segunda-feira, 18 de julho de 2016

Temer diz para Itamaraty dar 'total assistência' a brasileiros em Nice

Diplomatas aguardam a atualização da lista de mortos e desaparecidos no atentado elaborada por François Molins, procurador-geral da República Francesa




POLÍTICA GOVERNOHÁ 13 HORASPOR


Em nota divulgada no início da tarde de domingo (17), o Planalto informou que o presidente interino Michel Temer determinou ao Ministério de Relações Exteriores que redobre os esforços para dar "total assistência" aos brasileiros atingidos pelo atentado em Nice, na França, na última sexta-feira. "Todos os meios do governo federal serão colocados à disposição das famílias na busca de informações e para atender suas eventuais demandas por auxílio neste momento", destacou o comunicado.


O governo brasileiro aguarda novas informações das autoridades francesas. Diplomatas aguardam a atualização da lista de mortos e desaparecidos no atentado elaborada por François Molins, procurador-geral da República Francesa. A carioca Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro, radicada na Suíça, é uma das desaparecidas. A célula de crise, grupo montado pelas autoridades francesas, e o Consulado do Brasil não localizaram Elizabeth em hospitais da região. Kayla, de 6 anos, uma das três filhas da brasileira, morreu no atentado.
O consulado também tenta localizar na França outras duas brasileiras que deixaram de fazer contatos nos últimos dias com parentes. Diferentemente de Elizabeth, não há indicativos que essas duas brasileiras estivessem no local do ataque. Na tarde do dia 15, o tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel entrou na Promenade des Anglais, uma avenida fechada para a festa nacional francesa de 14 de Julho, atropelando dezenas de pessoas concentradas na área. Com informações do Estadão Conteúdo.

A rua é de Erdogan

Partidários do presidente apoiam o chamado do líder turco ao continuarem mobilizados

Istambul

Funerais de civis mortos durante a tentativa de golpe, em Istambul. AP / ATLAS
“Se eles têm tanques, nós temos fé”, gritou neste domingo na monumental Mesquita de Fatih de Istambul, cenário de funerais de Estado, com voz alta e firme, o presidente da República. A Turquia se despedia das vítimas da maior tentativa golpista registrada em 35 anos, que resultou em cerca de 290 mortos, mais de um terço dos quais militares que ergueram as armas para derrubar um Governo eleito nas urnas. Bandeiras turcas cobriam os caixões e flamulavam nos veículos dos cortejos fúnebres que percorriam a cidade
Até o habitualmente impassível Recep Tayyip Erdogan irrompeu em lágrimas ao pronunciar a elegia na cerimônia fúnebre do dirigente islâmico Erol Olcak, morto ao enfrentar os militares rebeldes de Istambul. “Erol era um velho amigo, sinto não poder continuar falando mais”, disse com a voz embargada. “Que Deus tenha piedade da sua alma.” Olcak, que perdeu a vida junto com seu filho de 16 anos em uma das duas pontes sobre o Bósforo, foi um dos principais responsáveis pela campanha em que Erdogan conquistou a Presidência com 52% dos votos no primeiro turno, nas primeiras eleições em que os turcos elegeram diretamente seu presidente.


