sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O Assassinato De Celso Daniel Integra Lista De Ao Menos 11 Mortes Suspeitas Ligadas Ao PT




  • 19/10/2017
Celso Daniel desapareceu em 18 de janeiro de 2002 para surgir morto – e torturado – dois dias depois. Ironia do destino, o primeiro inquérito policial foi concluído no primeiro de abril daquele ano. E tentaria vender a versão de que o prefeito de Santo André teria sido vítima de sete sequestradores trapalhões que levaram o milionário errado, arrependeram-se e resolveram o problema entregando a vítima para um menor disparar-lhe onze tiros.
A família, no entanto, defende que o petista fora vítima de crime político, uma vez que possuiria um dossiê sobre um esquema corrupto envolvendo empresas de transporte e o financiamento ao Partido dos Trabalhadores.


Fato é que aquela não foi a única morte estranha envolvendo o prefeito de Santo André. Pelo menos oito pessoas ligadas ao caso morreram misteriosamente nos anos seguintes:
  1. Dionísio Aquino Severo
    O sequestrador de Celso Daniel morreu três meses após o crime, segundo a versão oficial, vítima de uma “facção rival”.
  2. Sergio, o ‘Orelha’
    Acobertou o sequestrador após o crime e o fuzilaram em novembro de 2002.
  3. Otávio Mercier
    O investigador da Polícia Civil havia ligado para o sequestrador na véspera do assassinato e foi morto a tiros em sua casa.
  4. Antonio Palácio de Oliveira
    Trata-se do garçom que serviu Celso Daniel na noite do crime. Mataram-no em fevereiro de 2003.
  5. Paulo Henrique Brito
    Testemunhou a morte do garçom e o assassinaram três semanas depois.
  6. Iran Moraes Redua
    Agente funerário que reconheceu o corpo de Celso Daniel jogado na estrada e chamou a polícia. Foi morto em novembro de 2004.
  7. Carlos Delmonte Printes
    Era o legista que confirmou as torturas sofridas por Celso Daniel. Apareceu morto no próprio escritório em outubro de 2005.
  8. Josimar Ferreira de Oliveira
    O delegado que registrou a morte de Celso Daniel. Foi assassinado em janeiro de 2015.
O prefeito de Santo André, no entanto, não foi a primeira morte estranha envolvendo prefeitos petistas. Quatro meses antes, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, fora assassinado apenas 8 meses após assumir a prefeitura de Campinas. No inquérito, mais uma vez a polícia tentou vender a versão de que o político havia sido vítima de um crime comum. O caso repercutiu bem menos pois ocorrera na noite anterior ao 11 de setembro de 2001.
Contudo, muito se especula a respeito do que ocorreu há quase duas décadas em Rio Grande da Serra, o município menos conhecido dos sete que completam o “Grande ABC”. O prefeito José Carlos de Arruda foi assassinado num roteiro muito semelhante ao ocorrido com Celso Daniel.
“Carlão”, como era conhecido, foi sequestrado na noite de 30 de março de 1998 e, no primeiro de abril seguinte, surgiu torturado e morto com cinco tiros. Por muito tempo, o principal suspeito foi um empresário dono de uma empresa de transportes.
Apenas em 2010 alguns culpados foram para a cadeia. Segundo o Diário do Grande ABC“foram seis acusados de matar o ex-prefeito: dois executores, Reinaldo Dionísio Alves (o Pilica) e Zito; um intermediário, Ademir Miranda, o Brinquinho, e três mandantes, que eram vereadores do município na época do crime – Valdir Mitterstein, o Gaúcho, Ramon Velásquez e Expedito Oliveira.”
Todavia, o “ex-prefeito de Rio Grande da Serra, Ramon Velásquez, teve o processo arquivado pelo Tribunal de Justiça por falta de provas“. O próprio PT nacional cuidou da defesa de Velasquez usando o mesmo Márcio Thomaz Bastos que viria a ser ministro da Justiça de Lula.
Em 2016, em mais um primeiro de abril, a Lava Jato prendeu Ronan Maria Pinto, o dono do “Diário do Grande ABC”. O empresário teria chantageado Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho ameaçando contar o que sabia sobre a morte de Celso Daniel. Suspeitava-se que teria recebido R$ 6 milhões para ficar calado. Sérgio Moro o condenou a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro.
via implicante

Tchau, Queridos: Eleição De 2018 Terá ‘Serasa’ De Políticos Em Quem Não Votar




  • 20/10/2017
O movimento Vem Pra Rua, que organizou manifestações a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), vai criar até o fim deste ano uma espécie de Serasa dos políticos de Brasília. Em parceria com o site políticos.org.br, que organiza o Ranking dos Políticos, o Vem Pra Rua lançará na internet uma lista negativa dos deputados federais e senadores em quem não votar nas eleições de 2018. A relação já tem até nome escolhido: “Tchau, queridos”.
“A ideia é não permitir que o eleitor tenha memória curta em 2018”, diz o empresário Rogerio Chequer, líder do Vem Pra Rua. A lista negativa vai incluir apenas parlamentares federais com ficha suja na Justiça e que apresentem desempenho ruim no Congresso. Segundo Chequer, os critérios para classificar os maus políticos serão objetivos.


