terça-feira, 19 de maio de 2015

Porto Alegre: bando com fuzis assalta prédio em bairro nobre De acordo com moradores, os bandidos tinham o controle remoto da garagem

Mais de 10 homens armados com fuzis, pistolas e submetralhadoras invadiram um prédio no bairro Rio Branco, zona nobre de Porto Alegre, na manhã desta segunda-feira. De acordo com as informações da Brigada Militar (PM local), sete apartamentos foram roubados.
 Foto: Reprodução / Google Street View
Foto: Reprodução / Google Street View
De acordo com os relatos de moradores à polícia, os bandidos tinham o controle remoto da garagem do prédio. Os 12 assaltantes entraram o local com duas caminhonetes, trancaram os moradores em um quarto e roubaram joias, relógios e outros pertences dos moradores.
Depois do roubo, os bandidos conseguiram fugir, e os moradores acionaram a polícia. Isso por volta das 9h20. A polícia esteve no local e rondas estão sendo realizadas na região para encontrar os bandidos.
O prédio fica localizado na rua Cel. Joaquim Pedro Salgado, em frente ao Centro Universitário Metodista – IPA.

Cunha diz que pode levar diretamente ao plenário votação da reforma política

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) defendeu hoje (18) levar a proposta de reforma política diretamente à apreciação do plenário na próxima semana. Apresentado na semana passada, o parecer do relator, Marcelo Castro (PMDB-PI), foi criticado por Cunha que disse discordar de “todas as posições” de Castro. O texto do relator da reforma deverá ser discutido e votado amanhã (19) na comissão.
“Eu acho que não deve votar [o relatório] amanhã, tem que votar depois que a gente organizar a semana inteira, votar na quinta ou até votar na semana que vem, na segunda ou na terça-feira de manhã” disse Cunha, que entende ser preciso “evoluir o debate sob pena de inviabilizar a votação da reforma no plenário. “É preferível até que a comissão não vote, que leve para o plenário. Eu temo que o relatório dele possa engessar a votação”, completou.
O presidente da Câmara disse que poderá usar o Regimento da Casa para passar por cima da comissão e levar o texto diretamente ao plenário. Segundo Cunha, existe a possibilidade de usar o prazo regimental de 40 sessões, que vence esta semana, para a comissão apresentar o resultado de seus trabalhos. “Passando as 40 sessões, eu posso colocar diretamente para votar no plenário”, destacou. Ele informou que vai reservar esta semana para se dedicar ao tema da reforma política.
Apresentado na última terça-feira (12), o relatório já foi alterado pelo menos duas vezes pelo relator da matéria. Um dos pontos, a definição do mandato de senador, sofreu mudança após pressão de parlamentares. Castro que defende mandatos iguais, de cinco anos, para deputados e senadores, modificou o texto dois dias depois de ter sido apresentado propondo um mandato de dez anos para senadores. Na sexta-feira (15), voltou atrás e retomou a proposta  de cinco anos.
O presidente da Câmara, que criticou as alterações, entende que a definição da duração do mandato de senador seja do Senado. “É de uma falta de perspicácia política você querer impor o mandato do Senado”, disse Cunha.
Na quarta-feira (20), os líderes partidários vão se reunir para definir como vai ser o processo de votação da matéria contida em várias propostas de emenda à Constituição (PEC), entre elas a PEC 352/13, considerada a mais importante. Cunha defende votar os temas de maneira fatiada. Nesse sentido, informou que vai apresentar um requerimento para votar as alterações artigo por artigo.
“Isso é o que vai acontecer de qualquer maneira. Seja qual for o resultado que sair da comissão, a gente vai votar artigo por artigo”. Segundo o presidente da Câmara, aestratégia seria a melhor forma de resolver as divergências em torno do tema.
Cunha acha que a ordem de votação tem de começar pela definição do sistema eleitoral, em seguida a definição da manutenção ou fim da reeleição, coincidência de mandatos e financiamento de campanha. “O que não passar por PEC já acabou, vai ficar como está. Se não tiver voto, significa que não se quer mudar o sistema eleitoral”, destacou. “Pior que está é difícil [ficar], nós já estamos na frase do tiririca: pior que está não fica”, completou.
Cunha avalia que se a reforma política não for votada na última semana de maio, ela perderá o timming para que seja aplicada no próximo ano. “Se eu não fizer semana que vem, perde o timming para 2016”, disse. Ele afirmou também que mesmo que as medidas do chamado ajuste fiscal continuem a trancar a pauta, elas não serão um empecilho para colocar em votação a reforma política.
“Voto de qualquer maneira mesmo! Só se eles [os deputados] não quiserem votar e pedir a retirada de pauta, que uma dessas matérias do ajuste fiscal continue trancando a pauta e não seja votada, semana que vem eu paro de pautar o ajuste fiscal e só pauto a PEC. Eles vão ter que derrotar a PEC para votar”, disse Cunha durante conversa com os jornalistas.

