terça-feira, 6 de outubro de 2015

'Não vamos nos acovardar', diz Nardes sobre pedido de afastamento Governo entregou ao TCU pedido para afastar relator das 'pedaladas'. Nardes nega irregularidade e diz que pedido será analisado na quarta-feira.

O ministro do TCU Augusto Nardes (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadao Conteúdo)O ministro do TCU Augusto Nardes
(Foto: Renato S. Cerqueira//Estadao Conteúdo)
O relator do processo que analisa as contas do governo federal de 2014 no Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Augusto Nardes, afirmou nesta segunda-feira (5) que “não irá se acovardar” diante do pedido do Executivo para que ele seja afastado do caso. A solicitação foi protocolada no final da tarde pelo ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams.  

“O governo está tentando intimidar a mim e ao Tribunal de Contas da União mas não vamos nos acovardar. Realizamos um trabalho técnico de forma eficiente e coletiva na análise das contas”, declarou Nardes, em nota divulgada à imprensa. (Veja a íntegra do documento ao final da reportagem)
Pedido será avaliado na quarta-feira
O pedido do governo foi avaliado em uma reunião entre o presidente do TCU e os outros ministros. Ao deixar o encontro, Nardes afirmou que o julgamento das contas está mantido para quarta-feira (7), logo após a avaliação do pedido do governo, no mesmo dia.
O presidente do TCU, Aroldo Cedraz, encaminhou cópia do pedido do Executivo para o corregedor, ministro Raimundo Carreiro, e para o relator da matéria. “Conversamos com o presidente e ele vai encaminhar o que o [ministro Luís Inácio] Adams encaminhou e nós devemos fazer uma preliminar e na quarta-feira mesmo devemos decidir a questão”, disse Nardes.
O ministro ainda afirmou que o governo tenta “tirar o foco” da questão. “Nós entendemos que algumas alegações levantadas é muito mais para tirar o foco da questão principal. Nós estamos tranquilos porque cumprimos toda a regulamentação estabelecida do Regimento Interno doTribunal de Contas da União e devemos votar com todo o equilíbrio e toda a tranquilidade a matéria”, afirmou.

O relator voltou a dizer que repudia a postura do governo e que não houve antecipação de voto, como argumenta o Executivo. Já Adams deixou o tribunal sem falar com a imprensa.

“Não antecipei meu voto em momento algum e nem divulguei o relatório e voto relativo ao julgamento das contas de 2014 para a imprensa. O que fiz foi cumprir o que determina o Regimento Interno do TCU que exige que uma minuta do parecer prévio e do relatório sejam disponibilizados aos demais ministros da Casa até cinco dias antes da sessão de julgamento”, acrescentou Nardes.
O ministro disse ainda que não foi “o responsável por dar publicidade” às informações. “Essa divulgação não foi feita pelo meu gabinete”, garantiu.

Pedido de afastamento
O pedido de afastamento do ministro Augusto Nardes da relatoria do caso foi anunciado no domingo (4), em entrevista coletiva concedida por Adams e os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Nelson Barbosa (Planejamento). Para o Executivo, Nardes cometeu irregularidade ao manifestar opinião e antecipar publicamente o voto que deverá apresentar na sessão de julgamento das contas, marcada para quarta-feira (7).
Luís Inácio Adams  entrega o pedido de afastamento do relator do processo das "pedaladas" ao presidente do TCU (Foto: Debora Cruz/G1)Luís Inácio Adams entrega o pedido de afastamento do
relator ao presidente do TCU (Foto: Debora Cruz/G1)
Segundo o ministro-chefe da AGU, o regimento interno do TCU e a lei orgânica da magistratura – as quais os ministros do tribunal estão submetidos – proíbem os magistrados de emitir opinião sobre processos que estejam conduzindo.
As contas da presidente da República só poderão ser apreciadas depois que a Corte analisar a solicitação de afastamento. O pedido deverá ser encaminhado ao corregedor do tribunal, para que ele opine se o relator deve ou não ser considerado suspeito para analisar as contas.
Depois, o parecer do corregedor será levado ao plenário da Corte de fiscalização, que deverá analisar o caso antes do julgamento do relatório.

