quarta-feira, 9 de março de 2016

Polarização política piora e eleva medo de enfrentamento nas ruas

São Paulo / Brasília

Após depoimento de Lula, atos pró e contra PT ganham força. Rousseff pede "tolerância" e "união"

Manifestantes anti-PT e pró-PT (de vermelho) se enfrentam em frente ao aeroporto de Congonhas na sexta.
condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Polícia Federal na última sexta-feira aumentou o clima de polarização política vivido no Brasil. A adesão às manifestações pró-impeachment, marcadas há um mês para o próximo domingo, ganharam mais fôlego, assim como os protestos em defesa de Lula e do PT, que prometem estourar pelo país. O medo de enfrentamento entre os dois grupos preocupa o Governo Dilma Rousseff, que nesta terça-feira fez um apelo pela “unidade” do país e disse que os Governos precisam de “paz”.
"No momento em que nós vivemos, mais uma vez, é necessário que a gente repita a importância da tolerância", afirmou a presidenta durante discurso em Brasília. Aparentando cansaço, Rousseff afirmou ainda que a crise pela qual sua gestão passa só será superada caso tenha tranquilidade para governar. "Governos precisam de paz, para que nós possamos ter condições de enfrentar a crise e de retomar o crescimento".
Também nesta terça-feira, o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que faz parte do partido oposicionista PSDB, afirmou em uma entrevista à rádio Jovem Pan que não permitirá que os manifestantes pró-Lula ocupem a avenida Paulista no domingo, onde ocorrerá o protesto dos que são contra Rousseff. “Havia uma solicitação para ter outra manifestação no sentido contrário e nós dissemos que no mesmo local não pode. Esse pleito a favor do impeachment, contra a corrupção, já estava agendado há mais de um mês”, afirmou ele. “A situação política agravou-se ainda mais no país. Domingo estamos preparados a oferecer toda a segurança para que as pessoas possam se manifestar.”
Desde a última sexta-feira, quando Lula foi conduzido para a sede da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas para prestar esclarecimentos por suspeitas de envolvimento com desvios da Petrobras, a adesão às manifestações que pedem a saída de Rousseff, afilhada política de Lula, aumentou. Segundo o jornalFolha de S.Paulo, um monitoramento das redes sociais indicou que a adesão aos atos do próximo dia 13 dispararam. No entanto, o levantamento, feito a pedido do Governo federal, mostra que a adesão é menor do que a do protesto feito no mesmo mês do ano passado, que reuniu quase um milhão de pessoas. A última, feita pelo mesmo grupo em 16 de dezembro passado, já havia sido bem menor.
Desde o fim de semana passado, a militância do Partido dos Trabalhadores, composta por movimentos sociais, sindicais e estudantis, também tem sidoconvocada a ir para as ruas pelos próprios caciques do partido, como Lula. Oficialmente, o partido não convocou nenhuma manifestação para o próximo domingo, mas há a preocupação de que os militantes queiram fazer frente aos oposicionistas e que isso acabe gerando confrontos.
Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal, também expressou preocupação nesta terça-feira. “Que cada segmento saia em um determinado dia. Vamos evitar o pior”, afirmou. “Receio um conflito. Receio, inclusive, o surgimento de um cadáver. E a história revela o que leva a esse surgimento”, completou.
Amostras da animosidade entre os grupos já aconteceu por diversas vezes ao longo do último ano, quando a crise política tomou o país. A última delas foi na própria sexta, em frente ao aeroporto, onde Lula prestava seu depoimento. A Polícia Militar teve que ser deslocada para o local.  

Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
Todo esse mar de lama de corrupção, enriquecimentos ilícitos, nos dar a certeza da putrefação da política já que não existe ideologia. Um mandato parlamentar concede ao mau político a fazer negociatas com o erário público de interesses pessoais, sem o mínimo interesse com os sérios problemas e dificuldades enfrentadas pela nação, se esquecendo de que a pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. O voto no Brasil precisa deixar de ser obrigatório, pois a democracia séria e justa contempla esses benefícios a todos que não se identifiquem com as propostas de candidatos.

