domingo, 17 de julho de 2016

Polícia francesa prende 2 suspeitos de envolvimento com ataque em Nice

17/07/2016 04h26 - Atualizado em 17/07/2016 05h08

Estado Islâmico reivindicou ataque, que deixou 84 mortos no sul da França.

Autoridades já detiveram sete pessoas ligadas ao ataque.

Do G1, em São Paulo com a Reuters

A polícia francesa prendeu um homem e uma mulher na manhã deste domingo (17) suspeitos de envolvimento com o ataque que matou 84 pessoas e deixou 200 feridos - 26 deles em estado de saúde grave - em Nice, no sul da França , durante a celebração do Dia da Bastilha. As autoridades informaram também nesta manhã que o autor esteve no local do ataque duas vezes antes. Câmeras de segurança registraram Mohamed Lahouaiej Bouhlel com o caminhão no Promenade des Anglais na terça-feira e na quarta-feira.
Sete pessoas foram detidas por suspeita de ligação com o ataque, que foi reivindicado pelo grupo radical Estado Islâmico. As outras cinco pessoas, incluindo a ex-mulher do motorista que avançou com um caminhão matando as pessoas que estavam à beira-mar, ainda permanecem em prisão e sendo interrogadas.
Os agentes policiais chegaram a estes suspeitos através dos contatos no celular do responsável pela morte das 84 vítimas.
Novo vídeo
Um vídeo divulgado no Facebook mostra o momento em que o caminhão dirigido pelo tunisiano Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, de 31 anos, avançou sobre a multidão que acompanhava as celebrações do 14 de julho na avenida Passeio dos Ingleses, em Nice.
Estado Islâmico reivindica ataque
O  Estado Islâmico (EI) reivindicou o massacre, informou no sábado (16) a agência Amaq, ligada ao grupo jihadista.
"O autor da operação é um soldado do Estado Islâmico. Executou a operação em resposta aos chamados para atacar cidadãos dos países da coalizão internacional que lutam contra o EI no Iraque e na Síria", afirmou a Amaq.
O ataque em Nice foi feito por um motorista que avançou com um caminhão entre as pessoas que estavam à beira-mar, festejando a queda da Bastilha na quinta-feira (14), deixando 84 mortos e 200 feridos.
O motorista, identificado como Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, de 31 anos, que nasceu na Tunísia e morava em Nice, foi morto pela polícia.
No dia 21 de maio, o porta-voz do EI, Mohammad al Adnani, convocou seus seguidores a realizar mais atentados no Ocidente, especialmente na Europa e Estados Unidos, por causa do mês sagrado do Ramadã, que terminou no último dia 5 de julho.
Em mensagem carregada de ódio, cuja veracidade não foi ser confirmada, al Adnani afirmou que "atacar aos chamados civis é o melhor e mais útil".
No discurso de 31 minutos de duração, divulgado pelas das redes sociais, o porta-voz do EI pediu para seus simpatizantes que qualquer ataque, por menor que seja, na casa do inimigo, é melhor que um grande nos territórios que controlam.
Para a Promotoria francesa, o atentado em Nice encaixa no tipo de ameaça do EI, que pediu em janeiro para usar balas, facas ou "carros" para matar os infiéis.
Pessoas se reúnem em um memorial em homenagem às vítimas do ataque com um caminhão em Nice, na França, durante a festa do dia da queda da bastilha. Mais de 80 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas (Foto: Laurent Cipriani/AP)Pessoas se reúnem em um memorial em homenagem às vítimas do ataque com um caminhão em Nice, na França, durante a festa do dia da queda da bastilha. Mais de 80 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas (Foto: Laurent Cipriani/AP)
Prisões
A polícia francesa prendeu neste sábado três pessoas em Nice como parte da investigação aberta sobre o atentado, subindo para cinco o número de detidos.
Primeiro-ministro
O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, disse na sexta (15) que o autor do atentado em Nice "sem dúvida tem ligações com o islamismo radical". Ele falou sobre o assunto durante participação em um jornal do canal de TV France 2.
O primeiro-ministro disse que a França irá ganhar a guerra contra o terrorismo, mas admitiu temer que "novas réplicas aconteçam". "Os terroristas procuram nos dividir", prosseguiu, criticando políticos que "não estão à altura do momento", sem deixar claro a quem se referia.
Valls também voltou a dizer que não houve falha de segurança e destacou que "15 planos de atentados foram frustrados nos últimos três anos, incluindo um particularmente importante na primavera".
Ele assegurou que a coalizão internacional que combate o EI será reforçada, promessa feita na quinta pelo presidente François Hollande em seu pronunciamento na TV.
Segundo Valls, na próxima semana haverá uma reunião "muito importante" em Washington, nos EUA, da qual participará o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian. "Vamos reforçar a capacidade da coalizão", afirmou.
Caminhão que atropelou multidão na cidade de Nice, na França, e deixou dezenas de mortos (Foto: Valery Hache/AFP)Caminhão que atropelou multidão na cidade de Nice, na França, e deixou dezenas de mortos (Foto: Valery Hache / AFP Photo
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sábado, 16 de julho de 2016