‘Pedaladas fiscais’
O primeiro pedido de esclarecimentos sobre as contas de 2014 foi feito em junho pelo TCU, com prazo de 30 dias para resposta. Mas, devido à inclusão de novos fatos ao processo, o governo acabou ganhando mais tempo para se defender da suspeita de ter adotado manobras para aliviar, momentaneamente, as contas públicas.
Entre as supostas irregularidades analisadas pelo TCU estão as chamadas “pedaladas fiscais”, que consistem no atraso dos repasses para instituições financeiras do dinheiro de benefícios sociais e previdenciários. A manobra obrigou instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil a usar recursos próprios para honrar os compromissos, numa espécie de “empréstimo” ao governo.

O Executivo, porém, argumenta que não há irregularidades na prática e que o procedimento já foi realizado pelos governos anteriores, sem ter sido questionado pelo TCU. De acordo com o governo, a mesma justificativa vale para a edição de decretos que abriram créditos suplementares sem autorização prévia do Congresso Nacional – outro ponto questionado pela corte. As explicações entregues pela AGU somam mais de 2 mil páginas.
Congresso Nacional
Depois de o TCU decidir se recomenda a reprovação ou aprovação das contas de Dilma, o parecer tem de ser encaminhado ao Congresso Nacional, que terá a palavra final sobre o caso.
Uma eventual recomendação de rejeição das contas pelo TCU seria inédita, já que a corte nunca votou pela reprovação.
O trâmite prevê que o relatório do órgão de fiscalização seja primeiro avaliado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso e, depois, pelo plenário da Câmara e do Senado – ou em sessão conjunta do Congresso Nacional, caso haja um acordo entre as Casas.
Mesmo que o TCU vote pela rejeição das contas, os parlamentares têm dois caminhos a seguir: podem optar por acolher a sugestão da corte e reprovar as contas ou votar pela aprovação delas.
Se as contas do governo forem realmente rejeitadas nessas votações, isso poderá ser usado como argumento para abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, sob o argumento de que ela feriu a Lei Orçamentária e, portanto, cometeu crime de responsabilidade.
Outro cenário possível caso o TCU rejeite as contas é a aprovação do balanço pelo Congresso. Apesar de pouco provável, a decisão é possível, já que a última palavra é do Congresso. Neste caso, a tendência é que as contas sejam aprovadas com ressalvas. Na prática, as ressalvas não implicam punições significativas. Elas indicam, apenas, que há problemas a serem corrigidos na gestão fiscal para o próximo ano.

Veja a íntegra da nota divulgada nesta segunda (5) pelo ministro Augusto Nardes:

NÃO VAMOS NOS ACOVARDAR
AFIRMA O MINISTRO NARDES
O Ministro do Tribunal de Contas da União João Augusto Ribeiro Nardes, relator do processo de apreciação das Contas de Governo do exercício de 2014 repudiou veementemente as declarações dos Ministros Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e José Eduardo Cardozo (Justiça) de que o Governo Federal irá pedir o seu afastamento da relatoria e do julgamento do processo que analisa as contas do ano passado da presidente Dilma Rousseff com base na lei orgânica da magistratura que diz que os magistrados estão proibidos de emitir opinião sobre processos que estão conduzindo.
“O Governo está tentando intimidar a mim e ao Tribunal de Contas da União mas não vamos nos acovardar”, afirmou o Ministro Nardes. “Realizamos um trabalho técnico de forma eficiente e coletiva na análise das contas”, justificou.
Diante das acusações de que teria antecipado seu voto publicamente através de entrevistas à imprensa, Nardes negou categoricamente que o tivesse feito: “não antecipei meu voto em momento algum e nem divulguei o relatório e voto relativo ao julgamento das contas de 2014 para a imprensa”, disse. “O que fiz foi cumprir o que determina o Regimento Interno do TCU que exige que uma minuta do parecer prévio e do relatório sejam disponibilizados aos demais Ministros da Casa até cinco dias antes da sessão de julgamento, marcada para o próximo dia 07 de outubro às 17 horas”, explica o Ministro. “Não fui o responsável por dar publicidade à essas informações. Essa divulgação não foi feita pelo meu gabinete” assegurou o relator.

