quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Astronautas usam plástico brasileiro feito de cana em estação espacial

03/11/2016 16h22 - Atualizado em 03/11/2016 18h25

Iniciativa é parceria entre a Braskem e uma fornecedora da Nasa.
Plástico é usado para produzir ferramentas por meio de impressão 3D

Do G1 em São Paulo

Astronautas 'imprimem' peças de plástico no espaço (Foto: Divulgação)Astronautas 'imprimem' peças de plástico no espaço (Foto: Divulgação)
Os astronautas que estão na Estação Espacial Internacional começaram a usar plástico brasileiro feito de  cana-de-açúcar, para criar ferramentas no espaço. A matéria-prima chegou ao espaço por meio de  uma parceria entre a Braskem, produtora de plásticos, e a Made in Space, uma empresa americana  que é fornecedora da Nasa.
Há mais de um ano, a Braskem e a Made in Space desenvolvem a tecnologia para uso no espaço. O primeiro lote de plásticos foi enviado à estação espacial em março em um foguete que partiu da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos. A primeira peça com o material foi produzida em setembro - um conector de tubos para irrigação de vegetais.
Os astronautas usam o plástico para construir peças diversas a partir de uma impressora 3D que opera em gravidade zero.  Por meio dessa tecnologia, a equipe de estação espacial pode receber um e-mail com o design digital das peças e imprimi-las no espaço.
Primeira peça produzida com plástico verde foi um conector de tubos para irrigação de vegetais (Foto: Divulgação)Primeira peça produzida com plástico verde foi um conector de tubos para irrigação (Foto: Divulgação)
Plástico verde
O chamado “plástico verde” é feito a partir de um subproduto do etanol, combustível feito de cana de açúcar. O produto é exclusivo da Braskem e começou a ser fabricado em escala industrial em 2010 na unidade de Triunfo, no Rio Grande do Sul
A intenção da Braskem é usar a experiência no espaço para buscar novas aplicações para o seu produto, focadas especialmente na tecnologia de impressão 3D. “A tecnologia tem o potencial de impactar a cadeia do plástico, por meio da viabilização de novas aplicações e da personalização em massa feita com uma matéria-prima de fonte renovável”, afirma Gustavo Sergi, diretor de Químicos Renováveis da empresa
.

Justiça Federal nega pedido de suspensão das provas do Enem

03/11/2016 17h53 - Atualizado em 03/11/2016 19h59

Ocupação nas escolas motivou pedido do MPF na quarta. 
Ação foi julgada nesta quinta-feira (3) em caráter liminar.

