terça-feira, 28 de março de 2017

Após triunfar nas redes, Bolsonaro testa sua influência fora da bolha virtual





Com mais seguidores que Lula no Facebook, o militar da reserva busca apoio na elite, receosa do pré-candidato a presidente que pouco sabe de economia



Rio de Janeiro 

O deputado do PSC, Jair Bolsonaro
O deputado do PSC, Jair Bolsonaro 


O deputado Jair Bolsonaro quer ser presidente. Ele já se visualiza no segundo turno e, embora nem seja pré-candidato oficial, as pesquisas –Datafolha e CNT– o colocam com uma intenção de voto entre 9% e 12%, respectivamente. Com alta popularidade entre os setores mais conservadores, ciente do relativo sucesso do filho Flavio na campanha pela Prefeitura do Rio, e diante da crise institucional que tomou Brasília, o antigo capitão de artilharia está decidido a medir forças fora da Internet, sua área de conforto. Tem quatro milhões de seguidores no Facebook, mais do que o ex-presidente Lula, seguido por 2,8 milhões de fãs.
Nas últimas semanas, o deputado vem dando entrevistas e participando de programas de televisão populares. Já teve reuniões com alguns representantes da elite paulista e, pela primeira vez, disse ele, sentou-se numa mesa com banqueiros. O mercado e os empresários têm curiosidade sobre o homem que, apesar das suas formas nada diplomáticas e mensagens agressivas, mantêm-se afastado da rotina de escândalos de corrupção e ameaça arrancar alguns milhões de votos dos candidatos tradicionais. É, ainda, um homem requisitado pela imprensa. A reportagem quis falar com o deputado ou algum dos seus colaboradores e a resposta, acompanhada de uma foto da caixa de entrada de e-mails da assessoria, foi: “Temos uma agenda tomada de compromissos: 1.650 pedidos de informação, rádio, TV...”.
Alguns dos empresários que jantaram com Bolsonaro e revelaram depois detalhes à Folha não manifestaram ou reconheceram sua preferência pelo deputado, mas admitiram que queriam ouvi-lo, conhecê-lo melhor. E, precisamente, sobre uma seara da qual o militar da reserva se declara abertamente fraco: “Eu entendo muito pouco de economia”.
A ausência de propostas econômicas relevantes é uma preocupação até para o entorno do deputado, partidário de preencher essa lacuna. Bolsonaro tem se focado até agora no discurso da segurança pública e os valores familiares, mas sua receita contra a pior crise das últimas décadas passa por uns genéricos “diminuir o peso do Estado", cobrar menos impostos, liberar a exportação de produtos brasileiros ao mundo todo e explorar as reservas de nióbio, metal rico no Brasil. Um membro do PSC, conhecedor do entorno do deputado, compara seus passos de pré-candidato ao do presidente americano.“Trump focava no debate econômico, enquanto Bolsonaro bate numa questão de segurança e costumes sociais. Em algum momento, ele vai ter que botar na prática [suas propostas econômicas], mas não posso afirmar que estejam plenamente construídas”, explica. “Há uma pauta de desburocratização e racionalidade do gasto público, mas ele ainda não bateu o martelo. Ele não tem ninguém para fazer essa parte e ainda não está preocupado com essa questão”, admite o interlocutor do PSC, que gostaria de ver a pauta econômica sendo abordada o quanto antes.
O perfil de Bolsonaro lança dúvidas sobre o modelo econômico que ele defenderia. Ao mesmo tempo, a direita que o apoia clama por uma virada liberal e vê em João Doria, o prefeito de São Paulo, um outsider capaz, sim, de vencer umas presidenciais. “É difícil imaginar Bolsonaro ganhando 2018 sem o apoio da direita moderada no segundo turno. Mas não é fácil para ele, por exemplo, defender os interesses corporativos dos militares ao mesmo tempo em que defende ajuste fiscal. Ele é um nacionalista e um estatista, como a ditadura militar em seus últimos anos”, avalia o sociólogo Celso de Barros.
Bolsonaro, no entanto, acredita que a adesão do capital à sua causa é questão de tempo. “Um [banqueiro] me perguntou se eu já tinha algum economista de nome comigo. O que que eu respondi? Por enquanto eu ainda não desperto confiança no sistema financeiro. Mas após duas conversas, eu tenho certeza de que esse pessoal vai se aliar a mim”, disse Bolsonaro nesta segunda no late show do humorista Danilo Gentili. A autoconfiança de Bolsonaro parece não ter limites. Na procura de um novo partido que abrace sua candidatura – está em crise com o PSC –, ele cogita se ancorar em uma sigla ainda menos representativa que a legenda do Pastor Everaldo, envolvido em discussões internas sobre a sua permanência. “Talvez concorra com um partido sem tempo de televisão. Existe essa chance. Se eu não sou candidato a nada e estou na segunda posição por aí...! A grande mídia hoje em dia são as redes sociais”, contava animado na TV.
O interesse pela figura de Bolsonaro vem crescendo entre os eleitores. Numa pesquisa do Instituto Datafolha de fevereiro de 2016, a mais de dois anos do pleito eleitoral, ele tinha entre 6% e 7% da intenção de voto, dependendo dos competidores. Hoje, a última pesquisa de dezembro do instituto o coloca em quarto lugar com 9% dos votos, num cenário com Lula (PT), Marina Silva (Rede) e Aécio Neves (PSDB) como rivais. “É um ambiente favorável ao crescimento dele. O eleitor está em um momento mais conservador. Aplicamos uma matriz de perguntas que revelou que neste momento a maioria dos brasileiros (54%) é considerada conservadora”, avalia Mauro Paulino, Diretor-Geral do Datafolha. Se perguntados pelo candidato que votariam sem oferecer opções, 3% dos entrevistados responderam espontaneamente Jair Bolsonaro, levando o deputado ao segundo lugar depois de Lula, mencionado por 9% deles.

