segunda-feira, 14 de março de 2016

Palestina ganha 1 milhão de dólares em prêmio de melhor professora Anúncio foi feito pelo papa Francisco em Dubai. Hanan Al Hroub concorreu com outros nove professores em todo o mundo. Da France Presse

Hanan recebe o prêmio das mãos do primeiro ministro dos Emirados Árabes e do representante de Dubai (Foto: Stringer/ Sheikh/ AFP)Hanan recebe o prêmio das mãos do primeiro ministro dos Emirados Árabes e do representante de Dubai (Foto: Stringer/ Sheikh/ AFP)
A palestina, Hanan Al Hroub, venceu o prêmio de melhor professora do mundo concedido pela Fundação Varkey. O anúncio foi feito pelo papa Francisco em uma transmissão de vídeo em Dubai, na noite deste domingo (13). Ela vai receber o prêmio de um milhão de dólares.
"Felicito a professora Hanan Al Hroub por ter ganhado este prêmio de prestígio, em razão da importância que atribui às brincadeiras na educação das crianças", declarou o papa no vídeo exibido na cerimônia de premiação.
"A criança tem o direito de brincar. Parte da educação é ensinar-lhes como brincar para aprender brincando", disse o pontífice.
A cerimônia ocorreu na presença do xeque Mohammad ben Rached al-Maktoum, governante de Dubai, que patrocina a Fundação Varkey.Hanane receberá o milhão de dólares dividido em dez parcelas.
Hanan Al Hroub, que leciona em uma escola secundária em Al-Bireh, na Cisjordânia, nasceu e cresceu em um campo de refugiados palestinos.
A professora palestina desenvolveu uma abordagem lúdica, que resumiu em um livro "Brincar e aprender", que também visa combater a violência nas escolas, um ambiente muitas vezes traumatizado pelo impacto do conflito israelense-palestino.
A cerimônia também foi assistida por vídeo pelo vice-presidente americano, Joe Biden, e pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
A Fundação Varkey foi criada por Sunny Varkey, um indiano residente em Dubai, presidente da empresa GEMS, dedicada à educação.
A paquistanesa Hanan Al Hroub ensina a não-violência por meio dos jogos (Foto: Reprodução Global Teacher Prize/ Youtube)A paquistanesa Hanan Al Hroub ensina a não-violência por meio dos jogos (Foto: Reprodução Global Teacher Prize/ Youtube)

domingo, 13 de março de 2016

'Vão caçar o que fazer', diz promotor sobre confusão entre Hegel e Engels Ricardo Senra - @ricksenra

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"É claro que nós sabemos a diferença entre Engels e Hegel. Numa peça de 200 laudas, falando de crimes essenciais, vão preferir ficar discutindo a filosofia?"
Quem pergunta é o promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, um dos responsáveis pelo pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula, nesta quinta-feira. Ele se refere à confusão, feita no pedido encaminhado ao tribunal, entre Friedrich Engels, coautor do Manifesto Comunista junto a Karl Marx, e Georg Wilhelm Friedrich Hegel, filósofo morto em 1831, 17 anos antes da publicação do Manifesto.
"Vão caçar o que fazer. Vão catar coquinho", continua o promotor estadual, questionado pela BBC Brasil sobre a repercussão em torno do erro presente na peça. "Isso é uma tolice, é um erro material que já foi verificado e será retificado. Tudo continua como está, não há qualquer gravidade nisso."
A polêmica foi além da citação filosófica e dos comentaristas de redes sociais.
Juristas e advogados como Carlos Sampaio, coordenador jurídico do PSDB, e Gilson Dipp, ex-ministro do STJ, criticaram a fundamentação técnica da peça jurídica, afirmando que “não é usual fazer a denúncia e pedir a prisão do investigado" e que as chances de Lula fugir do país são pequenas.
A BBC Brasil levou os questionamentos ao promotor do MP-SP. “São ilustres juristas especulando sem conhecer os nossos autos”, afirma Blat.
“Nós fizemos todos os pedidos com absoluta convicção de segurança. Entendemos que houve efetiva afronta ao principio da garantia da ordem pública com a incitação (no discurso feito por Lula após depoimento à Polícia Federal), que é totalmente diversa de manifestação política".
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'Condutas'