A Prefeitura da Área Metropolitana de Istambul — controlada pelos islâmicos há mais de duas décadas, quando Erdogan era o prefeito — havia mobilizado sua frota para frear o avanço da tentativa golpista. Caminhões de lixo, guindastes, carros de bombeiros... continuavam formando neste domingo barricadas móveis em pontos estratégicos como as rotatórias de acesso ao aeroporto Ataturk, os pedágios das pontes suspensas e a residência privada do presidente da República, na parte asiática da cidade.
Seu chamamento aos cidadãos para ocupar praças e ruas contra os militares que marcharam contra o poder legítimo parecia ainda vigente de madrugada na entrada do principal terminal aéreo da Turquia, pouco depois que aterrissou o primeiro avião da Turkish Airlines procedente de Madri, depois da suspensão de voos decretada em consequência do levante. “Tayyip é nosso presidente!”, ecoavam grupos partidários de Erdogan em um ambiente festivo quando ainda não havia raiado o dia.
Na praça de Taksim, o coração da zona europeia de Istambul e epicentro dos protestos populares, dezenas de manifestantes cochilavam ao meio-dia à sombra das poucas árvores que rodeiam o monumento à reunificação e independência moderna da Turquia depois da I Guerra Mundial. À espera do entardecer, quando foi convocada uma nova concentração massiva de apoio a Erdogan, um casal com um carregamento de bandeiras turcas começou a montar um posto de venda na praça. “A pequena custa 10 liras (cerca de três euros) e a grande, 25”, explicavam diante da perspectiva de um bom negócio.
Enrolado em uma bandeira turca, o eletricista Taner, de 34 anos, garantia ter atravessado em 24 horas todo o país desde o sudeste da Anatólia, onde estava trabalhando na sexta-feira, até a porta da casa de Erdogan, no distrito de Uskudar, em Istambul. “Não foi nosso Exército que atacou o povo”, argumentava em frente a residência privada do presidente turco, transformada em forte por unidades policiais de elite da Direção Geral Antiterrorista, cuja sede em Ancara foi bombardeada pelos golpistas. “Tive de tomar vários ônibus e pedir carona”, dizia este eleitor fiel do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco), “e continuarei aqui esperando as ordens do nosso líder”.
Centenas de manifestantes aproveitavam para tirar fotos diante dos veículos 4 x 4 blindados pintados de preto das unidades antiterroristas — muito parecidos com os que o Exército israelense utiliza para patrulhar a Cisjordânia — junto a agentes armados com sub-fuzis automáticos e vestidos com coletes à prova de balas. “Estou aqui há quase três dias”, contou Derya, de 36 anos e mãe de três filhos, enquanto ondulava a bandeira nacional vermelha com a meia lua e a estrela à passagem da comitiva presidencial de Erdogan. A caravana de mais de 20 veículos — havia vários guarda-costas aparecendo nas janelas, de armas engatilhadas — com vidros escuros, para não ser possível identificar em qual deles viajava Erdogan, foi aclamada com entusiasmo. “Não sairemos até que a ameaça acabe”, afirmou Derya, junto com outras duas mulheres cobertas com véu e vestidas segundo a tradição conservadora islâmica, apesar do clima sufocante e úmido das margens do Bósforo.
Erdogan não deixou de mobilizar seus seguidores ante o temor de que uma unidade golpista descontrolada tente continuar a rebelião por conta própria em uma ação de consequências imprevisíveis. Os tiroteios continuavam sendo ouvidos no aeroporto de Sabiha Gokcen, o segundo da cidade, já na parte asiática. “Esta semana que começa é muito importante. Não podemos abandonar as praças”, proclamou o presidente na mesquita de Fatih. A multidão lhe pediu mais tarde que voltasse a adotar a pena de morte na Turquia, abolida antes do início das negociações de adesão à União Europeia, para os condenados por golpismo.
O apoio popular a Erdogan desperta receios no Ocidente de que o presidente aproveite para restringir liberdades na Turquia. Os Governos dos Estados Unidos, Alemanha e França expressaram preocupação com a magnitude da onda de prisões que se seguiu ao golpe frustrado. "[O golpe] não pode ser um cheque em branco para Erdogan ", disse o ministro das Relações Exteriores francês, Jean -Marc Ayrault, enquanto os Estados Unidos pediram Ankara não viola o seu compromisso com a democracia .
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse por sua vez: "Nós pedimos a eles [os turcos] para não ir tão longe e, assim, criar dúvidas sobre seu compromisso com o processo democrático." O presidente Barack Obama já havia chamado atenção para a liderança turca. O ministro da Justiça alemão Heiko Maas, por sua vez alertou, contra uma "vingança arbitrária" após o golpe de Estado na Turquia.

Rollemberg reúne aliados para falar sobre denúncia de propina e grampos

Publicado em CB.Poder

Crédito: Breno Fortes/CB/D.A.Press


O governador Rodrigo Rollemberg reuniu assessores e deputados da base aliada neste domingo (17) para dar explicações sobre denúncias de suposta cobrança de propina no governo. O tema entrou na agenda prioritária do Executivo depois da divulgação de conversas gravadas pela presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (SindSaude), Marli Rodrigues, com diferentes interlocutores do governo. A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), convocou reunião extraordinária da Mesa Diretora para a manhã desta segunda-feira (18) para tratar sobre o assunto.


