domingo, 24 de maio de 2015

Weidman aguenta pressão inicial e nocauteia Belfort no primeiro round Campeão resiste à blitz imposta pelo brasileiro, mostra coração, leva para baixo e usa ground and pound agressivo para nocautear o Fenômeno ainda no primeiro assalto

Vitor Belfort tentou. Superou o banimento do TRT, preparou-se como nunca para conquistar o terceiro cinturão do UFC de sua carreira e teve a chance de deixar o octógono com uma conquista histórica. Mas do outro lado havia um lutador excepcional. Chris Weidman, duas vezes algoz de Anderson Silva, aumentou sua invencibilidade para 13 lutas ao derrotar o brasileiro por nocaute técnico, aos 2m53s do primeiro round, no co-evento principal do UFC 187. O Fenômeno chegou a assustar os americanos ao colocar o rival contra a grade com uma sequência de socos que, contra muitos outros adversários, seria fulminante. Mas o "All American" mostrou que tem um grande poder de absorção e venceu a batalha da juventude contra a experiência.
Weidman bate Belfort (Foto: Getty Images)Chris Weidman usou seu ground and pound para vencer Vitor Belfort no primeiro round (Foto: Getty Images)
Nas 12 lutas anteriores de Vitor Belfort, apenas Anderson Silva e Jon Jones se mostraram capazes de superá-lo. E Chris Weidman, que bateu Spider duas vezes, deixou claro que não tem um cartel perfeito por acaso. Carrasco de brasileiros, ele chegou ao quinto resultado positivo na carreira contra atletas tupiniquins. 
Weidman x Belfort UFC (Foto: Josh Hedges/GettyImages)Weidman mostrou grande superioridade no chão contra Belfort (Foto: Josh Hedges/GettyImages)
- Eu tinha programado na mente que seria uma luta agarrada. Mas quero uma salva de palmas para Vitor Belfort, ele é uma lenda do esporte. Eu sou a última pessoa que gosta de falar mal dos outros, só tinha algo de errado com seus testes. Mas não quero xingar ninguém - afirmou Weidman, após o triunfo.
Weidman não esperou muito tempo para conectar seu primeiro golpe. Assim que Herb Dean ordenou o início, o campeão acertou um chute alto. Pouco depois, ele jogou dois chutes altos no vazio. Mas em começo de luta, é bom não vacilar contra Vitor Belfort. O Fenômeno foi como um trator para cima, encurralou o rival na grade, acertou uma série de socos e deu a impressão de que nocautearia. Mas ninguém é dono de um cinturão do Ultimate a toa. E o "All American" mostrou que tem coração de campeão, absorveu bem os golpes, colocou o rival para baixo e, dali em diante, passeou no solo. Com imensa facilidade, ele passou a guarda, montou e aplicou um ground and pound extremamente agressivo. O árbitro até esperou bastante, mas Vitor já estava entregue. Não havia mais o que fazer. O americano ainda fez sinal de "não" para o brasileiro ainda caído.