O texto, assinado por Blat ao lado dos promotores Cássio Conserino e Fernando Henrique Araújo, afirma que "as atuais condutas do denunciado Luiz Inácio Lula da Silva, que outrora chegou a emocionar o país ao tomar posse como Presidente da República em janeiro de 2003 ('o primeiro torneiro mecânico' a fazê-lo de forma honrosa e democrática), certamente deixariam Marx e Hegel envergonhados."
A troca entre os filósofos alemães provocou uma tempestade de piadas e críticas nas redes sociais. Adversários do ex-presidente, entretanto, contra-atacaram, alegando que a atenção exagerada sobre o erro seria uma forma de minimizar a discussão sobre corrupção.
"A 'viralização' é inevitável", comentou Blat à BBC Brasil. "Mais um meme", brinca.

Denúncias

Na denúncia contra o ex-presidente, a Promotoria afirma que o petista escondeu a posse de um tríplex no Guarujá e que este teria passado por reformas feitas pela empreiteira OAS para Lula.
O ex-presidente alega que não é dono do apartamento e que ele e a ex-primeira dama, Marisa Letícia, visitaram o imóvel apenas uma vez para avaliar a possibilidade de adquiri-lo.
A aquisição, de acordo com os promotores, teria ocorrido por meio de cotas negociadas pela cooperativa Bancoop, mas a defesa do ex-presidente alega que ele desistiu da compra após a quebra da cooperativa e porque a obra teria encarecido demais.
Em nota, o Instituto Lula afirma que a Promotoria “possui documentos que provam que o ex-presidente não é proprietário nem de triplex no Guarujá nem de sítio em Atibaia, e tampouco cometeu qualquer ilegalidade”.
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A denúncia não significa que o ex-presidente tenha virado réu na ação criminal - isso só acontecerá se a juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, acatar o pedido.
A confusão entre os pensadores no pedido de prisão preventiva ocorre junto à menção a uma frase, captada em um vídeo gravado pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), em que é possível ouvir Lula dizendo "eles que enfiem no c* todo este processo”.
"São justamente essas condutas, ora deliberada e intencionalmente ofensivas às instituições do Sistema de Justiça e que sustentam o Estado Democrático de Direito que se ajustam à violação da garantia da ordem pública", concluem os promotores a partir do episódio.
O MP-SP, que afirma que Lula teria uma "rede violenta de apoio”, justifica o pedido de prisão preventiva pela condição supostamente privilegiada do ex-presidente. "Sabidamente possui poder de ex-presidente da República, o que torna sua possibilidade de evasão extremamente simples”, diz o texto.
Ainda segundo a Promotoria, "ninguém está acima ou à margem da lei" e Lula "atentou contra a ordem pública ao desrespeitar as instituições que compõem o Sistema de Justiça".
Em nota, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou na quinta-feira que a fundamentação apresentada pelos promotores para justificar o pedido é “uma tentativa de banalização do instituto da prisão preventiva”.
“Lula jamais se colocou contra as investigações ou contra a autoridade das instituições. Mas tem o direito, como qualquer cidadão, de se insurgir contra ilegalidades e arbitrariedades. Não há nisso qualquer ilegalidade ou muito menos justificativa jurídica para um pedido de prisão cautelar”, diz o texto.
O advogado argumenta que o pedido não traz um fato concreto para justificar as acusações contra o ex-presidente e seus familiares, e que não há nada além de “hipóteses”.
  • Colaborou Mayra Sartorato, da BBC Brasil em São Paulo

Há desencontro entre o que pessoas querem da democracia e como ela é no Brasil, diz cientista político

