segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

OMS: ao menos 22 países já confirmaram a circulação do vírus zika De acordo com a diretora da Opas, Carissa F. Etienne, o vírus Zika está se espalhando rapidamente pelas Américas e pode chegar a todos os países do continente, exceto o Canadá e o Chile continental

Roberto Stuckert Filho/PR

Entre 3 e 4 milhões de pessoas devem contrair o vírus Zika em 2016 no continente americano, sendo que 1,5 milhão desses casos devem ser registrados no Brasil. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (28) pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas. O cálculo considera o número de infectados por dengue, doença transmitida pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, em 2015, e a falta de imunidade da população ao vírus.

Pelo menos 22 países e territórios já confirmaram a circulação autóctone do vírus Zika, desde maio de 2015, segundo a Opas. A maioria está localizado no continente americano. São eles: Brasil, Barbados, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa (França), Haiti, Honduras, Martinica (França), México, Panamá, Paraguai, Porto Rico (EUA), Ilha de São Martinho (França/Holanda), Suriname, Venezuela, Ilhas Virgens (EUA), Samoa e Cabo Verde.

Além desses países, o Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) também aponta casos da doença na Bolívia, em Curaçao, na República Dominicana, em Guadalupe (França), na Nicarágua, Tailândia, em Fiji, nas Ilhas Maldivas, Nova Caledônia (França) e nas Ilhas Salomão. O órgão ainda indica que 10 países da Europa registraram casos importados de Zika: Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Itália, Portugal, Holanda, Espanha, Suécia e Reino Unido.

O Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) informou que um morador do Texas é o primeiro infectado com o vírus Zika no país. O homem havia visitado a América Latina recentemente.

De acordo com a diretora da Opas, Carissa F. Etienne, o vírus Zika está se espalhando rapidamente pelas Américas e pode chegar a todos os países do continente, exceto o Canadá e o Chile continental, onde o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, não está presente.

Ainda não há dados consolidados e precisos do número de casos da doença nos países que registraram a ocorrência do vírus. Segundo a diretora, a dificuldade na obtenção de números confiáveis de casos de infecção pelo vírus Zika se deve a várias razões, como o fato de o vírus ser detectável somente por alguns dias no sangue das pessoas infectadas, e dos médicos, assim como os exames laboratoriais, não conseguirem com facilidade diferenciar os casos de Zika de doenças como dengue e chikungunya, que têm sintomas semelhantes.

Além disso, apenas uma em cada quatro pessoas infectadas apresentam os sintomas, o que significa que somente uma pequena parcela de pessoas procura os serviços de saúde, prejudicando a contagem dos casos da doença.

Vírus Zika

Da família Flaviviridae e do gênero Flavivirus, o vírus Zika provoca uma doença com sintomas muito semelhantes ao da dengue, febre amarela e chikungunya. De baixa letalidade, causa febre baixa, hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, artralgia (dores nas articulações) e exantema maculo-papular (manchas ou erupções na pele com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.

O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos da família Aedes (aegypti, africanus, apicoargenteus, furcifer, luteocephalus e vitattus). A partir da picada, a doença tem um período de incubação de aproximadamente quatro dias no organismo humano até os sintomas começarem a se manifestar, que podem durar até 7 dias.

Como não existe um medicamento específico contra o vírus, o tratamento atual serve apenas para aliviar os sintomas. Assim, o uso de paracetamol, sob orientação médica, é indicado nesses casos.

As medidas de prevenção e controle da doença são as mesmas adotadas para a dengue, febre amarela e chikungunya, como eliminar os possíveis criadouros do mosquito, evitando deixar água acumulada em recipientes como pneus, garrafas, vasos de plantas e fazer uso de repelentes.

No Brasil, as autoridades de saúde investigam a relação do Zika com o aumento da ocorrência de microcefalia, uma anomalia que implica na redução da circunferência craniana do bebê ao nascer ou nos primeiros anos de vida, entre outras complicações. O Ministério da Saúde confirma 270 casos de bebês que nasceram com microcefalia por infecção congênita, que pode ter sido causada por algum agente infeccioso, inclusive o vírus Zika, e 49 mortes. A pasta ainda investiga outros 3.448 casos suspeitos de microcefalia no país.