Homens com dinheiro e ensino superior

Bolsonaro encontra seu público nos homens de 16 a 34 anos das classes mais altas. Na última pesquisa do Datafolha, 29% dos seus potenciais eleitores tinham de 5 a mais de 10 salários mínimos de renda familiar, sendo o favorito nessa faixa, na frente de Marina (26%), Lula (25%) e Aécio Neves (23%). Seu discurso, a favor da castração química para estupradores, o armamento do “cidadão de bem” ou a pena de morte para alguns crimes, também cala entre os mais escolarizados. Ao menos 13% dos que manifestaram seu voto a favor de Bolsonaro contam têm formação superior. Nesta faixa de escolaridade, só Lula supera o militar, com 17% de eleitores, enquanto Marina empata com 13%.
Luiz do Amaral, formado em veterinária e policial civil do Rio de Janeiro, se encaixa neste perfil. Ele é de direita, diz, e despreza o socialismo e o comunismo que só “distribuem o dinheiro alheio”. A linha de pensamento de Luiz parece alinhada com Bolsonaro: “A esquerda teima em passar a mão na cabeça de quem está fora da lei, dizendo que são vítimas do próprio sistema, que não tiveram oportunidade. Eu não acredito nisso em hipótese nenhuma”, afirma. “Meu pai veio da favela, nunca roubou ou estuprou. Quem comete crime tem que ser punido mais severamente”, alega ele, que considera a Constituição “garantista demais”. O policial, que não hesita em gritar “Viva, Bolsonaro!” nos protestos de feministas com o “peito caído de fora”, diz sentir preconceito quando expressa sua ideologia, embora continue defendendo seu mito com o “peito insuflado”. “Eu me identifico com a honestidade dele. Não tem uma mancha na sua reputação. Chamam ele de homofóbico e estuprador, porque não podem chamar ele de corrupto. Eu não sou homofóbico, mas eu não quero ter um filho gay. Ninguém quer”.
Bolsonaro passa, por enquanto, incólume das listas de políticos corrompidos pelas propinas do setor privado. Ele saiu do Partido Popular (PP), um dos mais envolvidos no escândalo da Petrobras, alegando seu desconforto pelas más práticas e critica costumeiramente a corrupção dos colegas. Estes últimos anos de carreira política, no entanto, lhe renderam frutos e de 2010 a 2014 o patrimônio do deputado cresceu mais de 150%, alcançando mais de dois milhões de reais em bens, segundo a declaração registrada no Tribunal Superior Eleitoral. O deputado nestes últimos anos adquiriu, entre outras propriedades, duas casas na Barra de Tijuca de 500.000 e 400.000 reais.