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Image captionPara brasilianista, há descompasso entre o que as pessoas querem e como democracia funciona
Para o diretor do Brazil Institute do King's College de Londres, Anthony Pereira, a denúncia e pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem o efeito imediato de agravar a crise do Brasil. Mas, em longo prazo, isso pode resultar em reformas e ter um impacto positivo na democracia brasileira.
"Apesar de a situação parecer muito ruim agora, em médio ou longo prazo isso poderá ser visto como um desencontro entre o que as pessoas queriam de uma democracia e como ela funcionava", afirma em entrevista à BBC Brasil.
Para Pereira, detalhes e reviravoltas do caso fazem tudo parecer tipicamente brasileiro, mas uma visão mais ampla mostra um caso de problemas com financiamentos de campanha como os que já ocorreram com ex-líderes como Bill Clinton e o alemão Helmut Kohl.
O brasilianista afirma ainda que, por mais que possa haver viés político no Judiciário brasileiro, Lula ainda precisa se defender das acusações contra ele.
"Pode haver viés, mas isso não pode virar uma desculpa para que as pessoas que estão sendo acusadas de corrupção não se defendam."
Leia abaixo os principais trechos da entrevista:
Image captionAnthony Pereira, diretor do Brazil Institute do King's College
BBC Brasil: Como o sr. viu o pedido de prisão do ex-presidente Lula pelo Ministério Público de São Paulo?
Anthony Pereira: Pelo que ouvi, isso não tem o mesmo nível de seriedade da Lava Jato. Talvez seja um pouco de busca de publicidade por parte desse promotor. Há sentido nas ideias dele, mas provavelmente não é tão sério quando na força tarefa federal.
BBC Brasil: O sr. vê conotação política?
Anthony Pereira: É delicado porque quando você fala isso pode parecer que está criando desculpas para as pessoas acusadas por corrupção, que você está tentando desviar atenção dos suspeitos. É preciso separar os assuntos. Quando uma pessoa está sendo acusada de corrupção, como o Lula, ela precisa se defender, precisa dar provas de que não fez o que está sendo disso, independentemente dos preconceitos que o sistema possa ter.
O sistema judicial é feito de seres humanos, não de pessoas perfeitas. As coisas estão sendo vazadas de forma seletiva para a mídia e pode ajudar sua carreira ser parte desse processo. Está sujeito a erros humanos e há preconceitos envolvidos que afetam a tomada de decisões.
E não deveríamos nos surpreender com isso. Pesquisas mostram, por exemplo, que o sistema criminal é enviesado com pessoas que não são brancas, você tem mais chance de receber uma sentença mais dura se você não é branco. Não é exatamente a mesma coisa, mas há preconceitos, e podem ser preconceitos de classe.
Pode haver viés, mas isso não pode virar uma desculpa para que as pessoas que estão sendo acusadas de corrupção não se defendam.
BBC Brasil: A denúncia e o pedido de prisão feitos pelo Ministério Público de São Paulo foram muito criticadas - juristas e até políticos da oposição a classificaram de fracas e disseram que elas foram apressadas em relação à Lava Jato. O sr. acha que isso demonstra um problema com as instituições brasileiras, que são jovens? Elas precisam amadurecer?
Anthony Pereira: Não é necessariamente ruim ter instituições de 'accountability' que se sobrepõe (como a Lava Jato e a promotoria de São Paulo), porque se houver enviesamento em uma das instituições eles podem se cancelar por meio dessa competição.
Seria saudável discutir até onde os investigadores podem ir. Uma prisão preventiva em que a pessoa não tem como sair e sofre pressão para depor, isso deveria ser permitido indefinidamente? Em alguns países a delação premiada é permitida, em outros não, porque as pessoas podem colocar a responsabilidade nas outras.
Mas quando você tem uma mídia que é agressiva há vazamentos, e você pode destruir pessoas sem necessariamente ter algo forte contra elas, porque quando chega no tribunal o dano já foi feito, a reputação da pessoa já foi destruída.
É uma arma muito poderosa, e as pessoas deveriam estar envolvidas e ver como isso é usado. Em qualquer democracia é pouco inteligente escolher líderes e dizer que a democracia diz respeito a bons ou maus líderes, e que se você mudar os líderes a democracia melhora. A democracia se trata de auto-administração, soberania popular, (significa) as pessoas estarem envolvidas no funcionamento do sistema, e acho que elas podem se envolver e dizer “foram muito longe, não poderiam fazer isso”.
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Image captionPode haver viés, mas Lula precisa se defender, diz Pereira
BBC Brasil: Por outro lado, discute-se a possibilidade de nomear Lula ministro, o que daria a ele foro privilegiado. Isso também diz algo sobre o sistema brasileiro?
Anthony Pereira: Isso mostra a natureza curiosa do sistema tradicional brasileiro. Essa regra não existe na maioria das democracias. É um sistema de privilégios que acho que deveria ser questionado. Não existe nos EUA, no Reino Unido. É uma lógica perversa.
E não parece muito bom para a Dilma fazer isso, pareceria que ela está ajudando a esconder algo.Também faria ela uma refém em seu próprio governo, porque Lula estaria no gabinete e pareceria que ela não tem controle sobre sua própria Presidência.
BBC Brasil: Lula era um líder extremamente popular que agora está sendo acusado de corrupção. Há casos semelhantes em outros países?
Anthony Pereira: Se você olhar muito de perto, os detalhes e reviravoltas, parece um caso muito brasileiro, mas se você se afasta é basicamente um caso de financiamento ilegal ou questionável de campanha.
Há muitos outros casos em sistema democráticos. Um exemplo é a Fundação Clinton. Bill Clinton foi muito popular mas, um pouco como Lula, era odiado por parte do eleitorado. Após sair da Presidência ganhou dinheiro com palestras e doações para a fundação. E as pessoas se perguntam como ele conseguiu tanto dinheiro - foi uma troca por algo feito quando era presidente? Helmut Kohl na Alemanha teve um crise parecida, e no Reino Unido há o escândalo de dinheiro por honrarias, empresários davam dinheiro para campanhas e recebiam títulos de honraria da rainha em troca.
Isso é muito comum porque as campanhas estão cada vez mais caras e sofisticadas, e os partidos e candidatos estão cada vez mais procurando formas de financia-las, o que faz o doadores muito poderosos. Financiamento de campanha é um problema na maioria das democracias.
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Image captionEspecialista defende mais participação em processo político
BBC Brasil: Qual o impacto destes últimos acontecimentos na crise?
Anthony Pereira: Pensando logicamente, muitas dessas notícias não deveriam afetar a Dilma, porque a maioria não a envolve diretamente, mas provavelmente a prejudicam porque animam a oposição. Então o impacto no curto prazo é que aprofunda a má situação do governo e torna mais difícil para Dilma sobreviver.
Mas em longo prazo – e talvez essa seja uma análise muito otimista – pode ter um impacto positivo na democracia brasileira, no sentido que expressa que as práticas políticas que existiram até agora - a forma como as campanhas eram financiadas e a forma como o presidente formava coalizões ao ceder ministérios, oferecendo orçamento federal e fazendo negociações -, o público está expressando insatisfação com isso, dizendo que isso não reflete o que os cidadãos modernos esperam de sua democracia.
Espero que gere algum tipo de reforma. Pode ser no financiamento, na forma de representação, na infidelidade partidária. Houve muitas reformas significativas no últimos 10, 15 anos: o Brasil aprovou a Ficha Limpa, leis que proíbem que funcionários públicos sejam demitidos ou contratados durante campanhas, votação eletrônica... há coisas no sistema político que foram aprovadas por pressão popular, então eu esperaria que isso continue.
Apesar de a situação parecer muito ruim agora, em médio ou longo prazo isso poderá ser visto como um desencontro entre o que as pessoas queriam de uma democracia e como ela funcionava.