Veja soluções de seis países para vencer a falta de água e o desperdício

Com a aproximação do inverno, grande parte do país entra em estado de atenção devido à falta de chuvas.
Com isso, o fantasma da escassez de água passa a rondar governos, que tentam agilizar projetos para evitar um possível desabastecimento nas grandes cidades e áreas rurais.
Em vários países, os períodos de seca já não representam tanto risco. Eles são enfrentados com tecnologia e planos ambiciosos de gestão da água, alguns implementados há décadas. Sem essas ações, Israel, encravado em um deserto, ou Cingapura, uma ilha que importa água de outros locais, não sobreviveriam.
Suas experiências podem servir de inspiração ao Brasil, que desde 2013, quando o Sudeste enfrentou a pior seca já registrada nos últimos 50 anos, passou a se preocupar mais com os recursos hídricos, já escassos em várias localidades.
G1 lista o que seis países de diferentes partes do mundo fizeram ou fazem para manter o abastecimento, evitar o desperdício e conscientizar a população sobre a importância da água. As iniciativas foram apresentadas em um seminário internacional realizado em São Paulo, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente.
Dados da Austrália e suas tecnologias contra a escassez de água (Foto: G1)
Austrália
O país que viveu entre 1997 e 2009 o mais severo período de seca já registrado, e que entre 2013 e 2014 teve 156 recordes de temperatura,precisou se adaptar para manter o abastecimento de milhões de moradores.
Foram investidos cerca de R$ 6 bilhões em infraestrutura, o que ajudou a combater vazamentos e a economizar água.
Segundo Tony Wong, do Programa de Cooperação em Pesquisa da Austrália, em Melbourne, um dos exemplos para combater o desperdício foi a realização de obras para que as águas residuais que saem das casas sigam para reservatórios próprios.
Depois de tratada, a então "água de reúso" retorna para as moradias, já adaptadas para receber o líquido em uma torneira especial, que poderá ser utilizado na limpeza da casa, lavagem de roupas e outras atividades em que se consiga evitar o emprego de água potável.
Além disso, em várias cidades do país foram construídas usinas de dessalinização, que transformam a água do mar em potável. Em Melbourne, o complexo ainda não foi utilizado, mas foi erguido para ser uma espécie de seguro em casos de extrema escassez hídrica.
É viável para o Brasil?
Dante Ragazzi, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), diz que o Brasil pode utilizar essas tecnologias para melhorar o abastecimento e a adaptação a eventuais secas. Porém, ele afirma que algumas delas só funcionariam plenamente a longo prazo.
Ragazzi diz que o combate a vazamentos já é feito no país, mas que é preciso investir muito mais em infraestrutura para a água de reúso chegar até as casas. “Tecnicamente é possível, mas do ponto de vista financeiro, são precisos estudos aprofundados”, explicou.
Sobre uma possível usina de dessalinização, Dante diz que um projeto como esse é caro e pode gerar impacto ambiental (é preciso saber o que será feito com o sal extraído), apesar da instalação ser possível em cidades litorâneas.
Dados da China e suas tecnologias contra a escassez de água (Foto: G1)
China
Com um risco muito alto de seca no Nordeste e Norte do país, a China criou uma agenda especial para os recursos hídricos, distribuindo ações integradas por todas as camadas de governo.
Foi desenvolvido um sistema de etiquetas para mictórios, vasos sanitários e pias que determina o grau de eficiência hídrica desses produtos. Desta forma, há o incentivo à compra de produtos que usam menos água (no estilo do selo Procel de eficiência energética, utilizado aqui no Brasil).
O governo incentivou também a criação de cisternas em várias cidades. Atualmente, há 83 mil distribuídas pela China, além de outros 4 mil reservatórios de médio e grande portes.
Desde 1960, é realizada a transferência de água entre rios do Sul para o Norte, com estações de bombeamento em diversas regiões. Elas são acionadas em períodos de seca extrema, o que garante o abastecimento emergencial à população.
É viável para o Brasil?
De acordo com Alceu Guérios, da seção São Paulo da Abes, a transferência entre bacias hidrográficas é uma solução já adotada no Brasil há décadas, já que dá segurança hídrica a regiões carentes. Um dos exemplos é a transferência entre várias bacias para formar o sistema Guarapiranga, que abastece 5,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, e a transposição do Rio São Francisco, no Nordeste.
Sobre os reservatórios pelo país, Dante Ragazzi afirma que é possível criar mais unidades no Brasil, mas não em grande quantidade como na China. “É preciso que se faça a devida análise dos impactos ambientais”. No caso das etiquetas em equipamentos mais eficientes, Guérios afirma ser uma boa ideia.
Dados da Califórnia e suas tecnologias contra a escassez de água (Foto: G1)
Califórnia (EUA)
Um das regiões mais populosas dos Estados Unidos enfrenta uma das piores secas em décadas. Tal fato obrigou o governador Edmund Jerry Brown a decretar racionamento de água em abril deste ano.
Desde então, a Califórnia terá nove meses para economizar 1,8 trilhão de litros de água. A meta é que as cidades e comunidades reduzam seu consumo em 20%. Mas como?
Algumas das iniciativas são: aumento das tarifas de água, multas de US$ 500 por dia a quem for flagrado desperdiçando água potável para lavar calçadas ou lavar carros, remoção de paisagismo que exija aumento de consumo em casas, centros comerciais e campos de golfe, e substituição por grama resistente à seca.
Além disso, para evitar prejuízos no abastecimento, há bombeamento de águas subterrâneas para uso humano e a água reciclada é represada para irrigação e descargas sanitárias.

