até encontrar o iate Why Not. Para os ministros Vital do Rêgo e Bruno Dantas, ambos do Tribunal de Contas da União (TCU), era o começo de um animado dia de mordomias, com boa comida, champanhe e vinho da melhor qualidade, tudo diante de uma paisagem deslumbrante.
Joesley Batista já confessou ter habilidades especiais para corromper. Quando não pagava propina para atingir seus objetivos, usava outras artimanhas para capturar a simpatia de figuras importantes do poder. Não foi por outra razão que o empresário convidou os ministros para o passeio no sábado 11 de junho de 2016, quando o TCU já analisava os empréstimos suspeitos dos Batista. Combinar o encontro com Bruno Dantas e Vital do Rêgo foi relativamente fácil. O empresário ficara sabendo que os dois estavam no Rio, onde haviam participado, na véspera, de um seminário. O convite foi feito — e aceito.

No iate de 10 milhões de dólares, o grupo foi recebido pelo próprio Joesley. Antes de eles se reunirem em torno de uma mesa de queijos, o dono da JBS, hoje preso, apresentou a embarcação, de 30 metros de comprimento, três andares, quatro quartos (incluindo uma suíte de 20 metros quadrados), cozinha, sala de estar e um amplo deque com jacuzzi. Em pouco mais de uma hora, o Why Not chegou à casa de Joesley em Angra dos Reis, um château al mare construído em uma ilha, que o empresário comprara do apresentador Luciano Huck. A festa prosseguiu até o fim da noite. Só acabou depois de um jantar com camarões, lagostas e, claro, carnes especiais.
DF - CPI/PETROBRAS/JOS¿ CARLOS COSENZA - POLÕTICA - O presidente da CPI mista da Petrobras, senador Vital do RÍgo (PMDB-PB), durante depoimento do atual diretor de Abastecimento da Petrobras, JosÈ Carlos Cosenza, ¿ CPI, nas comiss¿es do Senado Federal, em BrasÌlia, nesta quarta-feira. Cosenza afirmou que conversou com o ex-titular do cargo Paulo Roberto Costa por cinco vezes depois que Costa deixou a estatal, em 2012. Ele disse ter se reunido duas vezes com o ex-diretor e falado ao telefone em outras trÍs ocasi¿es. 29/10/2014 - Foto: ANDR¿ DUSEK/ESTAD¿O CONTE¿DO
Delatado – O ministro Vital do Rêgo e sua esposa: voto a favor da continuidade do processo contra a JBS (André Dusek/Estadão Conteúdo)
Só por financiamentos e aportes suspeitos do BNDES que somam mais de 10 bilhões de reais, a J&F e sócios são alvo de quatro processos no TCU. As ações apuram o tamanho do prejuízo, o nome dos responsáveis e, demonstradas as irregularidades, tentarão recuperar o dinheiro. Em apenas uma das transações, o TCU já identificou um prejuízo de mais de 300 milhões de reais aos cofres públicos.
Procurado por VEJA, Dantas — cujo nome já havia aparecido nos documentos da delação da JBS por ter voado em um jatinho da companhia entre o Recife e Brasília — negou que o encontro tenha servido para tentar cooptá-lo. Ele ressalta que, ainda no ano passado, chegou a votar a favor do prosseguimento de uma investigação sobre a companhia.
Brasil, BrasÌlia, DF. 21/01/2015. O ministro do TCU, Bruno Dantas durante sess¿o ordin·ria no plen·rio do TCU para analisar caso no qual a Petrobr·s tentou impedir que o TCU enviasse informaÁ¿es sobre a rede de gasodutos Gasene, suspeito de irregularidades (superfaturamento de 1800%), a forÁa tarefa respons·vel pela OperaÁ¿o Lava Jato e tambÈm sobre concess¿o da Ponte Rio-Niteroi, em BrasÌlia. - CrÈdito:DIDA SAMPAIO/ESTAD¿O CONTE¿DO/AE/CÛdigo imagem:179190
Apenas passeio – O ministro Bruno Dantas e sua então namorada: o encontro não tinha objetivo de cooptação (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
O ministro Vital do Rêgo — citado na delação por ter recebido 8 milhões de reais das empresas de Joesley Batista durante sua campanha ao governo da Paraíba, em 2014 — não quis falar com VEJA. Em nota enviada após o fechamento da reportagem publicada na edição impressa da revista, ele afirmou que não mantém “amizade pessoal com o proprietário do grupo JBS e que se encontrou com o referido empresário apenas em ocasiões estritamente sociais”. Disse ainda que, por ter sido citado na delação, tem se declarado impedido de participar de julgamentos de processos de interesse da empresa. Na quarta-feira 18, Vital do Rêgo participou, no plenário do tribunal, de uma sessão que aprovou a abertura de mais uma investigação sobre os empréstimos concedidos pelo BNDES às empresas dos Batista. Sentado ao lado do relator, acompanhou com atenção a leitura dos detalhes do caso, mas não se pronunciou. Dantas, seu colega, não estava presente — ficará afastado do tribunal até o fim do ano, para participar de um curso no grão-ducado de Luxemburgo.
Em tempo, aquele seminário no Rio que antecedeu o passeio em Angra foi promovido pelo IDP, instituto do ministro Gilmar Mendes, do STF. O tema do seminário era o seguinte: mecanismos de defesa do interesse público.