Do G1 CE

Procurador Oscar Costa Filho (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)Procurador Oscar Costa Filho
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 está mantido neste sábado (5) e domingo (6) para cerca de 8,5 milhões de participantes, segundo decisão liminar da Justiça Federal no Ceará divulgada nesta quinta-feira (3).
Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE) havia solicitado a suspensão das provas, em todo o país, após o Ministério da Educação (MEC) decidir adiar a prova para 191 mil participantes que fariam o teste em escolas ocupadas em protestos contra a reforma do ensino médio e contra a PEC do teto dos gastos. Os afetados farão a prova em 3 e 4 de dezembro.
Na decisão que manteve a realização da prova em duas datas, a juíza Elise Avesque Frota rebate o argumento utilizado pelo procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho, que questionava a quebra de isonomia do exame que passaria a exigir temas distintos de redação para cada um dos grupos.
A juíza argumentou que, "apesar da diversidade de temas que inafastavelmente ocorrerá com a aplicação de provas de redação distintas, verifica-se que a garantia da isonomia decorre dos critérios de correção previamente estabelecidos". 
A magistrada se apoiou nos critérios de correção apontados pelo MEC para negar o pedido. "Há ênfase na avaliação do domínio da língua e de outras competências que não têm 'o tema' como ponto central", apontou a juíza na sentença.
Recurso
O procurador Oscar Costa Filho disse que vai recorrer da decisão e insistir na suspensão da validade da nota da redação até que seja julgado o mérito da questão. Nesta quinta, o procurador propôs essa alternativa à Justiça. Ele deve encaminhar o recurso nesta sexta-feira (24).
Em seu pedido original, o procurador da República no Ceará entendeu que, devido à Teoria de Resposta ao Item (TRI), os candidatos fariam a prova com o mesmo nível de dificuldade, mesmo em datas e com exames diferentes. No entanto, conforme o procurador, a redação com temas diferentes traria desequilíbrio na seleção.
Advocacia aponta prejuízo
Em nota, a Advocacia-Geral da União (AGU) diz que o adiamento traria prejuízos financeiros, atrasaria a divulgação das notas e a posterior participação em processos seletivos que usam a nota do Enem como critério. A divulgação do resultado das provas está marcada para 19 de janeiro.
"A atuação evita que o adiamento da realização da prova coloque em risco o acesso dos estudantes ao 
Na terça-feira (1º), a presidente do Inep, Maria Inês Fini, afirmou que a nova prova do Enem, a ser aplicada em dezembro, já foi elaborada e não vai afetar o equilíbrio entre os participantes, pois descarta a possibilidade de uma prova ser mais "difícil" que a outra.
"A prova é equivalente", afirmou ela. A base dessa argumentação é a chamada de Teoria de Resposta ao Item, ou TRI, que é a metodologia usada na correção.
Adiamento
Nesta terça-feira o Inep anunciou o adiamento da prova em 303 escolas, institutos e universidades que foram alvo de ocupações estudantis e ainda seguiam ocupadas na manhã de terça-feira. No dia 19 de outubro, o ministro da Educação, Mendonça Filho, havia dado um prazo para a desocupação das escolas até as 23h59 de segunda-feira (31).
Outras ações contra o Enem
O mesmo procurador já havia pedido o cancelamento do Exame em 2011, quando houve vazamento de um pré-teste com mais de 20 questões aplicadas na prova.
Em 2012, Costa Filho pediu para cancelar os efeitos da nota de redação do Enem no Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Para o procurador “o desequilíbrio matemático decorrente da associação entre avaliações submetidas a tratamento estatístico (provas objetivas), e avaliações desprovidas dessa qualidade, as quais assumem valores absolutos (provas de redação) frustra o dever de tratamento isonômico que deve ser dispensado aos candidatos”. O pedido foi negado pela Justiça

Tv Diálogos do Sul entrevista Ladislau Dowbor

A meu amado irmão Falcão que me pregou a palhaçada de partir sem se despedir.

A imagem pode conter: fogo, velas e texto


A vida tem vários mistérios, e o maior deles é a morte. Nunca poderemos entender o porquê de um ente amado ter que partir. A dor que sentimos é imensurável. Nestas horas não há nenhuma palavra que possa ser dita que seja capaz de confortar os nossos corações. Tudo parece perder o sentido e ficar pequeno diante de tamanho sofrimento.


Foto de Romulo Sanches de Oliveira.

Romulo Sanches de Oliveira Águiasemrumo & Falcão solitário

Romulo Sanches de Oliveira Eramos 6 irmãos. Agora somos só 5...

Romulo Sanches de Oliveira Mamãe Carmen, Papai Romualdo, Na frete do Papai mano Falcão, Minha irmã favorita Rosangela, Eu: Romulo "Aguiasemrumo", Minha irmã caçula Nina, Minha irmã May, é o ponta de rama Remulo! Todos nascidos no hospital da Base Aérea do Galeão Rio de Janeiro.


Romulo Sanches de Oliveira Eu sou o filho mais velho com 55 anos, Falcão tinha 53!

Agentes penitenciários do DF suspendem greve, mesmo sem reajuste

Giovanna Bembom/Metrópoles
A suspensão, segundo o sindicato dos agentes, foi uma sinalização de boa vontade às promessas do GDF. Greve pode ser retomada





