sexta-feira, 10 de março de 2017

Confraternização de amigos do Hran no Ki Filé 405 SCLN


























VEJA O QUE ACONTECE NO SEU CORPO QUANDO VOCÊ COME 2 BANANAS TODOS OS DIAS






A maioria de nós hoje em dia "não tem tempo" para comer saudável e, assim, opta por fast food e comida industrializada.
Mas a falta de tempo não é desculpa.
 
Existem boas opções de alimentos saudáveis que são fáceis de ser transportados (para o trabalho, escola, faculdade ou qualquer outro lugar) e simples de ser preparados.
 
Estamos falando de frutas como a banana.
 
A banana é deliciosa, mas o forte dela não é só o sabor.
 
Ela é muito medicinal e pode curar alguns problemas de saúde melhor do que certos medicamentos vendidos em farmácias.
 
Seu poder se deve a grande quantidade de proteínas, vitaminas e outros nutrientes.
 
Por isso é muito bom para a saúde comer esta fruta todos os dias
 
E não precisa de muitas bananas.
 
Basta você desenvolver o hábito de comer duas bananas todos os dias para boas coisas ocorrerem no seu corpo.
 
Quer saber por quê?
 
Veja o que a banana é capaz de fazer:
 
1 - Regula menstruação: algumas mulheres têm o ciclo menstrual desregulado.
 
Estudos recentes descobriram que a banana ajuda a regular o ciclo, a produção de hormônios e dar mais força ao corpo.
 
2 - Fonte de energia:  não é à toa que os atletas amam banana.
 
Ela é rica em potássio e outros nutrientes que a trornam uma excelente fonte de energia.
 
3 – Alivia o estresse: se você anda com problemas de humor, ansiedade e estresse, pode contar com os aminoácidos da banana.
 
Além disso, ela contém magnésio e cálcio, que protegem contra a depressão.


4 – Cuida do coração:  esta fruta é rica em cálcio e tem pouco sal, sendo super-recomendável para quem tem problemas no coração ou quer prevenir.
 
Você também pode investir nela para auxiliar no tratamento de hipertensão.
 
 
5 - Auxilia a memória: tem muita gente com memória fraca, não é?
 
Pois comer uma banana por dia ajuda a tratar este problema.
 
6 – Combate anemia: A banana tem ferro, que aumenta o nível de hemoglobina e ajuda muito no tratamento da anemia.
 
7 - Ótima para a gravidez: a banana é uma ótima aliada para as grávidas, pois combate doenças e mantém o nível de açúcar no sangue bem equilibrado.
 
8 - Combate úlceras: quer proteger o estômago das úlceras?
 
A banana cria uma camada especial e reduz as chances desse mal.
 
Além disso, ela regula a produção dos vários ácidos no estômago.
 
9 – Combate a TPM: a glicose no sangue pode afetar o humor, principalmente na TPM.
 
A banana possui seis vitaminas indispensáveis para regular a glicose, como a vitamina B6.
 
Então, nada de pílulas para combater a TPM, certo?
 
10 – Previne prisão de ventre: por ter um alto teor de fibras, a banana (especialmente a madura) mantém a ordem do trânsito intestinal.
 
Mas neste caso prefira a banana madura, mais rica em mucilagem que vai lubrificar o intestino e ajudar na eliminação.

Entrevista: Os desafios da esquerda revolucionária em 2017


Política


RUMO AO II CONGRESSO DO MRT


Este mês irá ocorrer o II Congresso do Movimento Revolucionário de Trabalhadores, que compõe a Fração Trotskista - IV Internacional. O Esquerda Diário entrevistou Diana Assunção e Carolina Cacau, militantes do MRT que foram candidatas a vereadora de seus municípios pelo PSOL nas últimas eleições. Diana é trabalhadora da Universidade de São Paulo e membro da Secretaria de Mulheres do Sintusp. Carolina é professora estadual no Rio de Janeiro e membro do Centro Acadêmico de Serviço Social da UERJ.


