sexta-feira, 30 de junho de 2017

'Ele morre, mas não delata', diz defesa de Loures



O advogado de defesa, Cezar Bitencourt, disse também que o parlamentar tá numa cela com más condições





POLÍTICA PRISÃOHÁ 30 MINSPOR NOTÍCIAS AO MINUTO

O deputado Rodrigo da Rocha Loures (PMDB-PR) está a passar mal, segundo relatos de quem o visitou na prisão. Segundo publicado na Folha de S. Paulo, quem já ficou nas mesmas condições foi o ex-senador Delcídio do Amaral, que também passou mal, chegou a ter uma crise de claustrofobia.


Loures ficou as últimas duas semanas numa cela sem janela, com pouca ventilação, sem banheiro nem chuveiro, na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Sobre um possível acordo de delação, o advogado de defesa do deputado, Cezar Bitencourt, disse que o parlamentar "morre, mas não delata".
Ele afirma que o cliente foi sempre muito bem tratado pela Polícia Federal, mas que a carceragem do órgão não está aparelhada para a permanência de um detento. "É um local de passagem de presos, que deveriam ficar lá no máximo dois dias", afirma.
Bitencourt conta que Loures não teve direito a banho de sol. No fim de semana, não pôde receber a visita de familiares e teve livros recolhidos. "Depois de lá teremos que levá-lo a um hospital", afirma.





Michel Temer: Parabéns! Você chegou à Presidência da República não por méritos pessoais? Muito menos pelo PMDB!


Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira

O TSE perdoa Temer: Cinco grandes lições de como funciona o Brasil

TSE perdoa Temer:

 Cinco grandes lições de como funciona o Brasil

Para quem acompanha a política nacional, esta sexta (9) foi um dia bem instrutivo.
Foram, ao menos, cinco grandes lições de como o país funciona:

1) A justiça não é cega – O Tribunal Superior Eleitoral contrariou o relator Herman
Benjamin (https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/06/09/relator-vecaixa-2-e-pede-cassacao-da-chapa-dilma-temer.htm)
e absolveu a campanha de
Dilma Rousseff e Michel Temer de crime eleitoral por 4 votos a 3. Isso garantiu uma
sobrevida ao governo de Temer. Para isso, foi ignorada farta quantidade de provas
e evidências apresentadas, mostrando que PT e PMDB se beneficiaram de caixa 2
na eleição de 2014. A vitória só foi possível graças à atuação
constrangedora de Gilmar Mendes, amigo pessoal de Temer, que acumulou as
funções de presidente da corte e advogado de defesa. Aviso: quem disser a
frase ''Se Dilma Rousseff fosse a presidente, a decisão teria sido outra'', corre o
risco de ser processado pelo digníssimo.

2) Vida de jornalista vale pouco – Durante a sessão do julgamento desta sexta, o
ministro do TSE Napoleão Maia confessou seu desejo de decapitar ou degolar
(https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/06/09/apos-filho-serbarrado-no-tse-ministro-desabafa-em-plenario-e-faz-gesto-da-ira-do-profeta.htm)
Jornalistas. Por conta de uma denúncia veiculada – de que delatores da JBS haviam
envolvido seu nome em um caso de tráfico de influência – Maia desejou que
''desabe a ira do profeta'' sobre os profissionais de imprensa envolvidos. Ele, que é
cristão, apelou a Maomé – demonstrando o melhor do sincretismo religioso
tupiniquim. E enquanto falava da ira, simulou o gesto de uma lâmina cortando a
própria garganta.

3) O cinismo político não tem limites – Temer, talvez sentindo-se revigorado pelo
vento favorável que soprava do TSE, devolveu em branco as 82 perguntas que a
Polícia Federal fez a ele (https://noticias.uol.com.br/politica/ultimasnoticias/2017/06/09/temer-nao-responde-perguntas-da-pf-e-pede-arquivamento-deinquerito-no-stf.htm)
no inquérito sobre suspeita de seu envolvimento em corrupção,
organização criminosa e obstrução de Justiça. Ele já havia pedido uma extensão de
prazo para enviar as respostas. Agora, afirmando que as questões se desviaram do
tema, solicitou arquivamento do inquérito. Em sua petição, seus advogados
reclamaram que ele é ''alvo de um rol de abusos e agressões aos seus direitos
individuais e à sua condição de mandatário da nação''.