É viável para o Brasil?
A redução do consumo individual, com medidas como as da Califórnia, é eficiente e viável em todo o país, segundo Alceu Guérios. Ele cita que São Paulo é um dos exemplos onde as ações para conter o consumo individual deram certo, desde que o estado foi afetado brutalmente pela seca.
A respeito da água de reúso, ele afirma que a crise atual intensificou a discussão em torno desse procedimento, ainda não adotado no país. Não há leis próprias para isso, mas o Ministério do Meio Ambiente afirma que há estudos para uma nova legislação. “Pode reduzir significativamente o gasto de água. [Mas] é necessário apenas orientar tecnicamente as práticas, para evitar usos inadequados”, explicou Guérios.
Dados do Japão e suas tecnologias contra a escassez de água (Foto: G1)
Japão
Desde 1955, não há um ano em que o país não seja atingido por episódios de seca extrema. Por isso, o governo criou o Manual Geral contra a Seca, com medidas preventivas para o fenômeno e ações a serem feitas quando houver estiagem.
O racionamento de água em determinados horários é uma das ações tomadas para reduzir a vazão pelo país, mas essa decisão só ocorre quando não há economia voluntária de água. A conscientização dos japoneses é o grande trunfo do governo, que realiza campanhas massivas com uso de anúncios para diminuir o consumo de água. Desde 1978, todo o dia 15 de cada mês é considerado o “dia de economizar água”.
Houve ainda investimentos para captação de chuva e reaproveitamento da água residual, além de combate a vazamentos para reduzir perdas de água para o consumo. A indústria japonesa, famosa pelos avanços tecnológicos, também fez sua parte e desenvolveu torneiras, chuveiros e vasos sanitários que diminuem o consumo.
É viável para o Brasil?
O uso de águas residuais e pluviais é viável no Brasil, mas precisa ser objeto de análise financeira, técnica e ambiental, segundo Dante Ragazzi. Para ele, é preciso ter cuidado com o armazenamento caseiro, a fim de evitar que o local se torne um possível criadouro do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
A redução de perdas precisa ser ampliada no país, de acordo com Alceu Guérios. “Inclui ações de rastreamento das redes, de redução de pressões, de substituição de ramais prediais e de redes por materiais mais resistentes, de controle de tempos de reparos, entre outras. São ações contínuas, que produzem resultados progressivamente”.
Dados de Israel e suas tecnologias contra a escassez de água (Foto: G1)
Israel
Transformando o deserto em oásis. Esse é o lema de Israel, país que luta contra a seca desde o seu nascimento, há 67 anos. Por causa disso, foi necessária a criação de leis claras para o uso da água, com sistemas de economia e regulação, e muita conscientização a respeito.
Foi preciso ainda o desenvolvimento de tecnologias capazes de extrair água até de geadas, que é revertida para a agricultura.
Segundo o governo, o tratamento e reúso são vitais para o país: 91% do esgoto é coletado e 80% dele é tratado e reutilizado para a agricultura na parte Sul de Israel (totalizando 525 milhões de m³ ao ano).
Outra técnica que abastece a área agrícola é o sistema de irrigação por gotejamento, desenvolvido em Israel e responsável por fornecer água para 30% das lavouras do mundo.
Há ainda um controle rígido de perdas, que evita o desperdício de recursos e perdas de apenas 7%. Em todo o país, há cinco plantas de dessalinização, que utilizam a água do Mar Mediterrâneo. Essas usinas geram mais de 100 milhões de m³ de água ao ano e abastecem 70% do consumo doméstico.
É viável para o Brasil?
Sim, em partes. O reúso e tratamento de esgoto ainda são um problema para o Brasil. No país, apenas 50% dos resíduos domésticos são tratados e o restante é despejado em rios e no oceano. Mas com o tempo, o percentual de tratamento sanitário deve aumentar, “mas é difícil que a solução seja implementada em grande escala e rapidamente”, diz Dante Ragazzi.
Sobre o gotejamento, é necessário que o setor agrícola do Brasil passe por um grande avanço tecnológico. “Nossa agricultura adota técnicas de irrigação que gastam muita água, o que não é compatível com situações de limitação de disponibilidade, como é o caso do Sudeste brasileiro. É necessário modificar essas práticas. Com a crise, isso já foi iniciado em São Paulo, com a discussão de políticas de estímulo aos produtores”, afirma Alceu Guérios.
Dados de Cingapura e suas tecnologias contra a escassez de água (Foto: G1)
Cingapura
Na pequena ilha de 718 km², 100% da população é servida por água potável e todo esgoto do país é tratado e reutilizado. O país é considerado um dos polos mais eficientes de reaproveitamento de água.
Tudo isso graças a uma imponente infraestrutura implantada para coleta da água de chuva, usinas de dessalinização, combate a vazamentos, além de campanhas de conscientização.
Além disso, há um programa local que incentiva a compra de produtos que diminuem o uso de água (etiquetas de eficiência hídrica) e uma campanha com o público que faz as pessoas “amarem” a água.
É viável para o Brasil?
O reúso, a campanha de conscientização e a criação de etiquetas para aparelhos domésticos mais eficientes são viáveis e recomendáveis. A importação de água também, tecnicamente falando, mas a medida teria um custo muito alto e não haveria capacidade suficiente para atender grandes demandas, como a de São Paulo, atualmente.