Moderação não é marca da casa

Uma das questões que vem preocupando seus potenciais apoiadores é a falta de moderação, atrativa nas postagens de Facebook, mas arriscada em uma campanha eleitoral. “Ele tem muita força nas redes, mas ele tem problemas para atrair outros setores da sociedade. Ele está tentando moderar o discurso, que ainda é muito agressivo, para uma elite empresarial”, avalia a cientista política Camila Rocha, que estuda a direita liberal dos anos 80 até hoje.
Na última entrevista do deputado à Folha, no entanto, ele parece ter engolido o espírito de Donald Trump dos pés à cabeça: atacou a imprensa, a política tradicional, defendeu “métodos enérgicos” para conseguir informação de presidiários, apoiou combater à violência com “porrada” e desafiou: “Não é a imprensa nem o Supremo [que julga um processo de apologia ao estupro contra ele] que vão falar o que é limite pra mim”.
Quem o conhece, acredita ser improvável a moderação do discurso que até hoje lhe rendeu tantos detratores, como fãs. “Não acho que vai se moderar. Ele é assim, conheço ele. Seria uma surpresa. Mais fácil ele radicalizar mais”, diz seu colega do PSC. "Ele pode se moderar dentro do limite que não signifique se dobrar ao politicamente correto. O que precisa se compreender é que Bolsonaro é um patriota e nem sempre a moderação significa uma virtude", complementa outro colaborador do partido.
Entre seus fiéis há quem preferisse que Bolsonaro se expressasse de outra maneira e evitasse afirmações como a de que “ter filho gay é falta de porrada”, mas não identificam o radicalismo atribuído a ele. “Eu sou contra todo o extremo, de direita e esquerda. Ele seria extremista se ele dissesse que todo ladrão tem que morrer, mas não é assim que ele pensa. Ele diz que tem que haver um tratamento para que a bandidagem tenha medo de ser punida”, explica Thiago Borges, 36 anos, engenheiro de sistemas de Goiânia (GO) e “defensor da família tradicional”.
Os modos de Bolsonaro, por enquanto, não lhe passaram fatura. A rejeição contra o deputado apenas subiu um ponto percentual: de 17% em dezembro de 2015 a 18% um ano depois. Nada em comparação com a de Michel Temer que, nesse período, passou de 26% a 45%, ou a de Aécio que aumentou de 26% a 30%. A de Lula caiu de 48% para 44%.
“Em uma situação normal, Lula, como também Marina ou um tucano histórico, esmagariam Bolsonaro. Se a política brasileira estivesse funcionando minimamente, Bolsonaro seria só o alívio cômico da eleição de 2018”, afirma Barros, que vê uma aposta do militar da reserva pela crise do sistema. “Mas essa não é uma situação normal”.

Morre ex-companheiro de cela de Mandela, o veterano da luta contra apartheid Ahmed Kathrada



Kathrada tinha 87 anos e estava hospitalizado desde o início de março.




Ahmed Kathrada, durante cerimônia de sepultamento do amigo e ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, em 2013 (Foto: Odd Andersen / Pool / Arquivo / Reuters)
Ahmed Kathrada, durante cerimônia de sepultamento do amigo e ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, em 2013 (Foto: Odd Andersen / Pool / Arquivo / Reuters)


O veterano da luta contra o apartheid Ahmed Kathrada, companheiro de cela de Nelson Mandela na prisão de Robben Island, morreu nesta terça-feira (28) em Johannesburg, aos 87 anos, informou a fundação que leva seu nome.

Ahmed Kathrada foi vítima de complicações após uma cirurgia, segundo a fundação.
Deputado e conselheiro do presidente Mandela em seu único mandato à frente da África do Sul, entre 1994 e 1999, Kathrada integrou o primeiro círculo de dirigentes históricos do Congresso Nacional Africano (ANC).
Conhecido por “Tio Kathy”, Kathrada, de 87 anos, estava hospitalizado desde o início de março. Nesta segunda (27), sua condição se deteriorou rapidamente, após ser afetado por uma pneumonia.
Kathrada dedicou sua vida a lutar contra a injustiça racial do governo da minoria branca. Ele também foi um dos mais altos líderes do Congresso Nacional Africano (ANC) a criticar o governo do presidente Jacob Zuma, como acusações de corrupção e má administração.
No ano passado, Kathrada escreveu uma carta aberta pedindo que Zuma renunciasse, acusando o governante de uma série de escândalos, de usar dinheiro dos contribuintes para melhorar sua fazenda.
Filho de pais indianos imigrantes na pequena cidade de Schweizer-Reneke, na província noroeste, pouco antes da “Grande Depressão”, em 1929, Kathrada se envolveu na política aos 12 anos quando distribuiu panfletos para a Liga dos Jovens Comunistas da África do Sul.
Depois de décadas de ativismo, foi sentenciado a prisão perpétua e trabalho duro em 1964, juntamente com Mandela, Walter Sisulu e Govan Mbeki.
Kathrada passou 18 anos prisão do apartheid Robben Island, a poucos quilômetros de Cape Town. Em 1982, foi transferido para a prisão Pollsmoor. Foi libertado em 15 de outubro de 1989, aos 60 anos, tendo passado pouco mais de 26 anos na cadeia.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Márcia de Alencar sai da Segurança. Assume o delegado Edval Novaes





Rafaela Felicciano/Metrópoles


Conforme antecipou o Metrópoles, Valdir de Oliveira assume a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Arthur Bernardes vai para a Sejus