Também associado ao vírus, os órgãos de saúde de vários países da América do Sul e Central, incluindo o Brasil, verificaram um crescimento de casos da síndrome de Guillain-Barré (SGB). A doença neurológica, de origem autoimune, provoca fraqueza muscular generalizada e, em casos mais graves, pode até paralisar a musculatura respiratória, impedindo o paciente de respirar, levando-o à morte.

De acordo com a OMS, o Zika pode causar outras síndromes neurológicas, como meningite, meningoencefalite e mielite. 

* Com informações da Organização Mundial de Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA e do Ministério da Saúde

Eleição de líderes partidários movimentará retomada dos trabalhos no Congresso Nacional

Rafaela Felicciano/Metrópoles
A definição das lideranças terá grande relevância para o quadro político do ano que se inicia. Entre as atividades está a de indicar os membros que irão analisar o impeachment da presidente
A retomada dos trabalhos legislativos a partir da próxima terça-feira (2/1) deverá ser marcada pelas reuniões e conversas internas entre as bancadas dos 27 partidos políticos que têm representação no Congresso Nacional. A maior parte deles escolherá seus líderes após o carnaval, quando o ano legislativo começará de fato.
A definição das lideranças partidárias terá grande relevância para o quadro político do ano que se inicia. Cabe aos líderes, por exemplo, indicar os membros que irão compor a comissão especial que analisará o pedido deimpeachment da presidente Dilma Rousseff. Não só por isso a definição de quem comandará cada bancada interessa ao governo. Os líderes também orientam como os deputados votarão os diversos projetos de interesse do Planalto que estarão na pauta da Câmara e do Senado.
Nas maiores bancadas as negociações já começaram. Os deputados do PMDB negociaram durante o recesso as regras e candidaturas para sua liderança. Ao fim, está decidido que os candidatos poderão se registrar até o dia 3 e a eleição ocorrerá dia 17. Até o momento estão postas as candidaturas do atual líder, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), e de Hugo Mota (PMDB-PB). O deputado Leonardo Quintão (MG), que havia se lançado para a disputa, desistiu de concorrer e declarou apoio a Picciani.
Senado
No Senado, a escolha para a liderança peemedebista está associada às negociações para a eleição da presidência da Casa, que ficará novamente com o PMDB por ter a maior bancada, e do comando da Executiva Nacional do partido. A tendência, no entanto, é que o novo líder seja escolhido por consenso, após as negociações.
O PT também começou as negociações para a definição de seu líder nas duas Casas. No Senado, entretanto, a disputa ainda não tem definição e a escolha de um nome para assumir a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos da Casa está sendo tratada com mais urgência, porque o partido perdeu o posto desde que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) foi preso. O que se sabe até o momento é que o atual líder petista, Humberto Costa (PE), não quer ser reconduzido ao cargo porque vai se dedicar às eleições municipais em Pernambuco.
Na Câmara, três nomes estão na disputa para liderar a bancada: Afonso Florence (BA), Paulo Pimental (RS) e Reginaldo Lopes (MG). A escolha pode ocorrer na próxima quarta-feira (3), quando a bancada se reunirá para tratar do assunto.
Na oposição, o PSDB da Câmara escolheu Antônio Imbassahy (BA) para substituir Carlos Sampaio (SP). No Senado, o partido reconduziu o atual líder, Cássio Cunha Lima (PB). O DEM no Senado seguiu a mesma linha e reconduziu Ronaldo Caiado (GO) ao cargo. Na Câmara, o partido deverá optar pelo deputado Pauderney Avelino (AM) para substituir Mendonça Filho (PE). O deputado Rubens Bueno (PR), atual líder do PPS, deverá continuar no cargo.
Trocas partidáriasA escolha dos líderes partidários não é a única movimentação política relevante na retomada dos trabalhos legislativos. As trocas de partido feitas pelos parlamentares entre o fim do ano passado e o início deste ano também será significativa para definir os rumos políticos em 2016.
No Senado, três mudaram de legenda – Álvaro Dias, que deixou o PSDB e foi para o PV; Ricardo Ferraço, que saiu do PMDB e deve se filiar ao PSDB; e Randolfe Rodrigues, que deixou o PSOL e foi para a Rede. Além deles, estão previstas mudanças também para o senador Blairo Maggi, que já anunciou sua mudança do PR para o PMDB; Reguffe, que deve deixar o PDT e ir para a Rede; e Cristovam Buarque, que negocia sua saída do PDT para o PPS.
Na Câmara as mudanças também foram intensas. O recém criado Partido da Mulher Brasileira (PMB) tem 21 deputados vindos de diversas legendas. A Rede Sutentabilidade, que foi oficializada em setembro e é associada ao nome da ex-presidenciável Marina Silva, alcançou menos adesões do que era esperado. Apenas cinco deputados e um senador, até o momento, migraram para a nova legenda.
De setembro para cá, 37 deputados mudaram de partido, a maior parte deles foi para o novo PMB. Só o PT perdeu três deputados para a legenda e mais um para a Rede. O PV, que tinha oito deputados, também perdeu três para o PMB. O PTB perdeu dois para o PMB e um para o PMDB. O Solidariedade também perdeu três deputados: um foi para o PSDB, um para o PSB e outro para o PMB.

