sexta-feira, 8 de julho de 2016

Governo define meta fiscal para 2017 com rombo de R$ 139 bilhões

Sem o limite de teto para o gasto público que precisa passar pelo Congresso, o resultado seria negativo em R$ 194 bilhões




ECONOMIA CONTAS PÚBLICASHÁ 14 HORAS
POR FOLHAPRESS


O governo vai propor ao Congresso que a meta fiscal de 2017 seja um deficit de R$ 139 bilhões, valor inferior aos R$ 170,5 bilhões previstos para 2016, segundo o ministro (Henrique Meirelles). O número, anunciado nesta quinta-feira (7), é a diferença entre receitas e despesas do governo federal.

"É um esforço muito grande na medida em que temos de enfrentar uma situação de aumento constante das despesas públicas federais há um longo tempo. Tivemos de concentrar um esforço focado principalmente nas despesas e também na geração de receitas adicionais", afirmou Meirelles.
O ministro disse que, sem o limite de teto para o gasto público que precisa passar pelo Congresso, o resultado seria negativo em R$ 194 bilhões.
O governo prevê ainda deficit de R$ 1 bilhão para Estados e R$ 3 bilhões para empresas estatais federais, o que resultaria o resultado negativo do setor público para R$ 143 bilhões. Em 2016, é de R$ 163,9 bilhões.Os números consideram uma projeção de 1,2% de crescimento da economia em 2017.
AUMENTO DE IMPOSTOSO
governo não decidiu se haverá ou não aumento de tributos no próximo ano.
A meta, segundo Meirelles são os R$ 194 bilhões, descontado um "esforço fiscal" de R$ 55,4 bilhões. O ministro não disse, no entanto, em que consiste esse esforço. Ele citou, por exemplo, privatizações, outorgas e concessões, cujo valor ainda não está definido. Também poderá incluir aumentos de tributos.
"Não descartamos aumentos pontuais de impostos. Definiremos essa questão até o fim de agosto, no momento em que teremos definido o que será o Orçamento de 2017. Até lá, teremos definido o que será necessário, como a elevação de algum tributo que será favorável ou uma exigência da atividade econômica. Nós vamos explorar todas as alternativas de privatizações, concessões e outorgas", afirmou Meirelles.
"É um número que representa um compromisso muito forte com uma redução de despesas muito importante, apesar do aumento obrigatório do deficit da Previdência. Mas temos um esforço muito grande de contenção de despesas e de aumento de receitas de formas diversas", disse.
O ministro Dyogo Oliveira (Planejamento) afirmou que o governo prevê queda nas receitas previdenciárias, o que elevaria o deficit da Previdência de R$ 147 bilhões em 2016 para R$ 183 bilhões em 2017."Isso está sendo compensado em outras áreas para que o deficit total caia", afirmou.
META APERTADA
Em reunião com assessores nesta quinta, Temer comentou que a projeção de rombo de R$ 194 bilhões no próximo ano, caso o governo não adote nenhuma medida para reduzi-lo, é "preocupante" e, por isso, determinou fixar "uma meta bem apertada".
Na noite de quarta-feira (6), Temer discutiu com sua equipe e líderes do Congresso cenários para a meta fiscal de 2017, que apontavam para um deficit primário no ano que vem entre R$ 150 bilhões e R$ 160 bilhões. A área econômica queria um número na casa dos R$ 150 bilhões, de preferência até um pouco abaixo. Já a política preferia fixar uma meta em torno de R$ 160 bilhões.
O presidente orientou a equipe econômica também a não adotar aumento de tributos neste ano, mas não descartou a possibilidade de eles serem elevados no médio prazo caso as medidas que forem adotadas para reduzir o rombo não surtirem o efeito esperado.
Segundo assessores, Temer pediu que fossem analisadas as possibilidades de cortes de despesas para contribuir na redução do rombo nas contas públicas no próximo ano, que será o quarto consecutivo.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vai levar o número final ao presidente Temer no final da manhã desta quinta e vai anunciá-lo logo em seguida, em entrevista no Palácio do Planalto. Com informações da Folhapress.