Temer Só Revoga Portaria Do Trabalho Escravo Depois De Ser Salvo Pela Câmara




  • 21/10/2017
O Ministério do Trabalho aguarda o sinal verde do presidente Michel Temer para anunciar as mudanças sugeridas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, na portaria que alterou a definição do que pode ser enquadrado como trabalho escravo. As mudanças só devem ser feitas quando o titular da pasta, o deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), reassumir o comando do Ministério do Trabalho, o que só deve ocorrer na próxima quinta-feira (26). Ou seja, depois da votação da segunda denúncia contra Temer pela Câmara dos Deputados.
Isso porque Ronaldo Nogueira foi exonerado com outros ministros que são deputados federais a fim de reforçar o bloco aliado do presidente na votação da segunda denúncia contra ele apresentada pela Procuradoria Geral da República.


RAQUEL DODGE IMPÔS – Nesta semana, depois das críticas recebidas com a publicação da portaria, Nogueira recebeu sugestões de Dodge. Parte dessas sugestões será incorporada pelo governo. Nogueira também decidiu incluir propostas do corpo técnico do ministério.
Mantido o calendário de aguardar o retorno de Nogueira ao comando da pasta, Temer ganhará tempo junto à bancada ruralista, que representa sua principal base de apoio na votação da segunda denúncia.



Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira


Eu já vi muita coisa na vida aos meus 56 anos mais um Chefe de Estado que chantageia seu próprio Povo é ser muito baixo?

Polícia de Dubai testa moto voadora inspirada em Star Wars

Raquel Dodge modifica denúncia e livra Temer




Procuradora-geral considera ex-ministro chefe de organização criminosa, acusação que recaiu sobre Temer em denúncia de Janot
Na quinta-feira 19, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou um parecer ao Supremo Tribunal Federal em que pede a manutenção da prisão preventiva de Geddel Vieira Lima. Segundo ela, o ex-ministro “parece” ter assumido a posição de líder de uma organização criminosa.

Adversário de Michel Temer após o impeachment, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ironizou Dodge em sua conta no Twitter. “Engraçado… Nunca soube que Geddel era o Chefe. Para mim, o chefe dele era outro”, escreveu. “Era ouTro”, completou em uma segunda publicação, em referência à inicial do presidente, seu correligionário.


Indicada por Temer ao cargo que assumiu em setembro, a procuradora-geral desafia a versão de seu antecessor, Rodrigo Janot, sobre a liderança do esquema na Caixa Econômica Federal que levou à descoberta dos 51 milhões em espécie encontrados em um bunker ligado a Geddel e a seu irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima.