4) Ética não pode prejudicar negócios – Reportagem da BBC, publicada nesta
sexta (https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2017/06/09/com-ou-sem-temerpara-mercado-o-que-interessa-e-aprovacao-das-reformas.htm),
mostra o que pensa
o mercado sobre Temer. ''Quem é o presidente do país fica em segundo plano'',
afirmou um empresário. ''Como pessoa física, está todo mundo enojado'', explicou
um segundo. ''Se vamos prender todo mundo, não sobra ninguém'', ponderou um
terceiro. ''Atrapalhou muito, foi decepcionante'', avaliou um quarto. ''Quem vai
conquistar apoio não é ele, são as reformas propriamente ditas. Passadas as
medidas, vamos ver se os outros seguirão apoiando um presidente não legítimo'',
2017­6­10 TSE perdoa Temer: Cinco grandes lições de como funciona o Brasil ­ Cotidiano ­ Cotidiano
https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2017/06/09/tse­perdoa­temer­cinco­grandes­licoes­de­como­funciona­o­brasil/ 2/2
cravou um quinto. O mercado, na verdade, professa a crença da imortalidade das
reformas: se Temer voltar ao pó, elas reencarnarão no corpo de outra pessoa.
Como Rodrigo Maia, Tasso Jereissati, Cármen Lúcia, Fernando Henrique, Nelson
Jobim, Henrique Meirelles ou o próprio Gilmar Mendes.

5) O Congresso vive em um universo paralelo – O mesmo forno a lenha.

Pode um bom Muçulmano ser um bom Americano, Canadense ou Inglês ou Brasileiro?





Texto esclarecedor!
"Pode um bom Muçulmano ser um bom Americano, Canadense ou Inglês ou Brasileiro?
Esta questão foi enviada a um amigo que trabalhou na Arábia Saudita por 20 anos. O texto abaixo é a resposta dele.
Teologicamente – não. Porque a sua fidelidade é para com Alá, o deus lua da Arábia.
Religiosamente – não. Porque nenhuma outra religião é aceita pelo seu Alá, exceto o Islã.(Corão, 2:256)
Com relação às Escrituras – não. Porque a sua fidelidade é para com os cinco Pilares do Islã e com o Corão.
Geograficamente – não. Porque sua fidelidade é para com Meca, para a qual ele se vira cinco vezes por dia para orar.
Socialmente – não. Porque sua fidelidade ao Islã o proíbe de fazer amigos Cristãos ou Judeus.
Politicamente – não. Porque ele deve se submeter aos mulás (líderes espirituais), que pregam a aniquilação de Israel e a destruição da América, o Grande Satã.
Domesticamente – não. Porque ele é instruído a casar com quatro Mulheres e bater e açoitar sua esposa quando ela o desobedece. (Corão 4:34)
Intelectualmente – não. Porque ele não pode aceitar a Declaração de Direitos Canadense, ou a Constituição Americana, uma vez que ela é baseada em princípios da Bíblia e ele acredita que a Bíblia é corrupta.
Filosoficamente – não. Porque o Islã, Maomé e o Corão não permitem liberdade de religião e expressão. A Democracia e o Islã não podem coexistir. Todo governo Muçulmano é, ou ditatorial, ou autocrático.
Espiritualmente – não. Porque quando nós declaramos [ser] "Uma nação sob Deus", o Deus Cristão é de amor e bondoso, enquanto que Alá nunca é mencionado como "Pai Celeste", nem é chamado de "amor" nos 99 excelentes nome do Corão.
Portanto, depois de muito estudo e deliberação ... Talvez nós devamos ter muita desconfiança sobre TODOS OS MUÇULMANOS neste país. Eles obviamente não podem ser "bons Muçulmanos" E "bons Americanos, bons Canadenses ou bons Ingleses, bons brasileiros". Você pode chamar isto do que quiser, mas ainda é a verdade. E é bom que você acredite nisto. Quanto mais pessoas acreditarem nisto, melhor será para o nosso país e para o nosso futuro.
A guerra religiosa é maior do que [tudo] aquilo que nós conhecemos ou compreendemos!
Nota de Rodapé: Os

