sexta-feira, 14 de julho de 2017

Entenda os próximos passos da denúncia contra Temer




Rito de votação foi definido em reunião, nessa quinta-feira (13), entre o presidente da Câmara e líderes partidários





POLÍTICA APÓS ETAPA NA CCJHÁ 3 HORASPOR NOTÍCIAS AO MINUTO

Depois que o relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-PR), sobre a denúncia de corrupção passiva contra o presidente da República, Michel Temer, foi rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nessa quinta-feira (13), o processo segue para votação no plenário da Câmara, o que ocorrerá no dia 2 de agosto.

O rito de votação também foi definido ontem, durante uma reunião entre o presidente da Casa, Rodrigo Maia, e líderes partidários. Confira o que ficou acertado:
Primeiro, a defesa de Temer terá 25 minutos para se manifestar. Depois, será a vez de o relator do parecer vencedor na CCJ, Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), ter outros 25 minutos para apresentar o voto.
Começará, então, a discussão entre os deputados inscritos. Pelo regimento, um requerimento para encerrar a fase de debates poderá ser votado, após dois parlamentares terem falado contra a denúncia e outros dois a favor.
Assim que for atingido o quórum de 342 deputados, começará a votação. O objetivo da espera por este quórum, segundo Maia, é evitar que a votação seja judicializada e questionada no Supremo Tribunal Federal.
O líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que a data definida é ruim para o governo. "Dá tempo para o país se mobilizar e conhecer relatório. Se o governo cedeu na data é porque sabe que não tem votos para dar o quórum de 342. Essa situação pode se agravar ainda mais", disse Guimarães.
Já o líder do governo, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), não considera o adiamento da votação para agosto como uma derrota do Planalto. Para Ribeiro, o importante era conquistar a vitória na CCJ.
"Do ponto de vista nosso, o importante era ter a vitória na Comissão de Constituição e Justiça em cima de um relatório que já tinha sido demonstrado muito frágil. Então nós vencemos essa etapa que é importante”, disse o líder.
Será autorizada a instauração do processo no Poder Judiciário se 342 parlamentares, dos 513 que compõem a Casa, votarem pelo prosseguimento da denúncia. A votação será nominal, pelo processo de chamada dos deputados. Estes devem responder "sim" ou "não", e os votos serão lidos em voz alta.
Em caso de recusa, o efeito ainda é incerto, segundo a assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal (STF), e pode ser definido pelos ministros ao analisar esse caso específico.
Conforme a Constituição, quando o presidente da República é acusado por crime comum, o julgamento cabe ao STF, mas é preciso a autorização da Câmara antes.

2ª Maior Manobra Política Em 20 Anos Garante Vitória De Temer Na CCJ






A segunda maior movimentação política dos últimos 20 anos. Foram 25 trocas de membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, às vésperas da votação sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer, acusado de corrupção passiva pelo Ministério Público Federal (MPF).
A manobra atingiu o resultado almejado pela base aliada do governo: a recusa do relatório favorável ao andamento do processo. Mas não rendeu somente bonus. Também “choveram” críticas e xingamentos por parte dos deputados da oposição, inconformados com a “dança das cadeiras”.