Tentativa de golpe na Turquia dura menos de 24 horas e deixa 265 mortos

Edição do dia 16/07/2016
16/07/2016 20h41 - Atualizado em 16/07/2016 21h00

Governo reagiu prendendo 3 mil militares e 2.700 juízes e promotores.

Presidente dá ultimado aos EUA: prender ou deportar clérigo opositor.


A tentativa de golpe na Turquia durou menos de 24, deixou 265 mortos, entre eles 161 civis, e deu ao presidente Recep Tayyip Erdogan a oportunidade de um contragolpe que ele já lançou, iniciando uma feroz caçada aos opositores do governo.
A incerteza durou toda a madrugada. A multidão atendeu ao apelo do presidente Recep Tayyip Erdogan numa mensagem pelo celular e tomou as ruas da capital, Ancara, e de Istambul. E nem os ataques de helicópteros afugentaram os partidários do governo.

O sobrevoo dos caças era constante, como conta Fernanda, brasileira que mora há um ano na Turquia. "Os tiros, eu ouvia à distância, não estavam perto aqui de onde eu estava. Mas o caças estavam sobrevoando. Impossível não ouvir. De certa forma foi perto. As janelas tremeram".

Explosões podiam ser ouvidas a todo momento. Uma destruiu parte do comando da polícia.
Os prédios do Parlamento e do palácio do governo foram atacados enquanto os aeroportos estavam fechados.

Já era de madrugada, quando o avião com Erdogan pousou em Istambul. O presidente foi recebido com festa por milhares de seguidores para dizer que ainda estava no comando do país.

Ao mesmo tempo, manifestantes cercavam tanques e arrancavam à força os soldados. Em pouco tempo, as pontes que cruzam o Estreito de Bósforo foram liberadas, assim como os aeroportos.

Pela manhã, era possível ver os estragos. Apesar da aparente normalidade, a tensão ainda dominava as ruas de Istambul, como conta o brasileiro Daniel. "E na sexta-feira (15), os protestos estavam correndo. Muitos carros buzinando, muita gente gritando, e a maior parte das pessoas caminhando.  Mas na manhã deste sábado (16), realmente a situação já se estabilizou, o transporte público está funcionando, metrô, ônibus, táxi, tudo ok. Muita gente resolveu ficar em casa, não saiu, justamente por causa de risco".

Enquanto o primeiro-ministro Binaldi Yildirim anunciava o fracasso da tentativa de golpe, começava a enorme caçada aos adversários. Cerca de três mil militares foram presos, entre eles, dois generais de alta patente; 2.700 juízes e promotores também. Eles são acusados de ligação com os golpistas.

Os quatro principais partidos políticos protagonizaram uma cena rara na Turquia: se uniram para condenar o golpe numa sessão de emergência do Parlamento.