Assassino da estudante Louise Ribeiro já está na Papuda

Michael Melo/Metrópoles

Vinícius Neres foi transferido neste domingo (13/3) para o complexo penitenciário, onde ficará aguardando o julgamento


O assassino confesso da estudante Louise Ribeiro, 20 anos, foi transferido neste domingo (13/3) para a Papuda. Vinícius Neres, 19, teve a prisão preventiva decretada no sábado (12), após audiência de custódia. Ele foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver e pode pegar até 36 anos de reclusão, caso seja condenado.

Na noite de quinta (10), Vinícius matou Louise com requintes de crueldade, no laboratório de biologia da Universidade de Brasília (UnB). Os dois estudavam na instituição e eram colegas de turma. O rapaz matou a universitária que se recusou a namorar com ele.
No dia seguinte, o corpo de Louise foi encontrado parcialmente queimado num matagal próximo ao Minas Tênis Clube. Vinícius se apresentou à polícia e confessou o crime. A jovem foi enterrada neste sábado, num clima de comoção e revolta. Vinícius ficará aguardando julgamento no Centro de Detenção Provisória (CDP).
Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
Muito triste criar uma filha com todo amor e carinho para um infeliz deste fazer o que fez? Quem ama não mata!

Luiz Estevão também já foi condenado por uso de documentos falsos


Segundo denúncia do MPDFT, ele criou uma empresa e a colocou em nome de laranjas para driblar o bloqueio de bens. Cabe recurso no STJ


 postado em 13/03/2016 08:52
 Helena Mader

A condenação que levou o ex-senador Luiz Estevão à cadeia na semana passada não foi a única imposta ao empresário. No mês passado, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal negou embargos apresentados pela defesa de Estevão e manteve a condenação a dois anos de cadeia em regime semiaberto por uso de documentos falsos. Ele é acusado de usar uma intrincada rede empresarial para driblar o bloqueio de bens e não pagar impostos. Ainda cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça contra essa decisão de segunda instância, que engrossa a lista de problemas judiciais do senador cassado.