Wi-Fi – Como saber se sua internet está sendo furtada O wi-fi facilitou o acesso à internet em qualquer lugar da casa, além de poder usar outros aparelhos para acessar a web, tipo: tablet, smartphone, TV, videogame...Sem dúvida, não dá para ficar sem wi-fi em casa.

Tecnologia — Um cabo de rede conectado ao modem, que era conectado à placa de rede do computador ounotebook — tudo isso era necessário para ter acesso à internet, embora ainda existam muitas redes interligadas por aqueles famosos cabos azuis, hoje a maioria das redes, principalmente as domésticas, são rede de internet sem fio. O wi-fi facilitou o acesso à internet em qualquer lugar da casa, além de poder usar outros aparelhos para acessar a web, tipo: tabletsmartphoneTVvideogame...Sem dúvida, não dá para ficar sem wi-fi em casa.
 

Usar wi-fi é prático e bom, mas requer alguns cuidados. Muitos usuários deixam a rede wi-fi de casa aberta para o resto da família utilizar, o que facilita o furto. Um artigo divulgado pela BBC, intitulado: "Como saber se seu wi-fi está sendo roubado (e o que fazer)" - traz dicas para descobrir se sua internet está sendo furtada e como evitar isto.
 
 
Suspeita — A primeira pista de um possível furto de wifi é simples: se a internet ficar mais lenta em algumas horas do dia ou se ficar lenta de forma recorrente. A segunda pista virá do roteador. Você precisa apagar completamente todos os dispositivos sem fio de sua casa. Se uma das luzes do roteador, a destinada ao wifi (às vezes indicada como WLAN) continuar piscando, é possível que esteja ocorrendo o furto.

Descubra o ladrão — Se a suspeita já existe, é preciso antes descartar outras possibilidades, como estar usando uma rede sem fio com pouca velocidade, computadores demais ligados à ela ou até mesmo obstáculos físicos ao seu wifi.

Para descartar estas possibilidades, especialistas recomendam instalar no computador, smartphone ou tablet um programa ou aplicativo que mostre os dispositivos conectados à sua rede. Existem várias opções gratuitas, como o Fing, para Android e iOSNetworkDiscovery ou Net Scan, apenas para Android; e IP Network Scanner ou iNet, para o iOS.

Também há opções para computadores de escritório: Angry IP Scanner ou Wireshark para várias plataformas e Wireless Network Watcher e Microsoft Network Monitor para os dispositivos da companhia de Bill Gates. Todos eles mostram quantos dispositivos estão conectados à rede sem fio, cada um identificado com um endereço IP. Se o aplicativo ou programa escolhido indicar que há mais dispositivos conectados à sua rede do que os que você tem, há um ladrão de wifi por perto.

Veja se alguém se conectou enquanto você não estava — Os programas e aplicativos citados acima detectam possíveis intrusos em sua rede wifi, mas apenas se eles estiverem usando sua rede ao mesmo tempo que você. Mas há formas de saber se alguém se conectou ao seu wifi enquanto você não estava em casa. Para isto, você precisa de uma informação do roteador: o endereço IP, uma série de números separados por pontos, de três em três.

É possível encontrar este número no manual do roteador ou então no próprio computador. Se você tem um Mac, basta clicar no ícone de wifi e ir até o "abrir centro de redes e recursos compartilhados" no menu, depois ir até "conexão de área local" ou "conexão de rede sem fio". Vá até "detalhes", onde outra janela vai se abrir. O endereço IP identificado como "porta de link predeteminado IPv4" é o endereço IP do seu roteador. Se o seu computador é Windows, vá até a "busca" e digite "ipconfig/all", depois "conexão LAN sem fio" e, por último, "endereço físico". Assim, poderá obter o endereço do roteador. Você precisa colocar este número em seu navegador, desta forma poderá acessar a rede do roteador. Após escrever a senha, você vai descobrir um registro das conexões feitas até este momento na sua rede wifi.