Desde sexta-feira (15), o governo turco acusa o clérigo Fetullah Gulen, que vive nos Estados Unidos, de liderar a tentativa de golpe. Neste sábado (16), o primeiro-ministro disse que qualquer país que apoie Gulen não será amigo da Turquia e estará em guerra com o país.

O governo turco também acusou os soldados da base aérea de Incirlik de estarem envolvidos no golpe frustrado. A base é usada pelos Estados Unidos em ataques contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

Neste sábado (16), o governo fechou a base aérea de Incirlik, no sul das Turquia, e cortou o fornecimento de energia elétrica; 1.500 americanos vivem no local. O gesto também está sendo visto por analistas na Itália como uma resposta à Otan, a aliança militar do ocidente, da qual a Turquia também faz parte. Erdogan teria considerado que alguns países da Otan não foram tão enfáticos o suficiente ao condenar os golpistas.

No fim do dia, Erdogan fez um discurso para milhares de seguidores em Istambul. Afirmou que a tentativa de golpe foi liderada por uma minoria dentro do Exército.

Disse que a pena de morte, proibida por lei, pode ser discutida no Parlamento. E que o Exército está sob o controle do governo, e não nas mãos de um poder paralelo, numa referência ao clérigo Fetullah Gulen.

E lançou um ultimato - exigiu que o presidente americano, Barack Obama, prenda ou deporte Gulen.

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Tentativa de golpe na Turquia deixa pelo menos 265 mortos

Desfecho do país ainda é incerto


MUNDO EXÉRCITOHÁ 32 MINS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO

Violência, mortes e informações desencontradas marcaram a madrugada e a manhã de sábado (16), na Turquia, com o governo como alvo de uma tentativa de golpe militar. Segundo o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, o ato foi organizado por “uma minoria do Exército”, afirmou.


De acordo com a reportagem do jornal O Globo, o maior confronto foi na capital Ancara onde ao menos 265 pessoas morreram, cerca de 1.500 ficaram feridas e outras 2.000 foram detidas. De acordo com a agência de notícias turca, entre as vítimas estão, principalmente, policiais após o ataque aéreo ao quartel das forças especiais das Forças Armadas e vítimas civis num bombardeio ao Parlamento.
Segundo os militares rebeldes, as tradições seculares do país foram corroídas pelo governo de Erdogan, que tem adotado medidas autoritárias contra a liberdade de imprensa e perseguido jornalistas e juízes. A TV estatal chegou a ser tomada e os insurgentes afirmaram ter tomado o poder para proteger a ordem democrática e a manutenção dos direitos humanos.
Redes sociais como Facebook e Twitter, e sites como YouTube tiveram as operações suspensas durante a tentativa de golpe. “As Forças Armadas Turcas tomaram o controle do país para restaurar a ordem constitucional, direitos humanos e liberdades, o Estado de Direito e a segurança geral que foi danificada”, indicou o comunicado assinado pelo autoproclamado Conselho de Paz na Nação.
Porém, após horas de combates, o premier Binali Yildirim afirmou que a “tentativa idiota” de golpe de Estado fracassara e a situação estava “amplamente sob controle”, com Erdogan no comando. O presidente chegou à cidade e realizou um discurso no Aeroporto de Atatürk, informando que militares envolvidos na quartelada já estavam sendo presos.
"Essa tentativa de golpe foi um ato de traição realizado por uma minoria dentro das Forças Armadas" afirmou o presidente Recep Tayyip Erdogan, que prometeu usar a ocasião para realizar o que chamou de “faxina” no Exército turco.




