domingo, 10 de julho de 2016

José Serra é citado em acordos de delações da Odebrecht e OAS

O ministro do governo interino de Michel Temer é mencionado nas delações que estão sendo negociadas com as empreiteiras Odebrecht e OAS




POLÍTICA EMPREITEIRASHÁ 1 HORA
POR NOTÍCIAS AO MINUTO

O atual ministro das Relações Exteriores, José Serra, é mais um dos políticos citados em delações premiadas da Operação Lava Jato.


De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Serra é mencionado nas delações que estão sendo negociadas com as empreiteiras Odebrecht e OAS.
Segundo a publicação, as empreiteiras devem revelar casos de propinas em obras públicas nos tempos em que Serra era governador de São Paulo, entre 2007 e 2010.
A empreiteira OAS pode relatar o caso de uma propina negociada (e paga) diretamente entre Léo Pinheiro, sócio e ex-presidente da empreiteira, e uma pessoa muito próxima de Serra, que dizia falar em nome do então governador.
Já em relação a Odebrecht, a obra é a do Rodoanel, a maior obra viária de São Paulo.
Ainda de acordo com a coluna, a Odebrecht estaria comprometida em detalhar a propina paga a Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da empresa que administrava a construção de rodovias no estado.
Em resposta as possíveis delações, José Serra afirma: "Não cometi nenhuma irregularidade, tampouco autorizei terceiros a falar em meu nome".

sábado, 9 de julho de 2016

Lewandowski sofre constrangimento em restaurante de SP

Ele foi abordado por uma mulher, enquanto jantava

POLÍTICA VÍDEOHÁ 4 HORAs
POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Um vídeo divulgado no Youtube mostra uma cena constrangedora vivida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, num restaurante de São Paulo. 
Ele foi abordado por uma mulher, enquanto jantava. “Parabéns”, ela disse, apertando-lhe a mão. Esperou o ministro agradecer e continuou: “por ter aumentado seus próprios benefícios."
© Agência Brasil













Não existe maior amor do que dar a própria vida por causa do amigo. João 15:13 Vamos comparecer meu povo.

Cecilia ScarpaSeguir · 28 de junho · Editado · Pessoal… não sei como mas alguém deletou o evento da nossa festa julina no face!!! Ela continua confirmada sim! É hoje, 9 de julho, das 16 às 22 horas, no Estação Casa Velha, na Alameda Ezequiel Mantoanelli, 1920, a primeira chácara depois do depósito de areia. Esperamos vocês lá!!!— com Ariane GurtherCecilia ScarpaSy Leite,Mayara MatosThaís CairesAriadne PradoNanci Soares,Renata LuppiNubia Soares e Paula Ariane em Indaiatuba

Estado transfere terras para a União em troca do abatimento de parte da dívida Anúncio foi realizado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em cerimônia no Palácio Piratini. Governador assinou termo de compromisso Por: Débora Cademartori 08/07/2016 - 19h38min

