sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Veja os deputados que votaram contra os aposentados brasileiros ontem

 Escrito em 20 de novembro de 2015 

aposentados_06052010125721Câmara dos Deputados manteve ontem (18) o veto ao reajuste dos benefícios de aposentados e pensionistas  INSS pelo mesmo percentual aplicado ao salário mínimo.
Foram 211 votos contrários ao veto e 160 a favor. Para que o veto fosse derrubado seriam necessários 257 votos.
Como o veto foi mantido pelos deputados, não houve necessidade de votação entre os senadores.
Ao sancionar o projeto de lei de conversão da Medida Provisória 672/15, convertendo-a na Lei 13.152/15, a presidenta Dilma Rousseff vetou a extensão da atual política de valorização do salário mínimo às aposentadorias e pensões maiores que um mínimo.
Dessa forma, aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo continuarão contando apenas com a reposição da inflação, sem nenhum ganho real.
Veja a relação dos votantes. Quem votou SIM, votou contra os aposentados. Compartilhe!

ParlamentarPartidoBlocoVoto
Roraima (RR)
Abel Mesquita Jr.PDTNão
Carlos AndradePHSPpPtbPscPhsSim
Edio LopesPMDBPmdbPenSim
Hiran GonçalvesPMNPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Maria HelenaPSBNão
ShéridanPSDBNão
Total Roraima: 6
Amapá (AP)
André AbdonPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Marcos ReateguiPSCPpPtbPscPhsNão
Professora MarcivaniaPTNão
Vinicius GurgelPRPrPsdProsSim
Total Amapá: 4
Pará (PA)
Arnaldo JordyPPSNão
Beto FaroPTSim
Beto SalamePROSPrPsdProsSim
Delegado Éder MauroPSDPrPsdProsNão
Edmilson RodriguesPSOLObstrução
Hélio LeiteDEMNão
Joaquim PassarinhoPSDPrPsdProsNão
José PriantePMDBPmdbPenSim
Josué BengtsonPTBPpPtbPscPhsNão
Nilson PintoPSDBNão
Zé GeraldoPTSim
Total Pará: 11
Amazonas (AM)
Alfredo NascimentoPRPrPsdProsSim
Átila LinsPSDPrPsdProsSim
Conceição SampaioPPPpPtbPscPhsNão
Hissa AbrahãoPPSNão
Marcos RottaPMDBPmdbPenSim
Pauderney AvelinoDEMNão
Total Amazonas: 6
Rondonia (RO)
Expedito NettoSolidariedNão
Lindomar GarçonPMDBPmdbPenSim
Lucio MosquiniPMDBPmdbPenSim
Mariana CarvalhoPSDBNão
Nilton CapixabaPTBPpPtbPscPhsNão
Total Rondonia: 5
Acre (AC)
Alan RickPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
AngelimPTSim
César MessiasPSBNão
Jéssica SalesPMDBPmdbPenNão
Leo de BritoPTSim
RochaPSDBNão
Sibá MachadoPTSim
Total Acre: 7
Tocantins (TO)
Carlos Henrique GaguimPMDBPmdbPenAbstenção
César HalumPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBAbstenção
Dulce MirandaPMDBPmdbPenNão
Irajá AbreuPSDPrPsdProsSim
Josi NunesPMDBPmdbPenNão
Lázaro BotelhoPPPpPtbPscPhsSim
Vicentinho JúniorPSBSim
Total Tocantins: 7
Maranhão (MA)
Alberto FilhoPMDBPmdbPenSim
André FufucaPENPmdbPenSim
Eliziane GamaREDENão
Hildo RochaPMDBPmdbPenSim
João CasteloPSDBObstrução
João Marcelo SouzaPMDBPmdbPenSim
José ReinaldoPSBNão
Junior MarrecaPENPmdbPenAbstenção
Juscelino FilhoPRPPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Pedro FernandesPTBPpPtbPscPhsNão
Rubens Pereira JúniorPCdoBSim
Victor MendesPVSim
Waldir MaranhãoPPPpPtbPscPhsSim
Zé CarlosPTAbstenção
Total Maranhão: 14
Ceará (CE)
Aníbal GomesPMDBPmdbPenSim
Ariosto HolandaPROSPrPsdProsSim
Arnon BezerraPTBPpPtbPscPhsSim
Cabo SabinoPRPrPsdProsAbstenção
Chico LopesPCdoBSim
Danilo FortePSBNão
Domingos NetoPROSPrPsdProsSim
Gorete PereiraPRPrPsdProsNão
José Airton CiriloPTSim
José GuimarãesPTSim
Leônidas CristinoPROSPrPsdProsSim
Luizianne LinsPTNão
MacedoPSLPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBSim
Moroni TorganDEMNão
Moses RodriguesPPSNão
Odorico MonteiroPTSim
Paulo Henrique LustosaPPPpPtbPscPhsSim
Raimundo Gomes de MatosPSDBNão
Ronaldo MartinsPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Vicente ArrudaPROSPrPsdProsSim
Total Ceará: 20
Piauí (PI)
Assis CarvalhoPTSim
Átila LiraPSBNão
Flavio NogueiraPDTSim
Heráclito FortesPSBNão
Júlio CesarPSDPrPsdProsSim
MainhaSolidariedSim
Paes LandimPTBPpPtbPscPhsSim
Rodrigo MartinsPSBNão
Silas FreirePRPrPsdProsAbstenção
Total Piauí: 9
Rio Grande do Norte (RN)
Antônio JácomePMNPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Beto RosadoPPPpPtbPscPhsAbstenção
Felipe MaiaDEMNão
Rogério MarinhoPSDBNão
Zenaide MaiaPRPrPsdProsSim
Total Rio Grande do Norte: 5
Paraíba (PB)
Aguinaldo RibeiroPPPpPtbPscPhsSim
Benjamin MaranhãoSolidariedNão
Damião FelicianoPDTSim
Efraim FilhoDEMNão
Hugo MottaPMDBPmdbPenSim
Luiz CoutoPTSim
Manoel JuniorPMDBPmdbPenSim
Pedro Cunha LimaPSDBNão
Veneziano Vital do RêgoPMDBPmdbPenNão