Assinatura falsa de deputado foi usada em favor de Cunha, diz jornal

Segundo a 'Folha de S.Paulo', falsificação ocorreu no Conselho de Ética.
Deputado renunciou à vaga para não dar lugar a colega contrário a Cunha.


Reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" desta quarta-feira (9) afirma que uma assinatura falsa do deputado Vinícius Gurgel (PR-AP) foi usada numa tentativa de barrar o processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética da Casa.
Segundo a "Folha", a assinatura falsa de Gurgel foi usada numa carta em que o deputado renunciava ao conselho. O parlamentar, aliado de Cunha, não estava em Brasília e não participaria da sessão da última quarta (2), que votou pela continuidade do processo contra o presidente da Casa. A renúncia permitiu que o PR indicasse um outro deputado, também aliado de Cunha, para a vaga. Se Gurgel não renunciasse, o lugar dele na sessão seria ocupado pelo suplente, Assis Carvalho (PT-PI), contrário a Cunha.
Peritos consultados pela "Folha" afirmaram que a assinatura de Gurgel na carta de renúncia é uma falsificação "grosseira" e "primária". Em um dos laudos, de acordo com o jornal, o Instituto Del Picchia aponta que a carta de renúncia apresenta características "peculiares às falsificações produzidas por processo de imitação lenta, quais seja, imitação servil ou decalque", com "inequívocos índices primários das falsificações gráficas".  
No outro laudo encomendado pela "Folha", de Orlando Garcia e Maria Regina Hellmeister, os peritos afirmam que os exames mostram "antagonismos gráficos" que levam à conclusão de que a assinatura é "produto de falsificação grosseira".
O Bom Dia Brasil ouviu deputados do conselho que manifestaram estranheza com o fato de Gurgel ter assinado a carta mesmo não estando em Brasília no dia em que ela foi entregue. A secretaria-geral da Câmara afirmou que todas as assinaturas são checadas e que não há suspeita nesse caso. Por telefone, Gurgel disse que a assinatura é mesmo dele e que ele tem por costume deixar assinados papeis em branco para imprevistos. O parlamentar admitiu que estava com pressa na hora que assinou o papel e na véspera tinha bebido, o que, segundo ele, justifica os traços.

Naná Vasconcelos morre aos 71 anos vítima de câncer, no Recife O músico estava internado no Hospital da Unimed, no Recife. Percussionista teve parada respiratória e faleceu na manhã desta quarta(9). Thays Estarque Do G1 PE

O percussionista Naná Vasconcelos durante Festa de Carnaval no Marco Zero na cidade do Recife (PE), no dia 5 de fevereiro de 2016 (Foto: Pablo Kennedy/Futura Press/Estadão Conteúdo)O percussionista Naná Vasconcelos durante Festa de Carnaval no Marco Zero na cidade do Recife (PE), no dia 5 de fevereiro de 2016 (Foto: Pablo Kennedy/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O percussionista Naná Vasconcelos, de 71 anos, morreu na manhã desta quarta-feira (9), noRecife.  Ele estava com câncer de pulmão.
De acordo com o Hospital Unimed III, onde estava internado, por volta das 7h, o músico teve uma parada respiratória e passou por um procedimento, mas não resistiu. Ele estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por complicações da doença.

Naná deu entrada na unidade médica desde a segunda-feira (29). No ano passado, o artista passou mais de 20 dias no mesmo hospital, após descobrir o câncer. Segundo Patrícia Vasconcelos, esposa e produtora do músico, Naná passou mal após um show realizado em Salvador, na Bahia, no dia 28 de março, com o violoncelista Lui Coimbra. Ao retornar ao Recife, foi internado.