Ministro do STF Marco Aurélio rejeita prisão de Aécio e determina retorno do senador ao mandato




 Reuters 1 hora 15 minutos atrás

George Gianni / PSDB
George Gianni / PSDB
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF Marco Aurélio Mello rejeitou o pedido de prisão apresentado pela Procuradoria-Geral da República contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e determinou o retorno do parlamentar às atividades do seu mandato.
Aécio havia sido afastado do Senado por ordem do STF no dia 18 de maio, na esteira das revelações feitas por delatores da JBS.
(Reportagem de Ricardo Brito)

Cidades têm protestos contra reformas do governo Temer







Cidades têm protestos contra reformas do governo Temer

Manhã desta sexta-feira (30), cidades de 18 estados e o Distrito Federal tiveram protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Michel Temer.
Foram registrados atos no DF e nos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
Veja a situação em cada estado (lista em atualização):
ALAGOAS
Por volta das 6h, manifestantes fecharam os dois sentidos da Avenida Fernandes Lima, em Maceió. Também houve bloqueio na Avenida Assis Chateaubriand, no Pontal da Barra. A organização do movimento e a polícia não informaram o número de pessoas nos atos.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a BR-101 em Rio Largo, no km 75, foi bloqueada às 5h40 e liberada às 7h40.
Rodoviários paralisam as atividades entre as 8h e 12h. Servidores da Eletrobras e da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) também aderiram à paralisação.
Pista em frente a Eletrobras foi interditada com pneus (Foto: Heliana Gonçalves/TV Gazeta)Pista em frente a Eletrobras foi interditada com pneus (Foto: Heliana Gonçalves/TV Gazeta)
Pista em frente a Eletrobras foi interditada com pneus (Foto: Heliana Gonçalves/TV Gazeta)
BAHIA
Rodoviários pararam os ônibus em fila na Avenida ACM (região do Iguatemi), no sentido Paralela, em Salvador, por volta das 6h30. Um grupo de manifestantes fechou todas as vias da região. Em outros locais da cidade, os ônibus circulam normalmente. O ato foi organizado por centrais sindicais e movimentos sociais.

A estação de trens do Subúrbio de Salvador não abriu nesta sexta-feira e não há circulação dos veículos ferroviários. Mas o sistema de metrôs opera normalmente.

a região metropolitana, manifestantes bloquearam o cruzamento da região de Mataripe, em Madre de Deus, por volta das 5h.
Dia de paralisações: manifestantes param o trânsito na região do Iguatemi
CEARÁ
Protestos fecharam vias de Fortaleza nesta manhã. Houve congestionamentos nas Avenidas 13 de Maio, da Universidade, Visconde do Rio Branco, Imperador e Domingos Olímpio em Fortaleza. Servidores do Sindicato de Trabalhadores Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro) pararam cerca de 15 ônibus e esvaziaram os pneus dos coletivos.
Bancários aderiram à paralisação. A concentração dos grevistas acontece a partir das 9h, na Praça da Bandeira, no Centro de Fortaleza.
DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal amanheceu com estações do metrô fechadas. Os ônibus de todas as empresas também permaneceram nas garagens, apesar da determinação da Justiça para manter 50% do serviço.
Na BR-020, próximo ao Setor Mestre D'Armas, em Planaltina, manifestantes colocaram fogo em pneus por volta das 6h30. Nas rodovias do DF, as faixas exclusivas foram liberadas mesmo em horário de pico.
Bancários, professores e servidores da Universidade de Brasília aderiram à paralisação.
Faixas em frente à Eletronorte avisam que servidores estão em greve (Foto: Letícia Carvalho/G1)Faixas em frente à Eletronorte avisam que servidores estão em greve (Foto: Letícia Carvalho/G1)
Faixas em frente à Eletronorte avisam que servidores estão em greve (Foto: Letícia Carvalho/G1)

ESPÍRITO SANTO
Manifestantes bloquearam uma via em frente à Rodoviária de Vitória, e houve confronto com a Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral.

