quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Dados são apagados e Intensicare não tem como provar gastos de R$ 5 mi



iStock/Reprodução


Ministério Público quer investigação sobre como a Intensicare usou os recursos. Informações teriam sido deletadas por vírus de computador



O Ministério Público quer saber onde foram parar os R$ 5 milhões pagos à Intensicare em janeiro de 2016, por meio de emendas parlamentares. A empresa recebeu o montante, referente a serviços supostamente prestados na UTI do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), mas, por uma razão inusitada, não há como confirmar se o dinheiro efetivamente cobriu gastos com a saúde dos pacientes. Um vírus de computador teria apagado todos os arquivos com informações referentes às despesas da terceirizada entre 2014 e 2015.
Devido ao problema de informática, relatado por uma funcionária do HRSM ao Ministério Público, não é possível saber, por exemplo, quais tipos de atendimento foram prestados nos leitos de UTI. Tampouco há como determinar se foi usado um remédio de R$ 2 mil ou de R$ 15 mil, ou quantos pacientes receberam os medicamentos.
Mesmo sem essas comprovações, em 31 de dezembro de 2015, o então diretor-executivo do Fundo de Saúde do DF, Ricardo Cardoso, autorizou a emissão de nota de empenho. O dinheiro pagou por serviços que a Intensicare não tinha como provar se foram devidamente realizados.

Os R$ 5 milhões foram liberados pela Câmara Legislativa do DF por meio de emenda investigada pela Operação Drácon. O valor foi usado para pagar parte do contrato de R$ 7,5 milhões com a empresa. A procuradora-geral do Ministério Público de Contas do DF (MPC-DF), Claudia Fernanda de Oliveira, entrou com a Representação nº 025/2016 pedindo que o Tribunal de Contas do DF investigue o caso.
Ao todo, são 29 páginas com depoimentos e documentos que lançam uma série de suspeitas sobre as ações da Intensicare no HRSM. Além do suposto vírus no sistema, há indícios de irregularidade no pagamento da formação de pessoal; na disponibilização de leitos de UTI e na ordem de pagamento efetuada pela Secretaria de Saúde do DF à empresa, já na gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB). De acordo com o documento, é preciso apurar se a Intensicare “passou na frente” de outras terceirizadas na hora de receber do governo.
Nesta terça-feira (17/11), a representação será distribuída para um conselheiro relator do TCDF, e a admissibilidade do pedido deve ser votada na próxima sessão, em 22 de novembro. Se os conselheiros votarem pela admissibilidade do pedido, será feita inspeção imediata, no prazo de 30 dias, nos contratos da Intensicare. Além disso, devem ser ouvidos Ricardo Cardoso; o ex-secretário de Saúde Fábio Gondim; o corregedor de Saúde, Flávio Dias Abreu, e o atual chefe da pasta da Saúde, Humberto Lucena.

Os R$ 5 milhões foram liberados pela Câmara Legislativa do DF por meio de emenda investigada pela Operação Drácon. O valor foi usado para pagar parte do contrato de R$ 7,5 milhões com a empresa. A procuradora-geral do Ministério Público de Contas do DF (MPC-DF), Claudia Fernanda de Oliveira, entrou com a Representação nº 025/2016 pedindo que o Tribunal de Contas do DF investigue o caso.
Ao todo, são 29 páginas com depoimentos e documentos que lançam uma série de suspeitas sobre as ações da Intensicare no HRSM. Além do suposto vírus no sistema, há indícios de irregularidade no pagamento da formação de pessoal; na disponibilização de leitos de UTI e na ordem de pagamento efetuada pela Secretaria de Saúde do DF à empresa, já na gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB). De acordo com o documento, é preciso apurar se a Intensicare “passou na frente” de outras terceirizadas na hora de receber do governo.
Nesta terça-feira (17/11), a representação será distribuída para um conselheiro relator do TCDF, e a admissibilidade do pedido deve ser votada na próxima sessão, em 22 de novembro. Se os conselheiros votarem pela admissibilidade do pedido, será feita inspeção imediata, no prazo de 30 dias, nos contratos da Intensicare. Além disso, devem ser ouvidos Ricardo Cardoso; o ex-secretário de Saúde Fábio Gondim; o corregedor de Saúde, Flávio Dias Abreu, e o atual chefe da pasta da Saúde, Humberto Lucena.