Em 2015, Naná também passou mal antes de um show, mas achou que não era nada demais e seguiu com a agenda. No Recife, após uma bateria de exames, foi constatado o câncer. "Pegou todos de surpresa porque ele havia feito um raio-x do pulmão no ano passado (2014) e uma revisão geral há dois meses e nada foi encontrado. Foi tudo muito rápido, um susto", declarou a esposa à época.
Ao ser liberado, pouco mais de 20 dias depois, o músico falou sobre o desafio de enfrentar a doença. "Eu tenho essa situação, e tenho que enfrentar com força, pensamento positivo. E vou enfrentar com o pensamento de que eu vou chegar lá", disse no ano passado. Naná prosseguiu, então, com o tratamento, que incluiu sessões de quimioterapia e de radioterapia, por 40 dias.
Apesar da doença, Naná participou da abertura do Carnaval do Recife no Marco Zero neste ano na companhia de 400 batuqueiros. E seu último carnaval, o percussionista dividiu o palco com o Clube Carnavalesco Misto Pão Duro, grupo centenário homenageado no carnaval do Recife, com o Maracatu Nação Porto Rico, também celebrado, e com os cantores Lenine e Sara Tavares, de Cabo Verde.

Vida e obra
Naná Vasconcelos é o homenageado do carnaval 2013. (Foto: Sérgio Figueirêdo/ Prefeitura do Recife)Naná Vasconcelos é o homenageado do carnaval 2013. (Foto: Sérgio Figueirêdo/ Prefeitura do Recife)
Apelidado de Naná pela avó, a música sempre foi a mola propulsora de Juvenal de Holanda Vasconcelos. Ele não media palavras para descrever seu amor e conexão com ela. Era como se a música fosse a energia, a batida, que movia o coração do percursionista.

No ano de 1960, Naná deixou o Recife e foi morar no Rio de Janeiro, onde gravou dois discos com Milton Nascimento. Com o cantor Geraldo Azevedo, viajou para São Paulo para participar do Quarteto Livro, que acompanhou Geraldo Vandré no icônico Festival da Canção.

A obra de Naná foi propagada e respeitada dentro e fora do Brasil. Ele fez parte do grupo Jazz Codona, com o qual lançou três discos. Chegou a gravar com B.B King, com o violinista francês Jean-Luc Ponty e com a banda Talking Heads, liderada por David Byrne, um dos grupos precursores do movimento "new wave". Nacionalmente, ele participou de álbuns de Milton Nascimento, Caetano Veloso, Marisa Monte e Mundo Livre S/A.

O pernambucano também fez trilhas sonoras para filmes nacionais e norte-americanos. Foi eleito oito vezes, por revistas especializadas em música nos Estados Unidos, como o melhor percussionista do mundo.

Em contraponto, por sempre acreditar que a música podia transformar e melhorar a vida das pessoas, também era um humanitário nato. Naná foi responsável por criar diversos projetos sociais como o "Língua Mãe", que reuniu crianças de três continentes: América do Sul, Europa e África. Naná também defendia levar a música para dentro das comunidades carentes do Recife como forma de incentivo à educação e cultura.

Há 15 anos, a abertura do carnaval do Recife seguia sob o comando firme e talentoso de Naná. Com 12 maracatus, 600 batuqueiros e o coral Voz Nagô, o marco ocorria sempre na sexta-feira de carnaval, levando magia e beleza para a multidão de foliões. Um espetáculo que só a criatividade de Naná e a força do carnaval pernambucano podiam criar.
  
 por Aguiasemrumo Romulo Sanches de Oliveira
Foi eleito oito vezes, por revistas especializadas em música nos Estados Unidos, como o melhor percussionista do mundo.

Não precisa falar mais nada com relação à Constelação de primeira grandeza que era Naná Vasconcelos. “todo músico nasce com uma estrela Naná nasceu com uma Constelação”.

terça-feira, 8 de março de 2016

STF acaba de publicar acórdão e Dilma se complica, impeachment foi aceito

Fim de Dilma... Ato abre caminho para os ministros do STF decidirem se aceitam os recursos de Cunha


Dias de Dilma contado …. O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou no Diário da Justiça desta segunda-feira (7) o acórdão da ação que definiu o rito do impeachment no Congresso. O ato abre caminho para os ministros decidirem se vão aceitar ou não o recurso apresentado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Apesar de a oposição ter pressa para instalar a comissão que vai analisar o assunto na Casa, Cunha já deixou claro que não irá dar andamento ao pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff enquanto os embargos não forem julgados.