O deputado Major Olímpio (SP) foi um deles. Segundo a Folha de S. Paulo, ele disse ter sido tratado como “corno”, sendo o “último a saber” que seria retirado do posto que ocupava na CCJ, pelo seu partido, o Solidariedade, indo parar na cadeira de suplente. O objetivo era dar lugar a alguém que votasse a favor de Temer.
E assim foi feito com mais 24 parlamentares. O resultado se viu ao fim da votação: 40 votos contra e apenas 25 a favor do relatório de Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), favorável à aceitação da denúncia do MPF contra o presidente.
Ainda segundo o jornal, dos 40 membros do colegiado pró-Temer, 12 foram colocados nos últimos dias. A CCJ é formada por 66 parlamentares, mais 66 suplentes. Os partidos são os donos das cadeiras e podem mexer a gosto, mesmo contra a vontade do parlamentar.
“Este governo é bandido, é covarde”, bradou. “Cambada de bandido! Está tudo grudado no saco do governo! Quem manda é o Temer, esse bandido! É um lixo de governo! Quadrilha organizada!”, afirmou o deputado Delegado Waldir (PR-GO), que há dois anos era membro do colegiado e foi deposto.
A oposição ainda tentou barrar a manobra, entrando com ação no Supremo Tribunal Federal, mas a ministra Cármen Lúcia entendeu que o tema só diz respeito ao Congresso.
Com a repercussão negativa, mas aliviado, Temer respondeu às críticas e disse, por meio de sua assessoria, que “esse procedimento é atribuição exclusiva dos líderes partidários e que só eles podem responder pelas trocas feitas segundo o regimento da Câmara”.
No topo das maiores manobras políticas dos últimos 20 anos está o movimento orquestrado, também pelo governo Temer, no fim do ano passado, quando partidos fizeram 34 substituições para aprovar a reforma da Previdência.


                                            Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira!

Pela primeira vez na história da República brasileira, temos um presidente denunciado criminalmente por atos de corrupção cometidos no exercício do mandato. Sai um homem de confiança do Temer da cadeia e entra outro e assim por diante. Isso bastaria para que Michel Temer tomasse a decisão de renunciar para abreviar a crise, Michel Temer faz parte do Grupo de bandidos dos Batistas. Assim, se os irmãos Batistas entregaram seus comparsas, melhor para o Brasil, pois preferível o pior à dura verdade, do que uma eternização da mentira e corrupção. O Brasil passou pela trajetória do Impeachment da Dilma e passará também pela trajetória do afastamento do Temer (Artigo 81 CF), pois caso contrário será uma catástrofe MORAL e ÉTICO para o Brasil. Não podemos e eu não defendo qualquer tipo de corrupção ou safadeza de um líder político, independente do Partido.  Afinal, o próprio presidente declarou há meses que ministros denunciados na Lava Jato teriam que renunciar. Agora, o próprio presidente foi atingido, mas ao contrário do que afirmou, promete resistir, junto com seus ministros, muitos deles na mesma situação.


É como eu sempre digo: Político corrupto deve ser enxergado com o mesmo ódio e repulso que enxergamos os assassinos, estupradores ou os pedófilos. Pois é isso que eles são, a escória da humanidade. Suas ações corruptas dão inicio a acontecimentos trágicos para a nossas vidas, a criança que morre fome em um país prospero como o nosso, foi porque um vagabundo desses surrupiou milhões para sua conta. a idosa que morre na fila de um hospital por falta de médicos, leitos e remédios foi porque um vagabundo desses meteu a mão nos cofres públicos. A mulher que é estuprada na esquina por falta de uma viatura policial foi porque um político patife desviou milhões para sua conta fantasma no exterior, para comprar carrões, iates e joias caras para sua prostituta de luxo. Eles são a causa primária desse degradante efeito borboleta.. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país?


Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira

Aliados Não Faltarão A Vossa Excelência, Diz Jucá A Temer




POLÍTICA


O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), fez uma forte declaração de apoio ao presidente Michel Temer. “Tenho sido testemunha de sua coragem com o Brasil. Em um ano, vossa excelência tem feito essa história para o bem”, disse Jucá em discurso no evento para sanção da reforma trabalhista no Palácio do Planalto.
“Digo ao senhor presidente, persevere no caminho do bem. Em um ano, aprovamos questões como o teto de gastos, políticas sociais importantes e a reforma trabalhista. Digo ao senhor que os partidos da base não faltarão a vossa excelência. A grande maioria dos congressistas brasileiros ajudarão a avançar nas reformas que precisamos”, disse o senador. “O Brasil não pode parar agora e temos de construir um novo futuro. Que Deus abençoe essa Lei”, disse Jucá.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

