quinta-feira, 21 de julho de 2016

Advogado desiste da profissão após cruzar com assassino do pai na rua

Rafael Guimarães, que atuou como assistente de acusação no caso, fez um desabafo no Facebook: "Eu achei que era forte, mas desisto"


Por: Vanessa Kannenberg e Anderson Aires
20/07/2016 - 12h48min | Atualizada em 20/07/2016 - 19h51min





Advogado desiste da profissão após cruzar com assassino do pai na rua Félix Zucco/Agencia RBS
Pai de Rafael Guimarães era síndico do edifício Santa Eulália e foi morto pelo vizinho do apartamento em frente ao seuFoto: Félix Zucco / Agencia RBS
— A partir de hoje não sou mais advogado.
Aos 32 anos, Rafael Guimarães desistiu da profissão logo em seu primeiro caso. Não era um processo qualquer: desde o início do ano, Rafael atuava como assistente de acusação, ao lado do Ministério Público, para tentar condenarGuilherme Antônio Nunes Zanonipreso em flagrante por esfaquear seu pai,Oscar Vieira Guimarães Neto.
A revolta do advogado tem motivo: segunda-feira, perto de casa e do Fórum Central de Porto Alegre, Rafael cruzou na rua com o assassino confesso de seu pai, liberado do Presídio Central por um habeas corpus.
— Eu vi ele passando e não acreditei que era, porque sabia que ele estava preso. Passei reto. No fim da rua, virei pra trás e ele estava me olhando. Nesse momento tive certeza de que era ele e que também me reconheceu — lembra.
Por dois votos a um, desembargadores do Tribunal de Justiça atenderam parcialmente o pedido da defesa de Zanoni. Para os magistrados, por ser advogado, o réu deveria ficar preso em uma sala com instalações e comodidades adequadas a alguém com Ensino Superior — chamada de "Sala de Estado Maior". Não existe um lugar assim em Porto Alegre, justificaram os desembargadores, que colocaram Zanoni em prisão domiciliar.
Na sexta, então, ele deixou o Presídio Central, onde estava desde a noite do crime, em 5 de novembro. Na segunda-feira, quando Rafael cruzou com ele, Zanoni havia ido ao fórum para fornecer seu endereço e assinar documentos em que se compromete a permanecer em casa até ser julgado, explica o advogado do réu, Rodrigo Grecelle Vares.
Guilherme Antônio Nunes Zanoni foi preso em flagrante na cena do crimeFoto: Divulgação / Brigada Militar/Divulgação
Como assistente de acusação, Rafael encontrou com o assassino de seu pai inúmeras vezes em audiências. Agora, sente-se impotente, diz ter medo de andar na rua, e perdeu a confiança na Justiça. Na manhã de terça-feira, Rafael fez o desabafo em que anunciou a renúncia à profissão em uma publicação no Facebook,
— Na verdade, eu e meu irmão também estamos presos, pra sempre. Presos à ideia de que nunca mais veremos nosso pai. Já o assassino, está a desfrutar do direito que lhe foi concedido: estar em casa com a família. Eu achei que era forte, mas desisto — finalizou o post (leia a íntegra no final da reportagem).
Um dia depois, a publicação somava 7,3 mil compartilhamentos e 17 mil curtidas. Apesar da repercussão, não mudou de ideia. Tampouco tem certeza do rumo que seguirá daqui pra frente:
— Estou desanimado, cansado, pensando seriamente em fazer outra coisa, pois Direito e Justiça são coisas diferentes. Sou músico há muitos anos, talvez siga nesse caminho. Mas não sei. Estou repensando minha vida.
Nesta quarta-feira, Rafael também deu entrevista à Rádio Gaucha. Ouça:
Entenda o caso
Oscar Vieira Guimarães Neto, 61 anos, era síndico do edifício Santa Eulália, na Avenida Desembargador André da Rocha, no centro de Porto Alegre. No início da noite de quinta-feira, 5 de novembro de 2015, foi morto a facadas pelo vizinho do apartamento em frente ao seu.
O zelador do condomínio ouviu gritos de Guimarães e foi até o apartamento dele. A Brigada Militar foi acionada e, quando os PMs entraram no imóvel, Guilherme Antônio Nunes Zanoni, então com 25 anos, estava ao lado da vítima, que agonizava no chão. O suspeito, então, foi preso em flagrante e encaminhado ao Presídio Central. A polícia apurou, à época, que ambos mantiveram discussões frequentes por dois anos.
O Ministério Público, com ajuda do filho e advogado Rafael Guimarães, denunciou Zanoni à Justiça por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel.
No dia 1º de junho deste ano, a Justiça proferiu a sentença de pronúncia, determinando que o caso vá a júri, incluindo apenas duas qualificações, tendo afastado o meio cruel, por entender que não houve o estrangulamento da vítima.