Na ‘Pátria Educadora’ de Rousseff, crise põe em risco Plano de Educação

Professores protestam em Curitiba, em 5 de maio./ / WILSON DIAS (AGÊNCIA BRASIL/FOTOS PÚBLICAS)
Depois de anunciar que o lema de seu novo mandato seria "Pátria Educadora", a presidenta Dilma Rousseff deu à educação um dos maiores cortes globais no anúncio do ajuste fiscal feito nesta sexta-feira. A área terá 9,4 bilhões de reais a menos para investir neste ano. A verba da área para as despesas discricionárias (que não são obrigatórias, como a folha de pagamento, por exemplo) caiu de 48,81 bilhões para 39,38 bilhões de reais -valor similar ao gasto no ano passado e 15 bilhões acima do mínimo constitucional obrigatório. 
Se por um lado isso era esperado, já que a pasta tem o segundo maior Orçamento da União, por outro, a situação gera um grande incômodo: a falta de aumento nos investimentos pode representar uma ameaça ao cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado no ano passado em meio a comemorações do próprio Governo e que tem algumas metas a vencer já no ano que vem.
"É preciso ver com atenção onde serão os cortes dentro da pasta. A preocupação é que os prazos do plano já estão chegando e isso exigirá um esforço adicional", afirma Alejandra Meraz Velasco, coordenadora-geral da ONG Todos pela Educação. O Governo ainda não anunciou ao certo o que será cortado em cada área, mas o mais provável é que as novas obras sejam as mais afetadas.
O problema é que esse "esforço adicional", ao qual Velasco se refere, também tem sido difícil, já que Estados e municípios, que injetam a outra parte do dinheiro necessário para a área, têm sofrido com a queda em suas próprias arrecadações. Por lei, eles são obrigados a gastar 25% das receitas em educação -quando as receitas caem, a verba aplicada na área também cai. Em muitos locais, o cenário já é composto por obras paradas, salários de professores atrasados (e docentes em greve) e até mesmo falta de verba para comprar papel higiênico ou cortar a grama com a mesma regularidade de sempre.
Isso impacta, por exemplo, a construção de novas creches e coloca em risco o cumprimento da primeira meta do plano, que prevê que até o ano que vem todas as crianças de 4 e 5 anos e pelo menos metade das crianças de até três anos estejam na escola. “Como vou construir uma nova creche? Cada vez que uma nova unidade fica pronta há um aumento de quadro de funcionários. É um conjunto de profissionais que vai entrar na rede e não vai sair. A despesa com o custeio é uma grande preocupação”, diz a secretária.“Desde o final do ano passado a arrecadação já começou a diminuir. Todo mundo teve que se reorganizar e fazer os primeiros cortes. Os municípios têm segurado seus investimentos, e, na maioria deles, obras novas não estão sendo feitas”, afirma Cleuza Repulho, secretária da Educação de São Bernardo do Campo (Grande SP) e presidenta daUnião Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
A construção de novas creches é, geralmente, um investimento compartilhado entre municípios e o Governo federal. Por isso, bastaria apenas uma das partes fechar a torneira para os projetos demorarem mais para sair do papel. Foi o que aconteceu no município de São Paulo, que desde o início da gestão Fernando Haddad (PT) tem enfrentado dificuldades para aumentar a arrecadação como planejava, apesar de ter aumentado em 8% as receitas entre 2013 e 2014. Com menos dinheiro para arcar com sua parte nas obras, já anunciou, por exemplo, que dificilmente conseguirá construir todas as creches prometidas. No município, 106.000 crianças aguardam uma vaga nesta etapa de ensino, segundo os últimos dados oficiais. Das 243 unidades anunciadas, apenas 147 devem sair do papel até 2016. O município agora tentará parceria com entidades privadas para acelerar obras e garante que, mesmo sem todas as unidades, atenderá mais 100.000 crianças até o ano que vem -o mais provável é que coloque mais alunos por salas.
Na gestão estadual paulista, a verba de investimento para a educação também será reduzida em 5% neste ano, segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que anunciou um corte de 2 bilhões de reais no Orçamento global do Estado. “Há uma deterioração da economia nacional, nós temos que ter cautela”, justificou o governador à imprensa. No final do ano passado, a área já deixou de receber verbas para a compra de materiais de escritório e de limpeza, segundo os gestores. O Governo nega.
“O dinheiro que estava na conta da escola foi confiscado em 30 de outubro e, depois, não veio mais verba até o início do ano. Não tínhamos como comprar nem papel higiênico”, conta a diretora de uma escola na Grande São Paulo que não quer se identificar. “Também começamos o ano letivo com carteiras e cadeiras em número insuficiente porque não teve reposição e tivemos que buscar a sucata de escolas vizinhas para os alunos sentarem”, diz. Os recursos de manutenção voltaram a ser pagos nesse ano, mas em valor menor que no ano anterior. O Governo, que nega o atraso no ano passado, diz que reduziu em 16% as verbas de manutenção após "um gerenciamento eficiente dos gastos". "Todas as unidades têm verbas suficientes para a manutenção", disse, em nota. A Secretaria da Educação também diz que reduziu 11% dos cargos comissionados (sem concurso) e cessou as gratificações a professores em órgãos centrais (como coordenadorias, por exemplo), economizando mais 3 milhões ao ano.
As escolas estaduais paulistas também estão em greve desde 13 de março porque os professores pedem um reajuste de 75% para que o salário dos professores se equipare ao das demais categorias com nível superior, como determina a meta 17 do Plano Nacional de Educação, que vence em seis anos. Segundo eles, o Governo paulista propôs discutir os reajustes apenas em julho. A pasta disse que já reajustou os salários em 45% nos últimos quatro anos e, de acordo com o Plano Estadual de Educação, que divulgou na última sexta, afirma que vai equiparar os salários em tempo.
A falta de reajuste salarial também é motivo de greve em outros Estados e municípios, como Paraná, onde professores foram agredidos pela Polícia Militar, e Mato Grosso do Sul, onde os docentes aprovaram o início de greve para a próxima quarta. Na capital sul-matogrossense, Campo Grande, a gestão municipal também enfrenta problemas. Os professores devem entrar em paralisação na próxima segunda-feira. Procurado, o município não respondeu até a publicação desta reportagem.
No início de maio, a secretária de Educação do município, Angela Maria de Brito, pediu demissão ao lado de seu secretário-adjunto. “Houve cortes de 50% na carga horária de professores, o que limitou tecnicamente o trabalho. Tivemos que cancelar uma série de oficinas do programa que mantém as escolas abertas aos finais de semana. A gente tinha um carinho enorme por eles porque se comprovou que a criminalidade diminuiu nos bairros onde ele foi implementado", conta ela. "Também prejudicou o trabalho que tínhamos com crianças com dificuldade de aprendizado. Para trabalhar frustrada, preferi sair", diz.