Ranking traz cidades mais visitadas do mundo; veja impacto da Copa sobre a posição do Rio

Image copyrightAgencia Brasil
A Copa do Mundo fez o Rio de Janeiro subir 12 posições no ranking das 100 cidades mais visitadas do mundo da consultoria Euromonitor International, que considera dados de 2014.
Graças ao evento, o número de turistas estrangeiros que passaram pela cidade teve um aumento de 46,6% nesse ano - o maior entre as cidades analisadas pela Euromonitor
Como resultado, o Rio subiu da 92ª para a 80ª colocação do ranking.
No total, 2,4 milhões de turistas estrangeiros teriam visitado a cidade em 2014. No ano anterior, teriam sido 1,6 milhão.
A Euromonitor diz esperar que o Rio também tenha um bom desempenho na atração de turistas estrangeiros este ano em função da Olimpíada, experimentando um "crescimento recorde" na chegada de visitantes.
Os consultores fazem a ressalva, porém, que durante megaeventos esportivos, como as Olimpíadas, é natural que turistas "tradicionais" e nacionais evitem as cidades-sede, como ocorreu na Olimpíada de Londres, em 2012.
Na América Latina, o Rio ficou atrás de cinco destinos no ranking: Cancún e Cidade do México, no México (respectivamente 44ª e 75ª posições), Lima, no Peru (45ª), Punta Cana, na República Dominicana (65ª) e Buenos Aires, na Argentina (67ª).
"Nos próximos anos, Havana, em Cuba, é uma cidade que merece atenção”, prevê a consultoria.
“A cidade está fadada a ser uma história de sucesso na América Latina em 2015 e 2016 com o número de visitantes subindo em função da melhora nas relações políticas com os EUA."

Campeões

Pelo ranking da Euromonitor, Hong Kong teria sido o destino mais visitado do mundo em 2014 pelo quinto ano consecutivo.
A cidade asiática, que atrai principalmente turistas chineses, teria recebido um total de 27,7 milhões de visitantes estrangeiros em 2014, cerca de 10 milhões a mais que Londres, o segundo colocado (com 17,3 milhões de turistas).
O terceiro colocado da lista da Euromonitor seria outra cidade asiática.
Cingapura, que tem uma ampla tradição de turismo de negócios, teria recebido em 2014 cerca de 17 milhões de turistas.
Bangkok, na Tailândia, ficou em quarto lugar, apesar do número de pessoas que visitaram a cidade ter caído 7% em 2014 (em função das tensões políticas e de uma queda no número de turistas russos).
Hong KongImage copyrightAFP
Image captionHong Kong foi a cidade mais visitada do mundo em 2014, pelo quinto ano consecutivo
Já a quinta posição ficou com Paris, que recebeu 14,9 milhões de turistas em 2014 (1,9% a menos que em 2013).
Para montar seu ranking, a Euromonitor usa estatísticas nacionais, dados da movimentação dos aeroportos e estadias em hotéis e outras fontes da indústria do turismo.
"Em 2014, os fluxos de turismo internacional foram bastante afetados por tensões geopolíticas, enquanto campanhas de marketing de sucesso se mostraram eficientes em impulsionar as visitas", diz a consultoria.
"Mas apesar dos altos e baixos no ranking, a chegada de visitantes nos grandes centros urbanos globais continuou a se expandir em 2014, ilustrando a crescente importância econômica do turismo para essas cidades."
A consultoria destaca que um terço das cidades do ranking está na Ásia.
Só a China tem sete das 100 cidades mais visitadas, o que mostraria uma crescente importância do país não só como origem, mas também como destino do turismo de lazer e negócios.