Proteja sua rede — Talvez você tenha deixado sua rede sem fio aberta para que todos os membros da família possam se conectar. Ou talvez foi um descuido, ou algum vizinho usou algum aplicativo paradescobrir suas senhas de wifi. Seja como for, ter um intruso em seu wifi pode causar mais problemas do que você pensa. Eles podem ter acesso a informações armazenadas em computadores conectados à sua rede e, em casos mais extremos, podem cometer um crime em seu nome, como baixar pornografia infantil, por exemplo.

Para evitar tudo isso, a primeira coisa a fazer é mudar a senha do wifi. Sempre substitua por alguma mais complexa. James Lyne, da companhia especialista em segurança em internet Sophos, recomendou à BBCevitar o uso de apenas uma palavra na senha. O melhor é combinar letras e números. "É mais seguro 'AmoMuitoBBCBrasil123' do que 'BBCBrasil'", afirmou.

Para o especialista, outro truque para uma senha segura é pensar na letra da sua música favorita e escolher um trecho. "Assim sua senha será muito maior e realmente difícil de decifrar", acrescentou. Uma vez que você mudou a senha, também poderá configurar o roteador para que permita apenas a conexão de dispositivos com endereços MAC concretos. Com isso, será mais difícil acessar sua rede wifi e você talvez nunca mais precise se preocupar se vai conseguir ou não assistir à sua série favorita. (Fonte: BBC Brasil).
Autor: www.momentoverdadeiro.com
Fonte: www.momentoverdadeiro.com

IGP-M descelera alta a 0,41% na 2ª prévia de maio, com queda de agropecuários no atacado

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) teve alta de 0,41 por cento na segunda prévia de maio após avançar 1,16 por cento no mesmo período de abril, com queda dos preços dos produtos agropecuários no atacado.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta terça-feira que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, avançou 0,39 por cento na segunda prévia de maio, depois de subir 1,41 por cento no mesmo período de abril.
No IPA, os Produtos Agropecuários recuaram 1,34 por cento no período, após alta de 1,53 por cento na segunda prévia de abril. Entre as principais influências negativas do IPA, a soja em grão teve queda de 3,69 por cento nos preços na segunda prévia de maio, após alta de 3,63 por cento no mesmo período de abril.
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no IGP-M, teve alta de 0,52 por cento no período, ante avanço de 0,67 por cento na segunda prévia de abril.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,30 por cento na segunda prévia de maio, após avançar 0,72 por cento em abril.
O INCC responde pelos demais 10 por cento do IGP-M, índice que é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis
(Por Camila Moreira)

IPC-Fipe desacelera alta a 0,83% na 2ª quadrissemana de maio

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo teve alta de 0,83 por cento na segunda quadrissemana de maio, ante alta de 1,04 por cento na primeira quadrissemana do mês, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira.
O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.
Veja abaixo as variações dos grupos (%):
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Item 1ª quadrissemana 2ª quadrissemana

de maio de maio

Sem aulas e dinheiro, universidades são nova faceta da crise no Brasil Repasse foi reduzido em um terço; UFMG não paga contas e UFRJ paralisou cursos


