domingo, 27 de setembro de 2015

Os 100 dias de cárcere do maior empreiteiro do Brasil

O mais poderoso dos empreiteiros alvos da Operação Lava Jato, Marcelo Bahia Odebrecht, completa neste domingo 100 dias encarcerado. Nos meios jurídico, político e empresarial, a efeméride é considerada um marco, por motivos distintos, e tem suscitados debates e batalhas nos tribunais.
Eram 5h30 do dia 19 de junho de 2015 quando uma equipe da Polícia Federal comunicou a prisão dele. Odebrecht, aos 46 anos, estava pronto para uma de suas rotinas matinais: a natação na piscina de sua casa, no bairro do Morumbi, em São Paulo. Seu primeiro pedido aos policiais foi ter acesso ao mandado expedido pelo juiz federal Sérgio Moro - que conduz os processos da Lava Jato, em Curitiba, sede das investigações.
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Nas redes sociais, imediatamente, uma bolsa de apostas informais começou a funcionar. A unanimidade se formava no sentido de que o empresário não permaneceria preso mais do que um fim de semana. Seus defensores alegavam que a prisão era abusiva e seria rapidamente revista. Os céticos iam em outra direção: por ser um homem rico, ele sairia do cárcere porque a Justiça brasileira sempre fora conivente com os poderosos.
A prisão de Odebrecht foi o maior desafio enfrentado até aqui pela força-tarefa do Ministério Público Federal. Chamado pelos demais empreiteiros do esquema de "príncipe", nem mesmo os investigadores acreditavam que ele poderia ficar por longo período encarcerado. Alvo central da 14.ª fase, batizada de Operação Erga Omnes - "vale para todos", em latim -, colocar Odebrecht atrás das grades, para a força-tarefa, era mais do que atingir o suposto líder do esquema de cartel. Sua prisão teve papel simbólico. "A lei deve valer pra todos ou não valer pra ninguém", disse o procurador da República Carlos Fernando de Santos Lima, no dia da prisão.
Dono da nona maior fortuna do País, avaliada em R$ 13 bilhões pela revista Forbes, o presidente do Grupo Odebrecht foi forjado desde criança pelo avô Norberto Odebrecht e pelo pai Emílio Odebrecht para assumir o comando do império familiar. No âmbito da operação, ele é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa em contratos da Petrobrás. O empresário nega todas as acusações.
A expectativa da defesa era tirar o empresário do cárcere em um mês. No entanto, antes de o primeiro pedido de habeas corpus ser analisado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF), Moro decretou uma nova prisão preventiva, no dia 24 de julho. O tribunal, então, julga o pedido prejudicado.
"No curso das investigações, surgiram elementos supervenientes que reforçam a relação entre a Odebrecht e o pagamento de propinas no exterior", afirmou Moro na ordem de prisão. As investigações encontraram cinco contas na Suíça que seriam da Odebrecht. Para Moro, a prisão do executivo se faz necessária porque "a Odebrecht tem condições de interferir de várias maneiras na colheita das provas, seja pressionando testemunhas, seja buscando interferência política, observando que os próprios crimes em apuração envolviam a cooptação de agentes públicos".
Defesa. Para a defesa de Odebrecht, os 100 dias dele na prisão são a marca indiscutível de uma "injusta antecipação de punição", um abuso do juiz para mostrar ao País que os poderosos não estão acima da lei. Segundo os advogados, não há elementos que justifiquem a manutenção dele na prisão. Argumentam que o empreiteiro não foi citado pelos delatores e a teoria do domínio do fato não pode ser aplicada para o presidente de um conglomerado empresarial tão grande quanto o Grupo Odebrecht. A expectativa da defesa é de que nesta semana Odebrecht consiga um habeas corpus.
A cerca de 20 dias de completar 47 anos, Odebrecht na parece estar resignado. É o principal orientador da estratégia de confrontar a validade das provas das investigações da Lava Jato, a competência do juiz Sérgio Moro e sua suspeição para julgar o caso. Não pensa em assinar o acordo de deleção premiada, dizem seus assessores.

POR FAVOR, COMPARTILHEM, INDEPENDENTEMENTE DA CIDADE. A WEB VAI AO MUNDO TODO E A TODOS NO MUNDO.

Por Carmen Alvim Fiscina: "Amigos, conheçam a história desses anjos, que resgatei há mais de 3 anos.
A XUXA (6 anos) e suas duas filhotas, CARMINHA e YASMIN (4 anos), que ainda estavam com os olhinhos fechados quando as resgatei. Elas viviam embaixo de um banco de pedra numa favela na 

POR FAVOR, COMPARTILHEM, INDEPENDENTEMENTE DA CIDADE. A WEB VAI AO MUNDO TODO E A TODOS NO MUNDO.