Tudo o que a Europa não precisava era de um golpe na Turquia





Por: Rodrigo Lopes

15/07/2016 - 22h52min | Atualizada em 15/07/2016 - 22h54min




Nem nos piores pesadelos os líderes europeus imaginaram que, nesses dias turbulentos no continente, irromperia uma tentativa de golpe de Estado, como a que está em curso na Turquia. A crise que estourou nesta sexta-feira ocorre em meio ao momento mais frágil enfrentado pela União Europeia em muitos anos: uma turbulência política e econômica motivada pelo plebiscito em que o Reino Unido decidiu sair do bloco econômico; a ameaça do terrorismo, foram cinco atentados na Europa em um ano e meio e uma invasão de refugiados do Oriente Médio e da África.
A crise desta sexta-feira acaba por acabar com o sonho turco de integrar a UE, que sempre olhou para o país – o mais próximo que se pode dizer de uma convivência harmônica entre o Estado laico em uma nação muçulmana – com desconfiança. A Turquia pediu para integrar o bloco europeu pela primeira vez em 1987, mas só em 2005 foram iniciadas negociações formais para o ingresso na UE. Vários governos são contrários: entre eles a Alemanha, maior potência da região, que teme uma invasão de imigrantes turcos e uma islamização da Europa. A possível perda de postos de trabalho também assobra os países do bloco. Outra questão é geopolítica: a Turquia faz fronteira com o Iraque e a Síria, duas das nações mais perigosas do mundo.
Mesmo estando de fora da UE, quem caminha pelas ruas de Istambul - e tive a oportunidade de fazer isso duas vezes em maio deste ano - tem, em alguns momentos, a clara sensação de estar em uma cidade europeia. A Turquia é um importante membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança militar ocidental, e, por sua posição estratégica, entreposto geográfico entre Oriente e Ocidente, é cortejada por Rússia e EUA. Uma das mais importantes bases americanas fica no país — Incirlik — e é chave para a coalizão que tem atacado o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. 
A despeito de questões econômicas e políticas, o que sempre depôs contra a Turquia são as sucessivas violações de direitos humanos e a mão de ferro do presidente Recep Erdogan. A pá de cal vem agora com o rompimento institucional — a cláusula democrática é uma das principais do acordo europeu.

Policiais militares adotam e dão nova casa a cachorro abandonado



Whatsapp/ Reprodução



João Gabriel Amador

JOÃO GABRIEL AMADOR



Antigo dono deixou o bicho, ainda filhote, em uma rua do Sudoeste. PMs levaram o animalzinho para o batalhão e, depois, para uma chácara


Um cãozinho abandonado conseguiu uma nova casa graças à ajuda dos policiais militares do 7º Batalhão de Polícia Militar (Cruzeiro). O animal chegou a passar um tempo junto dos PMs até que um sargento o levou para uma chácara na última sexta-feira (8/7).


O cachorro, que recebeu o nome de Colt, foi encontrado em uma rua do Sudoeste. Segundo comerciantes locais, o antigo dono se mudou, mas deixou para trás dois filhotes. Um deles acabou adotado, mas o outro continuou perambulando pelas calçadas.
A situação chegou a ser divulgada em redes sociais, e algumas pessoas se prontificaram a ficar com o bicho. Mas foram os policiais militares que levaram o cachorro para o batalhão, onde passaram a dar alimento e abrigá-lo do frio.
Acontece que o cachorro sapeca vivia fugindo do local, o que deixava os donos adotivos muito preocupados. A saída encontrada foi levá-lo para a chácara de um sargento do batalhão. “Ele tinha dois cães, mas um morreu e o outro ficou deprimido. Agora, o Colt terá uma casa e ainda fará companhia para o novo amigo”, conta a soldado Ingrith.
  

Áudio exclusivo: Vice-governador fala em esquema de propina no GDF

Michael Melo/Metrópoles


Em gravação a que o Metrópoles teve acesso, Renato Santana diz que dinheiro da Secretaria da Fazenda destinado à pasta de Saúde é desviado por meio do pagamento de propinas de 10% sobre contratos. Na mesma gravação, presidente do SindSaúde revela que o percentual pode chegar a 30%



Uma gravação em que o vice-governador do Distrito Federal, Renato Santana, e a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (SindSaúde), Marli Rodrigues, falam sobre um suposto esquema de propina instalado no GDF. Uma quadrilha estaria desviando recursos da Secretaria de Fazenda destinados à pasta da Saúde. A notícia caiu como uma bomba nos corredores do poder distrital. No áudio exclusivo, ao qual o Metrópoles teve acesso, Santana revela que tomou conhecimento de um grande esquema de corrupção, no qual os contratos da Saúde só seriam fechados mediante o pagamento de 10% de propina. Marli, no entanto, diz que ouviu falar que o percentual pode chegar a 30%.