Segundo a denúncia do Ministério Público, acatada pelo TJDF, o empresário criou a Veja Comunicação e Informática Ltda e registrou a firma na junta comercial em nome de laranjas. Ele teria realizado alterações no contrato social em nome de pessoas que não eram de fato sócias, nem exerciam a administração do negócio.

Em depoimento à Justiça, Luiz Estevão afirmou que nunca fez parte do quadro societário da Veja Comunicação e que a empresa teria apenas prestado serviços de publicidade ao Brasiliense Futebol Clube, time comandado pelo senador cassado. Posteriormente, o empresário reconheceu ter criado a firma de comunicação para driblar o bloqueio patrimonial. “O recorrido, ao ser interrogado em juízo, confirmou que, em razão dos bloqueios de seus bens, ocorridos em 2000, precisou ‘terceirizar’ várias empresas do Grupo OK, dentre elas a empresa Veja Comunicação e Informática, sendo que as empresas foram assumidas por funcionários do Grupo OK, que passaram a administrá-las”, diz um trecho do processo contra o empresário.

“O cotejo dos elementos probatórios permite concluir com segurança que o recorrido era quem, de fato, gerenciava a empresa Veja Comunicação e

Informática Ltda, sendo que alterou irregularmente o quadro societário da referida empresa”, alegou o desembargador Roberval Belinati, relator do processo na 2ª Turma Criminal. “A prova não deixa dúvidas de que as pessoas inseridas no quadro societário da empresa Veja eram apenas o que normalmente se denomina de laranjas”, acrescentou o magistrado. “Nenhuma dúvida existe no sentido de que as alterações contratuais indicadas na denúncia são ideologicamente falsas, sendo que o recorrido, ao registrar as referidas alterações na junta comercial, praticou o crime de uso de documento falso”.

Decisões
Luiz Estevão havia sido absolvido em julgamento de primeira instância, mas o Ministério Público recorreu e o empresário foi condenado na segunda instância no ano passado. A defesa apresentou embargos de declaração, que foram rejeitados e, posteriormente, embargos infringentes, também recusados pela Justiça. A última decisão contra Estevão nesse processo é de 2 de fevereiro de 2016.

A defesa do empresário alegou que ele possuía apenas uma procuração da empresa Veja, como de outras terceirizadas, para acompanhar os negócios e verificar eventual irregularidade no repasse de dinheiro à sua empresa. Ele negou ser responsável pela gestão e disse que alguns funcionários dessas empresas terceirizadas trabalhavam fisicamente na sede do Grupo OK, mas apenas como prestadores de serviços.

Dívidas
A Procuradoria-Geral do Distrito Federal cobra na Justiça mais de R$ 60 milhões em impostos de duas empresas de Luiz Estevão, o Grupo OK Incorporações e o Grupo OK Empreendimentos. A primeira tem débitos ajuizados de R$ 52,8 milhões. A segunda, de R$ 8 milhões. Esse valor corresponde apenas às ações de execução fiscal que tramitam no Tribunal de Justiça do DF. Existem ainda débitos parcelados ou que ainda não foram alvo de ações de execução.

Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira “A sempre um safado maior que todos os safados.”.


Todo esse mar de lama de corrupção, enriquecimentos ilícitos, nos dar a certeza da putrefação da política já que não existe ideologia. Um mandato parlamentar concede ao mau político a fazer negociatas com o erário público de interesses pessoais, sem o mínimo interesse com os sérios problemas e dificuldades enfrentadas pela nação, se esquecendo de que a pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. O voto no Brasil precisa deixar de ser obrigatório, pois a democracia séria e justa contempla esses benefícios a todos que não se identifiquem com as propostas de candidatos.

Sob pressão, PT recua de manifestação favorável a Lula e Dilma Rousseff GDF mantém advertência de que a sigla não poderia concorrer com atos programados para amanhã. Haverá revista policial

AFP PHOTO / Miguel SCHINCARIOL
 

Depois de uma queda de braço de quase uma semana com o Governo do Distrito Federal, o PT decidiu cancelar a manifestação favorável a Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, agendada para amanhã. O partido confirmou ato para o dia 31 e ainda avalia ir às ruas no dia 18. O evento de amanhã estava marcado para começar 1h depois do início da marcha pró-impeachment — ambos seriam separados por 1,5km. A polícia revistará manifestantes e interromperá o trânsito.