Rosso trabalha para ser presidente da Câmara em consenso


Publicado em 
Cotado como nome forte para a presidência da Câmara dos Deputados com a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Rogério Rosso só vai se apresentar como interessado ao cargo se não houver disputa, ou seja, com o jogo já jogado nos bastidores.
Como a candidatura pode ser registrada até o último dia, horas antes de começar a votação, Rosso só entra para ganhar.
É o estilo do deputado de Brasília. Foi assim quando virou governador, também em mandato tampão, durante nove meses, em 2010, depois da crise com a Operação Caixa de Pandora.
Na ocasião, Rosso surgiu como uma surpresa e ganhou a eleição indireta na Câmara Legislativa, com o apoio de seu partido à época, o PMDB, liderado por Tadeu Filippelli, braço direito hoje do presidente em exercício Michel Temer.
Com a estratégia de virar presidente em consenso, Rosso mede as palavras, como se percebe na entrevista concedida à coluna Eixo Capital.
Você vai concorrer à presidência da Câmara dos Deputados?
Não tenho absolutamente nenhuma pretensão nesse sentido. O momento é de apaziguar os ânimos da Câmara e buscar consensos em nome da estabilidade da Casa. Quero ajudar na união.
Qual deve ser o perfil do deputado para assumir a Casa neste momento?
Conciliador, previsível e que compreenda o difícil momento que o país vive.
Estar na primeira legislatura atrapalha um possível consenso em torno de seu nome?
Não tenho essa impressão.
E o fato de ser visto como um aliado de Eduardo Cunha?
Não sou aliado do Cunha. Não votei nele para presidente. Mas, como líder de quase 40 deputados, tenho a obrigação de ter uma relação institucional respeitosa com ele.
Aliados da presidente Dilma veriam seu nome com desconfiança por ter presidido a comissão de impeachment?
Apresentei um projeto proibindo que parlamentar presidente ou relator de comissão de impeachment assuma cargos no Poder Executivo. Porém, o Parlamento é independente e autônomo.
Qual será a força do presidente Michel Temer nessa eleição para a presidência da Câmara?
O presidente Temer tem uma relação muito respeitosa e republicana com o Congresso. Seguramente, ele vai respeitar a independência do Legislativo, como sempre fez.
Ao renunciar à presidência da Câmara, Eduardo Cunha chorou. Ele foi injustiçado?
Temos que respeitar a emoção e o sentimento do próximo. Não cabe a mim julgar absolutamente ninguém sobre seus sentimentos.
E se o seu nome surgir como um consenso? Aceitaria?
Acredito terem nomes mais preparados e experientes.
Se você não for candidato, quem apoiará?
Vamos primeiro aguardar os nomes e fazer uma avaliação.

Usar farol baixo de dia passa a ser obrigatório em rodovias

- Atualizado em 

Multa é de R$ 85,13, e vai ficar mais cara em novembro próximo. Veja perguntas e respostas para entender a nova lei.

Do G1, em São Paulo
Começa a valer nesta sexta-feira (8) a obrigatoriedade de acender o farol baixo de dia, ao circular em rodovias. O descumprimento é considerado infração média, com 4 pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 85,13, que passará para R$ 130,16 em novembro próximo.
Até então, o uso de farol só era exigido para todos os veículos durante a noite e em túneis, independentemente do horário. Apenas para as motos o uso das luzes já era obrigatório durante o dia e a noite.
Veja abaixo perguntas e respostas sobre a nova lei do farol baixo.