Queda livre

“Se Estados e municípios investem 25% da arrecadação na educação, certamente a educação vai ser atingida em todos os níveis quando a arrecadação cai. Aqui no Amazonas, a arrecadação diminuiu 11%. A nossa economia é muito baseada na Zona Franca de Manaus, que sofre quando há a retração do consumo. Se diminui o poder de compra, as pessoas vão preferir pagar o aluguel e comer ou comprar televisão?”, explica Rossieli Soares da Silva, secretário estadual de Educação do Amazonas e vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). “Nem na crise de 2009 tivemos diminuição no número de postos de trabalho. Neste primeiro trimestre tivemos não apenas isso como parada de produção. Tudo isso traz reflexos para o Estado.”
Para mitigar os efeitos da queda da arrecadação, a secretaria refez a licitação de alguns serviços e diminuiu outros. “Fizemos coisas como deixar de capinar quatro, cinco vezes as escolas por ano, e vamos fazer três, duas. Estamos relicitando serviços com peso importante na folha, como vigilância e serviços gerais, para buscar no mercado quem faça o mesmo trabalho por menos”, explica. Mas, segundo ele, também houve a necessidade de reprogramar obras de novas escolas. “Temos obras que pararam em dezembro porque não veio recurso federal. Dez centros de educação de tempo integral inaugurariam no primeiro semestre, mas agora estamos reprogramando a abertura para o início do ano de 2016.” A meta seis do PNE prevê que os Estados e municípios ofereçam educação em tempo integral em pelo menos metade das escolas.
“O Plano Nacional de Educação foi discutido numa base de crescimento de financiamento e muito baseado nos recursos do pré-sal. O que vemos agora é desmoronar a queda do preço do barril do petróleo e é insustentável fazer a exploração com o preço atual”, afirma o secretário, em referência à lei aprovada em 2013 pelapresidenta Dilma Rousseff (PT), que previa que metade dos recursos do pré-sal seriam destinados para a educação. “Não vamos conseguir cumprir as metas do PNE se não tivermos mais recursos. Como vou universalizar o atendimento no ensino médio até 2016 se a verba não aumentou?”