Neste domingo, participaram do encontro, realizado na residência oficial de Águas Claras, os deputados Telma Rufino (sem partido), Roosevelt Vilela (PSB), Rodrigo Delmasso (PTN), Chico Leite (Rede), Juarezão (PSB) e Sandra Faraj (SD). Outros distritais da base aliada, como Luzia (PSB), Lira (PHS), Reginaldo Veras (PDT) e Israel Batista (PV) não compareceram porque não estavam na cidade. O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, e o secretário-adjunto de Relações Institucionais, José Flávio também acompanharam o encontro. “Está bem claro que não existe nenhuma denúncia específica, o que existem são somente bravatas para tentar desestabilizar o governo”, comentou o secretário de Saúde. Para ele, as tentativas de envolver o Buriti em um escândalo seriam uma estratégia para tentar atrapalhar os planos do GDF de contratar organizações sociais para a gestão da saúde.

Na conversa, Rollemberg deu explicações aos parlamentares sobre providências tomadas com relação às denúncias. Marli Rodrigues gravou uma conversa na qual o vice-governador do DF, Renato Santana (PSD), admite saber da existência de um repasse de propina no valor de 10% dos contratos de serviços da Secretaria de Fazenda. Na gravação, a sindicalista diz, ainda, ter conhecimento de um esquema similar na Secretaria de Saúde, que chegaria a 30%.

Rollemberg contou aos parlamentares que já pediu providências à Controladoria-Geral do DF e garantiu que a Polícia Civil vai investigar o caso. O governador revelou ainda aos aliados que decidiu entrar com uma queixa-crime contra a presidente do SindSaúde.

Existem países mais perigosos para acessar a internet; descubra

Os Estados Unidos ficaram com a posição de país com maior risco de contaminação por software malicioso


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Quando você sai de férias é provável que tire muitas fotografias e as partilhe com os seus amigos através das redes sociais. Para tal, será necessário se conectar a internet o que, de acordo com uma empresa especializada chamada Intel Security, pode comprometer a sua segurança. Segundo a companhia, há países com mais risco do que outros.


Conforme o Mirror, dos dez países analisados pela Intel Security, os Estados Unidos é o local com mais risco de ‘apanhar’ software malicioso, seguindo-se o Reino Unido e Espanha.

Descubra quem são o Mister e a Miss Distrito Federal 2016


Facebook/ Divulgação

Sarah Souza, a Miss Sudoeste, recebeu a coroa na noite desse sábado (16/7), depois de concorrer com 26 candidatas. Ruggeri Alves venceu a votação do concurso masculino




A noite desse sábado (16/7) foi marcada pela coroação da Miss Distrito Federal 2016. O evento, que aconteceu no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, premiou a Miss Sudoeste, Sarah Souza, que concorreu com outras 26 candidatas que representavam as regiões administrativas do DF.
Sarah foi avaliada por um grupo de de jurados composto por personalidades da cidade e especialistas em estética. O segundo lugar ficou com a Miss Estrutural, Bianca Sousa, e o terceiro com a Miss Vicente Pires, Natália Viana.
Na mesma data, a boate Aruba Show Bar, no Shopping Flamingo, serviu de palco para colocar Ruggeri Alves, 25 anos, como o mais bonito do DF. Ele venceu os outros 18 finalistas do concurso Mister Distrito Federal 2016. Agora ele vai disputar a edição nacional do evento.
No Facebook, o candidato agradeceu a todos que votaram. “Em cinco dias, tivemos quase 1 mil votos, uma quantidade muito expressiva, que me proporcionou o primeiro lugar nas votações de enquete.”

5 projetos científicos de ponta que podem mudar o mundo em breve

Pesquisadores criaram redes para 'pescar' lixo espacial, teias de aranha para uso médico e rastreador de mosquitos.