A lei só fala em rodovias. Fora das estradas, o farol baixo é exigido para todos os veículos somente à noite e em túneis com iluminação pública -nos que não têm iluminação deve-se usar luz alta. A exceção são as motos, que precisam circular com a luz acesa o tempo todo e em todos os lugares.
1) Tem que ligar o farol de dia na estrada e na cidade?
2) Qual a utilidade de usar farol baixo durante o dia?
Segundo o Contran, "o sistema de iluminação é elemento integrante da segurança ativa dos veículos; as cores e as formas dos veículos modernos contribuem para mascará-los no meio ambiente, dificultando a sua visualização a uma distância efetivamente segura para qualquer ação preventiva, mesmo em condições de boa luminosidade".
Ou seja, a obrigatoriedade do farol baixo em estradas, mesmo que durante o dia, ajuda os motoristas a identificar outros veículos na via.
3) Em rodovia que corta cidades também precisa ligar o farol?
Sim. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) diz que a medida será válida para qualquer tipo de rodovia, incluindo as que passam por trechos urbanos.
4) Vale farol de neblina/milha?
O farol de neblina não é aceito como farol baixo. Ele só deve ser usado quando há neblina, chuva forte ou nuvens de poeira, diz o Código de Trânsito Brasileiro.
A lei que exige o farol baixo de dia nas estradas só abriu exceção para a luz diurna de LED, aquela faixa de lâmpadas que alguns carros mais novos têm. Ela poderá ser usada nas estradas, de dia, em vez do farol baixo. À noite, não.
5) Qual a diferença entre farol baixo e lanterna?
G1 demonstra as diferenças no vídeo acima.
A lanterna ou luz de posição deve ser acionada em duas situações, segundo o Detran-SP:
1) à noite, somente quando o carro estiver parado para embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias;
2) de dia, sob chuva forte, neblina ou cerração (nessas condições também pode ser usado o farol baixo).
O farol baixo é o que as pessoas normalmente chamam de farol, até então, usado à noite.
Há ainda o farol alto, que só deve ser usado em locais onde não há nenhuma iluminação e, ainda assim, precisa ser desativado quando outro veículo vier no sentido contrário.

Sobe para cinco o número de policiais mortos por franco-atiradores nos EUA

Crime ocorreu durante um protesto em Dallas após as mortes de dois negros em ações policiais nos estados da Louisiana e de Minnesota. Outros cinco policiais civis e um civil ficaram feridos

 postado em 08/07/2016 06:16 / atualizado em 08/07/2016 09:30
 France Presse
Laura Buckman/AFP


Dallas, Estados Unidos - Franco-atiradores mataram na quinta-feira à noite cinco policiais e feriram outros sete em Dallas, Texas, um episódio que o presidente americano Barack Obama definiu como um ataque "calculado e desprezível".

Um vídeo amador mostra imagens de policiais tentando se proteger dos tiros atrás de viaturas e o barulhos dos tiros. Veja:



A explosão de violência, que também deixou dois civis feridos, aconteceu no momento em que a cidade era palco de um protesto contra o racismo, motivado pela morte de dois cidadãos negros em ações policiais nos estados da Louisiana e de Minnesota durante a semana.

O balanço de cinco mortos e nove feridos foi confirmado pelo prefeito de Dallas, Mike Rawlings. Ele também confirmou a morte de um suspeito em um confronto com a polícia e disse que os outros suspeitos detidos "não estão sendo realmente cooperativos".

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O centro de Dallas se transformou nesta sexta-feira em uma gigantesca área de investigações de agentes, esquadrões antibombas e especialistas em balística.

Um dos suspeitos dos disparos, que estava entrincheirado em um edifício, morreu após um cerco policial, marcado por horas de tensão.

O homem afirmou que havia bombas espalhadas pelo centro de Dallas, o que levou a polícia a mobilizar o esquadrão antibombas na área e bloquear o tráfego para procurar explosivos.

Em Varsóvia, onde desembarcou nesta sexta-feira para participar de uma reunião de cúpula da Otan, o presidente Barack Obama denunciou um ataque "perverso, calculado e desprezível contra as forças de segurança".

"Não há uma justificativa possível a este tipo de ataques ou qualquer tipo de violência contra as forças de segurança", disse.

De acordo com a imprensa local, o balanço do incidente é o mais grave contra as forças policiais desde os ataques de 11 de setembro de 2001.

O chefe da polícia de Dallas, Max Geron, anunciou no Twitter que peritos realizam "amplas operações" em toda a área de Dallas. O serviço de transporte público foi desviado e restrições ao espaço aéreo foram anunciadas.

Caos total


"Havia negros, brancos, latinos, de tudo. Era o protesto de uma comunidade mista. E (os tiros) vieram do nada. Ficamos com a impressão de que atiravam na nossa direção. Foi o caos total, uma coisa de loucos", disse uma testemunha.