O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) anunciou nesta segunda (27) a troca de comando em três secretarias do GDF. Duas das mudanças foram antecipadas pelo Metrópoles na última sexta-feira (24/3). O atual chefe da pasta de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Arthur Bernardes (PSD), deixa o cargo. No lugar dele, assumirá Antônio Valdir Oliveira Filho, hoje diretor-superintendente do Sebrae-DF. 
Rollemberg também mudou o comando de uma das mais estratégicas pastas de seu governo: a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social. Sai Márcia de Alencar e entra o delegado da Polícia Federal Edval de Oliveira Novaes Júnior. “O Novaes chega para reduzir ainda mais os números de homicídios e melhorar a sensação de insegurança no DF”, disse o governador.
Novaes atuou por 10 anos como subsecretário de Comando e Controle da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Ele coordenou as obras do Centro Integrado de Comando e Controle, órgão que planejou e executou a segurança das copas do Mundo e das Confederações, além da visita do Papa Francisco e jogos Olímpicos e Paralímpicos. Ele é formado em direito pela Universidade de Caxias do Sul e em jornalismo pela PUC de Campinas.


Márcia de Alencar permanece no Executivo. Ela será secretária-adjunta de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Desde que assumiu o comando da Segurança, recebeu muitas críticas. Não era bem aceita nem pelos policiais civis nem pelos militares. Chegou a enfrentar crises que tornaram sua permanência na pasta ainda mais delicada.
Em um dos episódios, o Metrópolesrevelou que a secretária emprestava sua estrutura de segurança bancada pelo GDF para levar os filhos à escola. A exposição de que ela deu carona a um de seus filhos em helicóptero oficial também causou constrangimento à integrante do primeiro escalão do GDF. Mas embora os fatos tenham lhe causado desgaste, Márcia foi mantida no cargo porque tinha a confiança de Rollemberg.
O governador chegou a ensaiar a mudança em outubro do ano passado quando convidou o ex-secretário de Segurança do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame para assumir o comando da pasta no DF. Ele declinou e Márcia foi mantida no cargo.
Novaes trabalhou com Beltrame na Segurança do Rio. Diz já ter enfrentado situações semelhantes à operação-padrão da Polícia Civil, deflagrada no ano passado. “Vamos trabalhar com diálogo, para que as corporações desenvolvam o melhor resultado possível”, ressaltou.
Mais poder ao PSDA reforma administrativa não vai parar por aí. O aviso foi dado por Rollemberg nesta segunda. Segundo ele, outras mudanças virão. Com o objetivo de reorganizar os espaços do PSD de Rogério Rosso e do vice-governador Renato Santana no governo, ele transferiu Arthur Bernardes da Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável para a Sejus, pasta que reúne uma das maiores reservas de cargos comissionados do governo.
Bernardes assume no lugar de Marcelo Lourenço, indicado pela distrital Sandra Faraj (Solidariedade). Assim, Rollemberg resolve dois problemas de uma só vez. Tira a pasta das mãos da deputada, investigada pelo Ministério Público e pela Câmara Legislativa por suposto desvio de verba indenizatória, e nomeia um nome mais alinhado com o setor produtivo.
Valdir Oliveira, que assume a SDE, é irmão do deputado Chico Leite (Rede), mas a indicação, no caso, atende à necessidade de dar celeridade a programas como o Pró-DF, desburocratizar a criação de empresas e a liberação de alvarás, além de ampliar a oferta de empregos.

Reforma administrativa
As mudanças anunciadas nesta segunda são mais um capítulo da reforma administrativa tocada por Rollemberg no primeiro e segundo escalões do governo. Entre as secretarias, o próximo alvo do número um do Palácio do Buriti é a do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh).
O governador não está satisfeito com a junção da supersecretaria. Vai desmembrá-la para desburocratizar os processos. A primeira probabilidade era de dividi-la em duas: Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social e Secretaria de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. No entanto, agora discute-se uma mudança para três órgãos diferentes.
Atualmente sob comando do PDT, a pasta tem como titular Gutemberg Gomes, indicação do presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle. Na manhã desta segunda, o presidente local da legenda, Georges Michel, se reuniu com o governador para tratar do assunto. A caneta do socialista vai alterar, também, o destino de alguns administradores regionais.