Vão ser levados em conta, por exemplo, o posicionamento de deputados e senadores em projetos de interesse da sociedade – tais como as Dez Medidas de Combate à Corrupção (propostas pela força-tarefa da Lava Jato e que foram desfiguradas em votação na Câmara), a criação do fundão eleitoral com R$ 1,7 bilhão de recursos públicos e as discussões sobre o fim do foro privilegiado.
“Uma votação como a que criou o fundo eleitoral, que foi aprovado de maneira simbólica [sem a identificação do nome dos parlamentares], tem de ser lembrada na eleição”, diz o líder do movimento.
O histórico de processos judiciais de deputados e senadores será o segundo critério fundamental para um político fazer parte da lista. Segundo Chequer, haverá ainda outros pontos a serem considerados, com menos peso, tal como as faltas em sessões legislativas e mudanças de partidos.

A lista negativa irá começar com alguns políticos e, aos poucos, será alimentada com mais nomes. Chequer afirma que haverá naturalmente parlamentares que estarão fora da relação – aqueles que, pelos critérios do levantamento, têm um bom desempenho. “De forma alguma nosso objetivo é ‘demitir’ o parlamento inteiro”, diz o líder do Vem Pra Rua. “Mas o fato de um político estar na lista será um selo negativo para ele.”

Vem Pra Rua Também Vai Dizer Em Quem Votar

Se por um lado o Vem Pra Rua vai apresentar nomes em quem não votar, o movimento também pretende incentivar o lançamento de nomes novos para as eleições de 2018 que se identifiquem com uma agenda comum em favor do Brasil. Esse trabalho deve ser desenvolvido juntamente com outras instituições.


PF acha anotações de valores da Odebrecht e Braskem na casa de Aécio




 Que o complicam

Anotações com valores de 200 mil e 510 mil relacionados à Odebrecht e à Braskem foram encontradas pela Polícia Federal na casa do senador Aécio Neves, durante buscas e apreensões no âmbito da Operação Patmos; no papel manuscrito, ao lado da anotação ‘CNO’ (Construtora Norberto Odebrecht), consta os nomes ‘Pimenta’ e ‘Direção Estadual’; ao lado de ‘Braskem, o tucano anotou ‘Direção Estadual’; para os investigadores, os valores ‘provavelmente’ são ‘monetários’ e são ‘possivelmente fruto de atividade ilícita’


247 – A Polícia Federal encontrou na casa do senador Aécio Neves, durante buscas e apreensões no âmbito da Operação Patmos, anotações com valores de 200 mil e 510 mil relacionados à Odebrecht e à Braskem. No papel manuscrito, ao lado da anotação ‘CNO’ (COnstrutora Norberto Odebrecht), consta os nomes ‘Pimenta’ e ‘Direção Estadual’. Ao lado de ‘Braskem, o tucano anotou ‘Direção Estadual’. Para os investigadores, os valores ‘provavelmente’ são ‘monetários’ e são ‘possivelmente fruto de atividade ilícita’.
As buscas e apreensões na casa de Aécio Neves se deram em maio, quando o senador foi afastado do cargo por decisão do ministro Luiz Edson Fachin, à época em que foi deflagrada a Patmos. No âmbito da Operação, o tucano foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, acionista da JBS. Os valores teriam sido repassados ao primo do senador, Frederico Pacheco, o Fred, e as primeiras tratativas teriam sido realizadas pela irmã do senador, Andrea Neves, ambos flagrados em ação controlada da Polícia Federal. Aécio foi denunciado por corrupção passiva por supostas propinas de R$ 2 milhões dos delatores.


A Polícia Federal enviou ao Supremo relatório sobre cada item encontrado na casa do senador e dos demais investigados na Patmos. Segundo o documento, um dos itens é uma ‘folha manuscrita é composta de três anotações com nomes e números podendo ser valores em moeda nacional’.

Fotógrafo flagra conversas de Aécio com Anastasia durante votação:





“Me defende”. Confira:



Afastado do mandato e proibido de sair à noite pela Primeira Turma do Supremo, o tucano permaneceu durante todo o dia recolhido em sua mansão no Lago Sul. Por celular, no entanto, ele recomendou a linha de discurso que um de seus aliados deveria seguir na tribuna, antes de a Casa decidir seu futuro no voto.
É o que revela uma sequência de imagens captadas pelo fotógrafo Cristiano Mariz, de VEJA. Nas fotos, o senador mineiro, Antonio Anastasia, é flagrado conversando pelo WhatsApp com Aécio Neves minutos antes da votação. O presidente afastado do PSDB parece ansioso enquanto orienta o fiel escudeiro. “Quem vai falar?”, questiona Aécio. “Sei que Telmário e eu. Mais dois”, diz Anastasia.