O recurso apresentado pelo presidente da Câmara questiona três pontos da decisão tomada pelos ministros em plenário: os vetos à chapa alternativa e ao voto secreto para eleição da comissão especial e, por último, a decisão de dar ao Senado poder para rejeitar o processo de impeachment.
Por terem sido apresentados antes da publicação do acórdão, os embargos de Cunha correm o risco de não serem analisados pelo Supremo.
A Procuradoria-Geral da União, a Presidência e a Advocacia-Geral da União já se manifestaram nesse sentido, por considerarem que os recursos do peemedebista foram “intempestivos”. A publicação do texto, porém, abre o prazo para que novos recursos 

Crise? Para Dilma não! Presidente compra mansão de R$ 5 milhões em Porto Alegre. Veja o palacete!


O jornalista Claudio Humberto divulgou em sua coluna a notí­cia, a foto e o valor de uma mansão que a presidente Dilma Rousseff comprou na cidade Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. A notícia chamou a atenção pelo valor da propriedade. Veja a notícia da coluna de Claudio Humberto!



Se o futuro a Deus pertence, Dilma já garantiu o seu na cidade do coração em caso de aposentadoria: uma bela casa em estilo colonial português avaliada em R$ 5 milhões, no bairro Tristeza, um dos mais nobres da capital gaúcha.
Será vizinha do ex-marido Carlos Araújo, pai de sua filha, com quem mantém amizade inabalável e confidente. Mineira, Dilma fez carreira política em Porto Alegre e adora a cidade.

Esta mansão, em estilo colonial português no bairro Tristeza, em Porto Alegre (RS), poderá ser o refúgio da presidenta nos próximos anos, como adiantou a coluna no domingo (23). Ao lado da casa do ex-marido e companheiro de guerrilha, Carlos Araújo, com quem tem uma filha, a casa está avaliada em cerca de R$ 5 milhões, segundo corretores locais.

Virou atração da vizinhança não pelo estilo imponente, apesar de simples, num dos bairros nobres da capital gaúcha, mas pela possível companhia da primeira mulher na presidência do Brasil. No centro de terreno, tem pelo menos quatro suítes, lareira e piscina nos fundos do amplo jardim. A declaração de bens de Dilma ao Tribunal Superior Eleitoral em 2009 inclui três apartamentos na capital gaúcha. (Coluna de Claudio Humberto)

Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira

Todo esse mar de lama de corrupção, enriquecimentos ilícitos, nos dar a certeza da putrefação da política já que não existe ideologia. Um mandato parlamentar concede ao mau político a fazer negociatas com o erário público de interesses pessoais, sem o mínimo interesse com os sérios problemas e dificuldades enfrentadas pela nação, se esquecendo de que a pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. O voto no Brasil precisa deixar de ser obrigatório, pois a democracia séria e justa contempla esses benefícios a todos que não se identifiquem com as propostas de candidatos.


