"O volume é de algumas centenas de toneladas, de acordo com estimativas preliminares", afirmou o general Shi Luze, em conferência de imprensa, referindo que o cianeto foi identificado em duas localizações da zona onde ocorreram as explosões, na quarta-feira.
A informação dada pelo general Shi Luze é a primeira confirmação oficial da presença dos químicos no armazém.
No sábado, especialistas que colaboram na investigação consideraram ser "possível" que os contentores armazenassem cianeto de sódio, altamente tóxico, entre outros produtos químicos, como nitrato de amónio, nitrato de potássio e carboneto de cálcio.
O desastre gerou receios de contaminação tóxica e residentes e familiares das vítimas pedem explicações às autoridades sobre o que dizem ser um bloqueio à informação, depois de a China ter suspendido ou encerrado centenas de contas nas redes sociais por alegadamente espalharem "rumores" sobre as explosões.
Segundo um balanço divulgado na manhã de hoje, 112 pessoas morreram e 95 continuam desaparecidas, incluindo 85 bombeiros, embora as autoridades tenham advertido que alguns deles poderiam estar entre os 88 cadáveres não identificados encontrados até agora.
As explosões causaram mais de 700 feridos.
Entretanto, a Administração da Aviação Civil da China (CAAC) pediu aos terminais de transporte aéreo de carga para separar as embalagens que contenham produtos químicos perigosos e remover aqueles que não são autorizados a ser transportados por via aérea.
As medidas citadas hoje pela agência de notícias Xinhua surgem depois de informações divulgadas na imprensa de que produtos químicos perigosos - que alegadamente terão causado as explosões de grande dimensão esta quarta-feira em Tianjin - não terão sido armazenados em separado no armazém e poderão ter excedido o volume máximo permitido naquele tipo de depósito.
Maior porto do norte da China, situado a 150 quilómetros de Pequim, Tianjin é a sede de um município com cerca de 15 milhões de habitantes.