Cidades têm protestos contra reformas do governo Temer










Na manhã desta sexta-feira (30), cidades de 18 estados e o Distrito Federal tiveram protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Michel Temer.
Foram registrados atos no DF e nos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

A derrota de Moro


Política

Editorial



por Mino Carta — publicado 28/04/2017 00h30, última modificação 27/04/2017 20h57
Lula demonstra como o inquisidor de camisa preta substitui provas por mentiras e faz ato de acusação contra o golpe


Mateus Bonomi/AGIF/AFP
Lula


Luiz Inácio Lula da Silva deu dois passos decisivos para antecipar a derrota final do inquisidor Sergio Moro e dos demais organizadores de um auto de fé posto em xeque. O discurso pronunciado pelo ex-presidente dia 24 em Brasília, no seminário sobre economia promovido pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo, e a entrevista dada ao jornalista Kennedy Alencar e apresentada na noite do dia 26, selam o fracasso da tentativa de condenar Lula ao sabor de mentiras, acalentada pelos golpistas em peso. Se houver condenação, sobrará a mentira para todo o sempre.
Na entrevista, Lula dispara uma observação fatal, flecha envenenada: Moro é refém da mídia. Entregou-se ele mesmo, devorado pela vaidade, Narciso de camisa preta, a lhe assentar à perfeição. Inútil sublinhar o propósito central da Lava Jato, condenar Lula ao escolher o culpado antes de lhe apontar a culpa.
Mas como atingir o alvo sem provas? Ao procurar destruir Lula, Moro autodestruiu-se. Em desespero, os inquisidores curitibanos talvez pretendam fazer valer até o fim as suas convicções, certos de partilhá-las com quem os fez reféns. Não escaparão ao desastre.
A entrevista de Lula ao colega Alencar verteu sobre o processo engendrado pela Lava Jato, o discurso de Brasília é de alcance mais amplo e representa um ato de acusação contra o golpe de 2016, contra o governo ilegítimo, sem deixar de indicar o caminho do seu retorno à Presidência e formular a única solução pacífica para emergir da monstruosa crise em que precipitamos, moral, política, econômica, social, cultural. Ou seja, a convocação de eleições gerais antecipadas. Alvejados por Lula, os golpistas em peso, sem perdão e com absoluto respaldo dos fatos.
Instituições: em lugar do governo Temer, “um Executivo que seja Executivo”, a governar nos interesses da nação. Em lugar do atual Congresso, “um Legislativo que volte a legislar”. Em lugar do STF, outro “que garanta a nossa Constituição”. Em lugar de uma polícia politizada, outra imparcial como há de ser.
Mídia: hoje “coordena o processo, diz quem é bandido, quem é culpado, quem está na lista e quem não está”. Exemplo: “São quase 18 horas de Jornal Nacional contra um coitado de Garanhuns”. 
Governo Temer: é o desgoverno do presidente impopular, “indevidamente” no cargo pelo voto do Congresso e não pelo sufrágio popular. No quadro do País à matroca, escancaram-se as portas do Brasil ao capital estrangeiro e permite-se que o FMI afirme “que a reforma da Previdência é imperativa”.
Lava Jato: primeira alavanca do golpe. Depor diante do juiz Moro é desejo, em primeiro lugar, dele mesmo, pela oportunidade de se defender, de falar “porque faz três anos que estou ouvindo”. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, é personagem simbólico do absurdo jurídico cometido pela República de Curitiba ao extorquir delações pela chantagem da prisão ilegal. É hora de mostrar provas em lugar da convicção dos promotores. “Eu quero que eles mostrem um real numa conta minha fora do País, ou indevido.”
Aos correligionários, Lula reserva a advertência: a um partido como o PT cabe “politizar a sociedade e melhorar a qualidade de deputados e senadores”. Trata-se de uma admoestação severa, a denunciar as falhas de uma agremiação nascida para defender o povo e que se desviou da rota, e nisso há também um toque de mea-culpa.
“A gente briga, briga, briga e, quando chegam as eleições, elege três deputados ligados ao MST e dois ou três representantes da CUT.” Enquanto 200 deputados integram a bancada ruralista e os empresários elegem 349.
O ex-presidente define sua postura às vésperas do embate determinante para seu destino político e de antemão avisa que, se voltar à Presidência, irá bem além do que fez nos seus dois mandatos, embora tenha sido o bastante para premiá-lo, ao sair do Planalto em dezembro de 2010, com 89% de aprovação popular.
A greve geral da sexta 28, quando a revista já estará fechada, oferece o cenário ao momento vincado por muitas incógnitas, mas vibrante também de esperanças. Do êxito da greve depende o futuro. Cai a noite de quinta-feira 27 de abril e, como diz a capa desta edição ao se permitir a premonição, os golpistas estão acuados.