Salão Duas Rodas 2015 tem dia de apresentações para imprensa Marcas que mais vendem no país mostrarão seus lançamentos. G1 acompanha evento em tempo real.

Salão Duas Rodas 2015 começa nesta terça-feira (6), em São Paulo, em dia reservado pra a imprensa. Neste dia, 9 marcas apresentarão seus destaques, entre elas as que representam a maior parte das vendas no Brasil: Honda e Yamaha. Também haverá a estreia de marcas de peso, como a americana Indian Motorcycle e austríaca KTM, pela primeira vez com subsidiária própria.
G1 acompanha o salão em tempo real, direto do Anhembi. Veja abaixo a agenda:
8h: Triumph
8h35: Harley-Davidson
9h10: Yamaha
9h45: Traxx
10h20: Honda
10h55: Dafra
11h30: BMW
12h05: Abraciclo
14h00: Ducati
14h35: Indian
Suzuki e Kawasaki estão presentes no evento, porém, não realizarão coletivas de imprensa na grade oficial do evento.
Para o público, o salão só será aberto na quarta-feira (7). O evento segue até o feriado do próximo dia 12, com a entrada paga. Ingressos vão de R$ 34 a R$ 51 (inteira) e podem ser comprados nas bilheterias do Anhembi ou no site www.salaoduasrodas.com.br
Veja abaixo algumas das motos que devem ser destaque no evento.

BMW
S 1000 XR
  •  
BMW S 1000 XR (Foto: Divulgação)BMW S 1000 XR (Foto: Divulgação)


Utilizando como base a naked S 1000 R, originada da esportiva S 1000 RR, a BMW apresenta no evento a S 1000 XR. A moto é uma espécie de "crossover" com conjunto destinado ao asfalto, mas com guidão e suspensões mais altas, flertando com a terra. LEIA MAIS SOBRE A S 1000 XR

DAFRA

Novo scooter
Não é mais segredo que a Dafra está trabalhando em um novo scooter de entrada para substituir o Smart, que saiu de linha. Assim, este novo modelo virá para ser a base da gama da marca, já composta por Cityclass 200i, Citycom 300i e Maxsym 600i. LEIA MAIS

DUCATI

1299 PANIGALE
Ducati 1299 Panigale S (Foto: Divulgação)Ducati 1299 Panigale S (Foto: Divulgação)

A principal esportiva da marca italiana já foi renovada fora do Brasil e agora é a vez da atualização chegar ao Brasil. Como principal alteração da novo, está a evolução do motor, de 1199 para 1299, o que resultou no ganho de 10 cavalos, chegando a 205 cavalos. LEIA MAIS SOBRE A 1299 Panigale.
SCRAMBLER
Ducati Scrambler (Foto: Divulgação)Ducati Scrambler (Foto: Divulgação)



Uma das motos mais aguardadas para o Brasil neste ano, a Scrambler fará sua estreia no Salão Duas Rodas. LEIA MAIS SOBRE A SCRAMBLER

HARLEY-DAVISON

MOTO ELÉTRICA LIVEWIRE
Harley-Davidson LiveWire elétrica (Foto: Peter Reitzfeld / Divulgação)Harley-Davidson LiveWire elétrica (Foto: Peter Reitzfeld / Divulgação)


A marca america traz pela primeira vez ao Brasil a LiveWire, sua moto elétrica ainda em desenvolvimento. O modelo poderá ser testado pelo público em simulador. LEIA MAIS SOBRE A HARLEY-DAVIDSON ELÉTRICA
 
SALÃO DUAS RODAS
Quando
: 7 a 12 de outubro de 2015
Onde: Pavilhão de Exposições do Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209 – Santana)
Ingressos à venda no site: www.salaoduasrodas.com.br

 

POR QUE ESCONDES TEU ROSTO E NÃO TE PREOCUPAS COM NOSSA AFLIÇÃO? Salmo 43,25 " Vamos ajudar."