Em assembleia realizada nesta quarta-feira (2/11), o Sindicato dos Agentes de Atividades Penitenciárias do Distrito Federal (Sindpen-DF) decidiu suspender a greve que ocorria desde o último dia 10 de outubro.
Segundo os sindicalistas, foi uma “demonstração de boa vontade” do movimento com algumas promessas feitas pelo GDF. Entre elas, ficou acertado que o governo vai enviar à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), até sexta-feira (4/11), projeto de lei que reestrutura a carreira. Além disso, será produzido um relatório de insalubridade do trabalho dos agentes até o próximo dia 10/11.
“Caso essas promessas não sejam cumpridas, iremos retomar a greve imediatamente. Isso também foi decidido na assembleia”, alertou o vice-presidente do Sindpen, Cleber Virginio.
Reajuste continua sendo negociadoA suspensão da greve ocorreu mesmo sem o GDF se comprometer com uma das principais reivindicações dos agentes, que era um reajuste de aproximadamente 16% no salário.
Segundo os sindicalistas, esse é um compromisso que havia sido acordado com o governo anterior, de Agnelo Queiroz, em 2013, e envolvia aumentos anuais até 2015 — o que não ocorreu no ano passado.
“Vamos continuar negociando esse tema com o governo. Não abandonamos a pauta, apenas fizemos uma sinalização de boa vontade”, afirmou Virginio. Os sindicalistas afirmaram que voltarão à normalidade a partir desta quinta-feira (3/11).
Histórico do movimento
O movimento da categoria começou no dia 10/10 e, segundo a Secretaria de Segurança Pública, foi considerado ilegal pela Justiça. Em caso de desrespeito, a multa diária podia chegar a R$ 100 mil. O presidente do Sindpen-DF, Leandro Allan, disse, na época, que a entidade iria recorrer ao Judiciário.
A greve, desde então, trouxe reflexos para o dia a dia das penitenciárias, sobretudo a Papuda. Na manhã desta terça-feira (2/11), os parentes dos detentos foram impedidos de fazer visitas — que haviam sido confirmadas no dia anterior pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe). Foi alegada “falta de efetivo” para que houvesse visitação.
Em outro caso, na terça-feira (25/10) da semana passada, 95 presos de alta periculosidade, que estavam no Departamento de Polícia Especializada (DPE), deveriam ter sido transferidos para a Papuda, onde agentes penitenciários e Polícia Civil se negaram a recebê-los. O comboio, porém, furou o bloqueio e a transferência foi efetivada.
Visitas serão retomadas
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social informou na tarde desta quarta-feira (2/11) que as visitas à Papuda serão retomadas na sexta-feira (4/11). Os parentes de presos estiveram impedidos de visitá-los durante todo o dia de hoje.
Segundo comunicou a Secretaria, nesta quinta-feira (3/11) serão feitas as agendas para repor as visitas suspensas durante o feriado.

Cartilha ensina como entender e participar da elaboração de políticas públicas


"Material mostra ao cidadão que política pública e orçamento não são coisas de especialistas e técnicos, mas provenientes de decisão política", explica Antônio Augusto de Queiroz, do Diap


por Eduardo Maretti, da RBA publicado 02/11/2016 10:40, última modificação 02/11/2016 12:04

São Paulo – O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) está lançando a cartilha Políticas Públicas e Ciclo Orçamentário, oitava publicação da instituição na série Educação Política. Com linguagem didática, ela surge num contexto de grande inquietação no país, com a promoção, pelo governo Michel Temer, do ajuste fiscal com brutal corte de gastos trazidos pela PEC 241/16, supressão de direitos previdenciários, assistenciais e trabalhistas.
“O material tem o propósito de mostrar ao cidadão que política pública e orçamento não são coisas de especialistas e técnicos, mas são provenientes de decisão política, e quem ficar fora disso é prejudicado, porque outras forças vão se apropriar dos instrumentos e recursos do Estado para benefício próprio”, explica o diretor do Diap Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho.
De acordo com ele, a cartilha permite ao cidadão compreender quais são os poderes do Estado por meio dos quais se desenvolvem as políticas públicas e o modo como isso pode incluir ou excluir os interesses sociais, “dependendo da visão de mundo do governante”. “O texto dá uma ideia precisa de como se dá a construção da disputa por alocação de recursos e de sua destinação para as políticas públicas no interesse geral da sociedade. Ou se isso vai em benefício apenas de alguns segmentos”, diz Toninho.
A cartilha possibilita que o cidadão saiba como funcionam as instituições e tenha a clareza de que a alocação dos recursos públicos é permeada por uma série de mecanismos e interesses. “Mostra também que há disputa política envolvendo esses interesses e onde a sociedade pode de algum modo atuar politicamente em benefício de seu próprio benefício.”
Além de publicar o documento em seu site na internet (acesse em link abaixo), o Diap vai imprimir 15 mil exemplares, para distribuir a entidades (movimentos sociais e sindicatos em particular).
Em artigo sobre a cartilha publicado em agosto, Toninho escreveu que, “num ambiente de escassez orçamentária o conflito alocativo (simbolizado pelo excesso de demanda e a escassez de recursos) se acirra e tende a se sair melhor nessa disputa quem estiver mais bem preparado, contar com os melhores argumentos ou tiver capacidade ou poder de organização, de mobilização e de pressão”. A publicação do Diap, elaborada sob o formato de perguntas e respostas, objetiva preparar o cidadão para essa disputa.
Um exemplo que, entre outros, pode ser citado como tema que é cercado de incompreensão, e que a cartilha ajuda a esclarecer, é o das emendas parlamentares. Citadas muitas vezes em matérias jornalísticas com abordagem pejorativa, com a intenção subliminar de associá-las a práticas ilícitas, as emendas são um instrumento legítimo no processo parlamentar e orçamentário, conforme esclarece a publicação do Diap.
“No caso do Poder Legislativo, além da exigência de audiências públicas no âmbito das comissões temáticas, que tem direito a emendas, e na comissão de orçamento, responsável pela discussão e votação das peças orçamentárias, (o movimento social/sindical) deve pressionar os parlamentares para que direcionem suas emendas para custear as políticas públicas de interesse social”, explica a cartilha.