Delação que incrimina PSDB tem resistência do MPF





Delação que envolve arrecadador de campanha do PSDB enfrenta resistência do MPF. Doleiro e empresário afirmou que mostraria provas de um repasse de R$ 100 milhões durante a gestão de José Serra como governador de São Paulo



Adir Assad delação psdb ministério público são paulo

Helena Sthephanowitz, RBA

Alvo da Operação Dragão, da Polícia Federal, o doleiro e empresário Adir Assad está preso na carceragem da PF em Curitiba desde o ano passado, sob acusação de, entre outros crimes, chefiar um esquema de empresas de fachada responsáveis por emitir notas frias para lavagem de dinheiro de propinas para empreiteiras, entre as quais a Andrade Gutierrez.
Desde a prisão, Assad, tido como operador central de desvios de obras dos governos tucanos em São Paulo, vem tentando negociar uma “colaboração premiada” na qual promete contar em detalhes e mostrar provas de um esquema criminoso na estatal paulista Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A – estatal responsável por obras viárias,), do qual fez parte Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, diretor da estatal entre 2007 e 2010, na gestão José Serra (PSDB) no governo de São Paulo.
Na tratativa com o Ministério Público Federal (MPF), Assad afirmou que mostraria provas de um repasse de R$ 100 milhões em propina a Paulo Vieira, que ele teria feito e, ainda, daria como prova detalhes sobre um imóvel onde o dinheiro em espécie era armazenado. Assad disse que o conheceu o ex diretor da Dersa há mais de 15 anos, e, foi Paulo Souza que o apresentou a representantes das maiores construtoras do País.
Paulo Vieira, conhecido como “Paulo Preto”, foi apontado pelo Ministério Público de São Paulo como figura chave nas denúncias de desvio de dinheiro público no governo de José Serra, do PSDB, ganhou notoriedade durante a campanha de José Serra à Presidência por ter fugido com R$ 4 milhões em propina que seriam usados na campanha do atualmente senador tucano.
Em depoimento no Ministério Público de Curitiba, Assad admitiu ter usado sete empresas de fachada para lavar dinheiro de empreiteiras em obras viárias na capital paulista e região da Grande São Paulo, entre elas a Nova Marginal Tietê, o Rodoanel e o Complexo Jacu-Pêssego. Assad contou aos procuradores que nos contratos com a Dersa, as empreiteiras subcontratavam suas empresas, o valor das notas frias era transformado em dinheiro e as companhias indicavam os beneficiários dos recursos.
Segundo conta Assad, entre 2007 e 2012, o “noteiro” movimentou cerca de R$ 1,3 bilhão em contratos fictícios assinados com grandes construtoras.E ainda propôs aos procuradores mapear o funcionamento do sistema paralelo de finanças das construtoras, responsável por abastecer as contas de suas empresas, e de como firmas sem prestar serviços e sem ter funcionários conseguiram movimentar quantias milionárias nos bancos brasileiros.