Subfinanciada, área da saúde também terá menos verbas

T.B.
Maior investimento da União, a área da saúde, que já sofre com a falta de financiamento, também perdeu 11,77 bilhões de reais neste ano, valor quase exato ao que ganhou em emendas parlamentares quando o Orçamento foi votado no Congresso no início deste ano. Como não foram divulgados ainda quais programas serão os mais afetados, não é possível saber se a maior perda foi, de fato, nas propostas acrescentadas pelos deputados e senadores.
A área, foco das queixas mais recorrentes da população, terá 91,5 bilhões para investir. O valor deixou o Orçamento da área 3 bilhões de reais acima do mínimo constitucional obrigatório, formado pelo cálculo do valor empenhado no ano anterior mais a variação nominal do Produto Interno Bruto do país. O valor, entretanto, é considerado baixo para especialistas da área, que estimam que ao menos 50 bilhões a mais precisariam ser investidos.
“O que é aplicado hoje é muito pouco. O volume dos recursos já não dá conta das demandas que o país tem. Qualquer corte é bastante problemático”, afirma Ronald dos Santos, coordenador nacional do Movimento Saúde Mais Dez, que reúne mais de cem entidades do setor e defende que o país gaste ao menos 10% das Receitas Correntes Brutas com o sistema. Entre 1995 e 2001, essa porcentagem chegava a 8,4%. De 2000 para 2009, caiu para 7,1% e, no ano passado, ficou em torno de 7,6%.
A proposta, entretanto, foi enterrada pelo Congresso, que aprovou há dois meses a Proposta de Emenda à Constituição do Orçamento Impositivo, que prevê que ao longo de cinco anos o Governo federal deverá que investir 15% da receita corrente líquida na área. No ano que vem, o valor chega a 14,1%. “Os cálculos que fizemos até agora mostram que essa nova regra trará um valor ainda inferior para a área”, completa o coordenador do movimento.

Comissão de Bem-Estar Animal




ATIBAIA (SP)

Comissão de Bem-Estar Animal pede audiência com o prefeito e lança a campanha contra os maus-tratos

23 de maio de 2015 às 16:00

O vereador Prof. Rodrigo Parras apresentou na semana passada, durante a sessão de Câmara, balanço das atividades da Comissão Permanente de Bem-Estar Animal e pedido público de audiência específica com o prefeito Saulo Pedroso. Nesta semana, ele destacou a Campanha contra os Maus-Tratos e o Envenenamento.
Inicialmente, o vereador exibiu vídeo, explicando o que é o bem-estar dos animais, com base no exemplo de Florianópolis. A capital catarinense desenvolveu modelo de programa para o restante do país, implantando entidade de atendimento aos animais dentro da estrutura da prefeitura.
Segundo o Prof. Rodrigo, o bem-estar animal é conhecer, avaliar e garantir as condições para satisfação das necessidades básicas dos animais, que passam a viver, por diferentes motivos, sob companhia do homem. A relação entre homem e animais, no contexto do bem-estar animal, é analisada considerando diferentes situações. É o conceito das cinco liberdades que todos os animais devem ter: ser livres de medo e estresse; ser livres de fome e de sede; ser livres de desconforto; ser livres de dor e doenças; e ter liberdade para expressar seu comportamento ambiental.
A Comissão Permanente de Bem-Estar e Proteção Animal, da Câmara de Atibaia, tem como presidente o vereador Prof. Rodrigo e como membros a vereadora Carol Castillo e o vereador Wilson de Vasconcelos Veiga (Baixinho Barbeiro). Compõem a comissão ONGs e protetores independentes. “Juntos, buscamos a qualidade de vida dos animais”.
Em sua explanação, o vereador Prof. Rodrigo citou caso de munícipe e também ofícios e requerimentos encaminhados à Prefeitura. Os pedidos da comissão ao Executivo são: implantação da Coordenadoria de Bem-Estar animal e sua estrutura; contratação de médico veterinário municipal; posto de atendimento 24 horas/convênio 24 h; ampliação e melhorias do Centro de Zoonoses; e campanha permanente de castração (controle populacional).
Segundo a comissão, o convênio formalizado pela Prefeitura com a ONG Amapatas, no valor de R$ 150 mil, não atende à totalidade das necessidades identificadas na questão animal.

sábado, 23 de maio de 2015

Iraque inicia contra-ataque para retomar Ramadi do Estado Islâmico Soldados iraquianos têm ajuda de milícias xiitas e de bombardeios aéreos. Coalizão lançou 22 ataques no Iraque e na Síria desde sexta-feira.