Valeria PerassoDa BBC Mundo
O futuro da ciência parece estar muito próximo com projetos como o de redes de pesca de lixo espacial ou aranhas que fazem seda que poderá ser usada em violinos.
O principal desafio para a rede de 'pescar' lixo espacial é estar perfeitamente alinhada com seu alvo (Foto: Centro Espacial de Surrey)O principal desafio para a rede de 'pescar'; lixo espacial é estar perfeitamente alinhada com seu alvo (Foto: Centro Espacial de Surrey)

Todos os anos a Royal Society de Londres destaca exemplos de tecnologias de ponta e soluções científicas que estão prestes a se tornar algo comum na vida das pessoas.
Veja abaixo cinco destes projetos mais curiosos da lista de 2016 que já estão prontos para sair dos laboratórios e começar a fase de testes na vida real.
1. Recolhendo o lixo espacial
Desde o início da era espacial já foram descartadas 7 mil toneladas de lixo espacial: carcaças de foguetes, satélites desativados, pedaços de vidro, tudo isto está flutuando fora da Terra.
A maioria dos objetos lançados no espaço ainda está orbitando nosso planeta, o que é uma ameaça de colisão com satélites ainda ativos. E satélites são vitais para o funcionamento da internet e de celulares, entre outros usos.
E até os menores fragmentos podem ser uma grande ameaça. A Estação Espacial Internacional, por exemplo, vive ajustando sua posição para evitar choques com estes destroços que orbitam a Terra a milhares de quilômetros por hora.
Agora a missão RemoveDebris ("Removendo destroços", em tradução livre) poderá resolver este problema.
O projeto, que será lançado no começo de 2017, é o primeiro a testar tecnologias de captura que vão arrastar o lixo espacial de volta para a atmosfera terrestre.
"Isto não é ficção científica, é um problema real. Todo o lixo espacial vai, com o tempo, cair devido à gravidade, mas alguns pedaços estão a mil quilômetros acima da Terra e, nesta altura, vão precisar de mil anos. Não temos tanto tempo, podemos ter dez ou 20 anos antes dos problemas mais graves começarem", afirmou Jason Forshaw, da equipe do projeto que está sendo desenvolvido no Centro Espacial de Surrey, na Grã-Bretanha.
O teste desta nova tecnologia é surpreendentemente simples.
A vela para recolher lixo será testada no espaço no começo de 2017 (Foto: Centro Espacial de Surrey)A vela para recolher lixo será testada no espaço no começo de 2017 (Foto: Centro Espacial de Surrey)
O dispostivo usa uma rede espacial, parecida com uma rede de pesca, que é jogada no espaço para capturar o lixo. Uma vez que o lixo está preso na rede, ele pode ser arrastado por uma nave, que funciona como um reboque, e trazido de volta à Terra.
O calor da reentrada na atmosfera vai fazer com que o lixo queime. Os pedaços maiores de destroços que não se desintegrarem completamente poderão ser guiados para uma queda controlada no Oceano Pacífico.
Outro sistema usa uma espécie de vela, que parece com uma pipa.
Esta vela é feita com uma membrana muito fina mas, diferente das velas de barcos, ela é impulsionada por fótons de luz do Sol, ao invés do vento. A missão é puxar e arrastar o lixo para fora da órbita, fazendo ele cair em espiral na atmosfera da Terra.
2. O rastreador de mosquitos
Os cientistas lutam há décadas contra o mosquito Anopheles. Estes insetos transmitem malária, uma doença que infecta milhões e causa 438 mil mortes por ano no mundo inteiro.
E surgiu uma nova ameaça: a resistência a inseticidas nas populações do mosquito pois o uso deles está aumentando e um processo de seleção natural torna os mosquitos mais fortes.
A resistência ao inseticida foi relatada já em 60 países e chegou a níveis alarmantes na África Ocidental e Oriental.
Compreender o comportamento do mosquito é muito importante para enfrentá-lo.