Aécio está preocupado em deixar evidente no discurso dos aliados o “direito” de poder se defender como senador das acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República. “Importante vc repetir aquele discurso. Por favor. Direito de Defesa”, escreve Aécio ao aliado. Companheiro aplicado, Anastasia responde com um breve “Ok” e relata a Aécio como será a votação: “O Tasso [Jereissati] vai falar. O Telmário também. São só cinco fé (provável erro de digitação) cada lado”. Aécio passa outra orientação: “Faz uma defesa mesmo que rápida da minha trajetória. Se puder Rs”, diz.
Antonio Anastasia seguiu o plano à risca e atacou a decisão do Supremo lembrando o “direito de defesa”: “No caso concreto do senador Aécio Neves, nós estamos diante de um processo em que já há denúncia aceita e em que a defesa está completa, no âmbito do processo? Em que todo o processo penal está já concluído, em andamento, e já com a defesa formalizada? Ainda não. Nós estamos ainda numa fase inaugural, preambular, inicial do processo. Por isso mesmo, as medidas cautelares que foram colocadas por alguns ministros do Supremo, a meu juízo, não têm cabimento neste momento”, discursou, lembrando a “garantia do direito de defesa é sagrada no regime democrático de direito”.


O senador tucano encerrou seu pronunciamento fazendo, conforme o pedido de Aécio, “uma defesa mesmo que rápida da minha trajetória”: “Também não posso deixar de acrescer a minha qualidade de testemunha, senhor presidente, do grande desempenho administrativo que teve o governador, à época, Aécio Neves à frente do governo e, de fato, o reconhecimento que os mineiros lhe deram, tanto que o trouxeram, com votação muito expressiva, ao Senado da República”.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Ou Mudam O Sistema De Nomeação De Membros Do STF, Ou Investigados Continuarão Escolhendo Seus Próprios Juízes



  • 19/10/2017
Em seu perfil no Facebook, e ainda baqueado por tantas decisões a beneficiar aqueles que mereciam a devida investigação de sua parte, Deltan Dallagnol desabafou: “Não surpreende que anos depois da Lava Jato os parlamentares continuem praticando crimes: estão sob suprema proteção”. Ao noticiar as palavras do procurador à frente da Lava Jato, o Antagonista resumiu: STF protege a ORCRIM.
ORCRIM é como Rodrigo Janot se referiu a “organização criminosa” em uma entrevista há alguns anos. O mesmo Janot que, antes de deixar a PGR, denunciaria ao menos quatro organizações criminosas atuando no executivo e no legislativo: uma ligada ao PMDB do Senado; outra, ao PMDB da Câmara Federal; uma, ao PT; e outra, ao PP. Os grupos encabeçados por Michel Temer e Lula atingem três governos e quatro mandatos presidenciais, uma vez que Dilma Rousseff surge na denúncia contra os petistas.

Ou seja, toda a estrutura necessária para que um ministro chegue ao Supremo Tribunal Federal estaria contaminada. Na atual composição, o STF tem um membro indicado por José Sarney, um indicado por Fernando Collor, um indicado por FHC, três indicados por Lula, quatro indicados por Dilma e um indicado por Temer. Como manda a lei, os onze foram referendados pelo Senado, ou a casa em que 87% dos ocupantes de alguma forma atuaram para tentar salvar Dilma, Aécio e até Delcídio.
A questão não é o Supremo proteger a “ORCRIM”, é o Supremo ser nomeado e referendado pela “ORCRIM”. Logo, o problema é sistêmico. Ou mudam a forma, ou o problema persistirá.

Tribunal que julgará Lula aumenta pena dada por Moro a ex-tesoureiro do PP


  • 19/10/2017
O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) aumentou nesta quinta-feira (19) a pena de João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, para 9 anos e 4 meses de prisão. Ele foi acusado de ter recebido pelo menos R$ 4,3 milhões em propina no esquema de corrupção na Petrobras.

Os desembargadores entenderam que o reú tinha condições sociais e intelectuais de reconhecer e resistir ao crime, mas que decidiu praticá-lo ainda assim. Por isso, decidiram aumentar a pena


Para o relator João Pedro Gebran Neto, “nem o fato de Genu ser réu no processo do Mensalão o inibiu da prática de condutas ilícitas à época, tendo seguido cobrando e recebendo valores de propina”.
Em dezembro de 2016, Genu havia sido condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro a oito anos e oito meses de prisão por corrupção e associação criminosa.
Em abril deste ano, o STF concedeu habeas corpus a Genu, que estava preso preventivamente.
O ex-assessor continuará utilizando a tornozeleira eletrônica até que o processo tenha fim na segunda instância. A defesa tem dois dias para entrar com embargos de declaração e 10 dias para entrar com embargos infringentes.

Somente ao final dos recursos será expedido ofício para que o juiz Sergio Moro decrete a prisão de Genu

DESEMBARGADOR DESBLOQUEIA BENS DE JOESLEY, FAMÍLIA E DO GRUPO J&F-FRIBOI




  • 19/10/2017
O desembargador Olindo Menezes, do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, (TRF1), desbloqueou os bens do empresário Joesley Batista, sua família, e do Grupo J&F. O confisco havia sido ordenado pelo juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal, de Brasília.