UFRJ suspende atividades por falta de pagamentos de funcionários terceirizados de limpeza, vigilância e manutenção. / FERNANDO FRAZÃO  (AGÊNCIA BRASIL)
A estudante de direito Paula Barreiro, de 25 anos, viu sua rotina acadêmica mudar drasticamente nos últimos dias como consequência do ajuste das contas públicas implementado pelo Governo neste ano. Na semana passada, a carioca ficou três dias sem aulas por causa do fechamento do prédio da Faculdade de Direito daUniversidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela recebeu por email a informação que o local não seria aberto pela falta de pagamentos de funcionários terceirizados dos serviços de limpeza, da portaria e da vigilância. Na última sexta-feira, novamente, recebeu a notícia que as aulas estavam suspensas até que a situação fosse normalizada. Nesta segunda-feira, as paralisações atingiram metade dos cursos.
“Os banheiros já estavam impraticáveis pelo acúmulo de papel e mau cheiro. Como o repasse de verbas foi parcial, apenas metade dos terceirizados voltaram ao trabalho após 3 dias de paralisação do serviço. Entretanto, havia vários avisos pela faculdade pedindo a cooperação dos alunos para não sujar em demasia o prédio e ressaltando que a solução ainda não estava completa. E agora novamente esta suspensão, está tudo incerto”, afirma a estudante de uma das maiores universidades do país, que tem mais de 50 mil alunos e 157 cursos de graduação.
Assim como Paula, centenas de estudantes vem sofrendo os reflexos da restrição orçamentária para a pasta de Educação imposta no início do ano pelo Governo Federal. Nos primeiros dois meses de 2015, o Ministério da Educação (MEC) reduziu em um terço o repasse da verba das universidades federais. Somente a partir de março, os repasses passaram a ser der de 1/12 do orçamento previsto para as instituições, o que dificultou o pagamento de serviços e contas das instituições.
No entanto, novos cortes no orçamentos estão sendo discutidos nesta semana. A presidente Dilma Rousseff, que se reuniu nesta segunda-feira com ministros e líderes do Governo no Congresso para tratar do tema, tem até sexta-feira para definir os valores do corte de gastos por área. No domingo, em uma reunião preparatória, Dilma teria sido informada pela equipe econômica que o congelamento de gastos não deve ficar abaixo de 70 bilhões de reais para atingir a meta fiscal.
No início do ano, a UFRJ, chegou a adiar o início das aulas por falta de repasse. De acordo com a assessoria da universidade, do total do seu orçamento anual de custeio para 2015 que corresponde a um montante de 372 milhões de reais, apenas 85,3 milhões foram liberados até maio, valor inferior aos 5/12 avos (131 milhões) necessários para cobrir os compromissos da universidade ao longo destes 5 meses.
Em Minas, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a maior do Estado com 50 mil alunos, decidiu preservar os projetos acadêmicos e pagamentos de bolsas, mesmo diante do cenário de restrição financeira, e decidiu diminuir também os gastos com serviços terceirizados. Além disso, optou por suspender o pagamento das contas de água e luz. Segundo a assessoria da universidade, por enquanto, não há cortes no fornecimento de água e luz e nem obras paralisadas.
Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as despesas estão sendo priorizadas para pagamento das mais antigas para as atuais. Segundo a universidade, apesar das dificuldades em manter as atividades acadêmicas com menos verba, ainda não estão sendo consideradas paralisações. Porém, a reitoria salienta a necessidade de que os repasses voltem a se regularizar para que “não haja prejuízos no ensino, pesquisa e extensão”.
Diante da situação financeira crítica que atravessam essas universidades, o ministro de Educação, Renato Janine, assegurou que não haverá cortes nas verbas de custeio para as universidades. “Este ano o Governo repassou 1,5 bilhão de reais (até abril) para as federais (...) Temos o compromisso do Governo de que não faltará custeio às universidades este ano. Obviamente, enxugando eventuais excessos, mas esses valores serão repassados”, afirmou.
Insatisfeitos com a precarização das universidades e a escassez de investimentos, professores de instituições federais decidiram entrar em greve nacional a partir do dia 28 de maio, segundo  o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). A decisão foi tomada por ampla maioria após reunião com 43 seções sindicais no último sábado (16). Nesta semana, a resolução será levada para as assembleias locais para confirmação da greve nacional, que não acontece desde 2012, quando 58 universidades federais pararam durante mais de quatro meses.
"A hora é agora, as universidades e demais instituições federais de ensino estão à mingua, sem condições de funcionamento, enquanto o Governo anuncia que vai promover mais cortes", afirmou o presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo.