Miséria e sob guarda policial e juiz, e por isso não pode ser mto falado, mas acreditem estão precisando de muita ajuda estão muito necessitados.
Gente vamos precisar de ajuda ate eles serem liberados pela justiça para serem adotados e isso vai demorar, o tempo que levar o processo, e isso no nosso pais ja viram neh... tudo corre as nossas custas (dos protetores) e por isso que precisamos de ajuda, e vamos continuar precisando, tidos os meses, por favor....
Local de entrega das doações: SQN 214 Norte - bl G portaria
Contato in box ATEVI, face Ana Franca, ou 8101-5733

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

05/10/2015 11h13 - Atualizado em 05/10/2015 11h44 Harley-Davidson traz moto elétrica ao Brasil para teste no Salão Duas Rodas Brasileiros poderão avaliar o modelo LiveWire em simulador no evento. G1 já andou com a motocicleta em Nova York; assista ao vídeo.

A Harley-Davidson confirmou nesta segunda-feira (5) ao G1 que sua moto elétrica estará pela primeira vez no Brasil em exposição no Salão Duas Rodas 2015, que vai de 7 a 12 de outubro, no Anhembi em São Paulo. De acordo com a empresa, o objetivo de trazer a motocicleta ao país faz parte do desenvolvimento do projeto LiveWire, como é chamado pela marca, que ainda não é vendido em nenhuma parte do mundo.
No ano passado, durante a apresentação mundial da primeira moto elétrica da história da fabricante norte-americana, nossa equipe teve as primeiras impressões do modelo (assista ao vídeo no começo da reportagem)