Wilson FilhoPTBPpPtbPscPhsNão
Total Paraíba: 10
Pernambuco (PE)
Adalberto CavalcantiPTBPpPtbPscPhsSim
Anderson FerreiraPRPrPsdProsSim
Augusto CoutinhoSolidariedNão
Betinho GomesPSDBObstrução
Bruno AraújoPSDBNão
Carlos Eduardo CadocaPCdoBSim
Daniel CoelhoPSDBNão
Fernando Coelho FilhoPSBNão
Fernando MonteiroPPPpPtbPscPhsSim
Gonzaga PatriotaPSBNão
Jarbas VasconcelosPMDBPmdbPenNão
Jorge Côrte RealPTBPpPtbPscPhsSim
Kaio ManiçobaPHSPpPtbPscPhsSim
Luciana SantosPCdoBSim
Marinaldo RosendoPSBNão
Pastor EuricoPSBNão
Raul JungmannPPSNão
Ricardo TeobaldoPTBPpPtbPscPhsSim
Silvio CostaPSCPpPtbPscPhsSim
Tadeu AlencarPSBNão
Wolney QueirozPDTSim
Zeca CavalcantiPTBPpPtbPscPhsSim
Total Pernambuco: 22
Alagoas (AL)
Cícero AlmeidaPSDPrPsdProsNão
Givaldo CarimbãoPROSPrPsdProsSim
JHCPSBNão
Maurício Quintella LessaPRPrPsdProsSim
PaulãoPTSim
Ronaldo LessaPDTNão
Total Alagoas: 6
Sergipe (SE)
Adelson BarretoPTBPpPtbPscPhsNão
Fábio MitidieriPSDPrPsdProsSim
Fabio ReisPMDBPmdbPenAbstenção
João DanielPTSim
Jony MarcosPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBSim
Valadares FilhoPSBNão
Total Sergipe: 6
Bahia (BA)
Afonso FlorencePTSim
Alice PortugalPCdoBSim
Antonio BritoPTBPpPtbPscPhsNão
Antonio ImbassahyPSDBNão
Claudio CajadoDEMObstrução
Daniel AlmeidaPCdoBSim
Davidson MagalhãesPCdoBSim
Elmar NascimentoDEMNão
Erivelton SantanaPSCPpPtbPscPhsNão
Fernando TorresPSDPrPsdProsSim
Irmão LazaroPSCPpPtbPscPhsSim
João Carlos BacelarPRPrPsdProsSim
João GualbertoPSDBNão
Jorge SollaPTSim
José NunesPSDPrPsdProsSim
José RochaPRPrPsdProsSim
Jutahy JuniorPSDBSim
Lucio Vieira LimaPMDBPmdbPenNão
Moema GramachoPTSim
Paulo AziDEMNão
Paulo MagalhãesPSDPrPsdProsSim
Roberto BrittoPPPpPtbPscPhsSim
Sérgio BritoPSDPrPsdProsSim
Uldurico JuniorPTCPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Valmir AssunçãoPTSim
Waldenor PereiraPTAbstenção
Total Bahia: 26
Minas Gerais (MG)
Adelmo Carneiro LeãoPTSim
Ademir CamiloPROSPrPsdProsNão
Aelton FreitasPRPrPsdProsSim
Bonifácio de AndradaPSDBObstrução
Carlos MellesDEMObstrução
Dâmina PereiraPMNPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Delegado Edson MoreiraPTNPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Diego AndradePSDPrPsdProsSim
Dimas FabianoPPPpPtbPscPhsNão
Domingos SávioPSDBNão
Eduardo BarbosaPSDBNão
Eros BiondiniPTBPpPtbPscPhsNão
Fábio RamalhoPVSim
Gabriel GuimarãesPTSim
Jaime MartinsPSDPrPsdProsNão
Jô MoraesPCdoBSim
Júlio DelgadoPSBNão
Laudivio CarvalhoPMDBPmdbPenSim
Marcelo Álvaro AntônioPRPPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Marcelo AroPHSPpPtbPscPhsSim
Marcos MontesPSDPrPsdProsNão
Margarida SalomãoPTSim
Mário HeringerPDTNão
Misael VarellaDEMNão
Newton Cardoso JrPMDBPmdbPenSim
Odelmo LeãoPPPpPtbPscPhsNão
Pastor FranklinPTdoBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBObstrução
Raquel MunizPSCPpPtbPscPhsNão
Reginaldo LopesPTSim
Renzo BrazPPPpPtbPscPhsNão
Saraiva FelipePMDBPmdbPenSim
Subtenente GonzagaPDTNão
Tenente LúcioPSBNão
Toninho PinheiroPPPpPtbPscPhsSim
Wadson RibeiroPCdoBSim
Weliton PradoPTNão
Total Minas Gerais: 36
Espírito Santo (ES)
Carlos ManatoSolidariedNão
Dr. Jorge SilvaPROSPrPsdProsObstrução
Evair de MeloPVObstrução
Givaldo VieiraPTSim
Helder SalomãoPTSim
Lelo CoimbraPMDBPmdbPenSim
Marcus VicentePPPpPtbPscPhsNão
Paulo FolettoPSBNão
Sergio VidigalPDTNão
Total Espírito Santo: 9
Rio de Janeiro (RJ)
Alessandro MolonREDENão
Alexandre SerfiotisPSDPrPsdProsNão
Alexandre VallePRPPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Altineu CôrtesPRPrPsdProsSim
AureoSolidariedNão
Benedita da SilvaPTSim
Cabo DacioloS.Part.Não
Celso JacobPMDBPmdbPenSim
Chico AlencarPSOLNão
Chico D AngeloPTSim
Cristiane BrasilPTBPpPtbPscPhsNão
DeleyPTBPpPtbPscPhsNão
Dr. JoãoPRPrPsdProsNão
Ezequiel TeixeiraSolidariedNão
Felipe BornierPSDPrPsdProsNão
Francisco FlorianoPRPrPsdProsNão
Glauber BragaPSOLNão
Hugo LealPROSPrPsdProsSim
Indio da CostaPSDPrPsdProsNão
Jair BolsonaroPPPpPtbPscPhsNão
Jandira FeghaliPCdoBSim
Jean WyllysPSOLNão
Julio LopesPPPpPtbPscPhsSim
Laura CarneiroPMDBPmdbPenNão
Luiz Carlos RamosPSDCPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Luiz SérgioPTSim
Marcelo MatosPDTNão
Miro TeixeiraREDENão
Otavio LeitePSDBNão
Roberto SalesPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Rodrigo MaiaDEMNão
Rosangela GomesPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Simão SessimPPPpPtbPscPhsObstrução
Soraya SantosPMDBPmdbPenNão
Sóstenes CavalcantePSDPrPsdProsNão
Wadih DamousPTSim
Walney RochaPTBPpPtbPscPhsNão
Washington ReisPMDBPmdbPenSim