Dilma recebe presidente da Bulgária nesta segunda em Brasília Rosen Plevneliev se reunirá com líder brasileira no Palácio do Planalto. Pai de Dilma, Pedro Rousseff, era búlgaro e deixou o país nos anos 1920.

A presidente Dilma Rousseff receberá nesta segunda-feira (1º) o colega da Bulgária, Rosen Plevneliev, no Palácio do Planalto. É a primeira visita oficial de um presidente búlgaro desde que Dilma assumiu o comando do Brasil.
No país europeu, ela ficou conhecida em 2010, quando foi eleita, em razão de suas origens. O pai dela, Pedro Rousseff, nasceu em Gabrovo, cidade da região norte central da Bulgária.
Pedro Rousseff deixou a Bulgária na década de 1920 e de lá seguiu para França, Argentina e, enfim, o Brasil, onde conheceu a mãe da presidente, Dilma Jane.
Antes de se fixar no país, ele se chamava Petar Russev. Dilma nasceu em 1947, em Belo Horizonte (MG).
Naquele ano, Dilma teve de desmentir a versão e dizer que era nascida no Brasil.À época da eleição presidencial de 2010, a primeira disputada por Dilma, houve uma polêmica em torno de suas origens, quando circularam nas redes sociais boatos de que ela não poderia assumir o Palácio do Planalto por ser búlgara – a legislação brasileira diz que os candidatos devem ser brasileiros natos.
Na Bulgária, Dilma visitou museu em Gabrovo, onde nasceu o pai, Pedro, com exposição sobre as origens da família Rousseff (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Na Bulgária, em 2011, Dilma visitou museu em Gabrovo, onde nasceu o pai, Pedro, com exposição sobre as origens da família Rousseff (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Acordos
Conforme a Presidência da República, o principal foco da reunião de Dilma e Plevneliev é a assinatura de acordos entre os governos dos dois países.
Um desses acordos, na área da Previdência Social, permitirá a brasileiros que tenham trabalhado na Bulgária e contribuído com os impostos locais a contar o tempo no país europeu caso voltem ao Brasil e se aposentem por aqui. O mesmo, pelo acordo, valerá para o cidadão búlgaro – o Brasil já mantém esse tipo de acordo com o Mercosul, Japão e Alemanha.
Há expectativa de que eles abordem também o tema dos refugiados que têm ido em direção à Europa. Segundo o governo, este é um tema que “interessa muito” à presidente Dilma. Em discurso na ONU, por exemplo, ela disse ser “absurdo” impedir o livre trânsito de pessoas.
Pela programação, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social, Rosen Plevneliev chegará ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira por volta das 11h.
Ele passará em revista as tropas militares e será recebido por Dilma na rampa do palácio. Os dois se cumprimentarão e acompanharão a execução dos hinos dos dois países pelo Batalhão da Guarda Presidencial.
Na sequência, Dilma e Plevneliev terão uma reunião privada, seguida de uma cerimônia de assinatura de acordos de cooperação e declaração à imprensa.
Após o pronunciamento, eles seguirão para o Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, onde almoçarão juntos. O presidente búlgaro depois seguirá para São Paulo.
Visita à Bulgária
Em 2011, primeiro ano de seu mandato, Dilma visitou a Bulgária. Além das reuniões políticas com representantes do governo do país, ela visitou na capital, Sófia, o túmulo do irmão, Luben Russev.
Na mesma viagem, a presidente seguiu para a cidade de Gabrovo, onde seu pai havia nascido. Na ocasião, afirmou que a cidade era "muito bonita", e as pessoas, parecidas com os brasileiros na afetividade e no jeito de se aproximar. À época, Dilma disse ser "a presidente búlgara do Brasil".