MARCELO ODEBRECHT É CONDENADO A 19 ANOS DE PRISÃO

:
Empreiteiro Marcelo Odebrecht, dono da Construtora Odebrecht, foi condenado nesta terça-feira, 8, a 19 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa, no âmbito das investigações da operação Lava Jato; também foram condenados com a mesma pena e pelos mesmos crimes os executivos Márcio Faria e Rogério Araújo, ex-diretores da Odebrecht; na sentença, o juiz Sérgio Moro afirmou sobre Marcelo Odebrecht que "a prática do crime corrupção envolveu o pagamento de R$ 108.809.565,00 e US$ 35 milhões aos agentes da Petrobrás, um valor muito expressivo"
8 DE MARÇO DE 2016 ÀS 11:25
Paraná 247 - O empreiteiro Marcelo Odebrecht, dono da Construtora Odebrecht, foi condenado nesta terça-feira, 8, a 19 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa, no âmbito das investigações da operação Lava Jato.
Em sua decisão, o juiz Sérgio Moro também condenou com a mesma pena e pelos mesmos crimes os executivos Márcio Faria e Rogério Araújo, ex-diretores da Odebrecht.
Na sentença, Moro afirmou sobre Marcelo Odebrecht que "a prática do crime corrupção envolveu o pagamento de R$ 108.809.565,00 e US$ 35 milhões aos agentes da Petrobrás, um valor muito expressivo". O magistrado destacou que 'um único crime de corrupção envolveu pagamento de cerca de R$ 46.757.500,00 em propinas'.

O plano de prender Lula poderia ter acabado em tragédia


Por Jari Mauricio da Rocha

O que teria, de fato, atrapalhado os planos de levarem o ex-presidente Lula para Curitiba é umas das questões mais levantadas após a última tentativa da equipe de Moro.
Aeroporto de Congonhas, sexta-feira, 04 de março, cedo da manhã.
Soldados da polícia da aeronáutica estranham a movimentação de outros policiais armados.
Bloqueiam a entrada e não deixam eles entrarem no aeroporto. Não teriam reconhecido a farda que foi usada pela Polícia Federal, que estava fortemente armada.
Um dos soldados avisa ao coronel o que está ocorrendo.
O coronel fica furioso.
O reforço é chamado. Em poucos minutos a polícia da aeronáutica está preparada com centenas de homens para, se preciso for, confrontar os policias da PF.
A confusão é enorme, então descobre-se que o ex-presidente estava sendo conduzido. Neste momento, o coronel assume o comando do aeroporto e dá ordens para que cem homens da Polícia da Aeronáutica cerquem o jatinho que, segundo lhe informaram, levaria o ex-presidente Lula para Curitiba.
Mais tensão.
Sabe-se então que Lula está na sala da PF para interrogatório. Neste instante é aventada a decisão de invadir a sala para resgatar o ex-presidente. Há uma negociação, mas o coronel, que segundo consta é legalista, teria perguntado: “O que vocês pensam que estão fazendo com um ex-presidente?”.
Em meio a isso, o ex-deputado, professor Luisinho já estaria protestando contra a detenção de Lula e há uma baderna enorme defronte a sala da PF. Manifestantes contra Lula entram em êxtase.
Desmentidos surgem, mas o coronel do aeroporto não dá sinais de recuar. A PA permanece a postos, pronta para qualquer tentativa de condução de Lula.
A equipe da lava-jato desiste do plano A, que seria levar Lula à Curitiba – onde deputados de oposição já estariam comemorando.
Além disso, decidem reduzir o tempo do interrogatório, que era pra ser bem mais longo e, consequentemente, mais cansativo ao ex-presidente.
A Polícia da Aeronáutica, sob o comando do coronel, não arreda pé.
Diante do impasse, o juiz Sergio Moro teria dado ordens para abortar a operação.
O ex-presidente Lula é libertado.
A operação fracassou.
Quem forneceu essas informações, relatou tudo isso, exatamente desta forma.
Provavelmente quem esteve no local, naquela fatídica manhã de sexta-feira, possa ter visto parte desse impasse.
Sobre a veracidade desta versão, cabem duas questões:
De fato aconteceu desta maneira, a partir da ótica do narrador.
Ou, como disse a personagem do filme “Cortina de Fumaça”, Paul Benjamin, interpretado por William Hurt, após ouvir a história de natal de Auggie Wren (Harvey Keitel):
“Para se contar uma boa história tem-se que saber apertar as teclas certas. E nisso, você é mestre”.
Quando o narrador dessa história terminou de contar, me disse: “Podia ter acontecido uma tragédia. Foi muito tenso”.
A mim coube apenas a fidelidade do relato sem o uso de qualquer recurso literário.