Zé Augusto NalinPMDBPmdbPenSim
Total Rio de Janeiro: 39
São Paulo (SP)
Alex ManentePPSNão
Alexandre LeiteDEMNão
Ana PeruginiPTSim
Andres SanchezPTSim
Arlindo ChinagliaPTSim
Arnaldo Faria de SáPTBPpPtbPscPhsNão
Baleia RossiPMDBPmdbPenNão
Bruna FurlanPSDBNão
Bruno CovasPSDBNão
Capitão AugustoPRPrPsdProsNão
Carlos ZarattiniPTSim
Celso RussomannoPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Dr. Sinval MalheirosPVObstrução
Edinho AraújoPMDBPmdbPenSim
Eduardo BolsonaroPSCPpPtbPscPhsNão
Eduardo CuryPSDBNão
Eli Corrêa FilhoDEMNão
Evandro GussiPVSim
FlavinhoPSBNão
Gilberto NascimentoPSCPpPtbPscPhsNão
GoulartPSDPrPsdProsNão
Guilherme MussiPPPpPtbPscPhsNão
Ivan ValentePSOLNão
João Paulo PapaPSDBNão
Jorge Tadeu MudalenDEMNão
José MentorPTSim
Keiko OtaPSBNão
Lobbe NetoPSDBNão
Luiza ErundinaPSBNão
Major OlimpioPDTNão
Mara GabrilliPSDBNão
Marcelo SquassoniPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Marcio AlvinoPRPrPsdProsSim
Miguel HaddadPSDBNão
Miguel LombardiPRPrPsdProsAbstenção
Milton MontiPRPrPsdProsSim
Missionário José OlimpioPPPpPtbPscPhsNão
Nilto TattoPTSim
Orlando SilvaPCdoBSim
Paulo FreirePRPrPsdProsNão
Paulo Pereira da SilvaSolidariedNão
Paulo TeixeiraPTSim
Pr. Marco FelicianoPSCPpPtbPscPhsNão
Renata AbreuPTNPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Ricardo IzarPSDPrPsdProsSim
Ricardo TripoliPSDBNão
Roberto AlvesPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Roberto FreirePPSNão
Samuel MoreiraPSDBSim
Sérgio ReisPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBObstrução
TiriricaPRPrPsdProsSim
Valmir PrascidelliPTSim
Vanderlei MacrisPSDBNão
Vicente CandidoPTSim
VicentinhoPTAbstenção
Vinicius CarvalhoPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Vitor LippiPSDBNão
William WooPVNão
Total São Paulo: 58
Mato Grosso (MT)
Ezequiel FonsecaPPPpPtbPscPhsNão
Fabio GarciaPSBSim
Nilson LeitãoPSDBNão
Professor Victório GalliPSCPpPtbPscPhsNão
Ságuas MoraesPTSim
Total Mato Grosso: 5
Distrito Federal (DF)
Alberto FragaDEMNão
Augusto CarvalhoSolidariedNão
IzalciPSDBNão
Laerte BessaPRPrPsdProsNão
Rogério RossoPSDPrPsdProsSim
Ronaldo FonsecaPROSPrPsdProsNão
Total Distrito Federal: 6
Goiás (GO)
Daniel VilelaPMDBPmdbPenSim
Delegado WaldirPSDBNão
Heuler CruvinelPSDPrPsdProsNão
Jovair ArantesPTBPpPtbPscPhsNão
Lucas VergilioSolidariedNão
Marcos AbrãoPPSNão
Pedro ChavesPMDBPmdbPenAbstenção
Roberto BalestraPPPpPtbPscPhsNão
Total Goiás: 8
Mato Grosso do Sul (MS)
Carlos MarunPMDBPmdbPenSim
DagobertoPDTSim
Geraldo ResendePMDBPmdbPenNão
MandettaDEMObstrução
Tereza CristinaPSBSim
Vander LoubetPTNão
Zeca do PtPTSim
Total Mato Grosso do Sul: 7
Paraná (PR)
Alex CanzianiPTBPpPtbPscPhsNão
Alfredo KaeferPSDBNão
Aliel MachadoREDENão
Assis do CoutoPTSim
Christiane de Souza YaredPTNPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Diego GarciaPHSPpPtbPscPhsNão
Dilceu SperaficoPPPpPtbPscPhsSim
Edmar ArrudaPSCPpPtbPscPhsNão
Enio VerriPTSim
Evandro RomanPSDPrPsdProsSim
Fernando FrancischiniSolidariedNão
GiacoboPRPrPsdProsSim
João ArrudaPMDBPmdbPenSim
Leopoldo MeyerPSBNão
Luiz Carlos HaulyPSDBNão
Marcelo BelinatiPPPpPtbPscPhsNão
Nelson MeurerPPPpPtbPscPhsSim
Osmar SerraglioPMDBPmdbPenSim
Ricardo BarrosPPPpPtbPscPhsSim
RossoniPSDBNão
Rubens BuenoPPSNão
Sandro AlexPPSNão
Sergio SouzaPMDBPmdbPenSim
TakayamaPSCPpPtbPscPhsNão
Toninho WandscheerPTSim
Zeca DirceuPTSim
Total Paraná: 26
Santa Catarina (SC)
Angela AlbinoPCdoBSim
Carmen ZanottoPPSNão
Celso MaldanerPMDBPmdbPenNão
Décio LimaPTSim
Edinho BezPMDBPmdbPenNão
Esperidião AminPPPpPtbPscPhsNão
Geovania de SáPSDBNão
João RodriguesPSDPrPsdProsNão
Jorge BoeiraPPPpPtbPscPhsNão
Marco TebaldiPSDBNão
Mauro MarianiPMDBPmdbPenSim
Pedro UczaiPTSim
Rogério Peninha MendonçaPMDBPmdbPenSim
Ronaldo BenedetPMDBPmdbPenNão
Valdir ColattoPMDBPmdbPenNão
Total Santa Catarina: 15
Rio Grande do Sul (RS)
Afonso HammPPPpPtbPscPhsNão
Afonso MottaPDTSim
Alceu MoreiraPMDBPmdbPenNão
Bohn GassPTSim
Carlos GomesPRBPrbPtnPmnPrpPsdcPtcPslPtdoBNão
Covatti FilhoPPPpPtbPscPhsNão
Darcísio PerondiPMDBPmdbPenSim
Heitor SchuchPSBNão
Henrique FontanaPTSim
Jerônimo GoergenPPPpPtbPscPhsNão
João DerlyREDENão
José FogaçaPMDBPmdbPenSim
Jose StédilePSBObstrução
Luis Carlos HeinzePPPpPtbPscPhsNão
Luiz Carlos BusatoPTBPpPtbPscPhsSim
Marco MaiaPTNão
MarconPTNão
Maria do RosárioPTSim
Mauro PereiraPMDBPmdbPenSim
Onyx LorenzoniDEMNão
Osmar TerraPMDBPmdbPenNão
Pepe VargasPTSim
Ronaldo NogueiraPTBPpPtbPscPhsNão
Sérgio MoraesPTBPpPtbPscPhsNão
Total Rio Grande do Sul: 24