CCJ barra denúncia contra Temer; veja como votaram os deputados





POLÍTICA13/JUL/2017 ÀS 22:06


Após liberar bilhões em emendas parlamentares e conseguir trocar 20 membros da CCJ, governo conseguiu barrar a denúncia contra Michel Temer por 40 votos a 25. Veja como votaram os deputados e saiba o que acontece agora


ccj michel temer denúncia


Depois de bilhões em emendas parlamentares liberadas e mais de 20 trocas de deputados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o governo conseguiu mobilizar a base aliada para rejeitar, no início da noite desta quinta-feira (13), o relatório do deputado Sérvio Zveiter (PMDB-RJ) pela admissão da denúncia contra o presidente Michel Temer, suspeito de ter cometido o crime de corrupção passiva.
Barrado por 40 votos a 25, o parecer foi substituído por outro, favorável ao arquivamento da acusação. Aprovado pela maioria governista, o texto patrocinado pelos governistas agora será levada ao plenário para a votação definitiva.
Encerrada a fase da CCJ, entram em cena as discussões de plenário sobre o novo relatório aprovado, que pede o arquivamento da denúncia.
Caso queira se safar do processo no Supremo Tribunal Federal em pleno mandato, Temer precisa que ao menos 172 dos 513 deputados se disponham a votar contra a denúncia e se expor à defesa de um dos mais impopulares presidente da história, com mais de 90% de rejeição Brasil afora.

DEPUTADOS QUE SALVARAM MICHEL TEMER

Alceu Moreira (PMDB-RS)
Andre Moura (PSC-SE)
Antonio Bulhões (PRB-SP)
Arthur Lira (PP-AL)
Beto Mansur (PRB-SP)
Bilac Pinto (PR-MG)
Carlos Bezerra (PMDB-MT)
Carlos Marun (PMDB-MS)
Carlos Melles (DEM-MG)
Cleber Verde (PRB-MA)
Cristiane Brasil (PTB-RJ)
Daniel Vilela (PMDB-GO)
Danilo Forte (PSB-CE)
Darcisio Perondi (PMDB-RS)
Delegado Éder Mauro (PSD-PA)
Domingos Neto (PSD-CE)
Edio Lopes (PR-RR)
Elizeu Dionizio (PSDB-MS)
Evandro Gussi (PV-SP)
Evandro Roman (PSD-PR)
Fabio Garcia (PSB-MT)
Fausto Pinato (PP-SP)
Genecias Noronha (SD-CE)
Hildo Rocha (PMDB-MA)
José Carlos Aleluia (DEM-BA)
Juscelino Filho (DEM-MA)
Laerte Bessa (PR-DF)
Luiz Fernando Faria (PP-MG)
Magda Mofatto (PR-GO)
Maia Filho (PP-PI)
Marcelo Aro (PHS-MG)
Milton Monti (PR-SP)
Nelson Marquezelli (PTB-SP)
Paes Landim (PTB-PI)
Paulo Abi-ackel (PSDB-MG)
Paulo Maluf (PP-SP)
Rogério Rosso (PSD-DF)
Ronaldo Fonseca (PROS-DF)
Thiago Peixoto (PSD-GO)
Toninho Pinheiro (PP-MG)

DEPUTADOS QUE VOTARAM A FAVOR DA DENÚNCIA

Afonso Motta (PDT-RS)
Alessandro Molon (Rede-RJ)
Betinho Gomes (PSDB-PE)
Chico Alencar (Psol-RJ)
Fábio Sousa (PSDB-GO)
José Mentor (PT-SP)
Jutahy Junior (PSDB-BA)
Júlio Delgado (PSB-MG)
Laercio Oliveira (SD-SE)
Luiz Couto (PT-PB)
Marco Maia (PT-RS)
Marcos Rogério (DEM-RO)
Maria do Rosário (PT-RS)
Patrus Ananias (PT-MG)
Paulo Teixeira (PT-SP)
Pompeo de Mattos (PDT-RS)
Renata Abreu (Pode-SP)
Rocha (PSDB-AC)
Rubens Bueno (PPS-PR)
Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA)
Sergio Zveiter (PMDB-RJ)
Silvio Torres (PSDB-SP)
Tadeu Alencar (PSB-PE)
Valmir Prascidelli (PT-SP)
Wadih Damous (PT-RJ)