ED: Qual avaliação vocês fazem da situação política atualmente?
Diana: Estamos no primeiro ano pós golpe institucional e já ficou mais do que claro os objetivos desta operação: implementar ataques ainda maiores do que o PT já vinha aplicando em seu governo. No final do ano passado Michel Temer deu passos com a PEC 55 e agora avança com a reforma trabalhista e da previdência. Tudo isso ocorre em meio a novos escândalos de corrupção, com todos os políticos da ordem aguardando as delações da Odebretch, já que a grande maioria tem "rabo preso", para ver como vão seguir seus planos neste ano. Assim também a Lava Jato define seu rumo a partir destas delações depois de seu grande fortalecimento no ano passado como braço direito do golpe institucional. O regime político segue bastante desprestigiado, mas com certo fôlego já que muitos setores da burguesia querem sustentar este governo que por enquanto está “mostrando serviço” para garantir os ataques. Há um fortalecimento dos partidos da direita na superestrutura, um avanço na implementação dos ataques que se expressa com um nível de desemprego maior e com a queda do poder de renda. Ainda assim, não podemos dizer que de imediato isso signifique uma mudança total na correlação de forças entre as classes já que há muita incerteza sobre os rumos do país. É preciso remarcar também que o golpe institucional dividiu águas em toda a esquerda.
Cacau: Também é preciso considerar o cenário internacional com a entrada de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Isso tem efeitos diretos na América Latina por sua política protecionista e xenófoba, e já abriu espaço pra manifestações massivas como as grandes marchas de mulheres no dia de sua posse. Coloca-se para nós a necessidade de levantar uma política claramente anti-imperialista, mas sem confluir com todo o tipo de reformismo ou populismo de esquerda que protesta contra Donald Trump lavando a cara do Partido Democrata.
ED: Como vocês vêm o papel das centrais sindicais diante do plano de ajustes do governo golpista de Temer?
Diana: Depois de 14 anos o PT se desloca para a oposição, como resultado de um golpe institucional que sequer combateu seriamente. Mas ainda continuam dirigindo a grande maioria dos sindicatos em nosso país, a partir da CUT mas também de seu aliado PCdoB com a CTB. Estas centrais sindicais vieram tendo há anos um papel de contenção e de auxílio na política petista de conciliação de classes, impedindo o surgimento de uma resistência real dos trabalhadores. Agora, diante do enorme plano de ajustes que o governo Temer quer implementar, ou seja, diante da tentativa de descarregar a crise sob as costas dos trabalhadores e do povo pobre é preciso opor a esta ofensiva uma frente comum dos trabalhadores e da juventude na ação para barrar estes ataques a partir de suas estruturas. É por isso que consideramos fundamental exigir das centrais sindicais que rompam sua subordinação a política petista que se no ano passado abriu espaço para a direita e não combateu o golpe, neste ano de forma vergonhosa fazem alianças com os golpistas em todos os lados.
É preciso exigir das centrais sindicais que rompam a trégua com o governo Temer, e construam a partir da base, com assembleias reais e democráticas, um plano de luta que passaria por organizar com muita força a paralisação internacional das mulheres no 8 de março e também a paralisação nacional do dia 15, convocada por eles em seu site mas que tende a ser mais um dia de luta dos "aparatos" e não de resistência real da base.
Ainda são poucas lutas de resistência, mas isso é reflexo da política de desmoralização petista após sua saída do governo e da própria política das centrais sindicais. Mesmo assim vimos uma importante batalha dos trabalhadores da CEDAE no Rio de Janeiro, luta dos servidores municipais em Florianópolis, no ano passado uma jornada de lutas contra a PEC que mobilizou o movimento estudantil e trabalhadores ao redor do país, mobilizações do MTST e agora começa a se organizar uma importante batalha na Universidade de São Paulo contra a chamada "PEC do fim da USP".
ED: Qual o papel dos setores de esquerda aí?
Cacau: Acreditamos que para que a Frente Povo Sem Medo, que reúne os principais sindicatos e movimentos sociais do país, seja capaz de avançar a barrar os ataques atuais é necessário que todas as entidades organizem uma forte luta pela base. Por isso viemos exigindo um plano de lutas efetivo, com assembleias massivas e verdadeiramente democráticas. Para isso, é necessário batalhar para que nas jornadas nacionais de luta organizadas pela CUT os bastiões da classe trabalhadora participem com paralisação ativa, piquetes, manifestações operárias. Para aumentar nossa capacidade de resistência contra os ataques, para criar uma capacidade de resistência que seja verdadeiramente capaz de frear os ataques, a esquerda precisa batalhar por influenciar e auxiliar na organização das bases dos sindicatos mais poderosos do país, que estão em sua maior parte dirigidos pela CUT, mas também pela CTB, Força Sindical e outras centrais. E isso só poderá ser feito exigindo que estas centrais sindicais apresentem um plano de luta unificado convocando assembleias democráticas das bases nos locais de trabalho, e combatendo a influência do PT e demais setores da burocracia sindical nessas organizações. Não dar essa batalha, ou seja, se manter na passividade é a forma mais funcional para que os conchavos do PT com os golpistas continuem, enquanto os ataques avançam.