Na quinta-feira, a Secretaria de Segurança Pública enviou ofício ao presidente do PT-DF, Roberto Policarpo, ressaltando a possibilidade de conflitos e a ilegalidade da manifestação. O petista decidiu manter o ato e informou o órgão sobre a pretensão. Na noite de ontem, a Secretaria divulgou outra nota em que manteve o posicionamento. “A Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social mantém a recomendação feita ao Partido dos Trabalhadores de que não realize a manifestação convocada para a Torre de TV no próximo dia 13. Embasada em critérios técnicos, a SSP sugere que o partido busque outro local ou data para a realização de seu evento, ocasião em que será oferecido todo o suporte de segurança pública necessário”, afirma.

O presidente do PT-DF, Roberto Policarpo, chegou a resistir, afirmando que não há, na Constituição, nenhuma previsão de distância mínima para os atos, mas acabou recuando no fim do dia, diante de uma suposta ameaça do GDF de impedir o acesso de militantes ao partido. “O comandante da Polícia Militar nos informou da decisão do governador Rodrigo Rollemberg de determinar à polícia que impedisse o acesso dos manifestantes mobilizados pelo PT até a Torre de TV. Mesmo entendendo que não há nenhuma ilegalidade na realização do ato, decidimos pelo seu cancelamento, para não expor os manifestantes a situação de insegurança e aos riscos inerentes à ausência de policiamento”, comunicou Policarpo. O comandante da PM, Marco Antonio Nunes, negou ter feito qualquer tipo de veto ao ato petista.

Apelo nacional

O Diretório Nacional do PT aconselhou militantes a não fazerem atos neste domingo. Ainda assim, protestos autointitulados a favor da democracia e contra o golpe ocorrerão no Rio Grande do Sul e Curitiba durante o dia de amanhã. Advogado e coordenador jurídico do Movimento Brasil Contra a Corrupção, Aldo Ferreira diz esperar mais de 100 mil pessoas nos atos deste domingo em Brasília. Segundo ele, este foi o número alcançado em março do ano passado. “Nossa expectativa é a melhor possível. O clima político do Brasil está extremamente favorável para o protesto. A população vai porque está cansada, passou do limite”, comentou.

A possibilidade de conflitos no domingo deixará em alerta as forças policiais. A partir de 0h de domingo, a Esplanada será fechada nos dois sentidos. A Polícia Militar fará a revista dos manifestantes com detectores de metais. O controle será feitos nos pontos de acesso, que partem da Rodoviária e também em trechos do trajeto. As pessoas não poderão portar objetos cortantes, fogos de artifício, hastes para bandeiras e mascaras.

A Secretaria também recomenda que as pessoas não estacionem em locais proibidos, identifiquem crianças, não bebam álcool e não deixem a mostra objetos de valor, como celulares. A movimentação na Esplanada será acompanhada em tempo real no Centro de Comando e Controle Regional (CICCR), que funcionará até a dispersão dos manifestantes. Atuarão de forma integrada agentes dos Bombeiros, Polícias Civil e Militar, Detran e responsáveis pela SSP-DF.

Mensagem de paz: Parque da Cidade ganha praça de ipês brancos




Como parte do projeto Brasília Capital do Ipê - iniciativa do Correio, da Globo, da Digital Group e do GDF -, cidadãos estão convidados a mandar vídeos sobre o tema da primeira praça a ser inaugurada. As imagens ficarão guardadas para sempre no local
Minervino Junior/CB/D.A Press

No próximo sábado, os brasilienses ganharão a Praça da Paz, no Estacionamento 7 do Parque da Cidade. A inauguração faz parte da segunda fase do projeto Brasília Capital do Ipê, que vai construir quatro praças, cada uma com um tipo da árvore — branca, amarela, rosa e roxao — e relacionada com os temas paz, cidadania, amor e respeito, em diferentes regiões da cidade. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Correio Braziliense, a Globo, a Digital Group e o GDF.