Delação de Cunha cita 70 deputados, diz coluna





Deputado cassado está negociando colaboração com o Ministério Público





POLÍTICA COLABORAÇÃOHÁ 47 MINSPOR NOTÍCIAS AO MINUTO


A delação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está avançando no Ministério Público. De acordo com informações da coluna Blog Esplanada, do jornal O Dia, a colaboração do ex-parlamentar compromete 70 deputados.


No documento, Cunha cita nominalmente parlamentares que o ajudaram a aprovar projetos – em especial Medidas Provisórias – de interesses de empresários em troca de benefícios.
Ainda de acordo com o jornal, o conteúdo da delação também preocupa atual presidente da Casa, Rodrigo Maia 

Deputados da CCJ devem rejeitar denúncia contra Temer por corrupção




DENÚNCIA CONTRA TEMER


Trocas de última hora de integrantes na Comissão podem garantir vitória a presidente nesta quinta



Denúncia contra Temer na CCJ


A política foi dominada nesta quarta-feira pela condenação do ex-presidente Lula, mas fora dos holofotes o presidente Michel Temer e seus aliados lutavam arduamente para evitar destino semelhante. E arena da sua batalha é a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, cuja sessão se estendeu até a madrugada desta quinta. Os trabalhos foram retomados nesta manhã e a expectativa é votar hoje mesmo se aceitam, ou não, a denúncia feita pela Procuradoria Geral da República contra Temer por corrupção. Seus aliados já cantam vitória. Dos 66 deputados que formam a CCJ, 40 devem rejeitar a denúncia, após trocas de última hora de integrantes da Comissão, promovidas por partidos aliados ao presidente.


A base que hoje luta para sustentar Temer (PMDB) na presidência da República é a mesma que elegeu Eduardo Cunha (PMDB-RJ) presidente da Câmara em 2015 e, até o último momento, tentou manter o cargo dele de deputado federal. Cassado, condenado por corrupção em primeira instância por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, Cunha está preso em Curitiba. Enquanto, em Brasília, Temer tenta se segurar no cargo e impedir o prosseguimento na Câmara dos Deputados da denúncia de que ele teria cometido o crime de corrupção passiva ao, supostamente, aceitar 500.000 reais de propina da JBS.
Mas são as legendas de centro direita como o PP, o PR, o Solidariedade, o PSD, o PRB e o PTB protagonizaram na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) uma série de trocas para reverter ao menos 11 votos que eram dados como certos contra o presidente e a favor de acatar a denúncia contra ele. No início deste ano, vários deputados decretaram o fim do centrão. Agora, são os parlamentares desse conglomerado que dão uma sobrevida ao presidente na Comissão de Constituição e Justiça. Assim, o placar que antes seria contrário a Temer deverá ser favorável ao presidente. Os opositores contam com no máximo 26 votos. “Não tem como ganhar com tanta troca de última hora. Vamos brigar agora no plenário”, diz o deputado Julio Delgado (PSB-MG). No plenário, são necessários 342 votos para autorizar o Supremo Tribunal Federal a julgar se aceita ou não a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Temer.
Nesse cenário, nem mesmo os apoios de deputados rebeldes do PPS, do DEM e do PSDB (três legendas que oscilam entre a independência e a base governista) conseguirão virar o jogo para os opositores na CCJ. Além de trocar deputados no colegiado, os partidos do centrão, juntamente com o PMDB, decidiram colocar seus parlamentares contra a parede. É o que na política do Planalto Central se chama de “fechamento de questão”. Ou seja, quem não seguir a orientação partidária pode ser punido.
Os peemedebistas decidiram que quem votar a favor do relatório de Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que pede a abertura do processo contra o presidente, será punido pelo conselho de ética do partido com a suspensão por 90 dias ou até a expulsão. O próprio Zveiter pode ser expulso. O mesmo poderá ocorrer com membros do PSD, do PP e do PR. Juntos esses partidos têm 185 votos no plenário e 23 na CCJ.
Um fato curioso entre os peemedebistas é que, enquanto ameaçam punições na atual conjuntura, em um passado recente, nada fizeram contra os que deixaram de seguir as ordens do partido ou que foram condenados por crimes. Eduardo Cunha e o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, outro condenado pela Lava Jato, continuam filiados ao PMDB. No ano passado, a senadora Katia Abreu (PMDB-TO) sofreu um processo interno por descumprir a ordem peemedebista de entregar os ministérios na gestão Dilma Rousseff (PT). Abreu era ministra da Agricultura, e seguiu no Governo até seus últimos momentos e não foi punida.