Câmara dos Estados Unidos aprova limitar entrada de refugiados sírios Projeto de lei segue para o Senado. Presidente Barack Obama já anunciou seu veto.

O presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan.
O presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan. / ANDREW HARRER (BLOOMBERG)
Ignorando a ameaça de veto anunciada pelo presidente Barack Obama, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou sem dificuldade, nesta quinta-feira, um projeto de lei para suspender o programa da Casa Branca de ajuda aos refugiados sírios que querem entrar no país. O resultado foi 289 votos a 137, com 47 democratas se somando aos 242 republicanos que votaram a favor do texto, criando uma maioria que, em princípio, poderia impedir o veto presidencial.
No entanto, para se anular um veto do presidente é necessário o apoio de dois terços de ambas as Casas, trabalho árduo no caso do Senado. É uma empreitada difícil: historicamente, o Congresso anulou menos de 10% dos vetos presidências.
A Câmara quer com seu projeto de lei garantir que os Estados Unidos não se tornem um refúgio para terroristas e assegurar que não entre no país nenhum refugiado sírio ou iraquiano sem que antes as principais agências de segurança tenham estudado que não são uma ameaça à segurança nacional. O próximo passo do projeto de lei é passar pelo Senado, onde seu destino é incerto.
Nos últimos dias, o presidente Barack Obama tem insistido em sua determinação de abrir as portas durante o próximo ano para 10.000refugiados sírios que fogem do conflito em seu país. De 1º de outubro de 2011 até hoje os EUA aceitaram 2.159 refugiados sírios, de acordo com dados do Departamento de Estado. Os Estados que receberam mais pessoas são Texas, Califórnia, Michigan, Arizona e Illinois. Essas cifras são insignificantes em comparação com o enorme número de pessoas que recebeu, por exemplo, a Alemanha, país que até o final do ano incluirá entre a sua população até um milhão de refugiados provenientes da Síria.  