Michael Melo/MetrópolesSede da Intensicare, em Goiânia
Pagou, mas não levou
O Ministério Público de Contas ainda quer que seja investigado por que o GDF pagou por 100 leitos de UTI quando, desse total, dois estavam bloqueados na unidade neonatal e 18 não estavam em operação na parte destinada a adultos.
Além disso, dos 17 médicos diaristas elencados pela empresa como atuantes no setor, não havia discriminação sobre as respectivas especialidades. Há indícios de que oito deles não tinham sequer título de especialista em medicina intensivista. As pesquisas sobre os títulos dos profissionais foram realizadas no Conselho Federal de Medicina (CFM) e na Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).
InformalidadeO último contrato regular firmado entre a Intensicare e o GDF foi em 2013, no valor de R$ 23,1 milhões, pela prestação de serviço por seis meses. O compromisso terminou em agosto de 2014. Desde então, a empresa presta serviços informalmente, por meio de contratos emergenciais. Apenas neste ano, já foram empenhados ao menos R$ 30 milhões para a terceirizada.
Segundo levantamento com base no Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo), a empresa já recebeu mais de R$ 200 milhões dos cofres públicos distritais desde que iniciou a operação no HRSM, em 2011.
O envolvimento da Intensicare com um suposto escândalo de corrupção na saúde pública do DF foi revelado com exclusividade pelo Metrópoles em 18 de agosto, cinco dias antes da deflagração da Operação Drácon. A empresa era um ponto em comum entre as gravações feitas pela sindicalista Marli Rodrigues, reveladas em julho; e os grampos da distrital Liliane Roriz, que vieram a público em 17 de agosto.
“Nona tentativa de resolver o problema”Por meio de nota, a Secretaria de Saúde afirmou que tenta, há tempos, solucionar as questões da Intensicare, tanto em relação aos contratos emergenciais quanto aos profissionais. “As últimas tentativas de concurso resultaram em desinteresse dos profissionais. O novo certame para a contratação de temporários será a nona tentativa de resolver o problema”, disse a pasta.
Ainda de acordo com a secretaria, será lançado novo edital de concurso público, com 106 oportunidades para intensivistas adultos e 124 para intensivas neonatologistas. “Se houver adesão e forem preenchidas todas as vagas, será possível substituir os profissionais vinculados à Intensicare que hoje atuam na UTI do Hospital de Santa Maria”, informou.
A Intensicare não retornou os contatos da reportagem para comentar o assunto.

PGR DENUNCIA CIRO NOGUEIRA POR CORRUPÇÃO PASSIVA E LAVAGEM DE DINHEIRO


LAVA JATO

ELE É ACUSADO DE SOLICITAR E RECEBER PROPINA DE R$ 2 MILHÕES DA UTC
Publicado: 17 de novembro de 2016 às 07:31

Redação


O SENADOR É ACUSADO DE SOLICITAR E RECEBER PROPINA DE R$ 2 MILHÕES DA UTC (FOTO: AG SENADO)


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o presidente do Partido Progressista, senador Ciro Nogueira (PP-PI), ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. A PGR acusa o parlamentar de solicitar e receber propina no valor de R$ 2 milhões da UTC Engenharia. Segundo a denúncia, Nogueira fazia parte do grupo de liderança do PP que participava do esquema de corrupção relacionado à Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Após a defesa de Nogueira ser apresentada, o relator da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, decidirá se aceita a ação penal contra Ciro Nogueira, o que o tornaria réu na Lava Jato. Segundo a denúncia, o pedido de propina de Nogueira foi relatado no acordo de delação premiada do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, e confirmado por provas incluídas na denúncia. Ele teria recebido diversas remessas de dinheiro em troca de promessas de favorecer a empreiteira em obras públicas de responsabilidade do Ministério das Cidades.
A denúncia oferecida pela PGR pede a condenação de Pessoa pelo crime de corrupção ativa e dos outros envolvidos, incluindo o senador Ciro Nogueira, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Janot também quer a decretação da perda em favor da União dos bens e valores objeto de lavagem de dinheiro no valor de R$ 2 milhões e mais a reparação dos danos materiais e morais no mesmo valor. Pede ainda a decretação da perda da função pública para os condenados detentores de cargo ou emprego público ou mandato eletivo.
De acordo com a acusação, entre fevereiro e março de 2014, o valor de R$ 1,4 milhão foi entregue na residência do senador, diretamente a um de seus auxiliares, Fernando Mesquita de Carvalho Filho, também acusado na denúncia. O dinheiro em espécie teria sido repassado por Alberto Youssef, que gerenciava a contabilidade paralela da empreiteira.
Segundo as investigações, a outra parte da propina, no valor de R$ 475 mil, foi paga entre agosto e dezembro de 2014, por meio de contrato fictício de prestação de serviços advocatícios entre a UTC Engenharia e o escritório Hughes & Hughes Advogados Associados, representado por Fernando de Oliveira Hughes Filho, acusado na denúncia juntamente com o advogado Sidney Sá das Neves.
A PGR também sustenta que, ao longo de 2014, Nogueira recebeu pelo menos o valor de R$ 1.640.000 em espécie e posteriormente depositou ou recebeu depósitos de parte dessa quantia de forma pulverizada em suas contas bancárias pessoais, como estratégia para evitar a identificação dos depositantes e a comunicação das operações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), o que acabou de fato ocorrendo. Procurada, a assessoria do parlamentar não quis se pronunciar sobre o caso. (AE)