Diana: Exatamente. Quando era governo, o PT aplicava o ajuste e comandava a corrupção. Agora na oposição, os petistas no parlamento votam junto com os golpistas pela impunidade dos políticos e apoiam os golpistas para ter mais cargos no Congresso. Conviver pacificamente com as direções petistas dos sindicatos e dos movimentos sociais na Frente Povo Sem Medo significa aceitar a passividade que essas direções impõem sobre suas bases. Significa aceitar que as ações da Frente Povo Sem Medo continuem sendo insuficientes para frear os ataques da direita. Significa contribuir para um movimento de oposição que tem como verdadeiro objetivo eleger Lula em 2018 e não parar os ataques do governo com a luta. A esquerda independente do PT tem os parlamentares do PSOL e dirige vários sindicatos e oposições sindicais da CSP-Conlutas e da Intersindical. Se essas forças se coordenam e se aliam ao MTST para influir sobre as bases dos sindicatos da CUT e demais centrais, arrastando contingentes importantes para ações unificadas, a resistência aos ataques da direita e da patronal será qualitativamente superior. Há que começar por dar o exemplo mobilizando de forma unificada as próprias bases sindicais para mostrar a força da classe trabalhadora em ação, seja na solidariedade a todo conflito de resistência que surja como também é hoje o acampamento do MTST na Avenida Paulista ou nas manifestações nacionais convocadas pela Frente Povo Sem Medo. A voz dos parlamentares do PSOL pode cumprir um grande papel na medida em que seja colocada a serviço dessas batalhas.
ED: E qual a política para as lutas de resistência que estão em curso?
Cacau: O Rio de Janeiro é um dos estados em crise de "calamidade" financeira, reflexo direto da Lei de Responsabilidade Fiscal e dos interesses capitalistas em garantir o pagamento da dívida pública, que é um verdadeiro roubo da população. Por isso, os ataques de Pezão são diversos, desde o atraso nos pagamentos dos salários, até o aumento do custo de serviços básicos e nas últimas semanas se expressou com força na votação da privatização da CEDAE, empresa pública de água e esgoto no Rio. As universidades vêm sentindo este impacto como na UERJ, que está sem aulas há meses por falta de condições mínimas fruto do descaso do governo. Ao mesmo tempo em que nós estamos na linha de frente destas lutas, atuando lado a lado com trabalhadores, fazendo uma grande campanha contra a privatização e resistindo juntos contra a repressão policial, estamos buscando uma política que parte de exigir daqueles que tem mais responsabilidade e peso político a organização de reuniões de base nos sindicatos para organizar um plano de luta unificado.
Por isso estamos exigindo que os parlamentares do PSOL, em primeiro lugar Marcelo Freixo, os sindicatos e todas entidades estudantis precisam organizar reuniões abertas para coordenar e organizar um plano de luta real para derrotar estes ataques, que precisa partir de massificar a luta pela base, construindo reuniões que envolvam centenas de ativistas em cada local de trabalho com delegados eleitos em todo o país e que todas as direções coloquem esforços nesse sentido.
Reuniões desse tipo podem inclusive dar lugar a organismos que se unifiquem pelo país através de delegados eleitos em cada lugar. Sem construir esta unidade na ação, independente das divergências políticas entre todas as entidades, é muito difícil impedir o avanço dos ataques.
Diana: Aqui em São Paulo também viemos enfrentando o prefeito João Dória, um empresário milionário que busca "mostrar serviço" na Prefeitura para convencer a população de que representa os interesses do povo quando mora na 4ª maior mansão da cidade. Mais precisamente na USP estamos buscando articular uma unidade entre o Sindicato dos Trabalhadores da USP, a Associação de Docentes e o Diretório dos Estudantes com o objetivo de movimentar a maior força possível entre trabalhadores, estudantes e professores para construir uma luta de resistência muito forte que tenha a capacidade de enfrentar a política da Reitoria e do governador Alckmin que quer ganhar a opinião pública contra as três categorias que hoje constroem a universidade. É uma tarefa de todo o movimento mostrar em ações concretas que queremos uma USP a serviço da maioria do povo, o que para nós significa a serviço da classe trabalhadora e do povo pobre. Isso só pode se dar com uma luta massiva, onde as entidades se coloquem com o maior peso possível para