quarta-feira, 6 de julho de 2016

Político japonês é condenado após chorar ao explicar gastos indevidos

Agencia EFE
06/07/2016 09h53 - Atualizado em 06/07/2016 09h53

Nonomura ficou famoso por choro histérico e descontrolado.

Ele recebeu uma pena de liberdade condicional de quatro anos

Da Agência Efe
O político japonês que ficou famoso mundialmente por seu choro histérico e descontrolado ao se defender de corrupção foi condenado nesta quarta-feira (6) a três anos de prisão por uso injustificados de fundos públicos.
Nonomura ficou famoso por choro histérico e descontrolado (Foto: Jiji Presse/AFP)Nonomura ficou famoso por choro histérico e descontrolado (Foto: Jiji Presse/AFP)
Ryutaro Nonomura, de 49 anos, evitará, no entanto, a prisão depois que o Tribunal de Kobe  aceitou o pedido da defesa de aplicar uma pena em liberdade condicional de quatro anos alegando que o ex-político já sofreu suficiente castigo e humilhação por sua reação perante as câmaras.
O antigo membro da Assembleia Regional da Prefeitura de Hyogo (oeste do país) foi considerado culpado pelo mau uso de um total de 9,13 milhões de ienes (US$ 89,8 mil).
O político gastou durante três anos esta quantidade em um total de 344 viagens, incluídas visitas a balneários, que não pôde justificar como parte de seu trabalho, segundo os documentos da acusação recolhidos pelo jornal "Asahi".
O vídeo da entrevista coletiva (assista) realizada no começo de julho de 2014 na qual o político compareceu entre soluços e chiliques acumula mais de três milhões e meio de visualizações no YouTube e foi alvo de múltiplas brincadeiras.
A imagem de Nonomura chorando e socando a mesa enquanto tenta seguir falando com a respiração ofegante deu a volta ao mundo e se transformou em um fenômeno viral.
Nonomura renunciou em 11 de julho, uma semana depois da realização da entrevista coletiva.

Há 56 dias em greve, funcionários protestam em frente a portão da USP

06/07/2016 09h02 - Atualizado em 06/07/2016 09h02

Rua Alvarenga estava fechada e tráfego estava congestionado.
Manifestantes reivindicavam reajuste salarial.

Do G1 São Paulo
Manifestação de funcionários e estudantes da USP fecha Rua Alvarenga, no Butantã, na manhã desta quarta-feira (6) (Foto: Reprodução/TV Globo)Manifestação de funcionários e estudantes da USP fecha Rua Alvarenga, no Butantã, na manhã desta quarta-feira (6) (Foto: Reprodução/TV Globo)
Estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) realizam um protesto em frente à entrada principal da Cidade Universitária na manhã desta quarta-feira (6), no Butantã, na Zona Oeste de São Paulo.
Na terça-feira (5), os funcionários decidiram em uma assembleia pela continuidade da greve, que já dura 56 dias. Nesta manhã, estudantes e funcionários protestam contra os cortes dos salários e dizem que querem negociar com o reitor.
Os manifestante ocuparam a Rua Alvarenga por volta das 7h. Os veículos não entravam e nem saíam pela portaria principal, causando congestionamento na via e na Avenida Afrânio Peixoto.
A alternativa para os motoristas que desejam acessar o câmpus são as portarias 2 e 3, nas avenidas Escola Politécnica e Corifeu de Azevedo Marques.
Há cerca de um mês, o grupo realizou outro protesto durante a manhã, fechando todas as portarias. Na ocasião, a Reitoria da USP afirma que a Procuradoria Geral da USP entrou com uma ação para que outras interdições não fossem feitas, sob risco de multa.
Dias depois, um grupo de estudantes e representantes de movimentos negro e indígena tentou ocupar o prédio da reitoria, reivindicando a adoção imediata de cotas raciais. A Polícia MIlitar dispersou os manifestantes com bombas de efeito moral.
Reivindicações
Os manifestantes reivindicavam reajuste salarial de 12,34% para os trabalhadores, além de contratação imediata de docentes e funcionários técnico-administrativos para recompor o quadro funcional da universidade. Eles ainda reclamam do desmonte da USP, que inclui o fechamento das creches para filhos de funcionários e estudantes, degradação dos hospitais e terceirização dos restaurantes.

