domingo, 17 de maio de 2015

Mesmo sem chip local, indústria de LED cresce com a crise energética Mercado de lâmpadas LED deve crescer 30% em 2015, prevê associação. Alta do preço de energia e busca por mais eficiência aumenta demanda.

Fábrica de lâmpadas de LED da O2led, em São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Fábrica da O2led, em São Paulo, produz cerca de 50 mil lâmpadas por mês (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
A crise de energia acendeu a luz de LED no Brasil. Mais econômicas e com um tempo de vida bem mais longo, as lâmpadas de LED estão transformando o mercado mundial e estimulando o surgimento de uma nova indústria de iluminação no país.
Embora os produtos importados ainda dominem o mercado, a nova tecnologia fez emergir nos últimos anos iniciativas de empreendedores brasileiros que, a despeito dos problemas de competitividade da indústria brasileira, têm conseguido expandir os negócios e, agora, apostam na crise energética e na maior busca por produtos mais eficientes para dar impulso e escala à fabricação local.
A Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) estima em 20 o número de empresas que fabricam hoje produtos com LED no Brasil, incluindo as pioneiras LEDstar, O2 LED, Neolux e FLC. (Veja como é feita uma lâmpada de LED no vídeo ao lado).
"No geral, são empresas médias e pequenas. Antigas distribuidoras fizeram a conta e visualizaram vantagens em fabricar em vez de apenas importar, apostando que o LED é o mercado da vez e do futuro", diz Marco Poli, diretor-executivo da Abilux.
A associação estima que a participação destas empresas no mercado brasileiro de LED ainda seja menor do que 10%, com uma produção de 2,5 milhões de lâmpadas em 2014.
A Abilux avalia, no entanto, que essa fatia irá dobrar já em 2016 e tende a aumentar com a maior disseminação da nova tecnologia. A previsão é que, no mundo, por volta de 2020, cerca de 70% do faturamento em iluminação será de produtos com LED.
Para acelerar a demanda, o setor aposta nos desdobramentos das políticas de eficiência energética que preveem, por exemplo, a modernização da iluminação pública e o fim da comercialização das lâmpadas incandescentes. A substituição deste tipo de lâmpada está sendo feita de forma gradativa e acabará em 2017. As de 60 W, que são as mais usadas, já não podem mais ser fabricadas ou importadas e, a partir de junho, terão sua venda proibida no país.