Estado transfere terras para a União em troca do abatimento de parte da dívida Débora Cademartori/Agência RBS
Padilha e José Ivo Sartori em cerimônia no Palácio PiratiniFoto: Débora Cademartori / Agência RBS
Para abater parte da dívida que tem com a União, o governo do Estado transferiu ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria (Incra) dois lotes de terras localizados nos municípios de Cruz Alta e Vitória das Missões. O valor de cada terreno ainda será avaliado e, por isso, não há dimensão sobre quanto o RS quitará da conta que tem com o governo federal. Hoje, o Estado deve R$ 51,6 bilhões para a União. As áreas, que servirão para assentamentos rurais, são de propriedade da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) e soma 243,5 hectares. 
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, participou da cerimônia que consolidou um termo de compromisso. Segundo ele, esse é o primeiro passo para o equilíbrio das contas dos Estados e não descartou a federalização de estatais para abatimento maior da dívida:
— Cada Estado é soberano em como vai agir para a regularização das suas contas e suas dívidas. É o Estado que vai decidir aquilo que é importante ou não a ser entregue para o abatimento da dívida. Neste caso, o governador Sartori, em uma demonstração de que ele faz o seu sacrifício, oferece terras que serão utilizadas para a reforma agrária. O governo federal aceita a ideia de receber (estatais), mas a decisão de entregar é do Estado. 
Padilha comentou as medidas anunciadas na quinta-feira pelo secretário da Fazenda, Henrique Meirelles. Para o chefe da Casa Civil, a implementação de impostos para este ano está descartada, já que, conforme ele, a economia está se recuperando. Antes de aumentar a tributação, o governo está fazendo a "lição de casa", segundo Padilha. 
— Nós temos R$ 30 bilhões previstos de concessões e privatizações, podemos fazer IPO ( Initial Public Offering - abertura de capital) em algumas de nossas empresas públicas, podemos vender novos campos petrolíferos... Se tivermos uma recuperação mínima na economia, o que está havendo, seguramente nós não precisaremos usar impostos, mas, se necessário for, depois de fazermos o dever de casa, em uma discussão com a sociedade, a gente poderá pensar, quem sabe lá no ano que vem (aumentar impostos). A ordem agora é: não se fala em imposto. Primeiro, o dever de casa. 

Dinheiro para a agricultura familiar na Expointer
Além da cedência das terras, Eliseu Padilha anunciou a liberação de R$ 800 mil para o pavilhão da agricultura familiar na Expointer 2016, em agosto. A expectativa é movimentar R$ 2,2 milhões em comercialização de produtos produzidos por pequenos agricultores. Ao todo, 1,2 mil famílias de 120 municípios serão beneficiadas. 

Upas em discussão
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, também estava na cerimônia e falou sobre as Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) que aguardam verbas para iniciar consultas e procedimentos. Segundo a Famurs, atualmente, onze Upas em onze cidades diferentes estão prontas, mas não abriram as portas. O impasse, de acordo com a federação, se deve à insuficiência dos recursos federais para o custeio das unidades - o governo federal deveria bancar metade do valor, mas repassa verba insuficiente. Além disso, mais de R$ 20 milhões do Estado estão atrasados para as Upas.
Barros diz que está negociando recursos para a abertura dos espaços:
— Estamos pedindo dinheiro para que tudo o que está pronto passe a funcionar talvez a partir de setembro. Mas eu ainda não tenho essa autorização da equipe econômica. Estamos negociando.
Além dos dois ministros, participaram do encontro o titular do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, o governador José Ivo Sartori, deputados da base governista da Assembleia e deputados federais. Secretários estaduais também estiverem no Palácio Piratini.

Duas novas mortes de negros pela polícia reacendem os protestos nos Estados Unidos

Obama: “Todos nós norte-americanos devemos ficar profundamente preocupados”