No dia 14 deste mês, os desembargadores atenderem ao pedido da defesa e concederam a permissão para que o réu espere pelo julgamento em prisão domiciliar.
De acordo com o advogado de Zanoni, Rodrigo Grecelle Vares, o autor confessa o assassinato, mas alega que desferiu as facadas em legítima defesa, pois o síndico teria invadido o seu apartamento.
Gracelle vai recorrer à Justiça para que seu cliente seja julgado apenas por homicídio, excluindo todas as qualificações. Já o MP deve entrar com pedido para incluir novamente o motivo cruel para que Zanoni seja julgado pelas três qualificadoras.
Contraponto
Rodrigo Grecellé Vares, advogado de Guilherme Antônio Nunes Zanoni, afirmou que realizou o pedido de habeas corpus após verificar que seu cliente não estava em uma sala de Estado Maior, como garante o estatuto da OAB. 
— Entrei com o pedido após verificar que o Guilherme estava preso em uma cela com ex-policiais e outros presos com apenas Ensino Médio — disse. 
De acordo com Vares, o acusado estava na Rua Borges de Medeiros no dia de 18 de julho para se apresentar ao cartório onde corre o processo, pois, como pede a justiça, o detido que cumpre prisão domiciliar deve se apresentar à Justiça no primeiro dia útil após a saída do regime fechado. Ele foi solto no dia 15.
— Ele estava nas imediações da Borges de Medeiros naquele horário apenas em deslocamento ao Fórum Central para informar os dados de onde ele irá cumprir a prisão domiciliar — explicou.
O advogado de defesa também disse que o medo do filho da vítima não se justifica, pois seu cliente não vai cumprir a reclusão no local do crime. Ele vai residir em outro local e poderá sair de casa apenas em situações específicas e com a autorização da Justiça.
Leia a íntegra do desabafo de Rafael Guimarães:
A partir de hoje não sou mais advogado. Se precisarem de algum, não me procurem. Aliás, não procurem nenhum, principalmente se vocês forem acusados de assassinato, afinal a lei já vai te garantir liberdade e mais um monte de benefícios.
Eu achei que era forte.
Há 8 meses perdi meu pai da forma mais brutal que alguém pode imaginar. Precisei de muita força pra suportar a situação e de mais força ainda pra atuar, juntamente com o Ministério Público, no processo, como assistente de acusação. Foram diversas audiências cara a cara com o assassino, que, até então, estava recolhido no presídio central. O fato de ele estar preso amenizava a dor que eu sentia, que eu sinto. Fiz o que pude pra manter o assassino preso, por mais que eu não atue nessa área.
Ontem, saindo do meu trabalho, me deparo com quem na rua?
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul concedeu habeas corpus para que o assassino do meu pai (aquele que matou com golpes de faca, deixando meu pai agonizando até a morte, sem motivo algum) possa responder ao crime fora da cadeia.
Quem será a próxima vítima até que seja julgado daqui a vários anos?
Fico pensando no quanto eu estudei pra me tornar advogado, pra chegar agora e minha vida se encontrar nessa situação. Eu confesso que tenho vergonha da profissão que escolhi. Por isso, a partir de hoje, não me procurem mais nesse sentido. Eu peguei minha carteira da OAB há bem pouco tempo, mas já tenho vergonha de andar com isso.
O assassino está fora da cadeia. Repito: um assassino. Não é um ladrão de galinha, nem um ladrãozinho de carteira. É alguém acusado de homicídio triplamente qualificado e que confessou o crime. Vocês sabem o que é isso? Se não sabem, procurem ler do que se trata, porque como falei, eu não sou mais uma pessoa que pode falar sobre isso.
Eu me formei em Direito, mas não sei responder qual direito eu tenho. O assassino tem direito de estar com a família, respondendo ao processo em casa. Que direito eu tenho? Não me garantiram nenhum direito, nenhum. O único direito que eu tive foi o de enterrar meu pai.
O único que continua preso e sem direito a advogado é o meu pai. Habeas corpus nenhum tira ele de onde está. Ele nunca mais sairá do lugar onde foi colocado por essa pessoa que falei que está solto por aí.
Na verdade, eu e meu irmão também estamos presos, pra sempre. Presos à ideia de que nunca mais veremos nosso pai.
Já o assassino, está a desfrutar do direito que lhe foi concedido: estar em casa com a família.
Eu achei que era forte, mas desisto.