Por Carmen Alvim Fiscina: "Amigos, conheçam a história desses anjos, que resgatei há mais de 3 anos.
A XUXA (6 anos) e suas duas filhotas, CARMINHA e YASMIN (4 anos), que ainda estavam com os olhinhos fechados quando as resgatei. Elas viviam embaixo de um banco de pedra numa favela na zona norte de São Paulo. O SPYDE (6 anos), foi resgatado após ter sido abandonado pela sua família. Foi deixado numa casa vazia, amarrado por uma corrente, sem água e sem comida. Todos os quatro vivem num abrigo desde o resgate e estão até hoje aguardando uma adoção. Viivem dentro de uma baia, num espaço muito pequeno, não passam sede, nem fome, nem frio, mas não podem correr, até brincam no pequeno espaço, mas eles merecem um espaço maior para correr, para viverem com mais alegria. São muito unidos e as filhotas desde que abriram os olhinhos vivem dentro de uma baia. De tanto ficarem presas juntas numa baia, tornaram-se inseparáveis. Sabemos que uma adoção conjunta não será fácil, mas não impossível! Por favor, nos ajudem a divulgar para que essa "família" que já teve uma vida tão sofrida, encontre alguém especial, com um coração tão grande que caiba os quatro dentro dele, para que finalmente tenham um lar de verdade, com amor, carinho, dignidade e respeito. Todos CASTRADOS, VACINADOS E VERMIFUGADOS."
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 — com Carmen Alvim Fiscina.


Papa se encontra com vítimas de abuso sexual e vai a presídio Em visita à Filadélfia, papa contou sobre encontros a bispos. 'Deus chora pelo abuso sexual de crianças', disse o pontífice.

O Papa Francisco disse a bispos na Filadélfia neste domingo (27) que se encontrou com vítimas de abuso sexual cometido por clérigos, acrescentando que "Deus chora" por elas.
As informações sobre os abusos e sobre como eles foram encobertos tornaram-se notícia em 2002. Grupos de vítimas disseram que a Igreja não fez o suficiente para combatê-los."Deus chora pelo abuso sexual de crianças", disse o pontífice de 78 anos. "A juventude é protegida e... todos os responsáveis serão responsabilizados", disse o pontífice, segundo a Reuters.
A estimativa é de que mais de 100 mil crianças norte-americanas tenham sido vítimas de abuso sexual por sacerdotes, segundo disseram especialistas de seguradoras em documento apresentado ao Vaticano em conferência de 2012.
Segundo a agência AFP, Francisco recebeu durante meia hora em um seminário três mulheres e dois homens, "vítimas de abusos sexuais cometidos por membros do clero, educadores e membros de suas famílias", informou em um comunicado do Vaticano.
Papa Francisco cumprimenta detentos durante sua visita a um presídio na Filadélfia neste domingo (27)  (Foto: David Maialetti/The Philadelphia Inquirer)Papa Francisco cumprimenta detentos durante sua visita a um presídio na Filadélfia neste domingo (27) (Foto: David Maialetti/The Philadelphia Inquirer)
"Irmãos bispos, bom dia. Carrego gravado em meu coração essas histórias, o sofrimento e a dor dos menores que foram abusados sexualmente por sacerdotes", afirmou o a Papa no início da reunião com os bispos, acrescentando que "aqueles que sofreram tornaram-se verdadeiros heróis da misericórdia"
Filadélfia, cidade da costa oeste americana a meio caminho entre Washington e Nova York, foi uma das regiões mais atingidas nos Estados Unidos por este escândalo na década de 1980. "O Papa escutou os testemunhos dos visitantes e lhes dirigiu algumas palavras, antes de falar com cada um individualmente", informou o Vaticano.
Francisco já havia tratado o caso em várias ocasiões durante esta viagem, mas sempre de forma discreta. Seu antecessor, Bento XVI, encontrou-se com vítimas da pedofilia em Boston em 2008. As associações de vítimas ainda não haviam se pronunciado.
Visita a prisão
Após o encontro com as vítimas e sua apresentação diante dos bispos, o papa fez uma atividade que costuma fazer parte de suas viagens oficiais: visitou a prisão de Curran-Fromhold, nos arredores da Filadélfia.
Papa Francisco cumprimenta funcionários de presídio na Filadélfia durante visita  (Foto: AFP Photo/Todd Heisler)Papa Francisco cumprimenta funcionários de presídio na Filadélfia durante visita (Foto: AFP Photo/Todd Heisler)
"Estou aqui como pastor mas sobretudo como irmão para compartilhar de sua situação e fazê-la minha também", disse em discurso antes de cumprimentar com um aperto de mãos cada um dos detentos, sentados em filas numa grande sala.
Francisco chegou a trocar palavras com alguns deles e recebeu de presente uma cadeira fabricada pelos internos. Em sua mensagem em espanhol, disse que é "triste constatar que os sistemas prisionais não buscam curar as feridas, sanar as feridas, dar novas oportunidades".
O sumo sacerdote planeja dizer adeus aos Estados Unidos com uma missa na qual são esperadas 1,5 milhão de pessoas, que também servirá de encerramento para o VIII Encontro Mundial das Famílias Católicas.
Esta décima viagem do primeiro papa das Américas começou em Cuba, onde pediu que o país continue no caminho da reconciliação.