Em sua segunda denúncia contra Michel Temer, a ser apreciada pela Câmara até o fim deste mês, Janot aponta o presidente como líder de uma organização criminosa que teria abocanhado 170 milhões de reais em propina em esquemas relacionados à Caixa. Segundo o ex-procurador-geral, Temer era o líder da organização que incluía Geddel, o ex-deputado Eduardo Cunha, atualmente preso em Curitiba, e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves.
Em seu ofício, Dodge afirma que Geddel “fez muito em pouco tempo”, embora ainda não se saiba desde quando ou para quem a fortuna encontrada no apartamento na Bahia começou a ser guardada.
Segundo a procuradora-geral, está sendo investigada uma “poderosa organização criminosa que teria se infiltrado nos altos escalões da Administração Pública”. A procuradora-geral não cita Temer como integrante, apenas Cunha. “(A organização) seria integrada, segundo indícios já coligidos, por um ex-ministro de Estado e o ex-presidente da Câmara dos Deputados”, afirmou Dodge.
A segunda denúncia de Janot contra Temer procurou relacionar os desvios no banco, supostamente liderados pelo atual presidente, com os 51 milhões de reais em dinheiro vivo encontrados no bunker. Na acusação contra o PMDB da Câmara, o procurador-geral cita Funaro ao afirmar que o esquema no banco continuou mesmo após a saída de Geddel da Vice-presidência da Caixa. Em sua delação, o operador do PMDB afirmou que “tem certeza de que até a presente data Geddel continua a ter influência na área de crédito da Caixa Econômica Federal”.

Com base nesse relato, o procurador-geral mencionou a apreensão dos 51 milhões de reais e afirma: “Esse valores certamente guardam relação direta com os esquemas ilíticos operados pelos denunciados”, entre eles, o próprio Temer. Em seguida, Janot destaca uma foto das caixas e malas recheadas de notas encontradas no apartamento atribuído a Geddel.
A denúncia menciona também um trecho do relatório conclusivo da Polícia Federal, apresentado ao STF na segunda-feira 11, contra o PMDB da Câmara. A PF levantou a hipótese de o valor estar relacionado a outros ilícitos do grupo de Temer, inclusive envolvendo a ciência de Geddel e seu irmão, o deputado Lucio Vieira Lima.

Até o Financial Times diz que Justiça não pune tucano no Brasil




Proteção ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), a Michel Temer e a todos envolvidos no golpe “com Supremo, com tudo” representa uma ameaça econômica para o Brasil, segundo aponta o jornal britânico Financial Times; publicação coloca a notícia como a mais importante entre os temas internacionais e a ilustra com foto de Aécio, acusado de receber R$ 2 milhões em propinas da JBS, flagrado em grampo pedindo o dinheiro ao empresário Joesley Batista e depois salvo pelo Senado; Temer, por sua vez, está prestes a se livrar na Câmara da segunda denúncia da Procuradoria Geral da República


247 – Reportagem sobre o cenário político brasileiro publicada no Financial Times aponta para a ameaça econômica que vive o País diante do que o jornal britânico chama de “passos atrasados na briga contra a corrupção”.
A matéria, ilustrada com uma foto do senador Aécio Neves (PSDB-MG), destaca que a impunidade ao tucano no Senado esta semana revela que “as coisas podem não estar mudado tanto quanto as pessoas esperavam”.


O jornal lembra que Aécio foi flagrado numa ligação pedindo uma propina de R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS. E que foi punido pelo Supremo Tribunal Federal com o afastamento do mandato e o recolhimento noturno.
Mas, inexplicavelmente, decidiu dar a última palavra ao Senado para decidir se ele deveria ser suspenso. O Senado, que está empilhado com pessoas também sob investigação, decidiu manter o Sr. Neves”, prossegue o FT.
A reportagem não cita Temer, mas o mandante da presidência da República é outro político que, depois de dar o golpe em Dilma Rousseff, está prestes a se livrar – com base no voto de outros corruptos – da segunda denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República.