No Salão Duas Rodas, estarão disponíveis 3 unidades da LiveWire, sendo uma para exposição e outras duas para que os usuários possam sentir como é acelerar a moto em um simulador
Chamado de "Jumpstart", esta espécie de teste é feita com a moto parada, mas o motociclista pode acelerar enquanto a roda gira em contato com o rolo no chão.  A Harley-Davidson informa que ainda não há previsão de quando a moto chegará ao mercado mundial, mas será uma oportunidade para ver como o consumidor brasileiro reagirá ao produto.
Harley-Davidson LiveWire elétrica (Foto: Peter Reitzfeld / Divulgação)G1 avaliou a Harley-Davidson LiveWire elétrica em Nova York (Foto: Peter Reitzfeld / Divulgação)
Primeiras impressões
No ano passado, o G1 foi até Nova York para andar na primeira Harley-Davidson movida a eletricidade da história. Uma nova moto elétrica, por si, não causa espanto, já que o segmento automotivo – carros e motos – já deu passos nesta direção. Mas, até então, nenhuma das principais fabricantes havia investido em uma motocicleta de verdade, com esse tipo de motor.
Mesmo nos Estados Unidos, onde as "motinhos" elétricas possuem representantes mais difundidos, como as pequenas marcas Brammo, comprada pela Victory, e Zero, o surgimento de uma Harley-Davidson elétrica era inesperado. Completando 112 anos de história em 2015, a empresa é conhecida por basear sua linha em modelos clássicos e “beberrões” de gasolina, sem esbanjar tecnologia.
Entre as grandes marcas, apenas a BMW possui um modelo elétrico à venda: trata-se de um scooter, o C Evolution, com o objetivo de ser um meio de transporte prático para deslocamentos urbanos, e não uma moto, como no caso da H-D. Comercializado na Europa, ele não é oferecido no Brasil.
Harley-Davidson LiveWire elétrica (Foto: Divulgação / EICMA)Harley-Davidson LiveWire elétrica em passagem pela Europa, no Salão de Milão (Foto: Divulgação / EICMA)
A Yamaha chegou a anunciar, no ano passado, que lançaria duas elétricas em 2016, mas depois refugou e disse apenas que os modelos serão lançados em um futuro próximo. Na Europa, aaustríaca KTM já mostrou um scooter movido à eletricidade, prometido para 2015, enquanto a Honda apostou em uma esportiva. Mas todos são ainda esboços, protótipos, nada palpável como a moto da H-D, que rodou pelas ruas de Manhattan.
Apesar de a Harley-Davidson não revelar oficialmente seus planos sobre a produção da moto, o modelo mostrou que está em fase muita avançada de desenvolvimento e, inclusive, homologado para rodar nas ruas.
Controle de tração e suspensões eletrônicas são adventos que passam longe do repertório da H-D. Desde a crise de 2009, que culminou no fechamento da Buell, marca que fazia parte do grupo, a Harley começou a focar no aprimoramento da atual linha – no projeto Rushmore, por exemplo – e no desenvolvimento de novos produtos, como as surpreendentes Street 500 e 750, com parte da produção na Índia, e agora o projeto LiveWire.
Harley-Davidson LiveWire elétrica (Foto: Ray Stubblebine)Harley-Davidson LiveWire elétrica (Foto: Ray Stubblebine)
Questionado sobre o porquê de a empresa ser a primeira grande fabricante de motos a dar um passo nesta direção, o presidente da Harley-Davidson Motor Company, Matt Levatich, respondeu um sonoro “Por que não?”.
Menos abstrato, Mark-Hans Richer, vice-presidente sênior e diretor de marketing da H-D, esclareceu o objetivo: “Queremos mostrar que somos capazes de produzir modelos com alta tecnologia”.
“Não há motivos para tanta surpresa”, acrescentou. Após rodar com a H-D elétrica em Manhattan, a conclusão foi de que existem sim, muitos motivos.
Harley-Davidson LiveWire (Foto: Divulgação)
Essencialmente uma naked
A primeira impressão ao olhar a moto de perto é que ela já está pronta para ser vendida, com um acabamento esmerado, diferente de protótipos que costumam ser vistos nos salões internacionais. Apenas alguns detalhes ainda precisam de um cuidado maior, como fios que parecem não ter recebido a finalização devida.
Visualmente, a LiveWire também quebra com a tradição da marca e é capaz de transmitir uma modernidade nunca vista em motos da H-D. Antes, quem chegou mais longe foi a linha V-Rod, de quem a moto elétrica carrega algumas similaridades. Também existe algo de XR 1200 na moto e, inclusive, as suspensões dianteiras foram herdadas dela.
No entanto, a empresa conseguiu manter seu DNA na moto: basta olhar para dizer “sim, é uma Harley-Davidson”. Isso fica nítido em detalhes como farol dianteiro, para-lamas e botões de comando da motocicleta.
A moto é essencialmente uma naked, ou seja, apresenta um conjunto sem carenagens e com uma pegada de esportividade e tamanho compacto, fugindo do que se vê nas imensas touring e custom da H-D. Detalhes como os piscas integrados aos retrovisores e o desenho do chassi trazem linhas futurísticas à moto.
Harley-Davidson LiveWire elétrica (Foto: Peter Reitzfeld / Divulgação)Harley-Davidson LiveWire elétrica tem uma pegada de naked (Foto: Peter Reitzfeld / Divulgação)
Boa opção para a cidade
Ao contrário da maioria das Harleys, a LiveWire pode ser uma boa opção para deslocamentos urbanos, o que foi comprovado durante o trajeto percorrido em Manhattan. Diferente do que faz com seus modelos, para este a divulgou a potência do motor: 74 cavalos de potência e 7,14 kgfm de torque, números dignos de um modelo de médio porte com propulsor movido a combustão.
Além disso, pelo comportamento típico dos motores elétricos, de já entregar bastante força em giros baixos, ao contrário das motos tradicionais, a LiveWire oferece uma esportividade empolgante.
Com a capacidade de fazer de 0 a 100 km/h em 4 segundos, segundo a fabricante, a moto transmite uma aceleração contundente. Essa "veia" radical também é percebida no posicionamento do motociclista que, apesar de natural e confortável, insinua uma dose de esportividade.
No entanto, não foi possível levar a LiveWire ao limite no meio da cidade, onde a velocidade é restrita. A Harley-Davidson diz que a moto é capaz de atingir 148 km/h de velocidade máxima limitada eletronicamente, número que poderia ser maior, mas teve de ser restringido por regras de legislação.