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Nova York 

A morte violenta de dois homens negros pela polícia em apenas dois dias nos Estados Unidos, gravadas com telefone celular, acenderam novos protestos e agravaram a ferida racial do país e a desconfiança das minorias frente às forças policiais. Philando Castile e Alton Sterling deixaram este mundo para passar a fazer parte de uma estatística sangrenta que conseguiu sacudir a consciência nacional na sequência do chamado caso Ferguson, ocorrido há dois anos no Missouri, um incidente que levou a uma onda de indignação e a fortes manifestações.
Castile, um afro-americano de 32 anos de Falcon Heights (Minnesota), morreu na noite de quarta-feira abatido pelos disparos efetuados por um agente de polícia que havia o parado porque seu carro estava com uma luz traseira quebrada. No vídeo, que sua namorada transmitiu ao vivo, é possível ver o homem agonizando enquanto o policial continua apontando sua arma, e a mulher relata sua versão dos fatos. No dia anterior, Alton Sterling, um homem de 37 anos que vendia CDs em frente a um supermercado em Baton Rouge, Louisiana, foi morto por dois agentes que dispararam contra ele quando já havia sido detido.
O governador de Minnesota, Mark Dayton, telefonou para o chefe de Gabinete da Casa Branca, Dennis McDonough, para solicitar que o Departamento de Justiça abra “imediatamente” uma “investigação federal independente” sobre a morte de Castile, da mesma forma que foi feito no caso de Sterling. O agente envolvido, cuja identidade não foi revelada, foi suspenso do emprego, mas não de seu salário, enquanto se investiga o incidente, segundo o chefe de polícia de St. Anthony, Jon Mangseth.
Assusta no vídeo a serenidade, real ou fruto de choque, com que a mulher se queixa do que está acontecendo, ante um policial que, ele sim, está fora de si. “Porra! Disse para ele não pegar nada, disse para que ficasse com a cabeça alta”, grita o agente. A mulher responde com calma: “O senhor pediu que ele desse a carteira de identidade e a habilitação”, e continua: “Meu Deus, não me diz que meu namorado morreu, não me diz que ele se foi assim...”. O agente, que não abaixa a arma o tempo todo, insiste para que ela “mantenha as mãos onde estão”. “Vou manter, senhor”, diz ela, e, já quase soluçando, repete: “Não me diga que fez isso, senhor, disparou quatro tiros, e ele estava pegando sua identidade e sua habilitação”. Sua filha pequena presencia a cena do banco traseiro.
Nos Estados Unidos, da mesma forma em que se recomenda usar GPS ou ter um pneu reserva, há alguns conselhos habituais no caso de ser parado pela polícia na rua: nunca coloque as mãos no porta-luvas ou no bolso até receber permissão explícita, nunca saia do carro se não for solicitado e deixe as mãos visíveis no volante ou no painel o tempo todo. Porque no país mais rico do mundo, e também uma das sociedades desenvolvidas mais violentas, um policial nervoso pode se transformar em um problema muito sério. A proliferação de armas faz com que muitos policiais usem como argumento o medo de morrer no que poderiam ser inspeções de rotina.
O jornal The Guardian faz um levantamento das pessoas mortas pela polícia nos Estados Unidos em 2016: nesta madrugada a cifra passou de 560 para 561. A imensa maioria dos membros dessa lista é de afro-americanos e latinos. Em 2015, a contagem chegou a 1.146, a maior parte formada por negros. Essas mortes deram nome e força ao movimento As vidas negras importam (Black lives matters), e os eventos desta semana o colocam novamente no centro das atenções.
"Todos nós norte-americanos devemos estar profundamente preocupados" pelo ocorrido na Louisiana e em Minnesota, disse o presidente dos EUA, Barack Obama, em sua conta no Facebook, ainda lamentando que essas tragédias tenham sido vistas “vezes demais”. "Independentemente dos resultados dessas investigações, o que está claro é que esses disparos mortais não são incidentes isolados, mas sim uma mostra dos desafios do nosso sistema de Justiça penal, as disparidades raciais ano após ano, e a conseguinte falta de confiança que existe entre as forças da lei e muitas das comunidades que atendem”, afirmou.
Obama deixará a Presidência em novembro sem resolver o problema das armas de fogo e a frequência dos abusos policiais no país, dois problemas com os quais também se encontrará o futuro morador da Casa Branca, seja Hillary Clinton ou seja Donald Trump.
A desconfiança entre a comunidade negra e as forças policiais é uma antiga cicatriz dos Estados Unidos, um problema não resolvido no trauma racial do país, mas a revolução digital, com telefones com câmera que podem difundir as histórias globalmente e no mesmo instante, tornou os problemas visíveis aos olhos do mundo todo.

Após exame de rotina, FHC fará cirurgia para colocar marca-passo

Tânia Rêgo/Agência Brasil

A assessoria do ex-presidente não informou se o procedimento será feito neste sábado (9/7) ou no domingo, (10)