"Estamos usando câmeras infravermelho para rastrear o caminho de voo do mosquito em volta dos mosquiteiros. Esta é a primeira vez que conseguimos gravar em vídeo a movimentação deles em uma escala tão grande", disse Josie Parker, pesquisadora da Escola de Medicina Tropical de Liverpool.
O projeto "Diários do Mosquito" detecta quanto tempo os insetos estão em contato com os mosquiteiros e como o inseticida - que está nas fibras do mosquiteiro - evita que eles piquem a pessoa que está dormindo logo abaixo do tecido.
"Eles precisam tocar o mosquiteiro para que o inseticida funcione e um contato muito rápido não é o bastante. Parte de nosso trabalho é determinar quanto tempo eles precisam ficar no mosquiteiro para morrer", afirmou Parker.
As linhas coloridas mostram as trajetórias de mosquitos acima de um mosquiteiro (Foto: Josie Parker/Escola de Medicina Tropical, Liverpool)As linhas coloridas mostram as trajetórias de mosquitos acima de um mosquiteiro (Foto: Josie Parker/Escola de Medicina Tropical, Liverpool)
A pesquisa vai abrir caminho para a criação de mosquiteiros mais eficazes além de novas fibras e inseticidas - avanços simples que podem evitar milhares de mortes.
"Os mosquiteiros são uma barreira física mas, se eles não forem bons para matar os mosquitos que entram em contato com o tecido, estes mosquitos ainda vão estar esperando do lado de fora e vão te picar quando você acordar."
3. Os segredos do raio-X em 4D
Uma máquina complicada com um nome intrigante: o raio-X síncroton 4D. E o que ele faz também é incrível - permite que os cientistas analisem o coração dos materiais.
O síncroton é, em sua essência, um microscópio gigante que funciona com raios de luz dez bilhões de vezes mais brilhantes que o Sol (Foto: Diamond Light Source)O síncroton é, em sua essência, um microscópio gigante que funciona com raios de luz dez bilhões de vezes mais brilhantes que o Sol (Foto: Diamond Light Source)
Eles podem usar o aparelho para analisar magma e aprender mais sobre grandes erupções vulcânicas ou então olhar cristais de gelo para descobrir porque um sorvete tem um gosto melhor que outro.
"Usamos uma técnica chamada raio-X em tomografia computadorizada, que trabalha com uma luz muito brilhante, tão poderosa que permite mostrar a estrutura interna dos materiais em três dimensões. Podemos analisar qualquer objeto, a variedade de aplicações é enorme", disse Kamel Madi, especialista da Universidade de Manchester, onde o aparelho foi desenvolvido.
O raio de síncroton é dez bilhões de vezes mais brilhante que o Sol e penetra estruturas sem precisar de cortes.
Uma câmera do outro lado registra a informação revelada pelo raio em imagens de resolução altíssima.
E a "quarta dimensão" é o tempo: os cientistas podem criar condições que cobrem uma grande variedade de temperaturas, pressões e atmosferas, replicando as forças que os materiais precisam enfrentar em situações reais. Com isso eles podem assistir enquanto os materiais mudam.
"Podemos compreender como a morfologia dos materiais muda quando os fabricamos, então esta máquina guarda os segredos para a melhoria na produção de coisas como motores a jato ou baterias de lítio", disse Madi à BBC.
O síncroton gigante foi instalado no sul da Grã-Bretanha (Foto: Diamond Light Source)O síncroton gigante foi instalado no sul da Grã-Bretanha (Foto: Diamond Light Source)
A técnica também é útil para o setor médico, para compreender como implantes interagem com o tecido dentro do corpo humano.
Madi já começou a analisar como a artrite afeta a cartilagem e o que pode ser feito para melhorar a vida dos pacientes com esta doença.
4. Aranhas ao trabalho
O fio fabricado pelas aranhas para tecer suas teias está no centro da próxima geração de materiais sustentáveis e biocompatíveis.