Inabilidade do governo em negociar faz greves se arrastarem no DF

Rafaela Felicciano/Metrópoles



Enquanto o GDF alega não ter dinheiro para conceder reajustes, diversas categorias mantêm paralisações ou redução da jornada de trabalho



O funcionalismo público do DF não tem dado trégua ao governo local. Há 37 dias em greve, os metroviários tiveram nova reunião com a direção da empresa nesta quarta-feira (20/7) e, mais uma vez, a conversa não avançou. O mesmo acontece com os funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), que estão de braços cruzados há mais de dois meses, sem perspectiva de encerrar a paralisação. Os agentes da Polícia Civil deram início à operação tartaruga há 20 dias e, agora, os delegados também avaliam a possibilidade de aderir ao movimento.
Em 5 de julho, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) decidiu que a greve dos metroviários não é abusiva ou ilegal. De lá para cá, a direção do metrô e os representantes da categoria se reuniram diversas vezes, sem sucesso, na tentativa de colocar fim ao movimento. Os metroviários seguem cumprindo a determinação da Justiça de garantir o transporte dos usuários nos horários de pico: das 6h às 9h e das 17h às 20h30.
Não houve nenhuma proposta por parte da empresa e o movimento grevista continua"
Quintino Santos, diretor de administração e finanças do Sindimetrô
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A pauta de reivindicações do sindicato inclui melhorias nas condições de trabalho dos funcionários, a contratação de concursados aprovados, o fim da terceirização para operação das bilheterias do sistema e a recomposição salarial referente ao período 2015/2016.
Parados há 66 dias, os servidores da Caesb não estão otimistas em relação ao fim da greve. Segundo o Sindágua, que representa a categoria, não há vontade política por parte da empresa e do próprio Governo do Distrito Federal (GDF) para negociar. “Desde o início queremos apenas a reposição das perdas salariais e também o abono dos dias não trabalhados devido à greve. Mas a empresa se nega a aceitar e até mesmo a negociar”, informa a entidade.
Más notíciasA Polícia Civil (PC) também engrossa a lista de categorias insatisfeitas. Os delegados do DF se reúnem nesta quinta-feira (21) para determinar os detalhes de uma paralisação “por falta de condições técnicas e de segurança dos servidores”, segundo informa nota do Sindicato dos Delegados de Polícia do Distrito Federal (Sindepo-DF). A entidade reivindica a recomposição salarial e a manutenção da isonomia com a Polícia Federal.


O descontentamento com as condições de trabalho também é apontado pelos agentes da PC. Desde 4 de julho, eles reduziram o ritmo de trabalho ao deixarem de realizar atividades que fogem de suas atribuições. O movimento prejudica as investigações em curso, já que as provas testemunhais deixam de ser colhidas — em um mês, o número delas pode chegar a 30 mil.
Policiais militares e bombeiros também reivindicam a reestruturação da carreira e aumento salarial para as categorias. Já para outubro, diversas categorias de servidores públicos esperam receber o reajuste salarial que deveria ter sido incorporado aos vencimentos ainda em 2015, mas acabou adiado por falta de recursos. Se isso não acontecer, uma greve geral pode ser deflagrada.
NegociaçãoA justificativa do governo é de que não há dinheiro em caixa para arcar com os aumentos pedidos pelos servidores. A Caesb alega que os salários dos empregados “estão acima da média do mercado local e nacional” e denomina a greve como um ato de “radicalização”. O Metrô, em nota oficial, informa que “a empresa lamenta os transtornos causados com a paralisação e explica que o GDF está impedido de recompor salários e de contratar os aprovados no último concurso em razão do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”.
Procurado, o GDF informou, por meio da Casa Civil, que não há como atender à reivindicação de reajuste de 9,32% dos funcionários da Caesb, “tendo em vista as dificuldades econômicas e financeiras enfrentadas pela empresa, pelo Distrito Federal e também pelo país”.  A companhia entrou com o dissídio de greve e aguarda o julgamento por parte do Tribunal Regional do Trabalho. Ainda de acordo com a pasta, o Metrô mantém o diálogo com a categoria.
“Já a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social informa que as negociações salariais entre a Polícia Civil e o governo estão em andamento e dependem, entre outros fatores, da definição da recomposição salarial do Departamento de Polícia Federal, ainda não formalizada na esfera da União”, completa a nota.