PSDB fora

Enquanto o centrão fortalece Temer, o PSDB, até então principal aliado da gestão federal, já está com mais de meio corpo fora da base aliada. Na última reunião da bancada tucana na Câmara, as queixas eram frequentes sobre a ausência de uma decisão final do partido sobre a entrega de cargos, incluindo os quatro ministérios que ainda ocupam. Dos 46 deputados do PSDB, ao menos 30 já disseram que são a favor da abertura da investigação de Temer. Nesse grupo, estão inclusos os cinco dos seis membros do partido na CCJ.
A debandada tucana deveria ter ocorrido nesta semana, mas, primeiro, os congressistas decidiram esperar a votação da reforma trabalhista no Senado – o que ocorreu na terça-feira. Depois, alegaram que precisavam aguardar um posicionamento oficial da CCJ. No fim, as definições deverão ocorrer só na próxima semana, quando a denúncia deve ser levada ao plenário da Câmara e votada na segunda-feira. A oposição tentará protelar essa análise para agosto, quando os parlamentares retornam do recesso de duas semanas.
Durante toda a quarta-feira, na CCJ, deputados discursaram contra e a favor do relatório de Zveiter. Ao menos 109 estavam inscritos para discursos que duravam de 10 minutos a 15 minutos – os que falavam menos tempo não eram membros do colegiado. As discussões deverão se estender até sexta-feira, quando está prevista a votação do relatório de Zveiter. Até a noite desta quarta, nove votos em separado (distintos do apresentado pelo relator) foram apresentados no plenário. Caso o documento de Zveiter seja rejeitado, um desses votos alternativos pode ser aprovado.

                                       Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira!

Pela primeira vez na história da República brasileira, temos um presidente denunciado criminalmente por atos de corrupção cometidos no exercício do mandato. Sai um homem de confiança do Temer da cadeia e entra outro e assim por diante. Isso bastaria para que Michel Temer tomasse a decisão de renunciar para abreviar a crise, Michel Temer faz parte do Grupo de bandidos dos Batistas. Assim, se os irmãos Batistas entregaram seus comparsas, melhor para o Brasil, pois preferível o pior à dura verdade, do que uma eternização da mentira e corrupção. O Brasil passou pela trajetória do Impeachment da Dilma e passará também pela trajetória do afastamento do Temer (Artigo 81 CF), pois caso contrário será uma catástrofe MORAL e ÉTICO para o Brasil. Não podemos e eu não defendo qualquer tipo de corrupção ou safadeza de um líder político, independente do Partido.  Afinal, o próprio presidente declarou há meses que ministros denunciados na Lava Jato teriam que renunciar. Agora, o próprio presidente foi atingido, mas ao contrário do que afirmou, promete resistir, junto com seus ministros, muitos deles na mesma situação.