MP DENUNCIA ROSEANA SARNEY E MAIS DEZ POR ROMBO DE R$ 400 MILHÕES


DENÚNCIA APONTA 'DECISIVO BENEPLÁCITO' ROSEANA COM CRIME
Publicado: 02 de novembro de 2016 às 11:44 - Atualizado às 18:25

DENÚNCIA APONTA 'DECISIVO BENEPLÁCITO' DE EX-GOVERNADORA COM CRIME. FOTO: MÁRCIO FERNANDES


O Ministério Público do Maranhão denunciou a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) e mais dez investigados – entre eles ex-secretários de Estado – por um rombo superior a R$ 410 milhões nos cofres públicos por meio de esquema fraudulento de concessão de isenções fiscais pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) a empresas.A acusação formal foi protocolada no dia 21 de outubro e divulgada nesta terça-feira, 1, pelo Ministério Público do Maranhão.
Além de Roseana foram denunciados os ex-secretários de Estado da Fazenda, Cláudio José Trinchão Santos e Akio Valente Wakiyama (este também ex-secretário-adjunto da Administração Tributária), o ex-diretor da Célula de Gestão da Ação Fiscal da Fazenda, Raimundo José Rodrigues do Nascimento, o analista de sistemas Edimilson Santos Ahid Neto, o advogado Jorge Arturo Mendoza Reque Júnior, os ex-procuradores-gerais do Estado Marcos Alessandro Coutinho Passos Lobo e Helena Maria Cavalcanti Haickel e o ex-procurador adjunto do Estado do Maranhão, Ricardo Gama Pestana, além de Euda Maria Lacerda.
De acordo com o titular da 2.ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária e Econômica de São Luís, promotor de Justiça Paulo Roberto Barbosa Ramos, ‘dentre as ações delituosas da organização criminosa que atuou no âmbito da Secretaria de Estado da Fazenda, foram realizadas compensações tributárias ilegais, implantação de filtro no sistema da secretaria para garantir essas operações tributárias ilegais e fantasmas, reativação de parcelamento de débitos de empresas que nunca pagavam as parcelas devidas, exclusão indevida dos autos de infração de empresas do banco de dados e contratação irregular de empresa especializada na prestação de serviços de tecnologia da informação, com a finalidade de garantir a continuidade das práticas delituosas’.
“O modus operandi da organização criminosa envolvia um esquema complexo, revestido de falsa legalidade baseada em acordos judiciais que reconheciam a possibilidade da compensação de débitos tributários (ICMS) com créditos não tributários oriundos de precatórios ou outro mecanismo que não o recolhimento de tributos”, destaca o promotor.
Segundo o promotor Paulo Roberto Barbosa Ramos, ‘não bastasse isso, em diversas ocasiões, foi implantado um filtro para mascarar compensações realizadas muito acima dos valores decorrentes de acordo homologado judicialmente’.Barbosa Ramos destacou, ainda, que os gestores do período de 14 de abril de 2009 a 31 de dezembro de 2014 ‘ignoraram os procedimentos administrativos característicos da administração pública ou simplesmente deram sumiço a eles após praticarem seus crimes’.
“Para consolidar a sangria dos cofres públicos sem gerar qualquer suspeita, os secretários da Fazenda deixaram de aprimorar o sistema de tecnologia da informação da Secretaria da Fazenda, permitindo aos membros da organização criminosa reativar frequentemente parcelamento de débitos de empresas que nunca pagavam as parcelas devidas e, ao mesmo tempo, excluir indevidamente autos de infração do banco de dados, acarretando ainda mais prejuízos aos cofres públicos em proveito próprio e de terceiros”, afirma denúncia criminal levada à Justiça do Maranhão.