Um comboio de tropas do exército do Iraque e de milícias muçulmanas xiitas partiram de uma base perto da cidade de Ramadi neste sábado (23) para avançar em direção às áreas controladas pelo grupo Estado Islâmico (EI), disse um porta-voz xiita. A contra-ofensiva foi lançada para reverter as impressionantes conquistas dos insurgentes jiahdistas na região.
A tomada de Ramadi pelo EI, em 17 de maio, poderá ser um golpe devastador para o fraco governo central de Bagdá. Os jihadistas muçulmanos sunitas do grupo agora controlam grande parte da província de Anbar, da qual Ramadi é capital, e podem ameaçar as aproximações do Ocidente sobre Bagdá, que fica a 100 km de Ramadi, ou até mesmo avançar pelo sul, rumo ao coração do reduto xiita do Iraque. O grupo também tomou controle de um posto de fronteira entre o Iraque e a Síria, o que permitiria a ele ampliar sua área de influência.
O contra-ataque do Exército conta com a ajuda de grupos paramilitares xiitas, enviados pelo premiê iraquiano, Haider al-Abadi, um xiita, em desvantagem devido à moral e coesão baixas entre suas forças de segurança. A medida, no entanto, tem risco de aumentar a tensão com a população de Anbar, província predominantemente sunita.
Jaffar Husseini, porta-voz do grupo paramilitar xiita Kataib Hezbollah, disse que enviou mais de 2 mil reforços que haviam conseguido proteger Khalidia e a estrada que a liga à Habbaniya.
Sunitas deslocados que fogiram da violência na cidade de Ramadi, no Iraque, chegam aos arredores de Bagdá (Foto: REUTERS/Stringer)Sunitas deslocados que fogiram da violência na cidade de Ramadi, no Iraque, chegam aos arredores de Bagdá (Foto: REUTERS/Stringer)
"Hoje vamos testemunhar o lançamento de algumas operações táticas que preparam o terreno para uma eventual libertação de Ramadi", disse à agência Reuters, por telefone.
Azzal Obaid, membro do Conselho Provincial de Anbar, disse que centenas de combatentes xiitas, que chegaram à base aérea de Habbaniya na semana passada, depois que o EI tomou Ramadi, se posicionaram em Khalidiya e estavam se aproximando de Siddiqiya e Madiq, cidades no território disputado perto de Ramadi.
Comandantes da operação disseram à France Presse que as tropas iraquianas conseguiram reconquistar posições do EI. Um coronel da polícia iraquiana que pediu anonimato citou a libertação da delegacia de Husaybah, sete quilômetros ao leste de Ramadi, e de seus arredores. Segundo ele, também apoiam a operação a polícia local e a federal, assim como a força de intervenção rápida do ministério do Interior e combatentes tribais.
Bombardeios aéreos
Os soldados iraquianos também contam com a ajuda da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, que desde sexta-feira realizou 22 ataques aéreos contra alvos do Estado Islâmico desde sexta-feira, incluindo quatro perto de Ramadi.

Forças de coalizão atacaram ainda cinco locais em poder do Estado Islâmico na Síria entre sexta e sábado, segundo um comunicado da Força Tarefa Conjunta Combinada emitido neste sábado.
Os ataques próximos de Ramadi atingiram unidades táticas, veículos armados e uma posição de luta em territórios controlados por militantes.
A perda de Ramadi é o mais grave revés para as tropas iraquianas em quase um ano e lançou dúvidas sobre a eficácia da estratégia dos Estados Unidos, de fazer ataques aéreos para ajudar Bagdá a parar o Estado Islâmico, que controla um terço do Iraque e da vizinha Síria.

Fuga de moradores
A tomada de Ramadi pelo EI provocou a fuga de quase 25 mil pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). A mioria delas foi para a capital Bagdá. Muitos tiveram que escapar do grupo extremista pela segunda vez, já que 130 mil deixaram a cidade iraquiana em abril.
"Nada é mais importante agora do que ajudar as pessoas que fogem de Ramadi. Elas estão em apuros e precisamos fazer todo o possível para ajudá-las", disse a coordenadora humanitária da ONU no Iraque, Lise Grande.
Agências da ONU e outras organizações de ajuda estão dando assistência a mais de 2,5 milhões de pessoas deslocadas e refugiadas no Iraque, mas os recursos estão quase acabando e 56 programas de saúde terão de fechar em junho, acrescentou o comunicado.
Civis refugiados recebem ajuda humanitária da ONU em um acampamento em Amiriyat al-Fallujah, no Iraque. A entidade está apressando a ajuda com alimentos para os milhares de moradores que fugiram de Ramadi após a cidade ser tomada pelo Estado Islâmico (Foto: Hadi Mizban/AP)Civis refugiados recebem ajuda humanitária da ONU em um acampamento em Amiriyat al-Fallujah, no Iraque. A entidade está apressando a ajuda com alimentos para os milhares de moradores que fugiram de Ramadi após a cidade ser tomada pelo Estado Islâmico (Foto: Hadi Mizban/AP)

É HOJE

É HOJE !! Vitor Belfort disputa o título dos médios em super evento do UFC. Veja quem vai lutar.

É HOJE !! Vitor Belfort disputa o título dos médios em super evento do UFC. Veja quem vai lutar.
Vitor Belfort disputa o título dos pesos médios contra o atual campeão da categoria, o americano Chris Weidman.
Vitor é um veterano do MMA e do UFC, tendo 24 vitórias e 10 derrotas no cartel.
O brasileiro perdeu somente 2 de suas últimas 12 lutas.
Suas duas derrotas foram coincidentemente duas disputas de títulos, uma em 2012 contra o então campeão dos meio pesados, Jones Jones e outra em 2011 contra Anderson Silva até então campeão invicto dos meio médios.
Chris Weidman nunca foi derrotado numa luta de MMA. No MMA vem de um série de 12 vitórias e no UFC conta com 8 vitória seguidas. Weidman chocou o mundo quando nocauteou o maior nome de todos os tempos da categoria, o brasileiro Anderson Silva. Depois disso Weidman conseguiu vencer uma revanche contra Silva e derrotou Lyoto Machida numa decisão unanime por pontos.
O super evento de hoje conta com a disputa de cintuão dos pesos meio pesados : Daniel Cormier X Anthony Johnson. Cormier entrou na disputa de título  após Jon Jones ser suspenso da organização e perder seu cinturão.