"A seda da aranha existe há cerca de 300 milhões de anos e as aranhas usam uma quantidade mínima de materiais para conseguir o máximo de benefícios", afirmou a bióloga Beth Mortiner, do Oxford Silk Group, o grupo de estudos da seda da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.
As aranhas usam proteína para criar as teias que, geralmente, são usadas para capturar suas presas. Mas a pesquisa de Oxford agora está ajudando a revelar a estrutura molecular da seda e descobrir os possíveis usos desta seda para nossa vida.
Poucos materiais na natureza têm esta capacidade de absorver energia como a seda produzida pela aranha. Os cientistas disseram à BBC que este material, combinado com resinas, poderá ser muito bom na fabricação de fibras resistentes a impactos.
"A seda é mil vezes mais eficiente em termos energéticos para produzir do que os polímeros sintéticos (plásticos, por exemplo). O desafio agora é como tornar sua produção economicamente viável", disse Mortimer.
E as gotículas de cola que cobrem esta seda - e tornam a teia de aranha tão grudenta - fizeram com que os cientistas pensassem em novoas tecnologias inspiradas na natureza. A cola permite que a seda se estique muito.
Além disso, esta seda é biocompatível: os testes clínicos já estão avançados para verificar se os implantes desta seda podem ajudar na recuperação da cartilagem do joelho de humanos.
Os fios da teia de aranha são cobertos por uma substância pegajosa e usados para capturar as presas (Foto: Oxford Silk Group)Os fios da teia de aranha são cobertos por uma substância pegajosa e usados para capturar as presas (Foto: Oxford Silk Group)
Até músicos podem usar este material. A seda de aranha foi testada em um protótipo de violino que explora suas propriedades vibratórias.
Quando a teia de aranha captura um inseto e este inseto tenta sair, a teia envia vibrações que são uma mensagem para a aranha.
5. A revolução dos ossos
Cientistas criaram uma tecnologia para cultivar ossos artificiais em laboratório sem usar medicamentos ou produtos químicos, apenas usando a vibração.
O biorreator Nanokick converte células-tronco em células ósseas (Foto: Nanokick Technologies)O biorreator Nanokick converte células-tronco em células ósseas (Foto: Nanokick Technologies)
O nome em inglês é "nanokicking" (ou "nanochute" em tradução livre): uma ténica que retira células-tronco da medula óssea, que podem se transformar em muitas outras células especializadas, e "chutam" estas células usando altas frequências para desencadear uma transformação e fazer com que elas virem células produtoras de ossos.
Os novos pedaços de ossos, então, são cultivados a partir das células do próprio paciente. Sem produtos químicos ou proteínas de crescimento que podem ter efeitos colaterais.
O método não involve cirurgias dolorosas para remover amostras de osso de outras partes do corpo e não há risco de rejeição.
Os minúsculos "nanokicks" são dados milhares de vezes por segundo.
"Estamos imitando o osso, que vibra cerca de mil vezes por segundo naturalmente", disse o Matthew Dalby, da equipe de pesquisadores escoceses da Universidade de Glasgow que desenvolveu a técnica.
Esses pedaços de ossos poderão, então, ser implantados e se fundir com o osso ou ajudar a reparar danos e fraturas. Os pesquisadores acreditam que talvez seja até possível dar os "nanokicks" diretamente nos pacientes para curar fraturas sem cirurgia e, no futuro, isso poderá ajudar a desacelerar o crescimento de tumores nos ossos.
 Depois do "nanochute", células-troncos se transformam em células ósseas (Foto: Universidade de Glasgow)Depois do 'nanochute', células-troncos se transformam em células ósseas (Foto: Universidade de Glasgow)
O osso é um dos tecidos mais transplantados do mundo e, por isso, o impacto desta técnica pode ser enorme.
Uma população que está envelhecendo também aumenta a demanda por estas técnicas, pois mais pacientes estão sofrendo com osteoporose e fraturas no quadril, por exemplo.
Nos próximos três anos os cientistas vão testar esses ossos criados em laboratório nas pessoas e, em menos de uma década, esta nova terapia já poderá estar disponível para os pacientes.

Rombo da Previdência só aumenta e cria grande desafio para futuro do país

Edição do dia 17/07/2016
17/07/2016 23h15 - Atualizado em 17/07/2016 23h15

Enquanto a expectativa de vida do brasileiro só cresce, a força de trabalho 

que sustenta as aposentadorias e pensões não acompanha o mesmo ritmo.


O brasileiro vive cada vez mais, o que é uma ótima notícia. Mas, por outro lado, nascem cada vez menos brasileiros, o que gera um desequilíbrio preocupante, pois o país envelhece e a força de trabalho que sustenta as aposentadorias e pensões não cresce no mesmo ritmo. Ou seja: o rombo da previdência só aumenta e cria um enorme desafio para o futuro do país. Como desatar esse nó? Assista à reportagem de Sônia Bridi.