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de 85 anos, passará por uma cirurgia para a implantação de marca-passo neste fim de semana em São Paulo.
A assessoria do ex-presidente não informou se o procedimento será feito neste sábado, 9, ou no domingo, 10. A decisão foi tomada após um exame de rotina, realizado nesta sexta-feira, 8, identificar pequenas alterações no ritmo do batimento cardíaco do tucano, que estava lento.
O marca-passo é usado para corrigir os batimentos cardíacos. A cirurgia será realizada no Hospital do Coração, na capital paulista.
Para evitar especulações sobre o estado de saúde de FHC, sua assessoria afirmou à reportagem que o ex-presidente sequer passará a noite internado e receberá anestesia local.
Ontem, Fernando Henrique contou a amigos que foi ao cinema. O ex-presidente não tem histórico de problemas cardíacos ou doenças crônicas. A inclusão do marca-passo foi, segundo pessoas próximas ao tucano, apenas uma “precaução”.
Por uma rede social, o amigo Xico Graziano, que foi chefe de gabinete na gestão do ex-presidente, afirmou que FHC está “numa boa”.

A complexa fratura racial

Os problemas internos dos Estados Unidos perseguem o presidente Barack Obama onde quer que ele vá

Marc Bassets
Os problemas internos dos Estados Unidos perseguem o presidente Barack Obama onde quer que ele vá.
Não há reunião com algum líder estrangeiro em que este não lhe pergunte sobre o candidato republicano à sucessão, Donald Trump. A morte esta semana de dois homens negros por disparos da polícia, na Louisianna e em Minnesota, e a matança de cinco policiais em Dallas (Texas) marcam a visita à Europa, possivelmente a última antes de deixar o cargo em janeiro de 2017. Obama está em Varsóvia, mas sua cabeça já está em outro lugar: em um país no qual a tensão racial invoca fantasmas de fratura social e causa violência.Tiroteio em DallasO presidente Obama se dirige à mídia em Varsóvia.  REUTERS
Os mais otimistas acreditaram que, com a vitória de um afro-americano nas eleições presidenciais de 2008, os Estados Unidos entrariam em um período de paz racial. Se o líder máximo era negro, a cor da pele deixaria de importar e o racismo, o mal fundacional do país, se tornaria marginal. Obama nunca acreditou nessas fantasias. Os fatos se encarregaram de desmenti-las. Os anos de Obama foram anos de desigualdades econômicas que as minorias sofreram de forma cruel. Também uma sucessão de episódios de violência policial contra pessoas negras, episódios conhecidos graças à facilidade do acesso a telefones com câmeras e à difusão nas redes sociais.
Obama, como homem negro que sofreu discriminação no passado e a quem alguns cidadãos continuam vendo como um estrangeiro, assumiu um papel delicado. Esforçou-se para ser o presidente de todos os cidadãos dos EUA, independentemente de sua raça, etnia ou credo. Ao mesmo tempo, toda vez que se conhecem notícias de um novo assassinato por tiros da polícia, é capaz de colocar-se na pele das vítimas como nenhum político branco já conseguiu fazer. Outro equilíbrio: deve aparecer como defensor dos direitos civis —o movimento Black Lives Matter (As vidas negras importam) é o último elo na corrente de lutas pelos direitos dos negros— e ao mesmo tempo defender a honra da maioria dos policiais que, de boa-fé, preservam a ordem pública.
A concatenação de explosões violentas —as mortes de afro-americanos pelos tiros da polícia na Louisianna e em Minnesota e o ataque armado contra policiais em Dallas, capital informal da violência política nos EUA— cria uma dinâmica inédita em anos recentes. Ocorre em meio a uma campanha eleitoral na qual um dos candidatos atiça os ressentimentos contra as minorias. Convém recordar que o magnata Trump colocou nas bases de sua carreira política, anos antes de anunciar sua candidatura, o questionamento de que o presidente realmente tivesse nascido nos EUA e estivesse legitimado para exercer seu cargo, uma teoria da conspiração com traços racistas explícitos.
Obama atravessou o Atlântico para ajudar a pacificar uma Europa fraturada pelo referendo britânico e pelas incertezas quanto ao projeto comum, e se vê capturado pelas perturbadoras notícias que chegam de seu país. Os complicados problemas internos —a violência policial, o fácil acesso a armas bélicas, o populismo desenfreado— condicionam a influência da primeira potência mundial. Toda política local é global.