Na opinião de Harry Reid, líder da minoria democrata no Senado, não se trata dos refugiados. "Não acho que estamos lidando na verdade com isso", disse o senador de Nevada, referindo-se à politização referente ao tema. Questionado sobre a possibilidade de Obama vetar a lei, Reid foi taxativo: "Não se preocupem, não vai chegar até lá. Próxima pergunta?".  Nas Filipinas, onde se encontrava nesta quinta-feira antes de partir para a Malásia, última perna de uma viagem que no domingo o levará de volta a Washington, o presidente disse que os Estados Unidos não faziam qualquer favor a si mesmos quando "em resposta a um ataque terrorista, mergulhamos no medo e no pânico". "Não se tomam boas decisões se estão baseadas na histeria ou no exagero de riscos".  
No início desta semana, 30 Estados dos EUA prometeram fechar suas portas aos refugiados sírios depois que foi revelado que um dos terroristas dos ataques em Paris entrou na Europa através da Grécia. Com esse pano de fundo, o presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, apresentou o projeto de lei aprovado agora e instou o governo Obama a suspender a recepção a refugiados sírios no país "até que haja 100% de certeza" de que não representam perigo.

Distrito Federal mantém a posição de maior renda per capita do Brasil O índice é 2,4 vezes maior do que o do Brasil (R$ 26,4 mil) e 60% superior ao segundo estado do ranking, São Paulo (R$ 39.122,28)

 Flávia Maia
O Distrito Federal lidera o ranking das unidades da federação com maior renda per capita do Brasil. A divisão das riquezas produzidas pelo número de habitantes resulta em um valor de R$ 62.859, 43 por pessoa. O índice é 2,4 vezes maior do que o do Brasil (R$ 26,4 mil) e 60% superior ao segundo estado do ranking, São Paulo (R$ 39.122,28). Os dados com o Produto Interno Bruto do Distrito Federal foram divulgados nesta quinta-feira (19/11) pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan).

O estudo mostrou também que o PIB-DF cresceu acima da média nacional e que, como os dados se referem ao exercício de 2013, eles ainda não refletem a crise econômica local. As riquezas produzidas no DF geraram uma cifra de R$ 175,36 bilhões em 2013, valor 3,8% superior a 2012. O PIB brasileiro aumentou em 3%. Dessa forma, o DF continua sendo a 8ª principal economia do país. Em contrapartida, a participação nacional têm diminuído nos últimos anos - passou de 3,7% em 2010 para 3,3% em 2013.

Embora o PIB-DF tenha melhorado em 2013, na comparação do acumulado nos três últimos anos (2010-2013), cresceu menos que o brasileiro, enquanto a média local foi de 8,6%, no Brasil foi de 9%.

Economia de serviços

O setor de serviços permanece o principal vetor de geração de riquezas, e é responsável por 93,3% do PIB. A administração pública corresponde a 44,4% desse segmento, o que demonstra a intensa participação do Estado na economia local. “A administração pública ainda tem um peso essencial na economia - 56,4% do PIB-DF vem de salários, no Brasil, esse índice é de 43,4%. E muito dessa remuneração vem do setor público”, explica Bruno de Oliveira Cruz, diretor de estudos e pesquisas socioeconômicas da Codeplan. 

O PIB dos estados é divulgado com uma defasagem de dois anos porque as informações produzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) só ficam totalmente acessíveis aproximadamente 18 meses após o fechamento do exercício das empresas pesquisadas.

Como estão as investigações do desastre de Mariana? Camilla Costa - @_camillacosta Da BBC Brasil em São Paulo

(AFP)Image copyrightAFP
Image captionRompimento de barreiras de rejeitos de minério em Mariana já é considerado maior desastre ambiental do Brasil
Duas semanas após o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério em Mariana (MG) ainda sobram perguntas sobre os responsáveis pelo que já é considerado o maior desastre ambiental do Brasil e a dimensão dos custos para lidar com suas consequências.
A Samarco, empresa que opera o complexo de barragens na região, e suas acionistas, a brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, têm anunciado medidas de emergência para atender as populações locais e tentar reparar os já inúmeros danos ao meio ambiente.
No entanto, faltam esclarecimentos sobre como avançam as investigações que vão determinar as razões do desastre. Entre as 48 notas publicadas pela mineradora Samarco em sua página oficial, apenas 2 mencionam "investigações e estudos" sobre as causas do rompimento da barragem de Fundão.
Em uma coletiva de imprensa na última terça-feira, o diretor de operações e infraestrutura da mineradora, Kleber Terra, disse que a empresa iniciou as investigações "imediatamente" e contratou "especialistas do mundo inteiro, dos mais renomados" para um trabalho que "leva meses".
No entanto, as perguntas enviadas pela BBC Brasil à Samarco sobre quem seriam os profissionais contratados pela empresa e qual o cronograma para divulgar os resultados de suas investigações não foram respondidas em 24 horas, até o fechamento desta reportagem.
Confira algumas respostas sobre o andamento das investigações até o momento:

Quem será responsabilizado pelo rompimento das barragens?