Uma mulher identificada como Shetamia Taylor, que compareceu ao protesto com os quatro filhos, foi ferida em uma perna durante a manifestação.

Ao final do protesto em Dallas, dois homens "começaram a atirar contra os policiais a partir de uma posição elevada", afirmou o chefe de polícia, David Brown.

Uma mulher que estava na mesma área da garagem do suspeito entrincheirado foi detida, assim como outros dois suspeitos que tinham bolsas de camuflagem em seu carro.

"Infelizmente não temos a certeza de ter detido todos os suspeitos", disse Brown.

Várias testemunhas publicaram vídeos e áudios sobre a situação, nos quais é possível observar e escutar as rajadas de tiros e as sirenes das viaturas policiais.

Ismael DeJesus conseguiu fazer um vídeo no momento em que estava escondido no Crown Plaza Hotel durante o tiroteio. As imagens mostram um homem executando um policial.

Yana Paskova/Getty Images/AFP


"Pareceu uma execução, para falar honestamente. Ele parou sobre ele depois que (o policial) já estava no chão. Atirou talvez três ou quatro vezes nas costas", disse.

Outros vídeos exibidos por canais de televisão mostram um homem posicionado nas escadas de um edifício e com uma arma longa, atirando contra os agentes.

Em uma área do hospital Parkland, policiais improvisaram uma homenagem aos policiais que morreram e ficaram feridos.

Este é mesmo hospital para o qual o então presidente John Kennedy foi levado depois de ser atingido pelos tiros que provocaram sua morte em Dallas em 1963.

Momento de união

O prefeito de Dallas, Mike Rawlings, fez um apelo de união depois de uma noite violenta.

"Nós, como cidade, como país, devemos agora nos unir, fechar fileiras e curar as feridas que sofremos de tempos em tempos. As palavras ficarão para mais tarde", disse.

"É uma manhã dolorosa para a cidade de Dallas", afirmou Rawlings.

Um homem identificado como Mark Hughes se apresentou voluntariamente à polícia depois que redes de TV divulgaram uma fotografia dele circulando nas proximidades da manifestação com um fuzil.

O porte de armas de forma visível é legal no estado do Texas para pessoas que possuem licença. Um advogado disse que Hughes se apresentou à polícia, mas foi liberado.

As demonstrações de indignação aumentaram ao longo da semana, primeiro com o assassinato na terça-feira de Alton Sterling, de 37 anos, atingido por tiros de policiais em um estacionamento de um centro comercial na cidade de Baton Rouge, Louisiana.

Na quinta-feira, a revolta se espalhou pelas ruas das principais cidades americanas depois da morte em Minnesota de outro cidadão negro, Philando Castile, que foi alvo de tiros da polícia dentro de seu carro, que ele havia estacionado e no qual estavam sua namorada e a filha desta, de apenas quatro anos.

As mortes de Sterling e Castile foram filmadas por testemunhas e os vídeos mostram que eles não representavam nenhum risco evidente para os agentes que abriram fogo.



Porta-voz diz que situação da família de Schumacher é lamentável

Sabine Kehm não se pronunciava desde fevereiro





ESPORTE MISTÉRIOHÁ 3 HORAS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO



Porta-voz da família do ex-piloto Michael Schumacher, Sabine Kehm voltou a falar sobre o piloto após cinco meses em silêncio. Em entrevista ao jornal alemão Kolner Express, ela disse que Schmi "não vai desaparecer" e que a situação privada da família é lamentável.


"É preciso que compreendam (o silêncio). Todos sabem que não posso comentar nada. Simplesmente temos que aceitar que a família quer seguir protegendo a privacidade.
Em fevereiro, Sabine chegou a dizer que havia "esperança de que Michael volte a estar conosco". Dois meses depois, a imprensa internacional noticiou que o ex-piloto estava por um fio.
Segundo o extra, o heptacampeão campeão mundial de F1 está acompanhado de uma equipe de médicos e fisioterapeutas em uma casa na Suíça. A exata situação dele, no entanto, é um mistério.
O alemão sofreu um grave acidente enquanto esquiava de férias na França, em 2013.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Governo propõe meta de rombo de R$ 139 bilhões para contas em 2017

Para ter validade, porém, meta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso.
2017 será o terceiro ano consecutivo com rombo superior a R$ 100 bilhões.