Aécio virou nome doce na boca dos delatores da Lava Jato

O senador incentivou a Operação Lava Jato porque imaginava que ela se restringiria ao PT
POLÍTICA EMPREITEIRASHÁ 2 HORASPOR NOTÍCIAS AO MINUTO
Tanto executivos da Odebrecht quanto Léo Pinheiro, da OAS, acham que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) incentivou a Operação Lava Jato porque imaginava que ela se restringiria ao PT. O fato complicou e muito as empreiteiras, que são as maiores financiadoras das campanhas políticas. O fato fez com que Aécio se tornasse figura carimbada nas delações premiadas.
De acordo com a coluna de Mônica Bérgamo da Folha de S. Paulo, recados enviados inclusive por Marcelo Odebrecht, que dizia ser amigo do senador, teriam sido desprezados pelo mineiro. Aécio diz que não esteve com o empresário no ano passado.
Em compensação, o senador José Serra (PSDB-SP), tem sido tido como não apoiador da Lava Jato e por isso, seu nome tem sido dito com "constrangimento" nas delações

Cunha não vai se defender no Congresso, diz colunista

A defesa será feita por seu advogado, Marcelo Nobre



POLÍTICA ÉTICAHÁ 41 MINS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO

O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desistiu de comparecer ao parlamento para se defender pessoalmente. A informação foi dada pela colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo.  

Nesta quarta-feira (06), a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) vai se reunir para julgar os recursos apresentados por Cunha. O deputado pede a nulidade total ou parcial do processo instaurado contra ele.  
A defesa de Cunha será feita por seu advogado, Marcelo Nobre. 

Lava Jato volta a prender ex-presidente da Eletronuclear no RJ

06/07/2016 06h34 - Atualizado em 06/07/2016 08h55

Investigações apuram irregularidades na empresa.

Dez mandados de prisão estão sendo cumpridos no Rio e em Porto Alegre.

Do G1 Rio
o Rio de Janeiro e um em Porto Alegre relacionados à Operação Lava Jato. A investigação apura desvio de recursos na Eletronuclear. Até as 8h35, três pessoas tinham sido detidas, inclusive o principal alvo da Operação, o ex-diretor-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva.
Othon Luiz participou, em 2011, de audiência no Senado para discutir o sistema de energia nuclear do país  (Foto: Antonio Cruz/ABr)Othon Luiz, durante audiência do senado
 (Foto: Antonio Cruz/ABr)
A operação desta quarta, batizada de Pripyat, cumpre mandados expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. O alvo principal, Othon Luiz  já cumrpria prisão domiciliar e foi preso na Barra da Tijuca. O benefício da prisão domiciliar foi retirado porque as investigações indicam que, mesmo de casa, ele estaria atuando dentro da Eletronuclear.
Othon era levado por volta das 8h45 para a sede da PF, na Zona Portuária do Rio, e, em seguida, para o Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste, onde estão os presos da Operação Saqueador, entre eles o dono da Delta, Fernando Cavendish, e o contraventor Carlinhos Cachoeira. G1 tenta contato com o advogado de Othon.
Participam da operação, no Rio e em Porto Alegre, 137 policiais. O nome da ação é uma referência a uma cidade perto da usina de Chernobyl, na Ucrânia, que fazia parte da então União Soviética. Moradores tiveram que deixar o local às pressas após o desastre nuclear na usina, transformando-a numa cidade fantasma.
Além dos mandados de prisão, serão cumpridos também de busca e apreensão e condução coercitiva — quando alguém suspeito de ser ligado ao caso é levado para prestar depoimento e depois liberado.
Momento da prisão de Othon Luiz na Barra (Foto: Reprodução/TV Globo)Momento da prisão de Othon Luiz na Barra (Foto: Marcos Coelho/TV Globo)