Limpeza total de Porto Alegre levará mais de 15 dias, diz prefeitura Prefeito afirma que está sendo priorizada a normalização da luz na cidade. Sebastião Melo pede que população evite frequentar parques afetados.

 O prefeito em exercício de Porto Alegre, Sebastião Melo, disse, nesta segunda-feira (1º) que a limpeza total das ruas deve demorar mais de 15 dias e que o trabalho, neste momento, está concentrado no restabelecimento de energia elétrica.
Além disso, 26 ruas seguem bloqueadas. Os bairros mais afetados são Petrópolis, Bom Fim, Menino Deus, Bom Jesus e Centro. Entre os que estão sem energia, 17 mil estão sem luz desde o temporal na sexta-feira (29).O boletim mais recente divulgado pela CEEE na manhã desta segunda aponta que 41 mil clientes ainda estavam sem energia elétrica. Na noite de domingo eram 53 mil.
“Serão mais de 15 dias para que a cidade fique limpa. Estamos desobstruindo as vias, mas não será possível limpar tudo em um primeiro momento. Estamos liberando a via, deixando as árvores nos canteiros para que depois sejam recolhidas”, afirmou o prefeito.
De acordo com a prefeitura, 700 pessoas devem trabalhar na remoção das árvores na força tarefa montada pela administração municipal e CEEE para restabelecer a normalidade. “Estamos dando atenção aos hospitais, já que alguns ainda têm registrado falta de água, já ordenamos o envio de caminhões pipa para aqueles que ainda estão sem abastecimento", disse.
Boa parte da vegetação do Parque Marinha do Brasil está destruída (Foto: Divulgação / Smov)Boa parte da vegetação do Parque Marinha do Brasil está destruída (Foto: Divulgação / Smov)
Ele pede que as pessoas evitem frequentar os parques Farroupilha e Marinha, uma vez que estão sendo priorizados os pontos de maior necessidade para o restabelecimento do fornecimento de energia.
“Queremos fazer ainda um pedido para os empresários  para que possam nos fornecer motosserras e pessoas capacitadas a operá-las para porque temos o equipamento, mas em número limitado”, disse o prefeito em exercício.

Com impeachment e processo de Cunha, Congresso retoma atividades Parlamentares deverão enfrentar temas polêmicos a partir de fevereiro. Abertura do ano legislativo será na terça-feira (2), no plenário da Câmara.

Os deputados federais e os senadores retomam as atividades nesta semana, com a perspectiva de enfrentar temas polêmicos no início de 2016, como o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, além dos processos que envolvem o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na Operação Lava Jato.
O início do ano legislativo será marcado por uma sessão conjunta (deputados mais senadores) na terça-feira (2), às 15h. A reunião ocorrerá no plenário da Câmara dos Deputados – maior que o do Senado – e será presidida pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Congresso Nacional.
Na sessão de abertura, são previstos discursos dos presidentes da Câmara, do Senado, do Supremo Tribunal Federal (STF), e da presidente da República. A mensagem da presidente Dilma Rousseff deve ser levada ao Congresso pelo ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, conforme antecipou o Blog da Cristiana Lôbo.
Impeachment
Entre os temas espinhosos que os parlamentares devem enfrentar neste ano está o processo de impeachment de Dilma, que foideflagrado em 2 dezembro pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Ainda em 2015, os deputados elegeram umachapa alternativa, formada por deputados da oposição e dissidentes da base aliada, para a comissão especial que analisará o caso.
Depois de o PCdoB recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a escolha dessa chapa, os ministros anularam a eleição por entenderem que a votação deveria ser aberta – e não secreta, como foi – e somente com uma chapa oficial, indicada pelos líderes partidários – e não com duas, como ocorreu.