mobilizar na base, onde o PSOL como principal partido da esquerda deveria colocar todas as suas forças para garantir que essa luta triunfe. Acreditamos por exemplo que é possível haver uma aliança entre o acampamento do MTST na Avenida Paulista e a luta na USP no sentido de enfrentar este projeto elitista de cidade e universidade privatizada. E tudo isso precisaria se materializar em comitês unificados de trabalhadores, estudantes e funcionários com delegados eleitos na base que pudesse construir um forte organismo de direção. Acreditamos que a política nos conflitos de luta devem articular uma exigência às entidades e partidos políticos da esquerda com a auto-organização dos trabalhadores, e em meio a este processo unitário de luta nós batalhamos por uma política abertamente revolucionária e anticapitalista.
ED: Como vocês acham que se responde os principais problemas políticos atuais, seja a crise no regime, os ataques de Temer e a crise nos estados por exemplo.
Cacau: No Rio de Janeiro estamos levantando uma forte campanha pelo não pagamento da dívida pública. Tem sido uma forma ofensiva com a qual buscamos mostrar e debater com trabalhadores e jovens que é impossível acabar com a calamidade da ausência de leitos e estrutura nos hospitais públicos, a ameaça de privatização da água e o fechamento de universidades – como a situação da UERJ, a ruína das escolas públicas e o parcelamento ou calote de nossos salários sem uma política que enfrente os grandes monopólios e os lucros dos patrões, pois o que está em jogo é sobre quem vão descarregar a crise. Claro que é só uma parte de um programa mais acabado que envolveria também batalhar pela reestatização de todas as empresas privatizadas e que se coloque sob controle operário todas as empresas públicas, como forma também de enfrentar a corrupção, e os impostos progressivos sob as grandes fortunas. Lutamos também contra a reforma trabalhista e da previdência, exigindo aumento do salário de acordo com o aumento do custo de vida, divisão das horas de trabalho por todas as mãos disponíveis para trabalhar, sem redução do salário, e a efetivação de todos os trabalhadores terceirizados sem necessidade de concurso público ou processo seletivo. São algumas das questões que viemos levantando.
Diana: Ao mesmo tempo, parte da exigência que viemos fazendo às centrais sindicais também buscava enfrentar a separação entre a luta econômica e a luta política. Isso porque
grande parte das direções reformistas querem subordinar a luta econômica ao seu objetivo de reeleição de Lula em 2018, fazendo com que toda luta de resistência no fundo sirva para fortalecer este objetivo e não o de fortalecer uma alternativa independente.
É por isso que inclusive a política de eleições diretas ou diretas já terminam sendo formas distintas de antecipar uma saída pelo regime sem colocar a classe trabalhadora e a juventude como sujeito. É por isso que consideramos necessário continuar lutando por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, imposta pela força da mobilização, para mudar as regras do jogo, avançar pra debater todos os problemas do país o que da nossa perspectiva significa avançar para um verdadeiro governo dos trabalhadores de ruptura com o capitalismo.
ED: Como vai ser o próximo Congresso do MRT?
Diana: Este é o II Congresso do Movimento Revolucionário de Trabalhadores, que faz parte da Fração Trotskista - Quarta Internacional, cuja principal organização é o Partido dos Trabalhadores pelo Socialismo (PTS) de Nicolas Del Caño e Myriam Bregman, que integra a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT, pela sigla em espanhol). É nosso segundo Congresso porque em 2015 deixamos de usar o nome de Liga Estratégia Revolucionária - Quarta Internacional que condensou 15 anos de defesa do trotskismo e importantes batalhas na luta de classes, que são parte orgânica de nossa tradição atual. Impulsionamos o Esquerda Diário, que é parte da Rede Internacional de Diários em 11 países e 5 idiomas, como uma ferramenta pra fazer avançar a luta da classe trabalhadora e da juventude em perspectiva anticapitalista, que chegou a ter 700 mil visitas em um mês e no Congresso vamos debater como seguir avançando. Tivemos uma importante experiência no último ano com nossas candidaturas anticapitalistas do MRT pelo PSOL que alcançaram nacionalmente mais de 8 mil votos, com Maíra Machado, Flavia Valle, Danilo Magrão além da minha candidatura e de Cacau. Queremos debater neste Congresso como avançar em uma organização com cada vez mais presença nacional ampliando a influência das idéias do marxismo revolucionário, que em nossa época é o trotskismo, e traduzindo o programa e a estratégia revolucionária pro momento atual no Brasil. Nossa estratégia é buscar uma inserção profunda na classe operária, a partir de seus bastiões mais concentrados, e nossa intervenção em todos os movimentos progressistas e democráticos está a serviço disso.