Para ligá-la, basta apertar um botão no punho direito e a moto já está em funcionamento, totalmente silenciosa. Somente após girar o acelerador que é possível perceber que está ligada e o barulho do motor começa a aparecer.
Pela natureza do motor elétrico, o conjunto apresenta apenas uma única marcha e não tem embreagem nem pedal de câmbio. Isto poderia acarretar em dificuldades para controlar a moto e realizar manobras em baixa velocidade, como é normal em outras motos elétricas, mas isso não acontece com a H-D.
Harley-Davidson LiveWire elétrica (Foto: Rafael Miotto/G1)Harley-Davidson LiveWire elétrica tem monoamortecedor traseiro (Foto: Rafael Miotto/G1)
O tato oferecido pelo acelerador está bem ajustado e é possível realizar aquelas manobras típicas de cidade com engarrafamentos, controlando a moto com a ajuda do freio traseiro. Seu ângulo de esterço é mediano; não é ótimo, mas também não chega a comprometer.

Apenas o conjunto de baterias pesa 113,5 kg – peso equivalente ao uma Honda CG 150 -  e a massa total da moto não é baixa: são 210 kg. No entanto, sua distribuição foi bem realizada pela fabricante americana, permitindo que a moto tenha uma tocada ágil e fácil de ser feita.
A marca escolheu por fazer a LiveWire uma monoposto, ou seja, somente há espaço para o piloto. Com a ausência de espaço para o garupa, a traseira ficou bem afilada e pequena, sendo que o suporte da placa foi levado para próximo do pneu, como ocorre em Ducati Diavel e MV Agusta Rivale. Este é o mesmo local para onde foram deslocados os piscas traseiros.

Se for vender, tem que ter ABS
Com freios de acionamento de forte potência, a LiveWire mostrou que, se for realmente vendida, o sistema com freios ABS, para evitar o travamento das rodas, será imprescindível. Isso porque a traseira tende a travar com facilidade nas frenagens.
Questionada sobre essa possibilidade, a H-D não esconde que a adoção do ABS está entre os possíveis avanços para a moto durante as clínicas com os clientes. Outro ponto que também pode ser modificado é o acerto das suspensões.
Aparentemente, o ajuste é prioritariamente esportivo, com proposta rígida que garante estabilidade, mas deixa a desejar em conforto. Em cidades com asfalto em não tão boas situações, faria falta um pouco de filtragem para os impactos.
Como a avaliação foi realizada apenas no perímetro urbano, não foi possível saber como a H-D elétrica se comporta em curvas de alta velocidade, mas a impressão foi de um conjunto equilibrado.