(AFP)Image copyrightAFP
Image captionTsunami marrom deixou pelo menos sete mortos e 15 desaparecidos
A Samarco já é considerada a principal responsável pelo ocorrido, segundo a promotora de Justiça do Ministério Público do Espírito Santo Isabela Cordeiro.
"Costumamos dizer que a empresa é responsável, mesmo se tivesse adotado todas as medidas necessárias de prevenção. Ela é responsável por qualquer evento danoso ambiental ou social decorrente da atividade dela. Não tem desculpa", disse à BBC Brasil.
É por este motivo que a empresa já recebeu multas preliminares do Ibama e assinou termos, também preliminares, com os MPs dos dois Estados afetados pelo desastre ambiental, nos quais se compromete a realizar ações de emergência, de reparação e de prevenção nas regiões onde a lama ainda não havia chegado.
Outra questão é se a empresa será considerada criminosa. Quem determina oficialmente se o rompimento da barragem foi um crime ambiental é o inquérito da Polícia Federal que está em curso.
Questionada pela BBC Brasil, a PF não quis comentar a investigação, mas confirmou que apura a "possível ocorrência do delito ambiental previsto no artigo 54, § 2º, incisos I, II e III, e 62, da Lei nº 9.605/98, tendo em vista suposta incidência de crime ambiental".
Caso a Polícia Federal determine a existência de crime, a Samarco terá que responder a um processo penal e seus dirigentes, assim como a Vale e a BHP Billiton, podem ser condenados.
Mas mesmo que isso não aconteça, a empresa continuará tendo que responder a exigências dos MPs de ambos os Estados através de outros acordos, de ações cíveis ou até de ações judiciais individuais e coletivas de pessoas afetadas pelo desastre.

Que tipo de multas podem ser aplicadas à empresa?

(AFP)Image copyrightAFP
Image captionDistritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, em Mariana, foram completamente destruídos
Até o momento, a Samarco foi multada em R$ 250 milhões pelo Ibama – cinco multas de R$ 50 milhões – mas essa é apenas a primeira que o órgão pode aplicar.
"O Ibama pode aplicar pelo menos outras dez penalidades previstas pela legislação, que vão de multas diárias a até exigir o fechamento da empresa" disse à BBC Brasil o advogado do Instituto Socioambiental Mauricio Guetta.
De acordo com a coordenadora geral de emergências ambientais do Ibama, Fernanda Pirillo, o órgão já prevê a cobrança de uma nova multa nas próximas semanas por destruição de área de preservação permanente nas margens do Rio Doce em Minas Gerais, cujo valor ainda não foi determinado. "Vai depender do tamanho da área, que está sendo calculado", afirmou à BBC Brasil.
No entanto, é um desafio garantir que as multas sejam pagas, o que nem sempre acontece. "Temos uma boa legislação e muito avançada em relação à responsabilização, mas temos um problema de implementação", diz Guetta.
"Cerca de 97% das multas aplicadas pelo Ibama não são pagas pelos infratores. É um dado chocante."
A Samarco tem 20 dias para apresentar recurso contra o pagamento de cada uma das cinco multas preliminares. Depois disso, caso não seja atendida, ainda pode apresentar um segundo recurso antes de ter de, finalmente, fazer o pagamento.
Questionada pela BBC Brasil, a empresa não respondeu se pretende pagar, nem quando o fará.
Em um termo de compromisso proposto pelo Ministério Público de Minas Gerais e assinado pela Samarco no dia 16 de novembro, a empresa se compromete a criar um fundo de R$ 1 bilhão que deve ser destinado a ações de emergência no Estado.
O termo não especifica quais seriam essas ações, mas diz que a empresa terá de comprovar que o dinheiro está sendo gasto em "medidas de prevenção, contenção, mitigação, reparação e compensação dos danos ambientais ou socioambientais". A multa prevista pelo não cumprimento destas medidas em seus prazos é de R$ 200 mil por dia.
Já o termo assinado com o MP do Espírito Santo no mesmo dia não fala de valores específicos, mas prevê que a empresa pague por análises do ambiente afetado pela lama, abastecimento de água de cidades impactadas, coleta de animais silvestres e dezenas de outras ações detalhadas – desde os meios de transporte até alimentação, hospedagem e instrumentos dos técnicos e profissionais envolvidos em cada uma delas.
O não cumprimento de cada uma das ações em seu prazo gera uma multa de R$ 1 milhão por dia no acordo firmado com no Espírito Santo. Segundo Isabela Cordeiro, a empresa é notificada por e-mail do MP toda vez que houver uma infração, e deve calcular a soma das multas diárias mais adiante.
(AFP)Image copyrightAFP
Image captionAtivistas fazem protesto em frente à sede da mineradora Vale, controladora da Samarco, responsável pela exploração de minério de ferro nas barragens de Fundão e Santarém
E esses são apenas os custos das ações de emergência, que devem ocorrer pelo menos até que a lama deixe de passar pelo Rio Doce, segundo a promotora.
"Ainda estamos negociando um fundo como o de Minas, para garantir que a empresa vai arcar com essas providências", afirmou Cordeiro. Ela disse ainda que um adendo ao termo deve garantir uma renda mínima às pessoas que sobrevivem das águas do Rio Doce.
A BBC Brasil procurou o Ministério Público de Minas Gerais para questionar por que o acordo com o Estado mais afetado pelo rompimento da barragem não determina especificamente as ações que a empresa deveria priorizar e por que a multa proposta pelo descumprimento dessas ações é tão menor que a do Espírito Santo. No entanto, não foi atendida pelo órgão até o fechamento da reportagem.
Para além da situação de emergência, no entanto, está a parte mais difícil: a avaliação do tamanho do problema e o cálculo do valor das perdas.
"Impactos sobre atividades produtivas são mais fáceis de calcular, mas estimar o valor dos recursos naturais é muito mais complicado. Quanto custa um manguezal, por exemplo?", questiona a engenheira ambiental Alessandra Magrini, da Coppe (UFRJ), que realizou os cálculos da perda ocasionada pelo derramamento de 1,3 milhão de litros de petróleo na Baía de Guanabara pela Petrobras, em 2000.
"É preciso estimar as funções ambientais de cada recurso natural e ver como se calcula o dano. O Brasil não tem prática nesta avaliação", afirma.
É por este motivo, segundo Magrini, que ainda é cedo para dizer quanto a Samarco, a Vale e a BHP Billiton terão de gastar com o incidente. Da mesma forma, é difícil fazer comparações com o que multinacionais gastaram com incidentes em outros países.
(AFP)Image copyrightAFP
Image captionGoverno multou Samarco em R$ 250 milhões por acidente
"Cada acidente é um acidente, com suas características. Mas em todos eles, contabilizar as perdas leva tempo. Isso não vai terminar hoje, vai ter repercussões por muitos anos."