Maggi: análise de produto de frigoríficos não indica risco à saúde




Em entrevista na tarde desta segunda-feira (27), Maggi afirmou que foram recolhidas 174 amostras de produtos de 21 frigoríficos em investigação







ECONOMIA CARNE FRACAHÁ 35 MINSPOR FOLHAPRESS


O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que análises de uma parte de produtos de frigoríficos que foram interditados após a Operação Carne Fraca mostram que eles "não apresentam qualquer perigo para a saúde humana"

Em entrevista na tarde desta segunda-feira (27), Maggi afirmou que foram recolhidas 174 amostras de produtos de 21 frigoríficos em investigação. Desse total, as análises de 12 produtos já têm laudos que demonstram que não há risco para o consumo.
Segundo Maggi, as 12 amostras são dos três frigoríficos que foram interditados já no primeiro dia da operação. Na semana passada, a Secretaria Nacional do Consumidor determinou o recall dos produtos dessas unidades.
"Estamos correndo para dizer à população que não há, mas, se houver, vamos dizer também, mas não há até o momento nenhum tipo de anormalidade que possa fazer mal à saúde humana no consumo desses produtos", afirmou o ministro.
Maggi também explicou que as interdições de mais frigoríficos que foram determinadas nesta segunda-feira são por causa de inconformidades econômicas e técnicas após uma vistoria extra do ministério em todos os 21 frigoríficos suspensos.
Segundo ele, foram encontrados produtos vencidos, impedimento da fiscalização ou uso produtos com percentuais de água ou amido acima do permitido pela legislação, por exemplo.
O ministro disse ainda que a nova determinação de recall do Ministério da Justiça de produtos de um frigorífico da Peccin de Jaraguá do Sul (SC) também não significa que os produtos estão impróprios para o consumo.
HONG KONG
Segundo o ministro da Agricultura, ainda hoje haverá uma teleconferência com autoridades de Hong Kong para tentar reabrir as exportações do país para todo o mercado brasileiro.
Ele confia que a decisão da China de manter o embargo apenas aos 21 frigoríficos já suspensos no Brasil pode ajudar na decisão de Hong Kong de rever a restrição total.
Sobre as retomada das exportações ao longo da semana, Blairo afirmou que espera uma recuperação do mercado à medida que mais países vão reduzindo as restrições.
Mas, segundo ele, se o movimento continuasse como o do primeiro dia, quando as exportações praticamente pararam, não haveria sequer como estocar os produtos no Brasil.
O ministério também está fazendo um encontro com todos os superintendentes regionais do ministério nesta segunda-feira. O ministro admitiu que 17 deles são indicações de políticos, mas afirmou que os outros dez também se articularam, mesmo sendo técnicos concursados, para que políticos os indicassem.
Blairo Maggi afirmou que essa prática é comum no país, "um defeito da política brasileira", e ocorre até em "tribunais superiores".
Segundo Maggi, a mensagem passada aos superintendentes foi a de que eles não devem fazer favor a políticos quando se tratar de problemas técnicos. As superintendências de Paraná e de Goiás vão sofrer uma intervenção.
"Estamos em momento de ser transparente. O que disse hoje a eles é o que digo sempre. Pode ter chegado com apoiamento político. Porém a responsabilidade de cada um é com o ministério, é com o Brasil. Digo que não sigam o caminho de atender pleito político de coisas técnica", afirmou Maggi. Com informações da Folhapress






Segundo dia de Lollapalooza tem mais calor e filas para bebida



Confira os destaques deste domingo no festival





CULTURA SÃO PAULOHÁ 11 HORASPOR FOLHAPRESS


No segundo dia do festival Lollapaloooza, que acontece no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, nesse final de semana, a principal atração da noite é a banda americana de indie The Strokes. Tem feito muito calor na capital paulista. Pessoas do Brasil inteiro e muitos estrangeiros também estão presentes.