TSE aguarda instrução do processo de cassação da chapa Dilma-Temer


Orgão ainda avalia se a responsabilidade atribuída à ex-presidente na prestação das contas eleitorais pode ser compartilhada pelo atual presidente




POLÍTICA BRASÍLIAHÁ 16 HORASPOR NOTÍCIAS AO MINUTO

O presidente to Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou hoje (16) que o órgão ainda avalia se a responsabilidade atribuída à ex-presidente Dilma Rousseff na prestação das contas eleitorais de 2014 pode ser compartilhada pelo atual presidente Michel Temer, então candidato a vice.


Segundo o ministro, o processo que pede o desmembramento das contas de Dilma e Temer ainda está na fase de instrução. “O relator está ainda trabalhando, ouvindo pessoas e juntando provas, quebrando sigilos. Então vamos aguardar que ele traga o processo para julgamento, para que nós possamos fazer essa avaliação”, disse.
Mendes ressaltou que a campanha à Presidência é única. “É claro que recursos da campanha da candidata foram utilizados na campanha do vice, e nem poderia ser de outra maneira. Ninguém vota pra presidente nem pra vice-presidente de forma independente, embora eles possam estar em lugares separados e terem eventos autônomos”, explicou.
Atualmente, o TSE avalia quatro processos que pedem a cassação da chapa Dilma-Temer eleita em 2014. A defesa de Temer pede que as prestações de conta do PMDB sejam analisadas separadamente. O relator do processo é o ministro Herman Benjamin e o tribunal não tem data prevista pra julgamento.
Contabilidade pública
Em palestra na assembleia anual da Federação Internacional de Contadores (IFAC), Gilmar Mendes citou o caso do impeachment de Dilma Rousseff como exemplo de respeito às normas fiscais no setor público. Para le, o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) foi essencial no processo de impedimento de Dilma. O ministro reconheceu contudo que existem muitas dificuldades para estruturar o sistema público de contabilidade e afirmou que a sustentabilidade dos direitos sociais estabelecidos na Constituição depende da respeitabilidade dos limites fiscais.
No evento, representantes de 130 países discutiram o alinhamento do Brasil a normas internacionais de contabilidade, como a obrigatoriedade do contador de reportar situações que descumprem as leis e regulações fiscais. Segundo o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), a LRF não é cumprida com rigor pelos entes governamentais da União, dos estados e dos municípios, uma vez que rodovias, parques, terrenos, bens de infraestrutura e dívidas podem não estar devidamente registrados no balanço patrimonial.
A Secretaria do Tesouro Nacional emitiu uma portaria que estabelece a adoção das normas internacionais para todos os agentes da administração pública até 2021. Para o presidente do Ibracon, Ibésio Coelho, os últimos acontecimentos políticos no Brasil podem incentivar a adoção das normais internacionais que visam melhorar o controle fiscal no país. “As normas internacionais tem melhor qualidade e permitem maior comparabilidade. Elas dão mais transparência na gestão da coisa pública e, quando adotadas, podem trazer muitos benefícios para a comunidade”,  disse. Com informações da Agência Brasil.