Na conversa entre o vice-governador e a sindicalista, não são citados os nomes de quem estaria por trás do pagamento de propinas, mas o estrago já foi suficiente para que a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), convocasse, na noite desta sexta-feira (15/7), uma reunião e emergência da CPI da Saúde. O encontro extraordinário — uma vez que a Casa se encontra de recesso — está marcado para as 10h da próxima segunda-feira (18).
O diálogo entre Santana e Marli foi gravado no apartamento do vice-governador, em Águas Claras. Na ocasião, também estava presente Valdeci Rodrigues, ex-funcionário do SindSaúde. Em um dos trechos mais polêmicos, o vice-governador reclama de não ter espaço algum na gestão do Distrito Federal e revela conhecer o esquema de propina, que seria de 10%. Marli conta que já ouviu falar em 30%.
Ouça o áudio:
Veja a transcrição de parte do diálogo:
Renato Santana: Autorizou o [inaudível] a pegar 10% de propina. Eu não autorizei, mas o assunto chegou pra mim. Eu me sinto… Seria um escroto não te falar.
Valdecir Rodrigues: Tá desse nível o negócio…
Marli Rodrigues: Tá desse nível? Então você tem que perguntar pra ele, se ele autorizou 30% de propina. Você tem conhecimento disso? 10% você tem conhecimento.
Renato Santana: De 10%, eu tenho. Da Fazenda. Por isso que eu tô te falando, se você tem uma chave…
Marli: Sabe o que que eu acho? Eu vou abri essa porra, eu vou abrir essa porra. A propina corre solta ali. Se você conhece 10%…
Valdecir: É 30%???
Marli: É 30%. E tem muita gente envolvida nessa história. Sim, eu tô falando da Saúde, agora, se partir pra outros locais que a gente também conseguiu identificar, você vai encontrar muitas coisas mais, entendeu? Então, fique longe de tudo isso. Só pense, mantenha-se ímprobo de tudo isso, porque um governador que sabe que estão roubando o governo dele, é conivente. Ele é conivente, é refém de uma Câmara. É refém da Câmara ou não é? Totalmente.
Nota de repúdioO vice-governador Renato Santana publicou nota, na qual diz que “repudia ter sido alvo de gravação ilegal de conversas com terceiros”.
Segundo Santana, “assim que teve conhecimento de suposta cobrança de 10% por pagamentos efetuados na Secretaria de Fazenda, reportou imediatamente as denúncias para o próprio governador Rodrigo Rollemberg. Com relação aos relatos da presidente do SindSaúde, a dinâmica será semelhante, desde que ela aponte os agentes objeto da denúncia trazida durante a gravação”.
A sindicalista Marli Rodrigues não retornou os contatos da reportagem para comentar as denúncias.
A divulgação do áudio ocorre no momento em que o GDF tenta implantar um novo modelo de administração da saúde pública do Distrito Federal, com a transferência de parte da gestão para entidades privadas, as organizações sociais. Essa mudança colocou em rota de colisão o SindSaúde e o GDF, uma vez que o sindicato se opõe à terceirização do setor.
Nota de RollembergNa noite desta sexta (15), Rollemberg publicou nota e diz que “determinou à Controladoria-Geral do DF que tomasse todas as providências” em relação ao caso. “O vice-governador Renato Santana chegou a se referir à possibilidade de haver irregularidades na Secretaria de Fazenda, mas a apuração feita pelo governo não identificou o nome citado por ele no quadro de servidores da pasta”. Ainda segundo o socialista, “o governo de Brasília tem confiança que o Ministério Público apurará os fatos e tomará as medidas exigidas nesse caso”. Apesar da declaração, no áudio não é possível identificar o nome de quem estaria autorizando o pagamento de propina.