Roberto Luis Cardoso, sócio e diretor da O2 Led (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
"Apesar do cenário macroeconômico estar bastante incerto, os aumentos de tarifas de energia têm motivado várias empresas a buscarem reduções no consumo de energia", diz Eduardo Park, presidente do Grupo Unicoba, dona da marca LEDstar, responsável pelos projetos de iluminação em LED de locais como a Avenida 23 de Maio, Marginal Pinheiros e os túneis do Rodoanel, em São Paulo.
A energia elétrica virou a vilã da inflação no país. Com os reajustes ocorridos, o consumidor está pagando neste ano, em média, 36% a mais. Em 12 meses, a conta de luz já acumula alta de 60,42%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Levantamento do comparador de preços Zoom, as lâmpadas de LED lideram a lista de produtos com procura em alta dentro da categoria Casa e Jardim, com aumento de 10% nas buscas em março em relação a fevereiro.Oportunidade de renascimento do setor
O número de lâmpadas LED vendidas no país saltou de 4 milhões de unidades em 2011 para 25 milhões em 2014, mas ainda representa menos de 5% do total consumido no país. Para 2015, a previsão é de um crescimento de 30%.
Apesar da dependência total de importação do principal componente do LED, o cristal semicondutor que efetivamente emite a luz, conhecido como “chip” ou “die”, as oportunidades de mercado que se abrem estão provocando uma espécie de renascimento da indústria de iluminação do Brasil, que reúne hoje mais de 37 mil trabalhadores em 600 empresas, e que deve movimentar este ano R$ 4,2 bilhões, segundo a Abilux.
Para ter uma ideia do que representa esse movimento, basta destacar que, hoje, todas as lâmpadas fluorescentes compactas (modelo que domina o mercado doméstico) à venda no país são importadas e lembrar que a derrocada das lâmpadas incandescentes levou ao fechamento na última década de grandes fábricas de multinacionais instaladas no país como as da GE, Phillips e Sylvania.
“A China estrategicamente investiu nas lâmpadas fluorescentes compactas e sugou a produção mundial. O Brasil, na contramão, não incentivou que as empresas aqui instaladas migrassem das incandescentes tradicionais para as fluorescentes compactas. Houve um vácuo e, a partir do apagão de 2001, ficou mais interessante importar lâmpadas do que fabricar aqui”, explica Marco Poli, da Abilux.
FLC deixou de ser somente importadora e virou fabricante de lâmpadadas (Foto: Darlan Alvarenga/G1)FLC deixou de ser somente importadora e virou fabricante de lâmpadadas de LED (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
Processo de fabricação mais simples
O processo de fabricação mais simplificado e a rápida disseminação da nova tecnologia, que rendeu aos criadores o prêmio Nobel de Física em 2014, tem motivado empresas do setor de eletrônica a se aventurarem neste novo mercado.
VEJA VANTAGENS E DIFERENCIAIS DO LED
Consome menos energia, gerando até 90% de economia em relação às lâmpadas incandescentes
Lâmpadas de LED duram até mais de 50 mil horas ou 8 anos
Oferece vida útil 25 a 50 vezes maior em relação às lâmpadas comuns e até 5 vezes superior às fluorescentes
Estrutura é 95% reciclável e não contém metais pesados ou gazes, facilitando o descarte
Converte uma proporção muito maior de eletricidade em luz, resultando em menor aquecimento da lâmpada
Por aquecer menos o ambiente, reduz também o consumo de ar-condicionado
São facilmente controlados por sistemas eletrônicos, permitindo variação de cor, comunicação wirelless e direcionamento do foco
Acopladas em gabinetes de alumínio, dispensam muitas vezes a necessidade de luminária
“Na fabricação de lâmpadas incandescentes ou fluorescentes tinha que se trabalhar com vidro, alto vácuo, e eram equipamentos que dependiam de altíssima escala e enorme investimento. Com o LED, estamos falando de um produto em estado sólido, mais simples, em que o Brasil tem uma tecnologia já preparada para a montagem de circuitos eletrônicos”, explica Antonio Filipe Muller, diretor de Operações do grupo Elo Sistemas Eletrônicos, dono da marca Neolux.
No mercado de LED desde 2011, a empresa tem como carro-chefe a produção de medidores eletrônicos de energia, mas prevê que o segmento de lâmpadas deverá responder por metade do faturamento até o próximo ano.
“Nosso projeto é chegar a uma produção mensal de 1 milhão de lâmpadas até o final do ano. Estamos buscando fontes de financiamento para automatizar a linha de produção de forma a viabilizar a produção nesta escala”, diz o diretor da empresa, com fábrica em Porto Alegre.
O Grupo Unicoba, dono da marca LEDstar, atuava no segmento de fontes de energia antes de se aventurar na produção de lâmpadas, em 2009.
“O LED acabou eliminando barreiras para a entrada no segmento de iluminação. Antes, essa era uma indústria muito mais de materiais e química, e agora virou muito mais um negócio de montagem eletrônica e energia. Com isso, o mercado foi aberto para uma centena de novos players”, afirma Eduardo Park, presidente da Unicoba, com fábricas em Extrema (MG) e Manaus.
Segundo a empresa, o faturamente da divisão de LED cresceu 150% em 2014, alcançando uma receita de R$ 600 milhões. “Acho que o nosso setor é um ponto fora da curva no país. Às vezes, a gente até se questiona a respeito", diz o executivo.