Dilma: até 2025, redução de gases será de 37%

Presidente fez o anúncio durante a Cúpula de Desenvolvimento nas Nações Unidas, nos EUA; até 2030, promessa é de uma redução de 43%
No discurso, Dilma também citou as metas do país em termos de energia, principalmente a diversificação do mix de energias renováveis / TIMOTHY A. CLARY / AFPNo discurso, Dilma também citou as metas do país em termos de energia, principalmente a diversificação do mix de energias renováveisTIMOTHY A. CLARY / AFP
O Brasil reduzirá em 37% as emissões de gases do efeito estufa até 2025, e em 43% até 2030, anunciou neste domingo a presidente Dilma Rousseff durante a Cúpula de Desenvolvimento nas Nações Unidas, nos Estados Unidos.

"Quero anunciar que será de 37% até a 2025 a contribuição do Brasil para a redução de emissão de gases do efeito estufa e para 2030 a nossa ambição é de redução de 43%", afirmou a presidente em discurso na sede de ONU, em Nova York.

O Brasil levar estas propostas à Conferência COP 21 sobre o Clima no final de novembro, em Paris.

Nessa cúpula, que segue a realizada em Lima em 2014, deve adotar um acordo final para frear o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Será uma "oportunidade única" para elaborar uma "resposta comum" para os desafios climáticos, ressaltou Dilma.

Segundo a presidente, o Brasil também vai se comprometer "em primeiro, com o fim do desmatamento ilegal no país. Segundo, a restauração e o reflorestamento de 12 milhões de hectares. Terceiro, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradas. 

Quarto, a integração de 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-floresta".

No discurso, Dilma também citou as metas do país em termos de energia, principalmente a diversificação do mix de energias renováveis.

"Não cabem atalhos na Constituição", diz comandante do Exército Villas Boas "Não há hipótese de os militares voltarem ao poder", declara o general

Breno Fortes/CB/D.A Press


O gaúcho Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, 63 anos, é o chefe de 217 mil militares. Comandante do Exército desde o último mês de fevereiro, ele enfrenta duas das missões mais difíceis de uma carreira iniciada em 1967: o corte orçamentário que atinge os projetos definidos como estratégicos pela Força e a ausência de reajustes da categoria. “Corremos o risco de retroceder 30, 40 anos na indústria de defesa”, disse Villas Bôas. Durante entrevista exclusiva na manhã da última sexta-feira, o general também lamentou a defasagem dos rendimentos da tropa, principalmente se comparados aos de outras carreiras.

Villas Bôas teme que todos os projetos estratégicos — que incluem defesa antiaérea e cibernética, proteção das fronteiras, renovação da frota de veículos — se percam por falta de dinheiro. Ao longo de 90 minutos, no gabinete principal do Quartel-General do Exército, Villas Bôas falou pela primeira vez com um veículo de imprensa. Ele disse não haver chance de os militares retomarem o poder no Brasil, elogiou o ministro da Defesa, Jaques Wagner, e disse que o país precisa de uma liderança efetiva no futuro. “Alguém com um discurso que não tenha um caráter messiânico — e é até um perigo nessas circunstâncias. Alguém que as pessoas identifiquem como uma referência.”

Programas das Forças Armadas, mais especificamente do Exército, sofrerão cortes drásticos. Como o senhor avalia essa dificuldade?
Com preocupação. A situação financeira que a gente tem ouvido é que o ano que vem será tão ruim quanto este. E 2017 também será um ano muito, muito ruim, seguido de um período razoável de crescimento muito baixo. Isso indica que não vão haver mudanças significativas no orçamento. Estamos correndo o risco de retroceder 30, 40 anos quando uma indústria de defesa era a oitava do mundo, tinha conquistado mercados externos, mas se perdeu praticamente toda. A gente corre o risco de isso vir a acontecer novamente, porque nesses anos os projetos ficaram no mínimo para não serem descontinuados. Mas, se isso prosseguir, acredito que as empresas não terão condições de manter projetos. E a perda é muito grande.