Diana: Queremos refletir sobre os principais fenômenos da luta de classes e políticos nos últimos anos que deram espaço ao surgimento de novas organizações de esquerda que podemos chamar de "neo-reformistas" pois apresentam um programa e uma estratégia reformista com ampla influência, algumas vezes chegando ao poder como foi o caso do Syriza na Grécia. Analisar o fato de que este programa e estratégia se demonstrou falido no momento em que o Syriza ignorou o próprio referendo em que 61% da população grega votou pelo rechaço da Troika e aplicou o plano de ajustes é fundamental pra pensar
Que tipo de esquerda construir hoje: uma esquerda que quer assumir o poder pela via parlamentar pra administrar o capitalismo (como também quer Pablo Iglesias e o Podemos no Estado Espanhol) ou uma esquerda que quer construir uma força material orgânica pela base que utilize postos parlamentários pra avançar em uma política de ruptura com o capitalismo?
Contra estas alternativas, viemos ressaltando a política da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT na sigla em espanhol) na Argentina em especial a política do PTS que é um exemplo de que não é necessário rebaixar o programa para chegar a setores de massas. Esta discussão para nós está colocada, inclusive em debate com o PSOL no Brasil, por exemplo no Rio de Janeiro onde Marcelo Freixo teve uma votação bastante expressiva mas apresentava um programa que não era de ruptura com o capitalismo. Neste sentido também há um debate com o conjunto da esquerda sobre o espaço para o avanço de uma esquerda revolucionária de fato no Brasil, quando algumas organizações da esquerda em especial o PSTU e o MÊS de Luciana Genro fizeram coro com o golpe institucional, seja pela via de apoiá-lo diretamente seja pela via de vangloriar a Operação Lava-Jato e Sérgio Moro.
Cacau: Queremos debater um forte desafio de construir uma juventude anti-capitalista e revolucionária, como a Juventude Faísca uma juventude que se proponha a lutar por todos os nossos direitos mas com uma perspectiva clara de se aliar com a classe trabalhadora, que retome o mais profundo das jornadas de junho e das grandes lutas secundaristas, pra enfrentar com força a Reforma do Ensino Médio, nosso direito ao lazer, a arte e a cultura, e pela legalização das drogas. É com essa perspectiva também que construímos o grupo de mulheres Pão e Rosas com muita força também neste 8 de março, com duas publicações neste mês para contribuir teoricamente com uma reflexão marxista sobre a questão de gênero que debata com as principais correntes de pensamento do feminismo atual que abandonaram a perspectiva da revolução socialista como única forma de buscar a verdadeira emancipação das mulheres. Queremos lutar fortemente contra toda a violência machista, pelo nosso direito ao aborto e pela livre identidade de gênero e em defesa da população LGBT. Da mesma forma, queremos levar com muita força a luta dos negros e negras, pela igualdade salarial entre negros e brancos, contra toda forma de violência policial e também enfrentando uma antiga discussão que divide a esquerda sobre a vergonhosa posição de apoiar as "greves" de policiais, que assassinam todos os dias nos bairros e favelas, em especial a população negra. Também vamos debater no Congresso como fortalecer nossa inserção e desafios no movimento operário, de como avançar nos importantes trabalhos que temos no Sintusp, em metroviários e professores de SP, rodoviários de Porto Alegre e fortalecer novos que viemos construindo na indústria, na CEDAE e garis do Rio de Janeiro e outras categorias, debatendo como fortalecer o Movimento Nossa Classe nessa perspectiva. Vamos também discutir o fortalecimento da propaganda marxista para dentro e fora da organização, lançando uma nova revista teórica e uma ofensiva de cursos de formação e um plano de edições. E estamos nos dando um grande desafio de dar um salto em nossa atuação no Rio de Janeiro, mas também em outros estados como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, e abrindo um novo trabalho no Nordeste.
Diana: Em síntese esperamos realizar um Congresso que contribua para colocar as ideias do trotskismo na ofensiva, aprimorando nossas ferramentas para isso, retomando o melhor da tradição revolucionária internacional e votando medidas que possam expressar a audácia que viemos nos dando nos últimos anos, seja com nossas candidaturas anticapitalistas, seja com o lançamento da juventude Faísca como colocou Cacau, porque queremos chegar a centenas e milhares de jovens e trabalhadores pra, frente a crise do PT, apresentar uma alternativa viável no Brasil que possa ser embrião da construção de um partido revolucionário, o que consideramos que passa por debates com o PSOL, principal partido à esquerda do PT, mas principalmente com todo o espectro social que tem o PSOL como referência política. Todos esses objetivos são parte da luta por construir um partido revolucionário não somente no Brasil, mas internacionalmente que possa reconstruir a IV Internacional.