Em 5 anos, a empresa que tem como foco o segmento corporativo e de iluminação pública acumula mais de meio milhão de luminárias de LED instaladas no país. Para 2015, a projeção é de uma produção de 300 mil unidades e crescimento de 30% no faturamento.
Av. 23 de Maio foi o primeiro ponto na cidade de São Paulo a ter iluminação publica de LED (Foto: Divulgação/Unicoba)Av. 23 de Maio foi o 1º ponto na cidade de São Paulo a ter iluminação publica de LED (Foto: Divulgação/Unicoba)
Inovação e patentes
Roberto Luis Cardoso, sócio e diretor da O2 Led, com foco no mercado corporativo, diz que o aumento do custo da energia no país e a busca por corte de despesas fez crescer o número de encomendas de projetos com LED.
“A crise é muito boa para este mercado. Com a demanda crescente e o dólar subindo, o faturamento das empresas vai aumentar e a expectativa é boa, muito boa”, diz o empresário (Veja vídeo ao lado).
A empresa projeta uma receita de R$ 22 milhões em 2015, valor 40% superior ao do ano passado. Com uma produção atual de 50 mil lâmpadas por mês em suas fábricas em Minas Gerais e São Paulo, a O2 Led tenta se diferenciar dos produtos importados oferecendo não somente a lâmpada, mas também a instalação e projetos de iluminação customizados.
"As lâmpadas de LED duram até mais de 8 anos, mas tem cliente que não precisa de tudo isso. Uma loja de shopping, por exemplo, precisa mudar toda loja a cada 5 anos. Então é possível montar projetos mais simples, de acordo com a necessidade de cada cliente", explica o diretor da marca, que se especializou também em lâmpadas para o segmento de freezer e refrigeradores.
"A gente domina a tecnologia e gera tecnologia. Já temos mais de 20 patentes”, afirma Cardoso. “Temos produtos robustos com vida útil projetada de mais de 50 mil horas. Fazemos lâmpada tubular de mais de 2 metros, em que chegamos a 12 mil lúmens", completa.
Apesar de ainda custar bem mais caro que as lâmpadas fluorescentes, os fabricantes argumentam que os ganhos de longo prazo com a economia no gasto de energia e menor gasto com manutenção compensam o investimento e oferecem mais.
"Há 4 anos, a troca para LED representava uma redução pela metade. Hoje, as LED de hoje já representam um terço ou até um quarto da quantidade de energia usada pela fluorescente normal", diz Antonio Filipe Muller, da Neolux.
Importadora vira fabricante
A FLC, que inaugurou no ano passado, em São Paulo, a sua primeira fábrica de lâmpada de LED, atuava até então somente como importadora e distribuidora.
“Ainda é uma operação enxuta. Mas fazemos todo o processo de montagem, aplicação de LED nos módulos, e os drivers também são feitos aqui”, diz João Geraldo Ferreira, presidente da empresa.
Por enquanto, o único modelo produzido localmente pela marca é uma lâmpada LED em bulbo, de rosca, para uso nos mesmos bocais das lâmpadas incandescentes, que estão sendo abolidas do mercado. Todo o restante do portfólio é importado. Mas a empresa já projeta que a linha LED será a principal fonte de receita em até 4 anos.
“Alguns consumidores vão fazer a trocar de forma paulatina, mas não existe mais aquela dúvida: 'Será que vai pegar?"', afirma o executivo. "O LED é um caminho sem volta, e o preço tem caído a cada trimestre”, acrescenta.
Uma lâmpada de LED ainda custa até 4 vezes mais que uma comum. Mas já são encontrados no mercado modelos por menos de R$ 20.
Fábrica de lâmpadas de LED da FLC, em São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)FLC inaugurou sua fábrica de lâmpadas de LED no ano passado, em São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
Multinacionais avaliam abrir fábrica no Brasil
O potencial do mercado de LED tem colocado o Brasil também na mira dos investimentos das gigantes do setor. Consultadas pelo G1, mutinacionais como GE e Sylvania dizem que avaliam iniciar uma produção local de lâmpadas e luminárias de LED.
"Estamos trabalhando o cenário de voltar a ter uma fábrica no país. Esta é uma decisão que vai acontecer até o fim do 1º semestre", disse Tiago Pereira de Queiroz, diretor-executivo a Havells Sylvania para a América Latina, que desde 2006 não mantém um parque industrial no Brasil. "Estamos crescendo numa taxa média de 110% ao ano no segmento de LED, que representa 35% da receita da empresa. A tendência é que isso chegue a 85% do total do em 5 anos", acrescenta.
Já a GE informou que o mercado brasileiro é um dos focos da divisão de iluminação para os próximos anos, "uma vez que o país vive um momento de oportunidades para a melhoria de sua infraestrutura ligada ao setor de iluminação".
A Phillips possui uma linha de montagem de luminárias de LED em Varginha (MG), mas não produz localmente lâmpadas.
Na mira dos grandes players está, sobretudo, o bilionário mercado de troca de lâmpadas dos postes das ruas. Com a determinação da Aneel para que as prefeituras assumam a gestão da iluminação pública, muitas oportunidades de parceria com a iniciativa privada começam a se desenhar. Somente a Prefeitura de São Paulo prevê substituir 580 mil lâmpadas, em um investimento estimado em R$ 2 bilhões.
No país, existem hoje cerca de 17 milhões de postes de luz em vias públicas. Segundo a Abiluz, a substituição de ao menos 5 milhões de pontos de iluminação já representaria uma redução de 1% no consumo total de energia no país e uma economia anual de cerca de R$ 1 bilhão.
Linha de produção de luminárias da Unicoba, dona da marca LEDstar (Foto: Divulgação/Unicoba)Linha de produção de luminárias da Unicoba, dona da marca LEDstar (Foto: Divulgação/Unicoba)