Qual é o risco imediato?
O Guarani é um programa de longo prazo, de um custo total de R$ 20 bilhões. Íamos comprar 1.200 carros, mas, neste ritmo dos cortes orçamentários, de adquirir 60 carros por ano, vamos levar 20 anos. O ciclo de implantação não será concluído e já estará obsoleto. Atravessamos um período de 30 anos de penúria orçamentária. Com isso, o Exército foi se esgarçando, porque não é da nossa natureza dizer não. Se se estabelece que é necessário o cumprimento de alguma tarefa, vamos cumprir. Nós nos acostumamos a matar um leão por dia, mas perdemos a capacidade de pensar a longo prazo, estrategicamente. Até que veio o governo do presidente Lula e essa série orçamentária que era declinante se reverteu e começou a melhorar.

Com o ministro Nelson Jobim?O marco foi quando o presidente Lula chamou o ministro (Nelson) Jobim para o Ministério da Defesa e disse: “Sua missão é colocar a defesa na pauta de discussão nacional”. E, aí, o ministro Jobim, com o ministro Mangabeira Unger, elaborou uma Estratégia Nacional de Defesa, um marco na história da defesa. Pela primeira vez, o poder político disse aos militares qual era a concepção de Forças Armadas, o que entendiam como necessário para o Brasil. Por exemplo, a estratégia nacional de Defesa determina que o Exército deve cumprir a estratégia da presença, principalmente na Amazônia. Sempre estabelecemos que a nossa estratégia da Amazônia era a presença. Por uma coisa autoimposta. Porque a gente entendia que era a maneira adequada de tratar o tema. Mas, com a estratégia, isso teve um efeito especial, porque há uma contrapartida. Tive condições de apresentar a nota para o governo. Outra mudança importante foi em relação aos projetos estratégicos. É importante que os recursos das Forças Armadas tenham previsibilidade e regularidade, porque não adianta ter um volume grande de recursos num ano e, no outro, não ter. Com a estratégia nacional de Defesa a gente pôde fazer uma reestruturação interna do Exército.

Como assim?
Em 2010, houve o terremoto no Haiti, em 12 de janeiro. Já estávamos no Haiti. Imediatamente a ONU pediu que o Brasil dobrasse o efetivo. Eram mil e poucos homens e pediram que a gente dobrasse o efetivo. Isso custou três semanas para reunir um batalhão para levar para o Haiti. Veja que um Exército de 200 mil integrantes levar três semanas para organizar um batalhão para ir para o Haiti — isso porque a gente já estava lá — não podia ser assim. Aquilo foi uma gota d’água. Um Exército como o nosso, de um país como o nosso, tem que estalar os dedos e deslocar um batalhão nas áreas de interesse estratégico, em 24 horas, 48 horas. Então isso foi um alerta que ligou e começamos um processo de transformação. A Marinha e a Aeronáutica saíram na frente, porque eles estavam acostumados a grandes projetos, como no caso dos projetos dos aviões. A Marinha já vinha tratando do projeto do submarino. E a gente se estruturou para gerenciar esses sete grandes projetos que agora é que estão amadurecendo. Ainda estamos na fase de operação, e vamos ter essa interrupção.

É uma frustração?
É uma reversão de uma expectativa extremamente positiva.

O Brasil defende uma presença no Conselho de Segurança e, no ntanto, as Forças Armadas sofrem restrições. Não há incoerência?
Um país como o Brasil, que hoje é a oitava economia do mundo, naturalmente tem assumindo uma liderança regional, na América Latina, expandindo a sua área de interesse, pleiteando assento no Conselho de Segurança da ONU. Um país que pretende atingir esse patamar tem de ter capacidade de fazer o que se chama de projeção de poder. Precisa ter presença diplomática, econômica. Preciso ter presença política, capacidade de influência, e tudo respaldado por uma capacidade de presença militar. E isso pressupõe projeções de força. O país projeta poder e essa projeção de força cabe às Forças Armadas. Estamos caminhando nessa direção, de adquirir essa capacidade de realizar a projeção de força. E agora se vê interrompido. Pelas projeções que se fazem hoje, antes de 2035, tudo que foi concebido agora estará obsoleto. Isso que está acontecendo não afeta apenas o Exército. Afeta um projeto de um país. O Brasil tem uma conjuntura estratégica peculiar. São poucos países que vivem essa preocupação, como a China, a Índia, a Rússia. Vivemos em pleno século 21 com metade do nosso território não ocupado, não integrado, não articulado, com a população não dispondo de infraestrutura social e econômica para atender às necessidades. E a única capacidade de atendimento das necessidades básicas da população está nas Forças Armadas. Isso exige de nós estar espalhados, com capilaridade no território. Com isso, temos dificuldades para trocar quantidade por qualidade. Temos que adquirir qualidade, mas, ao mesmo tempo, manter a quantidade, essa presença que temos em muitos lugares. Por exemplo, na Amazônia, a nossa presença física, um pelotão especial de fronteira, está delimitando o espaço da soberania brasileira. Até coisas básicas ela cumpre hoje. Por exemplo, as comunidades indígenas, numa grande área, dependem do atendimento médico do Exército.