Autonomia ainda é o desafio
Baseando-se nos números divulgados pela Harley-Davidson, o maior desafio para a LiveWire é a sua autonomia. Capaz de rodar uma média de 85 km com a carga completa de uma bateria, a moto oferece uma boa margem para deslocamentos em cidades, mas sair do perímetro urbano pode ser um inconveniente e uma “pane seca” elétrica iminente.
Quando e se a Harley decidir lançar este produto, esta tecnologia já poderá ter evoluído, aumentando o raio de ação da moto com a bateria completa. Antes de ligar a moto, ainda é possível escolher um modo de condução econômica, que reduz sua força, e diminui os gastos. Uma carga completa leva 3,5 horas para ser realizada.
Não chega a ser animador, mas já é melhor que a de outros modelos elétricos que podem tomar até 8 horas para a carga total. No entanto, eles possuem autonomia maior, de até 200 km. Para realizar a recarga, basta conectar a LiveWire em uma tomada comum.
Para expandir o raio de ação, a moto possui sistema de freios que regeneram parte da energia empregada para parar o modelo.
Sobre qual a vida útil da bateria, os executivos da empresa declararam que ela foi construída para durar por todo o ciclo de uso da moto, sem especificar um prazo específico.
Seguindo a linha tecnológica, o painel é completamente digital e lembra até um tablet.
Harley-Davidson LiveWire elétrica (Foto: Peter Reitzfeld / Divulgação)Harley-Davidson LiveWire elétrica (Foto: Peter Reitzfeld / Divulgação)
Vai vender ou não vai?
Foram 4 anos de desenvolvimento até a apresentação da moto, no ano passado, que teve ampla divulgação e presença de mídia estrangeira nos EUA. De acordo H-D, ainda não há uma definição sobre se o modelo será ou não produzido em série e colocado à venda. A empresa não revela quanto foi investido, mas garante que não foi algo "astronômico" e que a quantia é inferior à empregada no projeto Rushmore.
A Harley promoveu a experimentação da LiveWire em concessionárias da marca nos Estados Unidos, Canadá e Europa. O intuito é ouvir opiniões dos usuários, como também será feito no Brasil, durante o Salão Duas Rodas, para aprimorar o modelo. 
Como ocorreu com o projeto Rushmore, que evoluiu a sua linha touring, a empresa quer ouvir os seus clientes para fazer a moto do jeito que desejarem, mas dessa vez, não há sigilo.
Entretanto, também existe outro objetivo em “falar” com os clientes antes de lançar a moto. Pelo conservadorismo de grande parte de seus usuários, uma Harley elétrica pode ser considerada um sacrilégio aos que idolatram os “motorzões” da empresa. “Nossos tradicionais consumidores podem ficar tranquilos que vamos continuar produzindo os modelos tradicionais”, disse o presidente Levatich.
Este sinal de mudança já havia aparecido no ano passado, com a chegada das Street 500 e 750, modelo mais simples e acessível da linha atual. Com um produto praticamente pronto, fica difícil imaginar que a LiveWire não seja definitivamente produzida.

Se isso acontecer, será um grande passo para o futuro da indústria de motocicletas e as outras grandes marcas provalmente correrão atrás.
Moto de super-herói
Antes de chegar definitivamente às ruas, a LiveWire fez sua estreia nos cinemas, no filme “Os Vingadores 2 – A era de Ultron”. A aparição no filme segue o trabalho feito pela marca ao dar um som especial à motocicleta.
Os ruídos emitidos pelos tradicionais motores V2 da Harley sempre soaram como sinfonia aos ouvidos dos amantes da marca e, também no caso da LiveWire, a H-D quis produzir um som diferenciado, inspirado em uma turbina de avião.

Em relação aos opacos sons de outras motos elétricas, a moto é realmente mais empolgante e emite algo como um zumbido. “Algumas pessoas que andaram na moto se sentem como um super-herói”, disse Matt Levatich. Apesar de tentar conquistar pela emoção, o que realmente atrai na LiveWire é a racionalidade de poder de entregar o desempenho de uma moto comum, mas com os benefícios da eletricidade.
Moto da Harley-Davidson que será usada no filme 'Os Vingadores 2' (Foto: Sipa USA/REX)Moto da Harley-Davidson em gravação do filme 'Os Vingadores 2' (Foto: Sipa USA/REX)

Gate desativa artefato explosivo que causou interdição da Avenida Paulista Cilindro de gás foi deixado dentro de uma mochila em um ponto de táxi. Homens do Gate foram acionados e esvaziaram artefato com equipamento.