Quem está avaliando o impacto do desastre?

Em desastres ambientais de grande proporção, é comum que existam diversos laudos técnicos sendo preparados simultaneamente por equipes diferentes, de acordo com Magrini.
O desafio é coordenar esses esforços e reunir os dados para poder estimar o tamanho das perdas e o tipo de ressarcimento – em dinheiro e em ações de recuperação – que será preciso cobrar da empresa.
"A responsabilidade por fazer e por pagar é da empresa, mas os governos federal e estaduais precisam de um plano de ação para fiscalizar suas ações e instituir um estudo de avaliação do dano", afirma.
Na última terça-feira, Kleber Terra, da Samarco, afirmou que a empresa tem 162 pontos de monitoramento de água ao longo do Rio Doce e equipes coletando amostras, com "uma série de empresas mobilizadas".
Equipes do Ibama também estão realizando suas próprias medições e análises em toda a extensão do rio, de acordo com a coordenadora Fernanda Pirillo. Atualmente, há pelo menos cinco equipes, com cerca de 20 técnicos, divididas da seguinte forma:
  • Pelo menos quatro pessoas em Mariana, no gabinete de crise;
  • Duas duplas percorrendo as margens do Rio Doce em MG e ES, verificando se há animais silvestres ou domésticos a serem resgatados;
  • Uma equipe de cinco pessoas no Espírito Santo, orientando o resgate de espécies nativas e raras de peixes, que serão transferidos para tanques e usados em repovoamento;
  • Três técnicos acompanhando as tentativas de retenção da lama que a Samarco está fazendo no Espírito Santo;
  • Cinco pessoas fazendo um mapeamento aéreo da região afetada.

(BBC)
Image captionSegundo ecólogos, geofísicos e gestores ambientais, pode levar décadas, ou mesmo séculos, para que os prejuízos ambientais sejam revertidos
Todos eles, diz Pirillo, deverão também coletar dados para relatórios sobre o impacto ambiental.
Os Ministérios Públicos estaduais também devem acionar profissionais para monitorar o dano ambiental e fiscalizar as ações da empresa. O MP-ES, segundo Isabela Cordeiro, está trazendo do Rio Grande do Sul três técnicos para garantir que a metodologia usada pelos profissionais contratados pela Samarco está correta.
"Também acionamos uma equipe com especialistas do Ibama, de universidades federais, de ONGs ambientais, e de outros. Parte deles já está em campo", afirma.
Pesquisadores e voluntários de todo o Brasil também organizam, via Facebook, grupos que se propõem a fazer análises independentes dos mesmos fatores.
Cientistas criadores do Giaia (Grupo Independente de Avaliação do Impacto Ambiental - Samarco/Rio Doce) conseguiram chegar a alguns locais do vale do Rio Doce antes da lama e recolheram amostras de água e solo para comparar com o "depois".

Que tipo de assistência está sendo dada às famílias?

Os compromissos assinados pela Samarco com os Ministérios Públicos de Minas e Espírito Santo preveem uma série de medidas para tentar reduzir os problemas das populações afetadas.

(Reuters)Image copyrightReuters
Image captionMoradores perderam tudo após rompimento de barragens em Mariana
A empresa diz que tem mais de 400 profissionais atendendo as comunidades e que providenciou a estadia de 631 pessoas desabrigadas em hotéis e pousadas em Mariana. Algumas famílias começam a ser transferidas para casas alugadas e mobiliadas. A Samarco afirma também que disponibiliza água, cestas básicas, itens de higiene pessoal, material e equipamentos de limpeza, kits escolares e ração animal às pessoas afetadas.
Em cidades como Governador Valadares e Colatina (MG), que tiveram o abastecimento de água temporariamente suspenso por causa da passagem da lama, a Samarco foi obrigada a fornecer água potável, mas a distribuição gerou reclamações.
Em Governador Valadares, a equipe da BBC Brasil constatou que moradores esperavam em filas de mais de mil pessoas para encher garrafões, incluindo idosos. A prefeita da cidade, Elisa Costa, afirmou que a Samarco não enviou água potável suficiente, o que dificultava a abertura de mais postos.
Em resposta, a empresa limitou-se a dizer que enviou mais de 8,4 milhões de litros de água potável para ajudar no abastecimento da cidade e 500 mil litros de água mineral para a população.
Uma semana após o desastre, no dia 13 de novembro, a presidente Dilma Rousseff alterou o decreto que regulamenta a movimentação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que é direito de trabalhadores e só pode ser utilizado em casos específicos, entre eles, desastres naturais.
(BBC)
Image captionÍndios da tribo indígena Krenak fecharam ferrovia da Vale em MG
A alteração inclui na classificação de desastre natural o "decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais". Assim, os trabalhadores afetados poderão, caso queiram, sacar até R$ 6.220 do fundo para uso emergencial.
No entanto, a medida causou controvérsia e indignação nas redes sociais brasileiras, onde chegou a ser considerada uma brecha para que a Samarco consiga escapar de punições mais severas.
Em seu perfil oficial no Twitter, o Ministério da Casa Civil afirmou que a mudança "de forma alguma, exime as empresas responsáveis pela reconstrução das moradias dos atingidos ou do pagamento de qualquer prejuízo individual ou coletivo".
Segundo o advogado Mauricio Guetta, a nova classificação poderia ser usada como justificativa pela empresa em uma ação penal, mas só seria aceita por um juiz "se o processo for mal conduzido".
"Se não for constatada a responsabilidade específica, com culpa, da empresa e seus dirigentes, eles poderiam ser absolvidos da ação criminal. É uma brecha, mas não podemos afirmar que a mudança foi feita pelo governo para privilegiar um ou outro."
"E para reparação de danos, não importa se foi desastre natural ou não. O que importa é que a empresa assume os riscos pela atividade que desenvolve, então tem obrigação de pagar por isso. Mesmo que a causa seja terremoto, furacão", afirma.