O senhor atribui essa dificuldade no corte do orçamento a uma ngerência política?
Não. Atribuo à crise econômica que o país está vivendo. A partir do momento em que o Brasil apresentou esse orçamento pressupondo um deficit... A gente tem a consciência da realidade do país. Essa é uma característica nossa. O Exército tem uma interface com a sociedade. Passamos tempo na favela da Maré, a gente conhece a realidade das pessoas. E o Brasil é um país com muitos problemas de desigualdade social, de falta de infraestrutura. Eu não queria estar no lugar do governo, na área econômica, porque eu vejo a dificuldade que eles têm. O Ministério da Saúde, com todos os problemas, sofreu um corte de R$ 12 bilhões. Eu não vejo intenção política de prejudicar as Forças Armadas.
A oposição atribui ao fato de o ministro Jaques Wagner estar voltado para negociações políticas a falta de atenção com a Defesa.

Devo confessar que o Ministério da Defesa fez um bom trabalho na negociação do orçamento. Apesar dos problemas econômicos, eles conseguiram preservar programas. Poderia ter sido pior. Preciso admitir que foi um trabalho intenso e consistente. E foi uma das melhores negociações de orçamento que a gente já viu.

O Exército cada vez mais assume funções sociais, como saúde, segurança. Quando o poder público civil falha, chama-se o Exército. O senhor considera essa função atípica?
Essa questão está sempre presente nos nossos fóruns. São dois polos. Um polo é aquele que o Exército e as Forças Armadas se destinam apenas à defesa da Pátria, ou seja, o Exército ficaria só para fazer guerra. O outro polo é de gente que acredita que o Exército virou uma empresa de prestação de serviços. Mas, na verdade, o que se vê na tendência mundial é que as Forças Armadas têm de estar em condições de atender às demandas da população.

Então estamos no caminho certo?
Sim, estamos no caminho certo. O nosso projeto do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) não é um sistema para capacitar o Exército a realizar aquelas tarefas de combater o crime organizado, o narcotráfico, de armas ou contrabando. Não. É uma estrutura para que o Exército proporcione às instituições responsáveis por aquelas tarefas condições de realizá-las.

Nesse momento crítico, a questão dos salários é uma coisa forte...
É um problema grave. Se colocarmos ou fizermos um ranking dos salários das polícias militares, o Exército estará no meio.

E deveria estar aonde?
Deveria estar no topo. É um parâmetro. O que o governo tem despendido para o pagamento de pessoal das Forças Armadas vem decrescendo em relação a outros setores. Já estávamos achatados, e agora a tendência é mais ainda, o que só se agrava, porque o aumento viria até janeiro do ano que vem escalonado. E já foi adiado por sete meses. É um esforço que está sendo realizado por todo o país, só que surpreende quando a gente vê categorias ganhando aumento substancial num momento como esse. Isso, claro, aumenta a frustração interna.

O senhor fica sem discurso.
Claro.

E também perde gente capacitada.
A procura pelas Forças Armadas oscila pouco, mas é sempre alta. E nós temos dificuldade de conhecimento, a evasão aumenta nos setores de mercado, por exemplo em áreas técnicas, de engenharia, saúde. Isso é mais um dos efeitos negativos da frustração que os cortes dos projetos causam. Um engenheiro se envolve num projeto como se esse aquilo fosse a vida dele, com paixão. (Com os cortes), ele fica mais suscetível a esse tipo de atrativo externo do mercado.

Qual é o ponto de vista do Exército em relação à descriminalização das drogas?
O combate às drogas nas cidades não é atribuição nossa. Mas tomo como referência a posição de duas instituições importantes. Em primeiro lugar, as polícias, que fazem a linha de frente e sofrem com isso. Elas entendem que vai haver uma piora. Até porque já há a descriminalização. Vai se criar uma elasticidade maior, o que será mais difícil ainda de coibir. E o outro é a área médica. Conversei com o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. Ele está muito preocupado em relação à descriminalização. Diz que, muito provavelmente, vai aumentar o índice de suicídios. O Exército não se pronunciou institucionalmente. Pessoalmente, me balizo e me manifesto por essas orientações. Mas confesso que, como está, não está bom.