'ENTUSIASTA' PETISTA É O BRAÇO DIREITO DE HENRIQUE MEIRELLES NA REFORMA


PREVIDÊNCIA


PRINCIPAL AUXILIAR DE MEIRELES NA REFORMA DA PREVIDÊNCIA É PT
Publicado: 10 de março de 2017 às 00:01 - Atualizado às 23:37



Ex-diretor de Benefícios do INSS nos governos Lula e Dilma, e conhecido entusiasta da era PT, Benedito Brunca acabou promovido a secretário de Políticas da Previdência do governo Michel Temer e, assim, virou o braço direito do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) no esforço para emplacar a reforma da Previdência. Na era PT, Brunca chefiou a área de Benefícios do Ministério da Previdência por 11 anos. A informação é da coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Causa espanto na bancada de apoio ao governo Temer no Congresso o papel protagonista de um prócer petista na reforma da Previdência.
Ricardo Berzoini foi acusado de “maltratar” os velhinhos, mas se diz na Previdência que a decisão de recadastrá-los foi de Benedito Brunca.
Se hoje o petista Brunca se ligou ao ministro Henrique Meirelles, no governo Dilma ele era seguidor do ministro petista Carlos Gabas.
O ex-ministro Carlos Gabas é informado regularmente sobre as ações na Previdência, segundo servidores.

Patrões boicotam FGTS de 7 milhões de trabalhadores com amparo da lei


FGTS

A liberação do FGTS das contas inativas, conforme anunciou Temer, alcançaria milhões de trabalhadores brasileiros. Entretanto, cerca de 7 milhões se depararam com o boicote de seus antigos patrões, que descontaram sua contribuição para o fundo e não depositaram. Dentre estes trabalhadores, uma boa parte jamais irá reaver este dinheiro.



A pressa em sacar todo dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é fruto da necessidade que todo trabalhador sente, pois muitos passam temporadas desempregados, ou quando empregados, com salários tão baixos que mal dá para o básico. No mesmo dia que os noticiários publicaram a medida de Temer, que tinha como justificativa "aquecer a economia", porém favorece mesmo os banqueiros, milhares de trabalhadores ficaram ansiosos para consultar seu fundo inativo, na esperança de conseguir o inesperado.
Muitos que haviam sido demitidos até o final de 2015, podiam mensurar a quantia a receber. Porém, depois de horas enfrentando uma fila brutal se deparara com um inconveniente, seu antigo patrão não depositou seu FGTS. O boicote pode ser dito por uma empresa ou outra como um "erro", porém, foram ao menos 200 mil empresas que tomaram esta prática, sugando ainda mais de 7 milhões de trabalhadores. Será isso um "erro" ou uma prática de roubo, comum entre a patronal e amparada pela lei?
Ora, o número absurdo de boicotes só veio a tona por causa de cada trabalhador que foi até uma agência da caixa sacar seu FGTS, caso isso não ocorresse neste momento, jamais teria a mídia burguesa que falar disto. Mesmo sendo esta prática já tendo atingido tantos trabalhadores, muitos tendo ao menos ouvido falar de alguém que foi passado pra traz pelo seu patrão, não se fala nesse boicote, por quê?
O fato é que milhares de empresários, além de toda exploração com o trabalhador, pegam parte dos salários para si, assim diminuem seus gastos. Até 18/02/2015, com contrato de trabalho vigente na empresa, descobrindo que não estava sendo depositado o FGTS, tinha até 30 anos para acionar a justiça do trabalho, a partir da data que não foi depositada. Contratos correndo desde 19/02/2015, o prazo foi reduzido para 5 anos. O detalhe mais importante para este caso é que após encerrado o contrato, depois de ser demitido, seja por qual via ou motivo, são 2 anos para recorrer, passando este prazo o patrão tem amparo legal para ficar com seu dinheiro. Detalhe que esta medida foi aleterada ainda durante o governo Dilma/PT.
Os patrões tem um tempo reduzido para se livrar de uma sentença após um roubo, mesmo que comprovado. Como se fosse um jogo com os trabalhadores, são 2 anos após encerrar o contrato para descobrir uma fraude, caso contrário fica de mãos abanando. Um jogo injusto, dado que não é sempre que se pode sacar o FGTS quando pede demissão, justa causa, etc. E caso a empresa já tenha declarado falência, deixando de existir, esse prazo pode ser ainda mais curto.
De fato a Justiça é dos ricos é feita para proteger seus interesses. Mesmo tendo Temer liberado o saque das contas inativas, como uma manobra para aliviar momentaneamente o bolso do trabalhador enquanto arranca a previdência e todos os direitos trabalhistas com as reformas, permite o calote aos trabalhadores, demonstrando mais uma vez que os interesses por traz de seu governo são o dos ricos e que tais interesses são totalmente opostos aos dos trabalhadores.