Dependência total de importação de chip
Os fabricantes locais trabalham com um índice de nacionalização entre 60% e 80%. Os sistemas de LED dependem de uma fonte de alimentação de energia, cuja grande maioria dos componentes são importados. Já o chip de LED é 100% importado, sobretudo de países como China e Japão.
“A dependência de importação do chip é total. Montar uma fábrica de chip, do ledzinho especificamente, é um investimento gigantesco. É preciso ter condições de temperatura, pressão e assepsia extremamente controladoas", explica João Geraldo Ferreira, da FLC.
Fabricação de chip no Brasil está fora do cenário e não faz falta. O que não podemos é menosprezar a indústria de luminárias que já está aqui instalada e a de lâmpadas que está retornando. O valor agregado maior está nestes produtos, sem contar todo o mercado de projetos e de design"
Marco Poli, diretor da Abilux
Segundo Eduardo Park, da Unicoba, o componente já virou quase uma commodity e a produção está concentrada nos EUA, China, Japão, Coreia, Alemanha e Itália. “Diria que até já existe uma sobrecapacidade disso no mundo. A indústria de led no Brasil dificilmente comporta uma fábrica chip. Não temos escala e o Brasil, infelizmente, não tem competitividade para ser uma plataforma de exportação", avalia.
Marco Poli, da Abilux, destaca que a produção local do chip enfrenta barreiras bem mais complexas. “Os nós são de vários tipos, mas eu diria que o maior é o capital humano: a falta de cientistas e de mão de obra especializada capaz de disseminar o domínio da tecnologia de metalização do chip", diz.
A avaliação geral, entretanto, é que a dependência de importação do chip não é um fator limitante para o desenvolvimento de uma indústria de iluminação nacional competitiva.
“Fabricação de chip no Brasil está fora do cenário e não faz falta. O que não podemos é menosprezar a indústria de luminárias que já está aqui instalada e a de lâmpadas que está retornando. O valor agregado maior está nestes produtos, sem contar todo o mercado de projetos e de design”, diz Poli.
Para impulsionar a produção local, a Abilux defende medidas de estímulo como redução da carga tributária para os produtos que utilizem LEDs, criação de linhas de financiamento a projetos de iluminação eficiente e a certificação dos produtos LED pelo Inmetro com especificações de requisitos mínimo de qualidade, de forma a permitir uma competição mais justa com os produtos importados.
"A indústria brasileira de LED tem muito espaço para crescer. Se houver apoio do governo agora, podemos arrancar em escala e não perder terreno para os chineses mais uma vez”, diz Antonio Filipe Muller, da Neolux.