Alexandro Martello e Filipe Matosoda TV Globo e do G1, em Brasília
O governo anunciou nesta quinta-feira (7) que vai encaminhar ao Congresso uma proposta de meta fiscal com pedido de autorização para que seus gastos em 2017 superem a arrecadação com impostos, sem contar os juros da dívida pública, em até R$ 139 bilhões.
Durante o anúncio, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou que a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano que vem passou de 1% para 1,2%.
Trata-se de uma revisão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. O projeto anterior, encaminhado pela equipe econômica da presidente afastada, Dilma Rousseff, previa um déficit primário (despesas maiores que receitas, sem contar os gastos com juros da dívida) bem menor para as contas do ano que vem: até R$ 65 bilhões. Esse valor foi considerado irrealista pela nova equipe econômica.
Alta de impostos
Segundo Meirelles, para cumprir a meta de déficit de R$ 139 bilhões, o governo terá que fazer um “esforço arrecadatório” de R$ 55,4 bilhões em 2017. O ministro disse que o governo vai vender empresas e fazer concessões para arrecadar esse valor, mas não descarta também subir impostos.
"Temos um esforço que vai se concentrar em grandes itens, como vendas de ativos, além de outorgas e concessões. Sejam aeroportos, áreas diversas em que o governo federal se compromete em um esforço muito forte em geração de receitas adicionais”, disse o ministo da Fazenda.
Se a nova proposta for aprovada pelo Congresso, o resultado negativo ficará um pouco abaixo do rombo de R$ 170,5 bilhões esperado para este ano.
Além, disso, 2017 será o terceiro ano seguido em que o déficit público fica acima da marca dos R$ 100 bilhões e o quarto com resultado no vermelho.
Em 2014, as contas ficaram negativas em R$ 17,34 bilhões, valor que subiu para para R$ 114,98 bilhões em 2015.
O mercado financeiro espera um novo déficit nas contas em 2018, indica pesquisa feita na semana passada pelo Banco Central.
Meirelles declarou que espera que o país volte a registrar superávit primário em suas contas (receitas com impostos superiores às despesas, com sobra de recursos) somente em 2019.