PALÁCIO DO PLANALTO OU PRESÍDIO DA PAPUDA; AS OPÇÕES DE LULA PARA 2018




PESQUISA 2018


LULA ESTÁ BEM NAS PESQUISAS, MAS EM 2018 PODERÁ ESTAR PRESO
Publicado: 10 de março de 2017 às 00:00 - Atualizado às 23:32


LULA LIDERA PESQUISA, MAS PODE ESTAR PRESO ATÉ AS ELEIÇÕES. FOTO: ROBERTO PARIZOTTI/CUT


Pesquisas para 2018 são prematuras porque até lá os pré-candidatos podem estar inelegíveis ou presos. É o caso do ex-presidente Lula. Ele ainda não sabe se o seu destino será o Planalto ou a Papuda, mas ao menos no Nordeste continua bem. Em Alagoas, 39% votariam nele, se a eleição fosse hoje, aponta levantamento do Paraná Pesquisa para o portal Diário do Poder. Marina (Rede), em 2º, soma 13,3%. Foram ouvidos 1.500 eleitores em 46 municípios. A margem de erro é 2,5%. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Apenas 10,2% dos alagoanos votariam em Aécio Neves (PSDB), que no Estado empata com o deputado Jair Bolsonaro (RJ).
Joaquim Barbosa (4,7%), Ciro Gomes (3,6%), Michel Temer (3,5%) e Ronaldo Caiado (0,4%) fecham a lista de intenção de votos.
Entre tucanos, José Serra é o preferido dos alagoanos para presidente, com 21,8%. Alagoas foi o único Estado onde Serra venceu, em 2010.
Aprovação do governo
O Paraná Pesquisa perguntou o que os alagoanos acham do governo Michel Temer. O desempenho dele é duas vezes melhor que o de Dilma, mas é baixo: 24,5% aprovam e 72,4% desaprovam.

Temer lança plano (im)popular de saúde 100% privatizado



SAÚDE PÚBLICA


O projeto chamado de "plano de saúde popular" feito em agosto do ano passado, foi encaminhado esta semana a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para avaliação. A medida visa expandir o mercado dos planos de saúde, permitindo drástica redução da cobertura, aumento das filas de esperar para consultas, exames, cirurgias, precarização dos serviços e aumento da mensalidade.