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Homem é conduzido por policiais federais durante a operação (Foto: Pedro Figueiredo/TV Globo)Homem é conduzido por policiais federais durante a operação (Foto: Reprodução/TV Globo)

Homem é conduzido por policiais federais durante a operação (Foto: Pedro Figueiredo/TV Globo)Homem é conduzido por policiais federais durante a operação (Foto: Pedro Figueiredo/TV Globo)

Agentes da Pf chegam em condomínio na Barra da Tijuca (Foto: Pedro Figueiredo/TV Globo)Agentes da Pf chegam em condomínio na Barra da Tijuca (Foto: Pedro Figueiredo/TV Globo)
De acordo com a PF, as investigações apontam que um clube de empreiteiras atuava para desviar recursos da Eletronuclear, principalmente os destinados às obras da Usina Nuclear de Angra 3. A Operação Pripyat apura crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
No Rio, agentes estiveram na sede da Eletronuclear, no Centro do Rio, e na casa de alvos da operação na Barra da Tijuca e em outras regiões da cidade. Segundo o sindicato de funcionários da estatal, no prédio da empresa, os agentes estiveram na sala da presidência e na sala do cofre.
Agentes da PF fazem buscas no prédio da Eletronuclear no Centro do Rio (Foto: Matheus Rodrigues/G1)Agentes da PF fazem buscas no prédio da Eletronuclear no Centro do Rio (Foto: Matheus Rodrigues/G1)


Desmembramento da Lava Jato
A ação penal sobre o esquema de corrupção na Eletronuclear foi desmembrada da apuração de irregularidades na Petrobras no dia 29 de outubro, e encaminhada para a Justiça Federal do Rio. Com o desmembramento, deixou de ser julgada na Justiça Federal do Paraná, onde tiveram início as investigações da Lava Jato.
Othon está afastado da Eletrobras desde abril do ano passado por conta das investigações. Em 28 de julho, foi preso na 16ª fase da Lava Jato, acusado de receber R$ 4,5 milhões de propina das obras da Usina Nuclear de Angra 3. Inicialmente, o ex-diretor ficou detido em um quartel do Exército em Curitiba. Em novembro, foi transferido para o 1º Distrito Naval, no Rio de Janeiro, e atualmente está em prisão domiciliar.
Em junho deste ano, o MPF pediu a condenação de Othon por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e obstrução da Justiça. Na ocasião, o advogado do ex-diretor da Petrobras afirmou que ele só se pronunciaria nos autos.
Em abril, em depoimento na 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, o ex-presidente admitiu que usou contratos de fachada feitos com empresas de amigos para receber dinheiro da construtora Andrade Gutierrez, mas negou que fosse propina.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Ministério Público pede afastamento de desembargador de julgamentos que envolvam Cavendish






Procuradores afirmam que Antônio Ivan Athié é amigo de advogado do dono da Delta. À noite, desembargador declarou-se suspeito e deixou processo da Operação Saqueador
CRISTINA GRILLO