Integrantes da CPI da Saúde são citados em gravações






Publicado em CB.Poder
Nas gravações feitas pela presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, há citações a dois deputados que integram a CPI da Saúde.
Uma testemunha gravada se refere aos deputados Robério Negreiros (PSDB) e Cristiano Araújo (PSD), ambos de família de empresas prestadoras de serviço ao GDF.
O depoimento de Marli Rodrigues está previsto para ocorrer a partir das 10 horas na CPI da Saúde, mas pode ser que seja suspenso. Até o momento, ela não foi notificada a comparecer.

Tanto o presidente interino, Michel Temer, quanto a presidente afastada, Dilma Rousseff, também têm direito a utilizar voos da FAB. No entanto, ao contrário do privilégio dado a Cunha, uma decisão da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, determinou que Dilma deverá ressarcir os custos de seus voos enquanto estiver afastada.
As cotações foram feitas pelo portal UOL e levaram em consideração os seguintes critérios: custos do trajeto Brasília/Rio de Janeiro e Rio de Janeiro/Brasília com voos saindo em uma segunda-feira e retornando em uma sexta-feira em uma aeronave Legacy 600 (modelo utilizado pela FAB para o deslocamento de Cunha) ou equivalente.
A companhia que apresentou o custo mais baixo foi a Líder Aviação. A empresa, que tem um Legacy 600 em sua frota, estimou o custo dos 13 voos de Cunha em aproximadamente R$ 569 mil. Contudo, o transporte aéreo realizado pela FAB não foi o único privilégio a que Cunha teve direito enquanto esteve afastado da presidência da Câmara.
Um ato da mesa assinado pelo então presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), determinou que, mesmo afastado do cargo, Cunha continuaria a ter direito a: residência oficial da presidência da Câmara; salário integral de R$ 33,7 mil; assistência de saúde; segurança pessoal; equipe parlamentar; e transporte aéreo ou terrestre.

Tribunal de Justiça do Estado usará WhatsApp para fazer intimações

Projeto-piloto começará no Foro Regional do Partenon, em Porto Alegre, até 1º de dezembro

20/07/2016 - 20h59min | Atualizada em 20/07/2016 - 21h05min


Tribunal de Justiça do Estado usará WhatsApp para fazer intimações Justin Sullivan / AFP/zero hora
Foto: Justin Sullivan / AFP / zero hora
A corregedora-geral do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira, autorizou o uso do aplicativo WhatsApp para a realização de intimações. O projeto-piloto começará no Juizado Especial Cível (JEC) do Foro Regional do Partenon, em Porto Alegre, até 1º de dezembro.
As partes e os advogados que quiserem utilizar esse meio de comunicação podem se cadastrar na própria unidade do JEC. Se a alternativa funcionar, será ampliada para outras unidades judiciais.
A ideia de usar novas formas de comunicação para intimar as partes, no lugar de carta simples ou com aviso de recebimento, é uma iniciativa do Poder Judiciário gaúcho para reduzir custos e tornar o trabalho mais ágil.