O Ministério Público enfatizou que o esquema ‘foi aperfeiçoado a partir de 15 de outubro de 2013 quando a empresa Auriga Informática e Serviços Ltda foi formalmente substituída em um nebuloso processo licitatório pela empresa Linuxell Informática e Serviços Ltda’.
“Apesar disso, a primeira empresa (Auriga) continuou a prestar os seus serviços, por meio de aditivo contratual, ao mesmo tempo que a outra empresa (Linuxell) estava formalmente contratada para prestar o mesmo serviço”, sustenta a Promotoria.
“O fato é que a Secretaria de Estado da Fazenda pagou ao mesmo tempo duas empresas por um mesmo serviço que até então era executado por apenas uma”, destaca a denúncia.
A denúncia evidencia que ‘alguns funcionários da terceirizada Linuxell Informática e Serviços Ltda eram, ao mesmo tempo, comissionados da Secretaria da Fazenda, demonstrando a grande ousadia da organização criminosa, respaldada pela convicção de que todos os crimes praticados permaneceriam impunes’.
Em relação às ações na Fazenda, a denúncia da Promotoria afirma que ‘o esquema fraudulento envolvia Cláudio José Trinchão, Akio Valente Wakiyama, Raimundo José Rodrigues do Nascimento, Edimilson Santos Ahid Neto, Jorge Arturo Mendoza Reque Júnior e Euda Maria Lacerda’.
Sobre a ex-governadora, a denúncia diz. “Noutra ponta, essa organização criminosa contava com o decisivo beneplácito de Roseana Sarney Murad, em virtude de ter autorizado acordos judiciais baseados em pareceres manifestamente ilegais dos procuradores-gerais do Estado por ela nomeados e ainda por ter nomeado para cargos em comissão 26 terceirizados da empresa Linuxell, para que desempenhassem na Secretaria da Fazenda as mesmas funções para as quais estavam contratados pela empresa antes referida.”
O titular da 2.ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária e Econômica apontou que Marcos Alessandro Coutinho Passos Lobo, Helena Maria Cavalcanti Haickel e Ricardo Gama Pestana ‘assinaram pareceres manifestamente contrários ao disposto no artigo 170 do Código Tributário Nacional, com o único objetivo de desviar dinheiro público, em proveito próprio ou alheio, valendo-se da condição estratégica do cargo que ocupavam’.
O Ministério Público do Maranhão destacou, na denúncia, que compensações de créditos não tributários por tributários não ocorriam no Maranhão desde 2004, ano em que a Lei Estadual nº 8.152/2004 revogou a Lei Estadual nº 7.801/2002. Portanto, entre 2004 a 2009, nenhum crédito de origem não tributária tinha sido compensado por débito de origem tributária.
“De repente, com a chegada de Cláudio Trinchão e Akio Valente à Secretaria da Fazenda essa situação mudou drasticamente”, aponta a Promotoria. “É como se tivessem descoberto uma forma de produzir dinheiro em velocidade maior que a Casa da Moeda. Somente de 17 de abril de 2009 a 31 de dezembro de 2014, foram efetuadas 1.913 compensações. Isso mesmo. De praticamente nenhuma em toda a história do Maranhão, como em um passe de mágica, milhares de compensações em série passaram a ser feitas, tudo isso sem qualquer observação aos parâmetros legais e constitucionais e ainda utilizando-se de fraude”, afirma o promotor Barbosa Ramos.