O presidente da Câmara já anunciou que no início de fevereiro apresentará ao Supremoembargos de declaração (recurso usado para esclarecer pontos da decisão que não teriam ficado claros).
Cunha chegou a dizer que o impasse sobre a eleição da comissão especial vai paralisar as comissões permanentes da Câmara por tempo indeterminado, na volta do recesso.

Na última semana, no entanto, Cunha recuou ao ser questionado por jornalistas sobre se ele iria manter as comissões paralisadas até que o STF se manifestasse. Para ele, é preciso "avaliar pelo 'timing'" que o Supremo terá ao decidir sobre o rito antes de tomar qualquer decisão.
Eduardo Cunha
Com o retorno das atividades, também volta a análise do processo a que Eduardo Cunha responde no Conselho de Ética por suposta quebra de decoro parlamentar, que pode resultar até na cassação do mandato.
Após sucessivos adiamentos e a troca do relator, o parecer preliminar pela continuaçãodas investigações foi aprovado em 15 de dezembro.

No entanto, o deputado Carlos Marum (PMDB-MS), um dos aliados de Cunha, entrou com recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) alegando que, por ter havido a substituição do relator do caso, tratava-se de um novo relatório – embora tivesse o mesmo teor que o primeiro – e, por isso, cabia novo pedido de vista (mais tempo para análise) antes da votação do parecer.

O recurso entrou na pauta da comissão, mas a votação acabou adiada para fevereiro por falta de quórum. O relator do recurso, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), já adiantou, porém, que vai defender a anulação da votação.
Delcídio do Amaral (Gnews) (Foto: Reprodução GloboNews)Semador Delcídio Amaral ao telefone em corredor do
Senado (Foto: Reprodução/GloboNews)
Delcídio do Amaral
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que foi preso acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, tem de apresentar sua defesa ao Conselho de Ética do Senado.
Ele é alvo de um processo que pode levar à cassação do mandato.

O senador foi notificado em 22 de dezembro, último dia de trabalho dos parlamentares em 2015. Por isso, o prazo de dez dias úteis que ele tem para se defender começa a ser contado a partir de terça-feira (2), primeiro dia de atividade parlamentar em 2016.
Em dezembro do ano passado, o relator do tema na Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Acir Gurgacz (PDT-RO), apresentou um relatório que diverge do TCU e recomenda a aprovação, com ressalvas, das contas.Contas do governo
O Congresso Nacional vai retomar a análise do parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) pela rejeição das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff.

Os parlamentares da comissão têm até 13 de fevereiro para apresentar emendas ao relatório.
Depois disso, o relator irá elaborar um parecer sobre as propostas e o plenário da comissão votará o texto. Após passar pela comissão, segue para votação no plenário do Congresso. É nessa votação que deputados e senadores vão decidir pela aprovação ou não das contas.

Atividade industrial na China registra o menor nível em 3 anos Pesquisa confirma desaceleração do setor na 2ª maior economia do mundo. Índice oficial PMI ficou em 49,4 pontos; abaixo de 50 significa contração.

A atividade industrial da China registrou contração em janeiro, com o menor nível em mais de três anos, de acordo com um índice governamental publicado nesta segunda-feira (1º) que confirma a desaceleração persistente do setor industrial na segunda maior economia mundial.
Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) pode afetar 40% da economia global. (Foto: Reuters)Atividade registrou o menor nível em mais de 3 anos. (Foto: Reuters)


O índice oficial PMI de gestores de compras, calculado pelo Escritório Nacional de Estatísticas com base na atividade das fábricas, ficou em 49,4 em janeiro, contra 49,7 em dezembro, ou seja, o menor nível desde agosto de 2012.
O PMI oficial ficou abaixo da previsão média (49,6) dos analistas consultados pela agência Bloomberg.
Um valor acima de 50 representa uma expansão da atividade e abaixo uma contração do setor industrial.
Este é o sexto mês consecutivo de retrocesso do índice de referência, baseado nos pedidos das empresas, o que para a Bloomberg constitui uma série inédita de quedas.