Como viajar mais barato de avião

Pesquisar com antecedência, fazer a compra no momento certo e escolher a data mais favorável para o embarque estão entre as principais dicas

Por: Cadu Caldas
21/07/2016 - 02h03min | Atualizada em 21/07/2016 - 02h03min

Como viajar mais barato de avião Sxc/Divulgação
Ideal para economizar é viajar em baixa temporada, quando procura é menor e os preços caemFoto: Sxc / Divulgação
Foto: Agência RBS / Agência RBS
Se por um lado a recessão econômica reduziu a oferta de voos, por outro, ajudou a aliviar o bolso dos passageiros. Levantamento realizado por ZH em voos partindo de Porto Alegre para outras quatro capitais mostra que o preço dos bilhetes está mais barato do que dois anos atrás.
Com menos voos disponíveis, é preciso organizar a viagem levando em conta horário de conexões e considerar possíveis atrasos para não ficar perdido no meio do trajeto, além de correr o risco de ficar sem bilhete se deixar para comprar muito em cima da hora. 
Não adianta comprar passagem aérea com mais de seis meses de antecedência. Como nenhuma companhia costuma fazer promoção com validade maior do que um semestre, aqueles que se antecipam demais correm o risco de perder bom desconto mais adiante e acabar pagando mais caro pelo bilhete.
Evite comprar passagens para feriados estendidos, meses de verão e férias em cada país. O ideal para economizar é viajar em baixa temporada, quando procura é menor e os preços caem.
BRASIL
Alta temporada: janeiro, fevereiro, julho e dezembro.
Baixa temporada: março, abril, maio, junho, agosto, setembro, outubro e novembro.
ESTADOS UNIDOS E EUROPA
Alta temporada:
 julho, agosto e setembro.
Baixa temporada: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, outubro e novembro.
Viagem de Porto Alegre para Recife pela Latam, por exemplo, comprada em 20 de julho, às 15h, para saída em 3 de janeiro, na alta temporada, sai por R$ 3.055,36. Embarcar dois meses antes, em 3 de novembro, na baixa temporada, custa R$ 1.213,36.
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Justiça determina que presidente do SindSaúde deponha em sessão aberta

Reprodução/Facebook


Decisão da desembargadora Maria de Fátima Rafael tem caráter liminar. Depoimento da sindicalista está marcado para as 10h desta quinta-feira (21/7)


Caroline Bchara



O pedido do Governo do Distrito Federal (GDF) para que o depoimento da presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do DF (SindSaúde), Marli Rodrigues, à CPI da Saúde fosse feito a portas abertas foi deferido pela Justiça. A desembargadora Maria de Fátima Rafael, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), fez adeterminação em caráter liminar.


Na noite de quarta-feira (20/7), o governo local ajuizou um mandado de segurança para evitar que o depoimento fosse feito em sigilo. A solicitação havia sido feita anteriormente ao presidente da comissão, deputado Wellington Luiz (PMDB), que negou o pedido.
Marli havia solicitado ser ouvida em sessão fechada na Câmara Legislativa. Na decisão, a desembargadora afirmou que “não se verifica motivo aparente para que o depoimento da referida testemunha seja colhido em ambiente secreto, somente na presença de parlamentares”. “Ao contrário, o acesso restrito à sessão implica ato de censura e violação ao princípio da publicidade”, alegou no texto.
Crise dos gramposA sindicalista é pivô de pelo menos duas gravações que denunciam esquemas de corrupção dentro da Secretaria de Saúde e também na Fazenda, envolvendo o vice-governador Renato Santana e o ex-secretário de Saúde Fábio Gondim. Ela será a primeira a ser ouvida pelos parlamentares, às 10h desta quinta (21), em sessão aberta.
O vice-governador falará às 15h. Santana se colocou à disposição da CPI para comentar as denúncias de cobrança de propina. De acordo com o vice, ele teria levado as informações ao conhecimento do governador Rodrigo Rollemberg no início do ano.
O chefe do Executivo, no entanto, afirmou à imprensa não ter encontrado o nome apontado por Santana e que, por esse motivo, não deu continuidade às investigações, que foram feitas pela Controladoria Geral do DF.

CAS rejeita apelo da Rússia, e país fica fora do atletismo nos Jogos do Rio

21/07/2016 06h39 - Atualizado em 21/07/2016 08h18

Corte reforça punição da Federação Internacional, e russos não poderão participar 

da Olimpíada. Isinbayeva desabafa: "Obrigado por terem enterrado o atletismo"