Com novos motores Firefly, Uno 2017 atinge nível mais alto de tecnologia, eficiência e economia


Motores globais do compacto se destacam pela tecnologia, alta performance e baixo consumo.

PORFIAT
conteúdo de responsabilidade do anunciante

Uma das principais novidades do Uno 2017 está debaixo do capô. O compacto da Fiat oferece em todas as suas versões os novos motores globais Firefly, definidos pela montadora como o Estado da Arte, ou seja, o nível mais alto de tecnologia do motor. Com alto desempenho e economia, a nova família foi pensada para atender padrões globais de eficiência.
Os motores Firefly do Uno aparecem nas versões 1.0 com três cilindros e 1.3 com quatro cilindros, ambos com alta performance e eficiência. Para chegar aos níveis de exigência globais de baixo consumo de combustível, emissões e durabilidade, técnicos de diversos países participaram do desenvolvimento. “Os quatro cantos do mundo trabalharam pra nascer o Firefly”, comenta o assessor técnico da FCA, Ricardo Dilser.
Ele explica que tudo no motor foi feito pensando no cliente e em como ele usa o Uno 2017, no quanto o proprietário quer gastar em combustível, no torque que o carro precisa entregar, entre outras preocupações. Para isso, se chegou num motor mais tecnológico, robusto e eficiente. No fim, a pessoa terá nas mãos um carro valente e que consome menos.
Exemplo dessa evolução são as válvulas, que foram reduzidas de quatro para duas por cilindro, sem desperdícios. Os motores globais Firefly são mais “magros” do que outros, mas a Fiat investiu em tecnologia para que eles ofereçam alta performance. Com a redução de materiais na sua fabricação, é necessária menos energia para que ele trabalhe, e assim é gerada a economia. Por serem mais simples e objetivos, sem perfumarias, são também mais racionais e de melhor manutenção.
O Uno 2017 está no mercado brasileiro nas versões Attractive 1.0, Way 1.0, Way 1.3, Way 1.3 Dualogic, Sporting 1.3 e Sporting 1.3 Dualogic. Além dos novos motores globais Firefly, o carro conta com direção elétrica de fábrica, itens como o Hill Holder nas versões Dualogic, a função City que facilita as manobras e se destaca pelo alto desempenho e a economia
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Ministra do TSE nega liberdade a Anthony Garotinho

16/11/2016 23h37 - Atualizado em 17/11/2016 03h33

Ex-governador do RJ foi preso em operação que apura compra de votos.
Defesa de Garotinho nega acusações e diz que prisão dele foi ilegal.

Mariana OliveiraDa TV Globo, em Brasília

A ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou na noite desta quarta-feira (16) um pedido de liberdade movido mais cedo pela defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, preso pela Polícia Federal.
Preso por suspeita de envolvimento com um esquema de compra de votos, Garotinho passou mal e foi levado para o hospital Souza Aguiar, no Centro, no fim da tarde desta quarta, onde passou por uma avaliação médica.
A mulher do ex-governador do Rio, Rosinha Garotinho, chegou ao hospital Souza Aguiar por volta das 2h desta quinta (17). Ela não falou com a imprensa.
No pedido de prisão de Garotinho, aceito pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, a Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes (RJ) – cidade onde o ex-governador ocupa o cargo de secretário de Governo – apontou compra de voto, associação criminosa e coação.

Garotinho foi preso nesta quarta na Operação Chequinho, que apura fraudes no programa Cheque Cidadão.

Segundo as investigações, em troca de votos, eleitores eram inscritos no programa que dá R$ 200 por mês a famílias de baixa renda.

Os advogados do ex-governador negam as acusações e dizem que a prisão foi ilegal.

Anthony Garotinho foi governador do estado do Rio de Janeiro de 1998 a 2002, quando concorreu à presidência. A mulher dele, Rosinha Garotinho, foi eleita governadora do estado, e ele foi secretário de Segurança de seu governo. Neste período, uma série de denúncias de crimes eleitorais e comuns recaíram sobre o casal.

Investigações
A Operação Chequinho investiga um esquema de compra de votos em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Segundo o Ministério Público Estadual, em troca dos votos, a prefeitura oferecia inscrições fraudulentas no programa Cheque Cidadão, que dá R$ 200 por mês a cada beneficiário.

