Nesse Dia de Mobilização Nacional, dezenas de milhares saem às ruas do país realizando manifestações, cortes de rua ou bloqueios de estrada. Na noite do mesmo dia, Temer decidiu aprovar a terceirização irrestrita.
sábado 1º de abril| Edição do dia
As manifestações ao redor do país, com dezenas de milhares em São Paulo e Belo Horizonte, e milhares em Porto Alegre, Natal, e no Rio, expressam repúdio aos ataques que governo golpista de Temer vem desferindo aos trabalhadores e jovens e a gana desses setores de se enfrentarem contra a Reforma da Previdência e outros ataques prometidos.
Nesse mesmo dia 31, cujas manifestações pautavam a resistência contra a PL 4302, a PL da terceirização irrestrita, Michel Temer decidiu mudar seus planos de encaminhar uma Medida Provisória com "salvaguardas" a essa lei (falsas, resumindo-as a um teatro de um suposto recuo de Temer com a proposta).
O presidente, sem se por em dúvida ou medo, aprovou esse enorme ataque aos trabalhadores do país, que agora tem seu emprego, estabilidade e direitos, postos a perder.
Porém, tendo em mente a disposição de luta demonstrada pelos atos do dia 15M e confirmada no dia de hoje (como revelaremos aqui), ainda há força para seguir lutando contra os ataques. É urgente que as centrais sindicais CUT e CTB, que estão chamando um dia de paralisação apenas para 28/04, deixem de dar essa trégua de um mês para o governo que está atacando com toda a força. A força dos trabalhadores é maior, por isso é necessário um plano de lutas que mobilize essa força, através de comandos de mobilização tirados em assembleias em cada local de trabalho e estudo, e imponha às centrais uma greve geral o quanto antes.
O Esquerda Diário, assim como a organização que o constrói, o MRT, junto a independentes do grupo de mulheres Pão e Rosas, trabalhadores do Nossa Classe, e membros da Juventude Faísca, estão convocando em cada estado a construção encontros regionais para discutir os próximos passos da nossa mobilização, convidando a todos que construam conosco esse importante espaço de reflexão e organização.
31M: São Paulo
Na capital paulista, calcula-se cerca de 50 mil manifestantes no final da tarde, na avenida Paulista, após o encontro de marchas do MTST com a de jovens, trabalhadores, em especial, professores. Mais cedo naquele dia, rodovias importantes tiveram bloqueio de manifestantes.
Na cidade de Taubaté, São Paulo, dois mil trabalhadores a Volkswagen realizaram uma paralisação de 1h logo no início do expediente. Também no interior de São Paulo, na cidade de Campinas, mais de 500 fazem manifestação, junto a professores, contra as reformas
31M: Minas Gerais
A maior marcha do dia provavelmente foi a da capital mineira, onde estipulam mais de 50 mil manifestantes, com enorme peso de professores.
Ainda em Minas Gerais, duas rodovias foram bloqueadas em Uberlândia. Em Juiz de Fora, 500 manifestantes, em especial professores do estado e da rede municipal, realizaram um ato no final da tarde.
31M: Rio de Janeiro
Na capital do Rio de Janeiro, milhares tomaram as ruas da cinelândia. Especialmente os jovens universitários, cuja principal universidade, a UERJ, está sofrendo um grave, estiveram em peso no ato junto aos trabalhadores.
31M: Porto Alegre
Em Porto Alegre aconteceu uma manifestação também muito forte, com milharesmarchando da Esquina Democrática ao largo Zumbi, em especial jovens e servidores públicos.
Em Santa Catarina, nas cidades de Joinville e Jaguará do Sul logo cedo tiveram manifestações, com certa de 2000 participantes na primeira cidade.
31M: Rio Grande do Norte
Em Natal, a juventude universitária e trabalhadores, muito atingidos pelo desemprego crescente no país, contou com uma grande manifestação contra as reformas de Temer.
(Foto: Thyago Macedo/G1)
Logo de manhã, rodovias em Salvador e Recife foram bloqueadas por manifestantes. Na capital baiana, Salvador, avenidas centrais da cidade foram fechadas pelas manifestações. Em Alagoas, rodoviários amanheceram paralisados, impedindo a circulação de ônibus no período da manhã.