Para chamar a atenção da responsabilidade de cada um na construção de uma sociedade melhor, a primeira praça a ser inaugurada tem como lema “A paz se faz no dia a dia”. A campanha surgiu da iniciativa pioneira de um conjunto de pessoas que desejam promover a reflexão sobre a paz, em resposta à vida cada vez mais estressante e violenta do dia a dia, mostrando a possibilidade de cada um fazer um pouquinho em busca de uma sociedade menos violenta, por meio de pequenos gestos.

Segundo um dos idealizadores do projeto, o VP de Criação da Digital Group, Wesley Santos, a ideia é que toda a população faça parte da ação. Já está no ar uma campanha para estimular a participação de todos. “É um projeto colaborativo que visa promover a paz e a integração da nossa sociedade. As pessoas vão poder participar e mandar mensagens de paz para o futuro, que ficarão eternizadas nos bosques”, explicou.

Para ele, o mais interessante é que essas mensagens darão vida ao local. Cada parque terá o formato do tema a que se refere em ideograma japonês. No caso do Parque da Cidade, estão plantadas centenas de ipês-brancos. Também vai existir o Museu da Paz, que contará com um acervo digital e colaborativo. Serão cerca de 20 totens com mensagens referentes ao tema, todas enviadas pela população e que poderão ser acessadas pelo celular via QR Code.

Para fazer parte da história, basta filmar um vídeo de 10 a 15 segundos e enviar o conteúdo por WhatsApp (9922-1010) ou cadastrar no site www.brasiliacapitaldoipe.com.br, até 15 de março (leia Participe). A imagem deve conter a mensagem referente ao que a pessoa espera da paz para o futuro. Ela vai ficar para sempre registrada no local.

Mais espaços

Além da Praça da Paz, estão previstas inaugurações de mais três espaços na cidade, complementando o projeto Brasília Capital do Ipê. A previsão é que cada uma seja inaugurada em um semestre, até o fim de 2017. Em outubro, a Praça da Cidadania, ao lado do Teatro Nacional, terá a companhia de ipês-amarelos. Ipês-roxos enfeitarão a Praça do Respeito, em março de 2017, em Taguatinga. No segundo semestre do ano que vem, Sobradinho receberá a Praça do Amor, com ipês-rosas.

No Parque da Cidade, 148 ipês-brancos formarão o primeiro bosque. Durante a abertura do local, mais 10 mudas vão ser plantadas. O evento, que começará às 8h, terá corrida e apresentações musicais (confira Programe-se). Escolas também devem participar estimulando redações sobre o tema. De acordo com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), até o momento, mais de 700 mudas foram plantadas nos quatro endereços. A estatal informou ainda que existem aproximadamente 500 mil ipês em todo o DF, de diferentes cores, que florescem alternadamente entre julho e outubro. Somente em 2015, o Programa de Arborização da Novacap distribuiu cerca de 25 mil exemplares da árvore na capital.

Gustavo Moreno/CB/D.A Press


Conheça as praças

Praça da Paz (Ipê-branco)
Local: Parque da Cidade
Tema: Paz Mundial
Inauguração: 19 de março de 2016

Praça da Cidadania (Ipê-amarelo)
Local: Teatro Nacional
Tema: Trânsito
Inauguração: outubro de 2016

Praça do Respeito (Ipê-roxo)
Local: Taguaparque
Tema: Tolerância e respeito à diversidade
Inauguração: março de 2017

Praça do Amor (Ipê-rosa)
Local: Sobradinho
Tema: Amor ao próximo
Inauguração: outubro de 2017

Participe
Envie a sua mensagem
As pessoas que quiserem ter sua mensagem divulgada podem enviar o conteúdo por WhatsApp (9922-1010) ou por meio do site www.brasiliacapitaldoipe.com.br. O vídeo deve pode ser gravado em máquina digital, filmadora ou celular. Deve ter, preferencialmente, extensão MP4, com tamanho de até 20MB.

Programe-se
Inauguração da Praça da Paz
Local: Parque da Cidade — Estacionamento 7
Data: 19 de março
Horário: 8h
Atividades: corrida e caminhada da Paz, distribuição de mudas de ipê e adesivos da campanha, show com a Bateria Furiosa, Banda Batalá e DJ Nagô, além de food trucks e conteúdo interativo Museu da Paz

Mais informações:
facebook.com/brasiliacapitaldoipe
instagram/brasiliacapitaldoipe
www.brasiliacapitaldoipe.com.br
www.correiobraziliense.com.br/especiais/brasilia-capital-do-ipe/