sábado, 16 de maio de 2015

Muito grato a todos que prestigiam nossa sinopse, variada, com muita informação seria e checada, por muitas vezes com a falta de tempo não se consegue acompanhar.

Obrigado a todos por nos prestigiar!
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Gráfico de page views 107695 visualizações de página - 5146 postagens, última publicação em 16/05/2015

Cirino está vetado do jogo contra o Sport, e Alecsandro assume vaga Exame de imagem não aponta lesão na coxa esquerda do atacante, e sim um edema. Jogador não atua domingo, no Maracanã

Já era esperado, desde o treinamento de sexta-feira, que Marcelo Cirino não atuasse domingo, contra o Sport, no Maracanã. Neste sábado, o departamento médico do Flamengo vetou a participação do atacante no jogo. O exame de imagem apontou um edema na coxa esquerda do atacante, que dará lugar a Alecsandro, como indicou o técnico Vanderlei Luxemburgo.

O treinador definiu a equipe que entra em campo domingo. A única diferença do time que atuou na primeira rodada, contra o São Paulo, é a presença de Alecsandro. Desta forma, o Fla joga com: Paulo Victor, Pará, Bressan, Wallace e Anderson Pico; Jonas, Canteros e Almir; Gabriel, Alecsandro e Everton.

O treinamento deste sábado teve atividade tática, além do habitual rachão. O time formado por Wallace, Gabriel, Everton e companhia, depois de oito "partidas" foi campeão. O capitão aproveitou para provocar Anderson Pico e Paulinho. Este último quis atrapalhar a foto da equipe vencedora, mas foi imobilizado e levou alguns tapas dos companheiros. Depois, rindo, se desculpou:

- Não valeu esse rachão! Foi só um tempo! Calma, calma, Wallace! É brincadeira - ria Paulinho.
Rachão Flamengo (Foto: Sofia Miranda)Jogadores do Fla se divertem após animado rachão (Foto: Sofia Miranda)
O atacante já está na lista dos relacionados, de acordo com Luxa, para o jogo contra o Sport. A torcida rubro-negra tem uma expectativa grande sobre Paulinho, que mostrou desenvoltura nos últimos treinamentos.

O Flamengo recebe o Sport, domingo, no Maracanã, às 16 horas (de Brasília). A partida é válida pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. 

Coronel do Exército é morto após ser levado durante roubo de carro no DF Mulher dele também estava no veículo, mas foi deixada na Asa Norte. Dois suspeitos do crime foram achados pouco depois, em uma festa.

O coronel do Exército Sérgio Murilo Cerqueira (Foto: Confederação Brasileira de Hipismo/Divulgação)O coronel do Exército Sérgio Murilo Cerqueira
(Foto: Confederação Brasileira de Hipismo/Divulgação)
Um coronel do Exército foi morto após sofrer sequestro-relâmpago na noite desta sexta-feira (15) no Distrito Federal. Ele foi abordado junto com a mulher quando chegava em casa, na 204 Norte, por volta das 22h. A mulher foi deixada na quadra seguinte, mas os quatro criminosos que estavam com o militar mantiveram-no refém.
A Polícia Militar foi informada do crime, e localizou o corpo do homem às 3h em São Sebastião – a 26 quilômetros do local da abordagem. Um major do Exército acompanhou a equipe e reconheceu a vítima, identificada como Sérgio Murilo Cerqueira.
Um adolescente de 17 anos e um adulto suspeitos de envolvimento no crime foram detidos pouco depois. A equipe da PM achou o carro da vítima ao lado de uma casa onde havia uma festa. Os policias esperaram a dupla deixar a comemoração para então fazer a abordagem.