A operação começou em setembro deste ano, quando o MPE e a PF viram um "crescimento desordenado" do Cheque Cidadão. Em dois meses, o número de inscritos passou de 12 mil para 30 mil. Desde então, a operação prendeu vereadores, eleitores e outros envolvidos no caso. Todos já foram soltos.
O secretário de Governo de Campos dos Goytacazes e ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, aguarda após ser preso no Flamengo, Zona Sul do Rio, por agentes da Polícia Federal. Ele é um dos investigados na Operação Chequinho (Foto: Wilton Júnior/Estadão Conteúdo)O secretário de Governo de Campos dos Goytacazes e ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, aguarda após ser preso no Flamengo, Zona Sul do Rio, por agentes da Polícia Federal. Ele é um dos investigados na Operação Chequinho (Foto: Wilton Júnior/Estadão Conteúdo
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Invasão na Câmara e protestos no Rio preocupam Planalto


Receio é de que esses tipos de protestos se espalhem pelo país neste fim de ano




POLÍTICA EM ALERTAHÁ 12 HORASPOR FOLHAPRESS

A quarta-feira (16) de tensão no Rio e em Brasília, com protestos à frente da Assembleia Legislativa e invasão do plenário da Câmara dos Deputados, gerou preocupação no Palácio do Planalto, que monitorou o desenrolar das ações de manifestantes nas duas cidades. Segundo assessores, o receio é que esses tipos de protestos se espalhem pelo país neste fim de ano e, por isso, a ordem é acompanhá-los e monitorá-los para determinar algum tipo de ação se for necessário.

No caso da invasão da Câmara dos Deputados, a avaliação do governo é que se trata de um movimento organizado por grupos radicais de direita e que não será admitido, principalmente por defender uma intervenção militar no país.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse à reportagem que a reivindicação dos manifestantes que invadiram o plenário da Câmara é completamente fora de "propósito" e de "cogitação". Segundo ele, o momento do país é outro e não existe no "vocabulário das Forças Armadas a palavra intervenção militar", mas apenas as determinações previstas para elas na Constituição Federal.
O Palácio do Planalto foi informado da invasão e sua área de inteligência vai procurar identificar quem são os manifestantes para tentar mapear de onde vieram e quem pode ter organizado a invasão.
Em relação aos protestos no Rio, o governo Temer já colocou à disposição do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) homens da Força Nacional e do Exército para ajudar na segurança estadual, principalmente nos locais próximos às manifestações.
Além disto, o presidente Temer orientou sua equipe econômica a encontrar medidas para dar um alívio de caixa não só ao Rio, mas também a outros Estados, na busca de evitar que haja um atraso generalizado do pagamento do 13º salário neste final de ano pelos governadores. Se isso acontecer, o Planalto teme que os protestos que estão ocorrendo hoje no Rio se repitam em outros Estados, gerando um clima de tensão social no mês de dezembro. 


Sérgio Cabral é preso pela PF, acusado de desviar R$ 224 milhões


Ex-governador do Rio de Janeiro é alvo de prisão preventiva




POLÍTICA CALICUTEHÁ 1 HORAPOR NOTÍCIAS AO MINUTO

Agentes da Polícia Federal estão neste momento no apartamento do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que é alvo de prisão preventiva. Eles chegaram em seu imóvel no Leblon, Zona Sul do Rio, um pouco antes das 6h. A operação batiazada de 'Cacilute' é considerada um braço da operação Lava Jato.


Calicute é uma região da Índia onde o descobridor do Brasil, Pedro Álvarez Cabral, teve uma de suas maiores tormentas.
São ao todo 38 mandados de busca e apreensão, oito de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 14 conduções coercitivas.
Além de Cabral, são alvos da operação o ex-secretário de Governo Wilson Carlos, o ex-secretário de Obras Hudson Braga, o ex-assessor do governador Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, o Carlinhos, ex-marido de uma prima de Cabral.
Todos os alvos de prisão preventiva deverão ser levados para a Superintendência da PF no Rio, e após prestarem depoimento, serão encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exames de corpo de delito.
Cabral e outras oito pessoas ligadas ao peemedebista são acusados de liderar um grupo que desviou cerca de R$ 224 milhões em contratos com diversas empreiteiras, dos quais R$ 30 milhões referentes a obras tocadas pela Andrade Gutierrez e a Carioca Engenharia. 
 [Notícia em atualização]