“Estamos trabalhando para que possamos gerar um pequeno superávit em 2019. Existe a expectativa que, com a evolução desse quadro extremamente favorável das despesas do setor público e da evolução da confiança e do crescimento, acredito que é provável que já possamos mostrar o país com um superávit no ano de 2019”, declarou ele.
O governo anunciou também que prevê um deficit de R$ 79 bilhões para 2018 e um resultado fiscal neutro, ou seja R$ 0, para 2019.
Alta do gasto público
Em vez de cortar despesas, o governo vem adotando medidas que ampliam o rombo nas contas públicas deste e dos próximos anos, entre elas a renegociação da dívida dos estados e municípios com a União, com impacto de R$ 15 bilhões só em 2017.
Também contribuem com o aumento do déficit fiscal o aumento aprovado para servidores(estimativa de R$ 25,2 bilhões a mais em despesas no ano que vem) e o reajuste de 12,5% para o benefício pago às famílias inscritas no Bolsa Família, que vai elevar os gastos em R$ 3 bilhões por ano.
Ao mesmo tempo em amplia os gastos, o presidente em exercício, Michel Temer, propôs ações para um ajuste fiscal. A principal delas é a que cria um teto para os gastos públicos.
O projeto prevê que as despesas, em um ano, não podem crescer mais do que o índice de inflação do ano anterior. Se for aprovado, a aumento das despesas em 2017 ficaria limitado à inflação registrada pelo IPCA em 2016. Inclusive os gastos com Saúde e Educação.
Para analistas, o teto de gastos é correto para tentar melhorar as contas, mas tem efeito limitado no curto prazo.
Dívida e inflação
Com o forte déficit fiscal neste ano, de R$ 170,5 bilhões, e de até R$ 139 bilhões em 2017, a dívida bruta continuará crescendo. A previsão é de que ela passe de 68,6% do PIB, registrada em maio deste ano, para 76,6% do PIB no fechamento de 2017.
A dívida bruta é um indicador acompanhado com atenção por agências de classificação de risco e investidores internacionais pois é um indicativo da capacidade de pagamento das nações.
Já para a inflação do próximo ano, a estimativa do governo, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é de 4,8%. Com isso, a previsão do governo é de que a inflação ficará um pouco acima da meta central de 4,5% fixada para o ano que vem, mas abaixo do teto de 6% do sistema de metas.
Sem viabilidade política
Antes mesmo do anúncio formal do rombo bilionário para as contas públicas no ano que vem, integrantes da equipe econômica já tinham sinalizado que as medidas para diminuir o resultado negativo não deveriam ser adotadas.
No início desta quarta-feira (6), o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, afirmou, por meio de sua conta no microblog Twitter, que o debate sobre as contas públicas no Brasil está "confuso" e que as sugestões de alguns analistas para melhorar o resultado fiscal "não tem viabilidade politica porque a população não quer".
"Não podemos mais repetir a velha fórmula de aumentar carga tributária", acrescentou o secretário.
Em sua visão, a proposta de emenda constitucional instituindo um teto para os gastos públicos possibilita, pela primeira vez, um ajuste das contas do governo pelo lado da despesa. Ele avaliou, porém, que isso "não ocorre em um ano".
Mansueto Almeida afastou algumas sugestões de analistas para melhorar o perfil das contas públicas, como, por exemplo, aumentar a tributação sobre a folha de pagmentos novamente.
"Sério? Em um contexto de recessão seria essa medida adequada? Não", disse ele.
Também descartou a possibilidade de retomada da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) com alíquota "cheia" de 0,38% - conforme proposta da equipe econômica da presidente afastada Dilma Rousseff.
"Será que a população e os políticos gostariam dessa sugestão?", questionou.

"Ele está muito triste", diz mulher de Karam sobre o filho do casal

O jovem sente pela pouca convivência que teve com o pai nos últimos anos, por causa da doença



FAMA DECLARAÇÃOHÁ 55 MINS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO


O ator Guilherme Karam era casado com a bibliotecária aposentada Betina Callado, com quem tem um filho de 18 anos, Gustavo Callado Karam. Ela vive em Santa Catarina e declara que recebeu a notícia da morte do marido famoso da pior maneira. "Não deu nem tempo de o meu sogro me avisar. Uma pessoa ligou aqui em casa e me disse”.


Ao falar do relacionamento ela garante que sua união, apesar de discreta, era estável: “Estávamos juntos há 18 anos. Até uma vez saiu que nos separamos, mas nunca teve nada disso. Temos um apartamento aqui em Florianópolis”.
Betina contou que Gustavo ficou muito abalado com a morte do ator: “Ele está muito triste, afinal teve pouca convivência com o pai nos últimos anos por conta da doença”. A bibliotecária relatou ainda que Karam sempre pedia para ver o filho: “Toda vez que ele pedia, íamos para o Rio de Janeiro visitá-lo. De um tempo para cá ficaram mais esporádicas”.
Ela lembra como conheceu Guilherme Karam em 1989, quando ele foi até Florianópolis para apresentar um espetáculo. “Nos conhecemos e começamos a namorar apesar da distância. Eu era servidora federal e não podia pedir transferência e ele tinha o trabalho dele no Rio. Nos víamos sempre que dava”, e confirma a presença para um último adeus: “Certamente vou ao enterro com o Gustavo, prestar a última homenagem”.
A mulher do ator diz que o filho fez todos os exames para identificar algum traço da doença degenerativa que acometeu o pai e parte da família. "Nada foi encontrado no Gustavo", afirma ela.
Guilherme Karam morreu nesta quinta-feira (7), às 11h40 da manhã, no Rio. Ele estava internado havia cerca de dois anos no Hospital Naval Marcílio Dias, tratando da síndrome de Machado - Joseph, uma doença degenerativa.
O ator herdou a doença da mãe, que passou ainda aos outros três filhos. Dois morrerem, além da mãe, e uma irmã de Karan se mantém em uma cadeira de rodas.