O sistema de pulseira eletrônica, novidade do Lolla, tem confundido o público. Nesse sistema, cada pessoa troca seu ingresso impresso por uma pulseira, que funciona como uma espécie de comanda para comida e bebida, além de servir como a entrada para o festival. A confusão gira em torno do destino que terá o crédito que não for utilizado. Quem seguiu as recomendações da organização e conseguiu carregar a pulseira pelo site parece ter se dado melhor do que quem deixou para fazer o processo no local.
Confira crítica dos shows que acontecem no festival.
CHEMICAL SURF
O Chemical Surf formado pelos irmãos Lucas & Hugo Sanches esquentou a pista do palco Perry's e apostou em seu techno-house-pop. O duo caprichou nas linhas de baixo e sabia como criar um "building up" (o momento em que as batidas recuam para depois retornarem triunfantes). No repertório, apostaram num remix de "Magalenha", de Sérgio Mendes, e em "Ocean Drive", hit de Duke Dumont que virou um must have entre os DJs do festival. (ALEX KIDD)
JIMMI EAT WORLD
Desânimo da plateia marca o início da apresentação da banda de emocore Jimmy Eat World que, ao lado de outras bandas como The Get Up Kids e Dashboard Confessional, ajudou a estabelecer a mistura de hardcore e letras emotivas como o gênero que conhecemos hoje. Claramente a banda está deslocada em um palco tão grande. A primeira vez do Jimmy Eat World no país não precisava ocorrer dentro de um festival heterogêneo como o Lolla. Aliás, muito ruim a qualidade do som no show da banda norte-americana. Graves mal regulados, voz muito mais alto do que o restante dos instrumentos.
CATFISH AND THE BOTTLEMEN
Os críticos que chamam a banda de "novo Oasis" são uns loucos. Está muito mais para ocupar o lugar do Vaccines. Rock rápido e rasteiro, sem espaço para outros rótulos. McCann é um dínamo no palco, não para um segundo. Corre e pula, enquanto seus colegas estão mais para uma pose cool, tranquilos. E banda tem a pose certa, as guitarras certas é uma empatia certeira com o público. A plateia cantou junto as dez músicas do ser, dos hits "Pacifier" e "Twice" a menos badaladas como "Anything". No momento mais rock de garagem deste Lolla, foi um show matador.
VANCE JOY
A conexão entre o cantor australiano e o público marcou a apresentação no palco Axe. Os fãs acompanharam Vance Joy não só com palmas, mas cantando quase todas as canções da apresentação com pegada folk. Faixas como "Mess Is Mine", "From Afar" e o hit "Reptide", já no final do show, garantiram a empolgação da plateia. Teve até espaço para um cover de Fleetwood Mac, da faixa "The Chain".
CÉU
A cantora paulistana focou em sua apresentação o elogiado álbum "Tropix" (2016), mas também cantou hits de discos anteriores, como "Malemolência". Considerado seu trabalho mais maduro, ele passeia por trip-hop, eletrônica e R&B, sem deixar de lado as influências latinas da artista. Com o álbum, ela ganhou os prêmios de artista do ano pela APCA (em 2016) e o de melhor disco pop em português no Grammy Latino. O público cantou e dançou (muito) ao som das batidas de Céu, que repetiu durante a apresentação "viva a música brasileira". Com informações da Folhapress.

“O nosso cérebro não está preparado para mentir”





Rui Mergulhão Mendes faz detecção de mentiras e fraude. Está em tribunal como assessor de advogados do caso das eleições da Associação Mutualista Montepio. A sua presença num julgamento, inédita, causa cepticismo e curiosidade no meio. Afinal, qual é a verdade da mentira?


Rui Mergulhão Mendes diz que nos primeiros instantes consegue perceber com quem é que uma testemunha está alinhada
Rui Mergulhão Mendes diz que nos primeiros instantes consegue perceber com quem é que uma testemunha está alinhada RUI GAUDÊNCIO



Numa busca pelo Google, qual a palavra que tem mais resultados: “mentira” ou “verdade”? “Verdade”, indiscutivelmente, com cento e muitos milhões de entradas, enquanto a "mentira" aparece com pouco mais de 70 milhões. Será que preferimos a verdade à mentira?
Nas horas-chave para testá-lo, como um julgamento, verdade é a palavra usada por juízes quando se dirigem às testemunhas, arguidos e ofendidos. “Jura que responderá às questões com a verdade?", "está à vontade para responder com verdade?”, pergunta a juíza Mariana Capote na sala onde decorre a audiência da acção que impugnou as eleições para os órgãos sociais da Associação Mutualista Montepio.
“Quando alguém presta depoimento, consigo descobrir os pontos quentes, onde é que a pessoa eventualmente está a mentir”Estamos numa das sessões do julgamento, no Palácio da Justiça de Lisboa, em que se está a avaliar as alegadas irregularidades e falta de transparência da lista de Tomás Correia, vencedor das eleições em Dezembro de 2015. A acção judicial, da autoria do médico António Andrade e do arquitecto Nuno Monteiro, pede a repetição das eleições.
Sentado ao lado dos dois advogados que defendem os autores da acção está Rui Mergulhão Mendes, 48 anos. Objectivo: deslindar o que poderá ser mentira nos gestos, nos olhares e nalgumas palavras de quem se senta a depor – e que seja de interesse para a sua parte – , fornecer ao seu cliente elementos em que ninguém reparou. 




Sentado ao lado dos dois advogados que defendem os autores da acção está Rui Mergulhão Mendes, 48 anos. Objectivo: deslindar o que poderá ser mentira nos gestos, nos olhares e nalgumas palavras de quem se senta a depor – e que seja de interesse para a sua parte – , fornecer ao seu cliente elementos em que ninguém reparou. 
O especialista em detecção da mentira e fraude não diz, como Jason Bull, da série Dr. Bull, que o "veredicto depende" dele. Mas afirma: “Quando alguém presta depoimento, consigo descobrir os pontos quentes, onde é que a pessoa eventualmente está a mentir.” O recurso a alguém com o seu perfil em julgamentos está estudado – na Nova Zelândia, no Reino Unido, por exemplo, lembra o perito. Agora chega aos tribunais portugueses, sendo inédito segundo os profissionais da área consultados pelo PÚBLICO.
No escritório da Emotional Business Academy, a sua empresa de consultoria e formação em áreas como a linguagem corporal, liderança ou detecção de mentira e fraude, diz: “Sabemos que não podemos controlar tudo do ponto de vista da linguística e da comunicação. Os juízes e os advogados deviam ter competências nas áreas forenses, nomeadamente na entrevista investigativa.”
Na página da Internet da sua empresa está escrito que “as palavras representam apenas 7% da comunicação” e que “mais de 90% da opinião que formamos acerca de alguém acontece nos primeiros quatro minutos”. Como é que alguém detecta algo que supostamente está escondido? 