O que o senhor quer dizer?
Se me perguntarem qual é a maior ameaça à segurança do país, digo que é o tráfico de drogas. Porque temos uma fronteira de quase 17 mil quilômetros. Estados Unidos e México têm 3 mil quilômetros de fronteira, e o governo americano, com todo aquele aparato policial e tecnológico, não consegue vedar. Imagine o que é para nós. Temos um país vizinho que é produtor de cocaína e maconha. Somos o segundo maior consumidor do mundo e somos corredor de passagem. Nós, do Exército, estamos muito preocupados pela iminência de que haja plantio de coca dentro de nosso território, porque foi desenvolvida uma variedade adaptada ao clima quente e úmido da Amazônia baixa. Então, junto à fronteira brasileira, está repleto de plantio de coca. Para isso passar para nosso território, é um pulo. Então há essa preocupação muito grande para que não nos tornemos também produtores de coca, porque isso altera nossa posição, juridicamente, no ambiente internacional. O tráfico na Amazônia ainda é pouco organizado, mas está caminhando para se organizar. As grandes organizações criminosas de Rio e São Paulo estão chegando lá. Em Manaus, surgiu uma grande organização, chamada Família do Norte, que faz a interface das produções dos países vizinhos com o comando de São Paulo. Na fronteira com os países vizinhos já se detectou a presença de cartéis internacionais, com modus operandi muito violento e capacidade de contaminação de instituições muito grande.

Há também o problema das armas.
De onde vem a droga, vai a arma. Paga-se um pelo outro. É um problema muito sério, que está se agravando. Os indicadores das polícias apontam a presença de armas cada vez mais sofisticadas e potentes nas mãos do crime organizado.

Qual é o atraso hoje no Sisfron?
Este ano era para termos concluído a implantação do projeto piloto no Mato Grosso do Sul e em Rondônia. Isso só vai acontecer, provavelmente, em 2016. Talvez até se estenda mais um ano. No projeto como um todo, a previsão para concluirmos a implantação era 2022. Agora, a se manter o atual ritmo, deve-se concluir em 2035, apenas, ou depois até. E nesse projeto Sisfron, que usa tecnologias críticas, mais avançadas, a obsolescência é mais rápida. Então não teremos cumprido a implementação e já estaremos às voltas com mais necessidades.

É uma crise claramente econômica. Mas há uma crise política. Há risco de instabilidade? Há preocupação do Exército nesse sentido?
Há uma atenção do Exército. Eu me pergunto: o que o Exército vai fazer? O Exército vai cumprir o que a Constituição estabelece. Não cabe a nós sermos protagonistas neste processo. Hoje o Brasil tem instituições muito bem estruturadas, sólidas, funcionando perfeitamente, cumprindo suas tarefas, que dispensam a sociedade de ser tutelada. Não cabem atalhos no caminho.

O que acha dos manifestantes que defendem intervenção militar?
É curioso ver essas manifestações. Em São Paulo, em frente ao Quartel-General, tem um pessoal acampado permanentemente. Eles pedem “intervenção militar constitucional” (risos). Queria entender como se faz. Interpreto da seguinte forma: pela natureza da instituição, da profissão, pela perseguição de valores, tradições etc. A gente encarna uma referência de valores da qual a sociedade está carente. Não tenho dúvida. A sociedade esgarçou seus valores, essa coisa se perdeu. Essa é a principal motivação de quererem a volta dos militares. Mas nós estamos preocupados em definirmos para nós a manutenção da estabilidade, mantendo equidistância de todos os atores. Somos uma instituição de Estado. Não podemos nos permitir um descuido e provocar alguma instabilidade. A segunda questão é a legalidade. Uma instituição de Estado tem de atuar absolutamente respaldada pelas normas em todos os níveis. Até para não termos problemas com meu pessoal subordinado. Vai cumprir uma tarefa na rua, tem um enfrentamento, fere, mata alguém, enfim... não está respaldado. E aí, daqui a pouco, tem alguém meu submetido na Justiça a júri popular. Terceiro fator: legitimidade. Não podemos perder legitimidade. O Exército tem legitimidade por quê? Porque contribui para a estabilidade, porque só atua na legalidade. Pelos índices de confiabilidade que a sociedade nos atribui, as pesquisas mostram repetidamente, colocam as Forças Armadas em primeiro lugar. E, por fim, essa legitimidade vem também da coesão do Exército. Um bloco monolítico, sem risco de sofrer qualquer fratura vertical. Por isso as questões de disciplina, de hierarquia, de controle são tão importantes para nós. O Exército está disciplinado, está coeso, está cumprindo bem o seu papel. 