Estaduais congelam contratações e Alckmin impõe teto de repasse

Protesto em São Paulo.
As medidas de contenção não estão restritas as universidades federais. Com o agravamento da crise econômica, universidades estaduais estão congelando parte das contratações e aplicando programas como o de Incentivo à Demissão Voluntária para conter os gastos (PIDV). Na Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, a maior do Estado, 1.452 funcionários foram desligados. As rescisões significarão uma redução de 4,4% dos gastos com folha de pagamento – cerca de 16 milhões mensais – , além de uma diminuição em torno de 8,5% do quadro total de servidores técnicos e administrativos ativos.
Desde fevereiro do ano passado, a universidade resolveu congelar novas contratações. A instituição também cortou 20,5% das despesas de custeio e capital, exceto pessoal. O valor com esses gastos passou de 1,014 bilhão para 806 milhões. Para este ano, o orçamento aprovado prevê despesas de custeio e capital de R$ 743 milhões, ou seja, uma retração adicional de 8%.
As medidas adotadas para ajustar as contas já são sentidas por alunos e funcionários que reclamam das consequências da diminuição do número de funcionários. “Congelaram as vagas de creches, fecharam setores de hospitais da universidade. Há aumento de cursos, mas não existe pessoal para atender a essa demanda”, explica Antonio Donizette Germano, segurança da USP de São Carlos e diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). Ele afirma ainda que os trabalhadores se sentem sobrecarregados e, ao mesmo tempo, inseguros com o futuro na universidade.
O estudante da Faculdade de Letras Felipe, de 22 anos, acredita que essas medidas estão prejudicando a qualidade do ensino. “Eles simplesmente não contratam mais professores, temos algumas salas muito cheias. E quando algum professor sai para fazer doutorado, não tem substituo. A matéria simplesmente não é dada e atrasa a grade”, explica. Felipe ressalta que a queda no número de funcionários já afetou também os bandejões da universidade. “Um dos quatro restaurantes fechou. O que vemos são filas gigantes. Crianças que não podem ficar nas creches dentro da sala de aula. Já soube de mães que foram expulsas da sala porque carregavam um bebê”, completa.
Segundo a assessoria da USP, as creches não receberam novas crianças porque o setor está se readequando administrativamente em função das demissões voluntárias. No entanto, segundo a universidade, os funcionários e docentes que não têm filhos nas creches recebem o auxílio-creche no valor mensal de R$ 574 por criança. Sobre o bandejão, a universidade afirmou que o restaurante passa por reforma.
Arrecadação
A principal fonte de verbas das três estaduais vem da cota de arrecadação estadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em 2014, a USP, Unicamp e a Unesp pediram o aumento deste repasse do imposto de 9,57% para 9,907%, mas o que foi sugerido pelo Governo de Geraldo Alckmin (PSDB) para o orçamento do próximo ano vai na contramão da reivindicação. O governador quer que o repasse total para as três seja de no máximo 9,57% do ICMS, fixando, desta maneira, um valor de teto para um patamar que hoje é piso. A medida pode dificultar ainda mais a situação financeira das universidades estaduais.

Senadores devem decidir nesta terça se aprovam Luiz Fachin para o STF Para ter o nome aprovado, jurista precisa de ao menos 41 votos favoráveis. Na última semana, ele enfrentou sabatina de quase 12 horas na CCJ.


O plenário do Senado deve votar nesta terça-feira (19) a indicação de Luiz Edson Fachin para ocupar vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O jurista teve o nome aprovado por 20 votos a 7 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa na última semana.
Fachin foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar a vaga de Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho de 2014, no Supremo. Para ser confirmado como ministro da Corte, Fachin precisa ter o nome aprovado em plenário por 41 senadores. Ao todo, a Casa possui 81 parlamentares, mas, até a publicação desta reportagem, a vaga de Luiz Henrique (PMDB-SC), morto na semana passada, não havia sido preenchida.
A votação em plenário é o último passo para que o jurista se torne apto a tomar posse como novo ministro no STF.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou em duas oportunidades que a votação será nesta terça. O peemedebista disse, inclusive, que recebeu pedidos de senadores para votar a indicação na última quarta, apenas um dia depois de a comissão ter aprovado o nome de Fachin.

"Eu recebi [apelos para que fosse votado hoje]. [...] O pedido não produz resultado porque nós já marcamos antecipadamente. E marcamos, exatamente, para desfazer qualquer conotação com relação à condução do presidente. Porque se você improvisa, se você vota a qualquer hora, a qualquer dia, vai sempre ter alguém que vai dizer: 'Votou para administrar um quórum baixo' ou 'Votou antecipadamente para usar um quórum maior'", explicou na última semana.

Fachin também falou sobre uma suposta irregularidade ao trabalhar simultaneamente como procurador do estado do Paraná e advogado, mesmo contrariando proibição expressa na Constituição estadual. Na ocasião, o jurista disse que tinha permissão da Procuradoria do estado e também da seccional paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para a dupla atividade.
Sabatina

Na última terça, durante a sabatina, Luiz Edson Fachin se emocionou ao falar da família e da mulher. Na ocasião, ele disse ser um "sobrevivente" e se disse orgulhoso de ter exercido outras profissões, antes de entrar na carreira jurídica, como vendedor de laranjas, para ajudar no sustento da família.
O indicado ao STF também se definiu como uma pessoa "progressista", mas negou ter filiação partidária. Durante a sabatina na CCJ, ele foi questionado sobre sua posição política e respondeu que, embora chamado a tomar posição como professor e jurista, nunca fez "proselitismo político em sala de aula".
Questionado por senadores sobre uma suposta ligação com o PT, partido da presidente da República, Dilma Rousseff, o jurista afirmou que, caso tenha o nome aprovado no Senado, atuará com "imparcialidade" na Suprema Corte.