  Ameaça de bomba interdita ciclovia na Avenida Paulista, zona oeste de São Paulo. A suposta bomba está na Rua Leôncio de Carvalho (Foto: Dario Oliveira/Código 19/Estadão Conteúdo)
A Avenida Paulista, na região central de São Paulo, foi interditada por cerca de três horas na manhã desta segunda-feira (5), por conta de um artefato explosivo abandonado em um ponto de táxi na Rua Leôncio de Carvalho, próximo à esquina com a avenida.
A mochila suspeita, com fios e um relógio, fez com que o esquadrão antibombas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar fosse acionado. Depois de análise feita com um robô e um raio-x, verificou-se que havia um cilindro de gás com 5 quilos, com potencial de explodir.
"Nós encaramos como um artefato explosivo deixado no local, pela maneira como foi confeccionado", disse o major Iron Sérgio Ferreira da Silva, do Gate. "O gás saia lentamente. O perigo era uma pessoa no ponto de táxi acender um cigarro, se queimar ou, com a explosão do bujão, entrar em óbito".
Moradores chegaram a ouvir um barulho que parecia uma explosão, mas, segundo o major, tratava-se do som de um equipamento usado para esvaziar o botijão. "Para acionar o canhão, é usada uma espoleta. É como se fosse um tiro", explicou.
Ninguém se feriu, e o responsável por abandonar o artefato no local ainda não foi identificado. A mochila e o restante do material foram recolhidos para uma perícia do próprio esquadrão antibombas. O caso foi encaminhado para o 78º DP (Jardins).
Agente do esquadrão antibombas do Gate segura artefato suspeito (Foto: Reprodução/TV Globo)Agente do esquadrão antibombas do Gate segura artefato (Foto: Reprodução/TV Globo)

O bloqueio aconteceu na altura da Rua Leôncio de Carvalho, onde estava localizado o suposto artefato explosivo.
O trânsito foi totalmente interrompido na Pauilsta das 7h53 às 11h05, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
A área foi isolada por motivo de segurança, e os motoristas foram obrigados a desviar pela Praça Oswaldo Cruz.
A internauta Amanda dos Santos Lima, de 26 anos, trabalha em um prédio na Avenida Paulista próximo ao local enviou ao VC no G1 uma foto dos policiais do Gate com o robô para inspecionar o objeto. "Não estão deixando ninguém entrar ou sair do prédio", afirma Amanda, que disse ter ouvido uma pequena explosão no local.
Taxista
Edivalson no ponto onde foi deixado artefato (Foto: Reprodução/TV Globo)Edivalson no ponto onde foi deixado artefato (Foto: Reprodução/TV Globo)

Edivalson Correia da Silva, de 58 anos, é taxista e trabalha há 18 anos no ponto onde o artefato foi deixado. Para ele, o susto serviu como aprendizado: "Sempre sou o primeiro a chegar aqui. Hoje quando cheguei ja tava tudo isolado, se nao tivesse eu ia mexer [no artefato]. Tenho que ficar mais atento".
Internauta Amanda dos Santos Lima registrou a polícia levando o robô para o local do objeto suspeito (Foto: Amanda dos Santos Lima/VC no G1)Internauta Amanda dos Santos Lima registrou a polícia levando o robô para o local do objeto suspeito (Foto: Amanda dos Santos Lima/VC no G1)
Policiais do Gate usam um robô para verificar a mochila suspeita (Foto: Dario Oliveira/Código 19/Estadão Conteúdo)Policiais do Gate usam um robô para verificar a mochila suspeita (Foto: Dario Oliveira/Código 19/Estadão Conteúdo)
Ainda segundo a CET, no horário, havia registro de quase 1 km de congestionamento da Avenida Paulista, sentido Paraíso. O engarrafamento começava a se formar pouco depois da Alameda Casa Branca e se estendia até o acesso à Rua Joaquim Eugênio de Lima.

(Acompanhe o Radar G1 e saiba como está o trânsito em São Paulo agora, com câmeras nas principais vias e indicações de onde o fluxo de carros está lento, intenso ou livre.)
Avenia Paulista vazia após interdilção por causa de ameaça de bomba (Foto: Reprodução/TV Globo)
Avenida Paulista com trânsito intenso no sentido Paraíso. Via foi interditada por causa de ameaça de bomba (Foto: Reprodução/TV Globo)