05/07/2016 - 19h19 - Atualizado 05/07/2016 20h04



Policiais federais, da Operação Saqueador, no prédio do empresário Fernando Cavendish, na Zona Sul do Rio (Foto: Gabriel de Paiva/ Ag. O Globo)
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro entrou na Justiça com um pedido para que o desembargador Antônio Ivan Athié  fosse afastado da apreciação de processos nos quais figurem o empresárioFernando Cavendish, dono da construtora Delta. No pedido de exceção de suspeição apresentado ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região na terça-feira (5), o MPF afirma que Athié é amigo de Técio Lins e Silva, advogado de Cavendish, e que o defendeu em uma ação no STJ. Athié é o relator do pedido de habeas corpus feito pelos advogados de Carlinhos Cachoeira, um dos presos na Operação Saqueador, ao lado de Cavendish, Adir Assad, Marcelo José Abud e Cláudio Dias Abreu. Eles tiveram prisão preventiva decretada pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro na quinta-feira (30). No dia seguinte, o desembargador relator autorizou os presos a cumprir prisão domiciliar, em vez da preventiva. Na noite de terça-feira (5), Athié apresentou ofício ao Tribunal declarando-se suspeito para atuar em casos que tenham o dono da Delta como parte. 
Os procuradores pediam ainda que, caso a arguição de suspeição fosse aceita pela presidência do Tribunal Regional Federal, os demais atos do desembargador Athié no processo fossem considerados nulos. Ao afastar-se, a decisão de Athié de transformar a prisão preventiva em domiciliar deixou de valer. 
De acordo com o Artigo 254 do Código de Processo Penal, um juiz deve se declarar suspeito, ou poderá ser recusado por qualquer das partes, caso seja “amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles”. Para o Ministério Público, o fato de Técio Lins e Silva ter atuado como advogado de Athié demonstra haver relação de confiança e fidelidade entre eles. Como Técio também é advogado de Cavendish, Athié, no entender do Ministério Público, não pode julgar casos nos quais o empresário esteja envolvido.
Procurados por ÉPOCA, o desembargador Athié e o advogado Lins e Silva não foram encontrados. De acordo com a assessoria do Tribunal Regional Federal, o desembargador entrou de férias na segunda-feira (4). No escritório de Lins e Silva, a secretária informou que ele está viajando e que não poderia ser localizado.
Cavendish, Cachoeira e os demais investigados pela Operação Saqueador são acusados de ter montado um esquema de lavagem de mais de R$ 370 milhões desviados de obras públicas por meio de empresas-fantasmas.
As investigações, que aproveitaram também informações levantadas da Operação Lava Jato, mostraram que, entre 2007 e 2012, a Delta teve 96,3% de seu faturamento relacionado a obras públicas, atingindo quase R$ 11 bilhões no período.

Governo Temer retira urgência de pacote anticorrupção de Dilma






Segundo líder do governo na Câmara, Temer concordou com a retirada da urgência constitucional desses e de outros dois projetos que também estavam nesse regime de tramitação e tratavam de práticas de corrupção
POLÍTICA CONGRESSOHÁ 1 HORAPOR FOLHAPRESS
O presidente interino, Michel Temer, deu aval nesta terça-feira (5), à retirada da urgência na tramitação do pacote de medidas anticorrupção de Dilma Rousseff, informou nesta noite o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE).
O pacote, lançado em março de 2015 como resposta às manifestações de rua, é composto por três propostas: criminalização de caixa dois em atividades ilícitas nas contas de partido político ou campanha eleitoral; alteração do Código de Processo Penal para incluir medida cautelar de indisponibilidade de bens, direitos e valores obtidos com recursos de origem ilícita; tipificação do crime de enriquecimento ilícito de funcionários públicos, inclusive políticos.
Segundo André Moura, Temer concordou com a retirada da urgência constitucional desses e de outros dois projetos que também estavam nesse regime de tramitação e tratavam de práticas de corrupção.
O líder disse que a iniciativa se justifica devido a necessidade de se discutir com mais atenção aos propostas, o que poderá ocorrer na comissão especial para onde os textos serão enviados.
A ideia é que os três projetos do pacote de Dilma passem a tramitar junto com as dez medidas de combate à corrupção de iniciativa popular encaminhadas ao Congresso numa comissão especial a ser instalada.
O Ministério Público encaminhou as medidas ao Congresso em 29 de março deste ano, mas até o momento ainda faltam líderes de alguns partidos para indicarem integrantes para compor a comissão especial.
Em reunião na tarde desta terça com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, líderes da base e da oposição que ainda não fizeram suas indicações -PP, PMDB, PT- se comprometeram, conforme André Moura, a fazê-lo até semana que vem.
Num momento em que a Operação Lava Jato avança cada vez mais sobre os políticos, Janot convidou as lideranças para pedir celeridade na tramitação das medidas. Ainda falta a indicação de 18 membros da comissão especial.
Para o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), o gesto do PGR significou uma tentativa de aproximação com o Legislativo. Com informações da Folhapress.