COLÔMBIA » Comunidade colombiana morre de sede Quase 5.000 crianças indígenas morreram por falta de água em La Guajira, Colômbia

La Guajira sequíaAMPLIAR FOTO
A líder wayúu na frente da água represada do rio Ranchería. / GONZALO GUILLÉN
Um menino de três anos morreu na quinta-feira passada por desnutrição em La Uribia, uma cidade na Colômbia localizada no departamento de La Guajira, habitado em sua maioria pela população indígena Wayúu. A falta de água nos últimos anos já causou a morte de quase 5.000 crianças, segundo Javier Rojas, líder da Associação de Autoridades Tradicionais Indígenas Wayúu Shipia Wayúu. As mais de 400.000 pessoas que formam essa comunidade vivem os 365 dias do ano com temperaturas entre 35 e 42 graus, sem água. Desde que uma empresa mineira se instalou na região, há mais de 10 anos, foram diminuindo as garantias para o acesso ao líquido. As mortes evidenciam o drama vivido ali.
O caso já chegou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que pediu na quarta-feira passada que o Governo colombiano explique quais medidas tomou para atender essa comunidade e o acompanhamento da crise alimentar que também afeta esses indígenas. No final do processo, segundo Carolina Sáchica, a advogada que representa os Wayúu, eles esperam conseguir a recuperação da água proveniente do maior recurso hídrico da região, o rio Ranchería, que foi represado para uso exclusivo de empresas dedicadas à exploração de minas de  
"Uma monstruosidade”Gonzalo Guillén, jornalista colombiano, documentou em imagens o problema vivido pelos Wayúu e agora a CIDH estuda seu documentário como parte das provas para resolver o processo. Sob o nome "O Rio que Roubaram", Guillén repassa o que significa para essa comunidade viver sem água. “A maioria da população fala sua própria língua, poucos entendem espanhol, o que dificulta a comunicação com funcionários quando tentam reclamar ou procurar uma solução. Eles se sentem discriminados, abandonados”, explica.
Uma mulher da tribo Wayúu vai buscar água. / GONZALO GUILLÉN
O jornalista, conhecido por investigar casos de corrupção que poucos se atrevem a denunciar, conviveu com a comunidade durante mais de dois anos. Descreve o que encontrou em uma única palavra: “monstruosidade”. E conta como é difícil ver milhares de crianças morrendo sem nenhuma intervenção do Estado. Guillén chegou ali para um trabalho jornalístico que fazia sobre o governador de La Guajira, Francisco Gómez, que está atualmente detido, investigado por homicídio. Foi ali que descobriu como a indiferença de um país estava exterminando uma comunidade indígena.
“Além da corrupção na região, o único rio da região foi represado, por isso há mais ou menos três anos não tem mais água”, conta o jornalista, enquanto espera que o documentário não sirva apenas como prova na CIDH, mas também para abrir os olhos de quem não se atreveu a ver essa triste realidade.
“Os depósitos de água subterrânea também foram afetados, antes era possível encontrar líquido a apenas 20 metros de profundidade, agora estão a mais de 60. É quase impossível. As pessoas vivem ali em condições piores que em qualquer país da África e o mais triste é que a região recebe incentivos milionários, mas não chega nada à comunidade”, afirma o jornalista.
A advogada Sáchica, diretora do consultório jurídico da universidade Jorge Tadeo Lozano, explica que decidiu assumir o caso depois da visita, no ano passado, de Rojas que, como líder indígena, relatou o que viviam os membros de sua comunidade. “Vimos que havia uma sistemática vulnerabilização de garantias e direitos fundamentais como consequência do esquecimento e da indiferença do Estado. Descobrimos que as crianças estão morrendo de múltiplas causas evitáveis. Uma é a falta de água e de alimentos; problemas que desencadeiam outros que agravam a situação”, afirma Sáchica.
Outra das provas que esperam que possa servir nas instâncias internacionais é um relatório da Defensoria do Povo, que no ano passado inspecionou o território. O documento resume a tragédia em uma frase: “É constante no departamento de La Guajira o sofrimento: das mães que perderam seus filhos e filhas; dos meninos e meninas que caminham debaixo do sol ardente em busca de água; e do povo Wayúu encurralado pela fome, pela violência e pela corrupção”.