quinta-feira 9 de março| Edição do dia

Fabricio Pena - estudante de sociais da UFRGS





A proposta encaminha estudada pelo Ministério da Saúde foi uma das primeiras medidas propostas por Ricardo Barros após assumir a pasta, resultado de uma barganha entre Temer e PP. A ideia apresentada reduz várias exigências aos planos de saúde, restringindo a cobertura dos planos de saúde, com a prestação de um serviço ainda mais precário, que poderá ampliar o calote das empresas privadas ao SUS.
A apresentação conta com três tipo de plano:
1- Plano simplificado, cobre a atenção primária, consultas com especialistas e exames diagnósticos de baixa e média complexidade. Não cobre internação, terapias e atendimento de urgência e emergência;
2- Plano ambulatorial e hospitalar: inclui todo o simplificado, cobrindo exames de alta complexidade. Porém, o acesso a cuidados especializados é feito mediante a passagem por dois médicos, como no SUS, onde anteriormente à consulta com o especialista deve-se passar pelo serviço básico de saúde;
3- Plano em regime misto de pagamento: cobertura de serviços hospitalares, terapias e exames de alta complexidade, medicina preventiva e atendimento ambulatorial mediante pagamento dos procedimentos com os valores previstos no contrato.
Tudo isso conta um aumento do tempo de espera para acesso a cirurgias programadas, de 21 dias de acordo com a regra atual, para 45 dias. Consultas de especialidades que não sejam pediatria, cirurgia geral, clínica médica, ginecologia e obstetrícia, hoje marcadas em até 14 dias após a procura do paciente, passam a ter prazo de 30 dias.
O aumento da mensalidade, hoje feito de acordo aos outros planos com base em uma média de preço dos planos coletivos, também será flexibilizado como revela a proposta. A base do cálculo será realizada em uma planilha de custo, apresentada pela própria empresa.
Vários outros tipos de exigências básicas de atendimento serão flexibilizadas ou mesmo retiradas. Salários dos médicos reduzidos, atendimento a doentes crônicos e idosos, cobertura de doenças preexistentes ou congênitas, câncer, AIDS, transtornos psiquiátricos, transplantes (rim, medula e córnea). Todas esses itens hoje exigidos dos planos - por mais que não cumpram em muitos casos - podem deixar de ter uma regulamentação.
A justificativa de Barros é "desafogar" o SUS, passando parte das funções para o setor privado. Segundo o ministro desoneraria R$ 30 bilhões do sistema público. Entretanto, o que esconde o ministro em suas falas, é a fraude uso fraudulento das empresas privadas com o SUS, utilizando a estrutura pública para procedimento que deveria cobrir. O cálculo dessa dívida é milionário, ao não falar dela naturaliza o calote e incentiva o agravamento do mesmo.
O ministro que foi patrocinado por empresas do ramo, quer um tipo de plano que jamais ele ou algum familiar seu usará. Funciona como uma armadilha para atrair quem é mais pobre e precisa de atendimento médico. Entretanto, mediante um rápido adoecimento, o paciente irá se deparar com uma enorme fila, com uma burocracia desnecessária funcional apenas para atrasar o atendimento ao paciente, para enfim conseguir chegar até o especialista para um diagnóstico. A depender da complexidade do caso, mesmo depois de toda a burocracia no plano de saúde, o paciente será obrigado que ir para a fila do SUS, pois o plano poderá não cobrir o procedimento.
Apostar nas empresas privadas, amparadas pela estrutura do SUS para vários casos (como vimos acima), eleva o lucro do setor privado e "afoga" ainda mais o SUS, pois como afirma Barros, cerca de R$ 30 bilhões poderiam deixar de ser investido. Notícias circuladas pela grande mídia apontam que cerca de dois milhões e meio de brasileiros deixaram de usar plano de saúde privado devido ao enorme endividamento das famílias, aumento dos preços e também em decorrência do aumento do desemprego, que já atinge mais de 12 milhões de brasileiros. A proposta de Barros não é para "desafogar" o SUS e sim para proteger o lucro das empresas privadas de saúde. Isso fica evidente na medida em que os convênios podem deixar de cobrir procedimentos mais caros de média e alta complexidade, além de terapias e métodos diagnósticos que o usuário teria direito pelo plano de saúde. Afinal, se o SUS está "afogado" em atendimento, a solução para o problema não é beneficiando as operadoras cujo lucro alcança bilhões de reais.
Várias pesquisas feitas já demonstraram rejeição popular à proposta. No portal do uol, uma enquete apontou que 70% dos que responderam percebem o absurdo proposto pelo governo, que irá aumentar a restrição e a precarização da saúde. Entretanto, o governo golpista de Temer já vem aplicando suas "medias impopulares", como foi a PEC do congelamento de gastos públicos, afetando áreas como a saúde e educação, e agora a preocupação em aprovar rapidamente a Reforma da Previdência.
O esforço dos golpistas em favorecer os grande empresários passa por cima das necessidades mais básicas dos trabalhadores e do povo pobre, utilizando a saúde, necessidade mais básica do ser humano, para garantir o lucro de alguns capitalistas. Esta proposta apenas agrava a situação da saúde pública. Devemos apontar para um SUS 100% público e de qualidade, estatizar toda rede privada de saúde que a anos vem usurpando o patrimônio público, e utilizar o conhecimento produzido na área de saúde, nas universidades, em benefício da população prejudicada pelos grandes empresários, cuja sede de lucro faz com que milhares de vidas pereçam em enormes filas. A saúde não deveria ser tratada como uma mercadoria, mas sim como uma necessidade básica a ser atendida com alta prioridade.