 É como eu sempre digo: Político corrupto deve ser enxergado com o mesmo ódio e repulso que enxergamos os assassinos, estupradores ou os pedófilos. Pois é isso que eles são, a escória da humanidade. Suas ações corruptas dão inicio a acontecimentos trágicos para a nossas vidas, a criança que morre fome em um país prospero como o nosso, foi porque um vagabundo desses surrupiou milhões para sua conta. a idosa que morre na fila de um hospital por falta de médicos, leitos e remédios foi porque um vagabundo desses meteu a mão nos cofres públicos. A mulher que é estuprada na esquina por falta de uma viatura policial foi porque um político patife desviou milhões para sua conta fantasma no exterior, para comprar carrões, iates e joias caras para sua prostituta de luxo. Eles são a causa primária desse degradante efeito borboleta.. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país?

Mais Um Resultado Do Excelente Trabalho Do Juiz Sérgio Moro






O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado hoje pelo juiz Sergio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão no processo sobre o apartamento tríplex em frente à praia de Astúrias, região de classe média no Guarujá (SP). O juiz decretou ainda o confisco de imóvel do imóvel, multas e o impedimento do ex-presidente de exercer cargo ou função pública. O juiz sentenciou Lula a cumprir pena em regime fechado, mas ponderou que se aguarde a decisão das apelações, já que o ex-presidente deve recorrer da decisão.
“Entretanto, considerando que a prisão cautelar de um ex­-presidente da República não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação. Assim, poderá o ex­-presidente Luiz apresentar a sua apelação em liberdade”.

Na sentença de 217 páginas, Moro escreveu que “é de todo lamentável que um ex-presidente da República seja condenado criminalmente, mas a causa disso são os crimes por ele praticados e a culpa não é da regular aplicação da lei”.
Ele disse também que “a presente condenação não traz a este julgador qualquer satisfação pessoal, pelo contrário”.
Moro também criticou a atuação dos advogados do ex-presidente. “Tem ele [Lula], orientado por seus advogados, adotado táticas bastante questionáveis, como de intimidação do ora julgador, com a propositura de queixa­ crime improcedente, e de intimidação de outros agentes da lei, procurador da República e delegado, com a propositura de ações de indenização por crimes contra a honra”, escreveu o juiz federal.
É a primeira condenação do petista. Moro acolheu as alegações da força-tarefa da Lava Jato de que o presidente recebeu o imóvel da OAS, uma das empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras, e ocultou a propriedade do bem.
A força-tarefa pediu que Lula cumprisse a pena em regime fechado, mas o ex-presidente tem direito a recurso – o que significa que ele só será preso se o Tribunal Regional Federal da 4a Região, a instância à qual está vinculada a Justiça Federal do Paraná, confirmar a condenação.
Evaristo Sá / AFP / Getty Images
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula recebeu R$ 3,7 milhões em propinas da OAS para beneficiar a empresa em negócios com a Petrobras. Além do apartamento, Lula teria sido beneficiado pela construtora no armazenamento de seu acervo presidencial, entre 2011 e o ano passado.
De acordo com os investigadores, Lula é o dono tríplex no Guarujá, construído pela OAS.
Evaristo Sa / AFP / Getty Images
Ao todo, a corrupção envolvendo a OAS chegou a R$ 86 milhões, segundo o MPF. Os procuradores pediram então que Moro também condenasse Lula e os outros réus no processo ao pagamento desse montante a Petrobras. Entre os réus estão o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e dono da OAS, Léo Pinheiro.
Inicialmente, em 2005, a família Lula comprou cotas para o apartamento do condomínio que seria construído pela Bancoop, a cooperativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo. A compra foi feita pela ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro.
A Bancoop não honrou o compromisso desse e de outros empreendimentos. A obra foi assumida pela OAS. A cobertura tríplex da torre de apartamento em frente ao mar passou a receber tratamento especial, com reformas, inclusão de um elevador interno, e móveis planejados de alto padrão.
Imagens e depoimentos colhidos pelo MPF mostram que Lula chegou a visitar o imóvel.
A visita de Lula ao apartamento do Guarujá.
Reprodução
A visita de Lula ao apartamento do Guarujá.
O dono da empreiteira, Léo Pinheiro, afirmou em seu depoimento que foi dado o tratamento especial porque o apartamento era de Lula. Em suas alegações finais, sua defesa reafirmou a acusação e pediu que a colaboração do empresário seja levada em conta no momento da sentença.
O ex-presidente negou ser dono do tríplex e chegou a afirmar ao juiz Sergio Moro que colocou “500 defeitos” no apartamento para não compra-lo, que o considerava pequeno para a família e que sequer necessitaria de um elevador interno no apartamento.
Já o armazenamento do acervo presidencial foi custeado pela OAS a pedido do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. A defesa de Okamotto disse não ver “qualquer ilegalidade” no armazenamento do acervo.