Espelho meu

Com um bloco de notas, onde vai escrevendo, Rui Mendes está sobretudo concentrado no interrogatório feito pelo advogado que está a assessorar. Mantém-se calado. “Não intervenho, ouço, recolho informação e no fim faço um relatório”, explica. “Não existe ali manipulação”, afirma quando o questionamos sobre isso. “Atenção, não estamos a falar de ciências exactas mas de ciências do comportamento humano, que necessitam de ser testadas."
Não faz perguntas, mas adoraria fazê-las. Pela postura corporal, garante, consegue perceber com quem é que a pessoa está alinhada logo nos primeiros instantes. “É a natureza humana: aproximamo-nos do que nos interessa e afastamo-nos do que não nos atrai.” Depois tenta perceber “como se desvia em relação ao comportamento” padrão. “Todos temos uma norma e o que quero apanhar é o desvio, que é quando pode acontecer o processo da mentira.” Ajuda-o a experiência das horas que passou em tribunais “a estudar padrões de comportamentos”.
Por exemplo, todos os movimentos das mãos “são importantíssimos porque quando estamos sob nível de stress temos tendência a mexer”. Que dizer de uma pessoa que normalmente fala com as mãos e que as retrai quando lhe fazem uma pergunta? Alguma coisa lhe causou desconforto. Porque é que se vira na direcção do juiz e “presta contacto frontal”? “Porque está à vontade”, analisa. “Tudo isto é informação relevante.”
Com licenciatura em Gestão, pela Universidade Lusíada, Rui Mergulhão Mendes tem formação na área da expressão facial, linguagem corporal, micro-expressões e neurolinguística feitas no Instituto Paul Eckman, de Manchester, e no Body Language Institute, em Washington. Em Portugal fez uma pós-graduação em Ciências Forenses, Profiling e Comportamento Desviante (no Instituto CRIAP). Aprendeu formas de “inibir alguém do outro lado”, a ler os sinais que as pessoas emitem, a "aferir estratégias na condução do interrogatório que vão além” do que a pessoa do outro lado quer comunicar.
“Raramente” se senta nos tribunais “gente inocente no processo”, afirma: “As pessoas têm tendência para um lado ou para o outro, nem que seja do ponto de vista inconsciente, e vinculam-se. Se começamos a perceber que aquele testemunho não vai de encontro àquilo que esperamos, podemos abdicar dele e não fazer mais perguntas. Ou se notamos [noutra testemunha] que há desconforto quando se toca num tema podemos também dar indicação” ao advogado. “Mesmo o juiz, com o corpo, vai-nos dando indicações de quais são os seus lados preferenciais", inclinando o corpo de forma diferente consoante o interlocutor.
Nas salas de interrogatório a existência de um espelho seria de grande utilidade, preferencialmente colocado à esquerda ou à direita consoante quem está a ser interrogado tenha maior facilidade em comunicar de um lado ou do outro. "Porque ninguém gosta de se ver a mentir. O nosso cérebro não gosta de mentir, não está preparado para mentir. Por isso é que vai criar dissonâncias na parte da comunicação, porque oscilamos entre a verdade e a mentira, e essa dissonância corpo/voz torna-se evidente.”
Depois há um segundo problema, considera: “Manter a mentira não é fácil. Quando alguém mente e é confrontado não gosta.” 