Com Marta, PMDB mira São Paulo em 2016, e Planalto com Temer em 2018 Senadora diz que suas conquistas como prefeita da cidade são agora "patrimônio do PMDB" Novo ‘divórcio’ de Marta Suplicy dá a largada para a eleição de 2016

Marta e Temer neste sábado em São Paulo. / V. C.  (BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS)
Em clima de festa no histórico teatro Tuca em São Paulo, a senadora Marta Suplicy oficializou neste sábado sua união ao PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, que está com um pé fora da base aliada do Governo Dilma Rousseff. Depois de 33 anos de vida política no Partido dos Trabalhadores, a senadora anunciou sua saída da legenda em abril deste ano, após sucessivas críticas à condução da política econômica.
Ao lado dos caciques peemedebistas, Marta proferiu um discurso dando um golpe final no PT: "o Bilhete Único, o Vai e Vem e os CÉUs agora são nossos. É patrimônio do PMDB", disse, citando seus principais - e mais prestigiados - projetos como prefeita de São Paulo, quando governou a cidade sob a bênção do PT entre os anos 2000 e 2004.
A filiação de Marta ocorre em um momento em que o PMDB consolida seu caminho para um voo solo em 2018. O partido já afirmou que disputará a presidência com uma chapa única nas próximas eleições ao Planalto, depois de 21 anos. A última vez que o partido saiu com candidato próprio à presidência foi em 1994, com o ex-governador paulista, Orestes Quércia, que não chegou a passar para o segundo turno. Para alcançar agora ao Planalto, o PMDB terá de construir suas bases já no ano que vem, quando ocorrem as eleições municipais. E o clima no Tuca deixava claro que Marta Suplicy será a candidata, apesar de ter outro candidato correndo por fora, Gabriel Chalita, atual secretário de Educação da capital.
"Um, dois, três, quatro, cinco, mil. Marta e Michel em São Paulo e no Brasil", gritavam os eleitores da senadora dentro do teatro, puxado pelos organizadores. E a nova candidata levou seus fãs para o Tuca. "Sou apaixonada pela Marta Suplicy", disse Valdirene Rodrigues de Carvalho. "Quando ela era candidata à prefeitura, eu não tinha dinheiro para comprar uniforme para os meus filhos. Ela prometeu que daria um jeito nisso e, graças a ela, meus filhos puderam ir para a escola como as outras crianças". Valdirene veio espontaneamente do Jardim Cidade Pirituba, a 13 quilômetros dali, para prestigiar Marta, que, quando prefeita, entregou uniforme escolar gratuitamente aos alunos da rede municipal.
O PMDB, porém, desconversa quando o assunto é eleições municipais. "Nós vamos deixar essa discussão da candidatura para o ano que vem", afirmou o deputado Baleia Rossi, presidente do diretório estadual do partido. "Claro que ela [Marta]  tem esse desejo [de ser candidata à prefeitura], e tem todas as qualidades para ser a nossa candidata, assim como tem o Gabriel Chalita, que já foi candidato, teve quase um milhão de votos".
Gabriel Chalita, que é presidente do diretório municipal do PMDB, também desconversa sobre uma possível disputa pela candidatura no ano que vem. "Estou feliz com a chegada de Marta. Ela é um grande quadro", disse. "Mas só vamos discutir eleições no ano que vem".
Para o cientista político Claudio Couto, uma possível candidatura de Marta pode se beneficiar da baixa popularidade do atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP). "O motivo dela ter saído do PT e ingressado no PMDB, era justamente por ela querer ser candidata à prefeitura", diz. "Com essa entrada no PMDB, ela tem essa chance. E, em virtude dessa avaliação não muito boa de Haddad, a chance dela aumenta mais ainda".Enquanto os peemedebistas saem pela tangente, o cenário, segundo analistas, já está definido. "Pode haver alguma disputa de fundo formal dentro do PMDB, mas acho difícil que ela não seja a candidata", afirma Rafael Cortez, analista político da Tendências Consultoria. "A candidatura dela, se não é garantida, está bem encaminhada dentro da legenda". Para ele, esse quadro condiz bastante com a estratégia do PMDB de alçar um voo solo em 2018, se desassociando do PT o máximo possível.
Quando Marta deixou a prefeitura de São Paulo, ela contava com a aprovação de 49% dos paulistanos. Mas não se reelegeu. Tentou, sem sucesso, conquistar a classe média e alta, reduto do seu então adversário, José Serra (PSDB-SP), que acabou vencendo as eleições. Apelidada de Martaxa na classe média por ter criado impostos progressivos que isentavam os mais pobres, como a do lixo e a da luz, Marta conquistou um legado na periferia por, fundamentalmente, duas grandes marcas: a criação do Centro Educacional Unificado (CEU), complexo educacional, esportivo e cultural nas periferias, e do Bilhete Único, com o qual usuários podem fazer mais viagens pelo preço de uma.
Se essas realizações a credenciam como uma das mais fortes candidatas à prefeitura, Marta não estará livre de contradições que lhe serão cobradas durante a corrida eleitoral. "A gente quer um Brasil livre da corrupção e das mentiras", disse, neste sábado. "Estou no PMDB do doutor Michel [Temer] que vai reunificar o país. (...) Michel, conte comigo para reunificar o país". Sua nova casa, porém,tem oito políticos investigados pela operação Lava Jato. Quatro deles estavam com ela no palco do Tuca neste sábado. "Olha aí o corrupto da Petrobras falando", disse Gilvan Ramos, da Associação de Moradores do Parque Anhanguera, quando Eduardo Cunha dava as boas vindas à nova companheira. "Tô aqui por causa da Marta. Se não fosse meu respeito por ela, já teria gritado que ele é um corrupto safado".
Cunha está sendo investigado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A procuradoria-geral da República acusa o deputado de ter pressionado o lobista Júlio Camargo a pagar cinco milhões de dólares de propina para garantir que a Samsung, representada por Camargo, construísse dois navios-sondas da Petrobras. A denúncia foi confirmada nesta sexta-feira pelo doleiro Fernando Baiano, que trabalhou para o PMDB, e fechou acordo de delação premiada com os invesgadores da Lava Jato. Se não apresentar defesa consistente, Cunha corre o risco de perder a presidência da Câmara.
Assim, se a candidata a prefeita agrada a periferia por suas obras, desagrada uma parte do eleitorado paulistano que enxerga incoerência em seu discurso. “O PMDB não é exatamente um lugar pra onde vai alguém que rechaça um partido com problemas de corrupção", afirma Claudio Couto. "Essa desculpa não cola. A relação da Marta com o PT se devia muito à falta de poder dela dentro do partido, do que por qualquer outro motivo".
Marta agradeceu a Cunha pela presença durante o lançamento da sua candidatura neste sábado. "Cunha, que é um líder focado e determinado, quero agradecer a sua presença", disse. O deputado aproveitou sua fala para reafirmar a necessidade de romper com o PT. "Não podemos mais ir a reboque de quem quer que seja. Time que não joga não tem torcida. Chega de usar o PMDB apenas como parte de um processo para dar cobertura congressual para aquilo que a gente não participou. (...) Que o PMDB siga seu exemplo, Marta. Vamos largar o PT".
Uma bateria de samba encheu o teatro para receber a senadora e a cúpula do partido. "Você pagou com traição a quem sempre te deu a mão", cantavam. Eleitores de Marta chegavam aos montes nos ônibus e vans bancados pelo PMDB. Uma mesa com lanche grátis e refrigerante os recepcionava no saguão do teatro.
Marta chega ao PMDB faltando apenas uma semana para o fim do prazo de filiação dos políticos interessados em disputar as eleições do ano que vem. Simbolicamente, o ato desde sábado confirma mais um golpe para o PT, o grito de independência do PMDB e da própria Marta, e que as eleições de 2016 já começaram.