Por Zurique, Suíça

A Rússia não terá representantes no atletismo dos Jogos do Rio. Através de um comunicado oficial, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) anunciou na manhã desta quinta-feira seu veto ao pedido do Comitê Olímpico do país (ROC) para permitir a participação de 68 nomes, entre eles o da bicampeã olímpica Yelena Isinbayeva, nas mais diversas provas da modalidade. O parágrafo que abre a nota fala em "atletas inelegíveis". Contudo, a Corte não tem o poder de proibir a participação dos mesmos como independentes. Essa decisão é de responsabilidade do Comitê Olímpico Internacional (COI), que vai decidir até o fim desta semana a proibição ou não de toda a delegação da Rússia na Olimpíada.
- Obrigada a todos por terem enterrado o atletismo. Isso é puramente político - comentou Isinbayeva à agência de notícias russa TASS.
Em seguida, foi a vez da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) se pronunciar e agradecer o apoio do CAS. Em nota, seu presidente Sebastian Coe diz estar muito satisfeito em conseguir proteger o esporte e espera o retorno mais rápido possível do país às competições.
- Apesar de estamos gratos que as nossas regras e o nosso poder para defender as nossas regras e o código antidoping foram apoiados, este não é um dia para declarações triunfantes. Eu não vim para este esporte para impedir atletas de competir. O nosso desejo instintivo como federação é incluir e não excluir. A IAAF vai continuar trabalhando com a Rússia para estabelecer um ambiente limpo e seguro para os seus atletas de modo que sua federação e equipe possam voltar para a competição internacional.
Isinbayeva lamenta (Foto: Michael Steele/GettyImages)Isinbayeva está fora dos Jogos do Rio (Foto: Michael Steele/GettyImages)
O presidente da Federação de Atletismo da Rússia (Araf), Dmitry Shlyakhtin, disse momentos depois da sentença que sua entidade fez tudo o que era possível para garantir os atletas aptos a participarem dos Jogos Olímpicos. 
CRONOLOGIA DO CASO
A corredora russa Yulia Stepanova e seu marido, Vitaly Stepanov, ex-oficial da Agência Antidoping Russa (Rusada), foram os delatores que tornaram possível a reunião de evidências que provassem a dimensão do esquema para burlar o controle antidoping do atletismo do país. Após fornecer documentos e conceder entrevista à rede alemã ARD, que tornou as denúncias públicas, a atleta foi considerada "traidora" na Rússia e mudou-se para o exterior. A Agência Mundial Antidoping (Wada) a classificou como "corajosa" pelos riscos que assumiu ao expor a fraude, e o Comitê Olímpico Internacional (COI) a liberou para competir no Rio com a bandeira de atleta neutra. 
No dia 13 de Novembro de 2015, a IAAF suspendeu a Federação de Atletismo da Rússia como membro da entidade. A punição foi confirmada em 26 de novembro e novamente no dia 17 de junho de 2016. O Comitê Olímpico russo entrou com um pedido junto ao CAS, no dia 3 de julho, para a liberação de atletas que não haviam violado nenhuma regra antidoping.
Yulia Stepanova durante sua participação, como atleta independente, no Europeu de Atletismo (Foto: Reuters)Yulia Stepanova durante sua participação, como atleta independente, no Europeu de Atletismo (Foto: Reuters)
No último dia 15 de julho, 67 atletas do país entraram com um recurso contra a decisão da IAAF de negar os pedidos dos mesmos competir como atletas neutros. Apenas uma ganhou sinal verde da Federação Internacional de Atletismo (IAAF). Foi o caso da saltadora Darya Klishina, que treina nos Estados Unidos e poderá competir no Rio como atleta neutra, sem a bandeira da Rússia. Delatora do escândalo de doping que culminou na suspensão, Yulia Stepanova também poderá competir nas mesmas circunstâncias.
Na última segunda-feira, uma comissão independente da Agência Mundial Antidoping (Wada) divulgou um relatório confirmando a existência de um sofisticado esquema de manipulação do controle antidoping nos Jogos de Inverno de Sochi 2014, confirmando a participação do ex-diretor do laboratório nacional antidoping russo, Grigory Rodchenkov, na manipulação de amostras, com o consentimento de autoridades locais. 
A ameaça de suspensão não impediu de o Comitê Executivo do Comitê Olímpico da Rússia (ROC) aprovar e divulgar uma lista de 387 atletas - 201 homens e 186 mulheres - para serem inscritos nos Jogos. Ainda na quarta-feira, o ROC anunciou deveria levar até 700 pessoas ao Brasil, contando também com técnicos e oficiais. Neste número estavam incluídos os 68 nomes do atletismo.