Seis coisas que você provavelmente não aprendeu na escola sobre a África Fernanda da Escóssia Do Rio de Janeiro para a BBC Brasil

(Foto: British Museum)Image copyrightBritish Museum
Image captionReinos de Benim produziam obras em bronze há mais de mil anos; muitas estão em museus britânicos
Kilombo, assim, com "k", era um acampamento de guerra dos jagas, um povo africano que vivia onde hoje fica Angola. O catolicismo foi introduzido na Etiópia quase ao mesmo tempo que na Europa.
Coisas assim, que você nunca aprendeu sobre a África, ou aprendeu errado – o que dá quase no mesmo –, estão na lista abaixo, elaborada a pedido da BBC Brasil pela historiadora Marina de Mello e Souza, coordenadora do NAP (Núcleo de Apoio à Pesquisa Brasil-África) da USP.
Ela é professora do Departamento de História da universidade e autora, entre outros livros, de Reis Negros no Brasil Escravista e África e Brasil Africano, vencedor do prêmio Jabuti de melhor livro paradidático em 2007 e detentor do selo “altamente recomendável” da Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil.
Confira a lista, elaborada às vésperas do Dia da Consciência Negra:
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Europeus não controlavam o comércio

No continente o comércio existe desde a Antiguidade, tanto entre os povos africanos como com os povos de outros continentes. Até o final do século 19, eram os africanos que controlavam as trocas comerciais com os europeus.

Há católicos na África há de mais de 1.500 anos

A Etiópia é uma sociedade católica desde o século 4. Seu rei se converteu ao catolicismo nesse século, apenas poucas décadas depois que o imperador romano Constantino adotou essa religião e determinou o fim da perseguição aos cristãos.

Brasil fala português, mas com toque banto

Parte considerável do nosso vocabulário é de origem banto, um tronco linguístico africano, o que nos distancia bastante do português de Portugal. São dessa origem palavras como camburão, camundongo, tonto, zonzo, farofa e macaco.

(Foto: Thinkstock)Image copyrightThinkstock
Image captionSociedades católicas existiam na Àfrica muito antes de o Brasil ser descoberto

Gana já existiu em outro lugar

O atual Benim se localiza onde antes existiu o Daomé e o antigo reino do Benim localizava-se na atual Nigéria. Gana é onde antes existiu o estado Axante, e na atual Mauritânia existiu, do século 9 ao 13, uma sociedade poderosa chamada Gana. Muitos nomes de países africanos atuais são homenagens a antigos reinos que existiram em outras regiões.

Africanos queriam vender escravos com 'exclusividade'

Alguns reinos africanos também tinham interesse em manter o tráfico de escravos com o Brasil. Entre 1750 e 1818, reis do Daomé enviaram cinco missões diplomáticas para solicitar ao Brasil exclusividade na venda de escravos africanos.

Quilombo (ou melhor, kilombo) era acampamento de guerra

Kilombo era o acampamento de guerra dos jagas, povo que viveu na região da atual Angola. Muitos vieram para o Brasil como escravos, fugiram de seus senhores e se abrigaram no Quilombo dos Palmares.
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Na avaliação de Marina de Mello e Souza, que leciona História da África desde 2001 na USP, havia no Brasil, até pouco tempo, extremo desconhecimento acerca do tema, com exceção de nichos muito específicos.
“Isso fez com que todos nós fôssemos bastante ignorantes a respeito daquele continente e das populações que lá vivem e viveram”, afirma. Por outro lado, a professora diz que tem notado extremo interesse dos alunos sobre o assunto e que a dificuldade inicial costuma ser seguida por espanto e fascinação.
Ao avaliar o material didático, a historiadora considera que antes era difícil obter textos sobre o tema em português e lista como referências, no nível universitário, obras de Alberto da Costa e Silva, como A Manilha e o Libambo (2002) e A África e os Africanos na Formação do Mundo Atlântico, 1400-1800, de John Thornton, publicado no Brasil em 2004.
Sobre o ensino fundamental e médio, entende que houve a partir de 2003 – quando história da África virou disciplina obrigatória nas escolas –, intenso movimento das editoras no sentido de publicar materiais de apoio.
“Muita coisa de qualidade duvidosa foi posta à disposição, mas esse quadro tem mudado. Hoje há muito material de boa qualidade disponível, principalmente entre os paradidáticos e literatura infanto-juvenil. Os livros didáticos ainda carecem de tratar com mais cuidado assuntos relacionados ao continente africano, inseridos como um adendo, para responder à demanda gerada pela obrigatoriedade estabelecida por lei”, afirma.