A Acusação

A força-tarefa da Lava Jato atribuiu a Lula o papel de “comandante máximo do esquema de corrupção” na Petrobras e pediu punição que “não pode ser branda e neutra”. Nas alegações finais, a acusação afirmou que “ao lotear a administração pública federal direta e indireta, com propósito criminoso, Lula distribuiu para o PT e para os demais partidos de sua base, notadamente o PP e o PMDB, verdadeiros postos avançados de arrecadação de propinas ou vertedouros de recursos escusos”.
O procurador da República Deltan Dallagnol é o coordenador da força-tarefa da Lava Jato.
Heuler Andrey / AFP / Getty Images
O procurador da República Deltan Dallagnol é o coordenador da força-tarefa da Lava Jato.

A Defesa

O ex-presidente alegou inocência. A defesa de Lula, durante toda a tramitação do processo, acusou o julgamento de ser político e disse que o ex-presidente era vítima de “lawfare”, quando os meios jurídicos são usados para uma perseguição que, neste caso, seria política. Os advogados do petista apontaram ainda que o apartamento permanece sob propriedade da OAS e foi apresentado à Caixa para aval de empréstimo.
Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, dois dos advogados de Lula.
Filipe Araújo/Fotos Públicas
Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, dois dos advogados de Lula.

A História

O processo do tríplex começou a tramitar na Justiça Federal do Paraná em setembro do ano passado, quando a força-tarefa apresentou a denúncia ao juiz Sergio Moro, mas as investigações ocorrem desde antes.
O estilo aguerrido tanto da defesa quanto da acusação marcou os depoimentos tomados pelo juiz Sergio Moro na Justiça Federal de Curitiba. Em diversos momentos, os advogados de Lula discutiram com procuradores e com o juiz.
Esse período foi pontuado também por polêmicas. Entre elas, a condução coercitiva de Lula, em março passado; a divulgação de conversa gravada com autorização judicial entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff; e a tentativa de Dilma de nomear o ex-presidente chefe da Casa Civil, o que lhe traria foro privilegiado fazendo com que o processo saísse das mãos de Moro e seguisse para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Reprodução
O powerpoint apresentado pelo procurador da República Deltan Dallagnol no dia da denúncia contra Lula em setembro passado alimentou a internet com memes, críticas e demonstrações de apoio.
O depoimento de Lula ao juiz Sergio Moro, no dia 10 de maio, foi outro ponto forte da história do tríplex. Em Curitiba, onde ocorreu a audiência, havia manifestações pró e contra o petista. Lula foi à cidade seguido por uma caravana de dezenas de parlamentares e líderes de movimentos sociais.
Lula com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ao fundo, o líder do MST João Pedro Stédile.
Nacho Doce / Reuters
Lula com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ao fundo, o líder do MST João Pedro Stédile.

Leia A Íntegra Da Sentença.