Uma pergunta: será que o MPF também vê ameaça na delação que envolve bancos?

A relação das empresas de Assad com obras nos governos tucanos em São Paulo já apareceram nas quebras de sigilo de construtoras que respondem a processos. Os documentos mostram um pagamento de R$ 37 milhões do Consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta Engenharia e vencedor da licitação de um dos lotes da Nova Marginal, para uma das empresas de Adir Assad.
Das empresas que executaram obras no Rodoanel, o Consórcio Rodoanel Sul 5 Engenharia, formado por OAS, Carioca Engenharia e Mendes Júnior, depositou R$ 4,6 milhões na conta da Legend Engenheiros, de Assad. O SVM, do qual a Andrade Gutierrez faz parte, pagou R$ 7,4 milhões para a Legend, entre 2009 e 2010. O consórcio atuou no Complexo Jacu-Pêssego.
Nas primeiras tratativas para fechar delação premiada, Assad delatou Paulo Vieira Souza que, além de ex-diretor da Dersa, é sabidamente ligado a políticos do PSDB. O doleiro afirma ter provas de propinas em obras tocadas há anos pelos sucessivos governadores tucanos de São Paulo. Todas já foram denunciadas pelo Ministério Público Paulista, mas o caso não andou.
Apesar disso, o depoimento do doleiro para o Ministério Público Federal de Curitiba foi avaliado como “frágil“, mesmo sendo Assad considerado o operador central de desvios de recursos dessas obras.
Diante de tantos detalhes apresentados na confissão e mais a promessa de apresentar provas das acusações de corrupção nas obras tucanas, causa certa estranheza que as negociações para delação enfrentem resistência por parte do Ministério Público Federal. Afinal, “ninguém está acima da lei ou fora do seu alcance“, como disse Rodrigo Janot sobre Temer.


QUERO MEU PAÍS DE VOLTA.
Neimar Fernandes



A aeronave Gulfstream G650 adquirida por 65 milhões de dólares em novembro de 2016, que saiu de Guarulhos no último dia 10 de maio, pousou no aeroporto de Terterboro, em Nova Jersey, vizinha a Nova York, onde possui um angar.

O iate, um Azymut Leonardo de 100 pés, batizado como "WHY NOT" (Porque não), lançado ao mar em janeiro de 2017 a um custo de 10 milhões de dólares, zarpou dia 18 de maio para Miami, onde está ancorado na Marina Biscayne bay Bayside.

O dono desses "mimos" já está morando em seu novo endereço, Baccarat Residences na esquina da Rua 52 com a Quinta Avenida, avaliado em 10 milhões de7 dólares.

Para manter-se confortavelmente, este empresário contratou a Baker McKenzie, maior banca de advogados do mundo, com 77 escritórios em 47 países, para defendê-lo e providenciar a mudança da sede do seu conglomerado de empresas para os Estados Unidos da América.

O faturamento dessas empresas aumentou 3.400% nos últimos 10 anos e hoje as vendas externas representam mais de 80% do total. Assim, ele achou melhor dar adeus ao Brasil após receber 12,8 bilhões de Reais do BNDES. Vale lembrar que esses recursos deveriam gerar empregos no Brasil, mas infelizmente restou-nos apenas o calote.

Como se não bastasse todo este escárnio, Joesley Batista obteve o perdão do nosso judiciário após acordo espúrio, delação debochada e sob medida para os objetivos dele, lambança generalizada no mercado financeiro, que por sinal lhe rendeu 230 milhões de Reais em apenas 2 dias e uma crise sem precedentes na governabilidade da nação. Enquanto a esplanada dos ministérios pega fogo, literalmente, eu me questiono se me encontro em meu perfeito juízo ao rabiscar estas notas.

Uma quadrilha toma de assalto o país leva cerca de 10% de nosso PIB, algo como 600 bilhões de Reais, coisa nunca vista no mundo, deixa um rastro de 13 milhões de desempregados e ao invés de união para cobrarmos.