Directo ao assunto

Já deu formação a forças de segurança, pessoal da área de justiça, políticos, chefias de empresas, público em geral. Analisou casos mediáticos. Para apanhar uma mentira o mais eficaz é ser directo e ir ao foco da questão. É aí que “o desconforto [de quem mente] começa a ser maior”. Depois vão-se fazendo mais perguntas. E das duas uma: “Ou a pessoa entrega a informação ou diz ‘não vou falar mais sobre o tema’”, explica. “Mas uma coisa é certa: ficou a perceber que o outro percebeu o desconforto.”
Indicadores que acendem alertas, por exemplo, são o recurso a termos como “isso”, “disso” e a “tudo o que é abstracto”. “Quando não falamos de coisas concretas é indício de que nos queremos afastar. Porque falamos no abstracto e o cérebro não tem que se relacionar com a questão, é como se não estivesse a mentir". No fundo, o corpo fala “de forma muito mais aberta” se nos referimos a uma coisa concreta, por isso “evitamos fazê-lo” quando estamos a mentir. 
Se a desconfiança estiver criada, recorrem-se a outras técnicas para validar a suspeita. Mesmo com alguém que acredita na sua própria mentira, Rui Mendes diz que é possível levá-la a expor-se, fazendo perguntas sobre detalhes em que não terá pensado e que “vão causando o desconforto”. Isso “gera incongruências e as pessoas vão-se revelando à medida que se faz o interrogatório”. 
Onde é que ficam os seus preconceitos de alguém que está no papel dele? Como é que garante que a leitura que faz não está condicionada por ideias pré-concebidas? “O que se torna mais difícil é sairmos dos nossos sapatos e pormo-nos na pele de uma pessoa completamente isenta. Quando estou a analisar o comportamento de alguém, não tenho que pensar no que eu poderia ter feito, tenho que me abstrair disso. Depois procuro sempre validar a minha percepção.” Em tribunal, por exemplo, a questão é saber qual a isenção de um juiz que já condenou “não sei quantas pessoas com um mesmo tipo de face” quando aparece alguém com esse mesmo tipo de face e não é criminoso?
E que dizer de ensinar pessoas a mentir melhor? É possível? Diz que se recusa a instruir testemunhas, por exemplo, a fazê-lo. “Até porque eu as poderia preparar para retrair comportamentos, mas aí a autenticidade ainda fica mais plástica (e o corpo denunciá-las-ia)”.

Procuradoria pede prisão da ex-presidente sul-coreana que sofreu impeachment




Park Geun-hye foi destituída do cargo no início do mês após escândalo de abuso de poder. Eleições no país estão marcadas para maio.




Ex-presidente Park Geun-hye deixa procuradoria em Seul, na Coreia do Sul, na quarta-feira (22)  (Foto: Kim Hong-Ji/ Reuters)
Ex-presidente Park Geun-hye deixa procuradoria em Seul, na Coreia do Sul, na quarta-feira (22) (Foto: Kim Hong-Ji/ Reuters)


O Ministério Público da Coreia do Sul solicitou nesta segunda-feira (27) a detenção da ex-presidente Park Geun-hye por acusações de corrupção relacionadas com o caso da "Rasputina", que já provocou sua destituição definitiva como chefe de Estado no início deste mês.
Os investigadores consideram que Park é suspeita de suborno, abuso de poder, coação e de revelar segredos de Estado a sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina" por sua proximidade com a ex-presidente, segundo um comunicado da procuradoria divulgado por veículos de comunicação sul-coreanos.
"Seria injusto não pedir uma ordem (de detenção) levando em conta que sua cúmplice Choi Soon-sil, assim como os funcionários que seguiram suas ordens e aqueles que pagaram subornos, foram todos detidos", destaca o texto.
Após perder sua imunidade presidencial ao ser destituída no último dia 10 de março, a ex-presidente se submeteu na semana passada a um intenso interrogatório dos procuradores que durou mais de 21 horas e no qual Park, de 65 anos, insistiu em sua inocência.
"Foram recolhidas muitas provas até agora, mas como a suspeita nega a maioria das acusações criminais, existe a possibilidade que tenha destruído provas", acrescenta o comunicado da procuradoria.
Os investigadores ressaltam que estas acusações são muito sérias, já que acreditam ter provado que Park abusou "de seu poderoso cargo e autoridade" na hora de permitir que Choi extorquisse empresas e de repassá-la segredos de Estado apesar de a amiga não ostentar qualquer cargo público.
Se o tribunal do distrito central de Seul emitir a ordem pedida pela procuradoria, Park se tornará o terceiro chefe de Estado sul-coreano a ser detido depois do general Chun Doo-hwan e de Roh Tae-woo.
Park foi destituída no último dia 10 de março, quando o Tribunal Constitucional considerou que vulnerou a Carta Magna ao confabular com sua amiga Choi Soon-sil para criar uma rede de troca de favores.


Esta decisão representou a primeira cassação de um chefe de Estado sul-coreano na democracia e obrigou o gabinete do presidente interino , Hwang Kyo-ahn, a convocar pela primeira vez eleições antecipadas, pleitos já marcados para o próximo dia 9 de maio.
Até agora 30 pessoas foram acusadas pelo escândalo da "Rasputina", que envolve 53 empresas, entre elas gigantes como LG, Hyundai e Samsung, cujo presidente de fato, Lee Jae-yong, permanece detido desde fevereiro e está sendo processado por supostamente ter aprovado o pagamento de subornos à rede criada por Choi.