Homem negro em cadeira de rodas morre alvejado pela polícia nos EUA Polêmica após divulgação de vídeo de episódio de uso excessivo de violência pela polícia Crimes de policiais nos EUA: entre a negação e a condenação individual

Policial dispara contra Jeremy McDole em Delaware.
Jeremy McDole estava paralisado da cintura para baixo desde os 18 anos, quando um tiroteio o obrigou a usar cadeira de rodas. Na quarta-feira passada, este homem negro de 28 anos morreu sentado em sua cadeira de rodas devido a disparos feitos pela polícia, no que se acredita ser mais um episódio de uso excessivo de violência pelas forças da ordem nos Estados Unidos.
Quando o homem desobedeceu à ordem e levou suas mãos ao colo, foi atingido por tiros de pelo menos três policiais repetidas vezes.McDole morreu perto do asilo em que residia, na cidade de Wilmington (Delaware). A polícia chegou ao local do tiroteio depois de receber um alerta de que um homem negro havia disparado uma arma. Os agentes encontraram McDole e gritaram ordenando que soltasse um suposto revólver e pusesse as mãos para o alto.
Depois da divulgação do vídeo com o incidente, gravado por um transeunte com seu celular, o chefe de polícia de Wilmington, Bobby Cummings, defendeu seus agentes. O homem “não cumpriu as ordens dos policiais”, declarou Cummings.
As imagens são duras e mostram como um policial se aproxima de McDole enquanto manda que levante as mãos e jogue a arma no chão. Então se ouve um disparo, e alguém atrás da câmera diz que o cadeirante foi atingido e está sangrando. Outros agentes se juntam ao primeiro, gritando ordens a McDole, que se contorce em sua cadeira de rodas enquanto mexe as mãos.
A mãe do morto, Phyllis McDole, rejeita a versão da polícia e assegura que seu filho “não sacou nenhuma arma”. “Estava com as mãos no colo”, disse, segundo informa a cadeia norte-americana de televisão CNN.
O tio do jovem, Eugene Smith, foi ao local e declarou à agência de notícias Associated Press que foi uma execução. “Não me importa se era branco, negro ou o que quer que fosse. Foi executado.”