O caso é investigado pela Delegacia de Repressão a Sequestro. A polícia procura os outros dois suspeitos de envolvimento no crime.
De acordo com a polícia, os homens tentaram fugir e houve perseguição. "Eles entraram em uma festa logo depois de cometer o crime, e a PM fez uma campana esperando os dois saírem. Daí eles saíram, e a gente conseguiu prender depois de uma perseguição, porque eles se evadiram. E a frieza impressionou os policiais, por eles terem acabado de cometer um homicídio e irem se divertir em uma festa", disse o capitão Michello Bueno.

Ex-presidente do Egito Mohamed Morsi é condenado à morte Ele pode recorrer da sentença, que será submetida ao mufti, autoridade religiosa máxima do país. Condenação é por fuga da prisão em 2011.

O presidente deposto do Egito Mohamed Morsi foi condenado à morte neste sábado (16), por fugir da prisão, em 2011, durante a revolução que derrubou o então líder Hosni Mubarak.
A defesa de Morsi poderá recorrer da senteça, que ainda deve ser submetida ao mufti, autoridade máxima religiosa do país. A decisão definitiva deve sair em 2 de junho.
O ex-líder foi deposto pelos militares em julho de 2013, depois de vários dias de grandes protestos nas ruas do país. O golpe foi liderado pelo então chefe do Exército e atual presidente, Abdul Fatah al Sisi.
Além dele, vários integrantes da Irmandade Muçulmana, como Essam al Arian, vice-presidente do Partido Liberdade e Justiça (PLJ) – braço político da Irmandade –, e o membro do comitê executivo da legenda, Mohammed Beltagui, foram condenados.Outra condenação
Em abril, Morsi foi sentenciado a 20 anos de prisão por incidentes violentos e mortes nas imediações do palácio presidencial de Itihadiya em dezembro de 2012.
Morsi enfrenta ainda outras acusações, entre elas insultar o judiciário e entregar informações confidenciais a países e organizações estrangeiros.
Desde a queda de Morsi, as autoridades vêm perseguindo os simpatizantes, integrantes e líderes da Irmandade Muçulmana, declarada como grupo terrorista pelo país em dezembro de 2013.
Mohammed Morsi em 13 de julio del 2012 (Foto: Maya Alleruzzo/AP)Mohamed Morsi foi deposto em julho de 2013 (Foto: Maya Alleruzzo/AP)

App Microsoft Hyperlapse permite criar vídeos em time-lapse no Android e Windows Phone


Por Paulo Montenegro - O Hyperlapse da Microsoft foi anunciada pouco antes do Instagram lançar seu app com a mesma função para iOS. A tecnologia, muito popular entre usuários das câmeras GoPro, transforma aqueles vídeos radicais que às vezes saem tremidos, em verdadeiras obras de arte, suavizando os movimentos ao mesmo tempo que aplica o efeito timelapse, que acelera tudo em volta de quem está filmando.
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Agora, através do app Hyperlapse Mobile, usuários de Android, Windows Phone e Windows também podem ter acesso a esse tipo de funcionalidade, e a grande diferença desse aplicativo para o que foi lançado pelo Instagram, é que você não necessariamente precisa capturar a filmagem do próprio app – até mesmo os vídeos mais antigos podem ser convertidos sem nenhum problema!
A mágica por trás disso é, na verdade, um algorítimo desenvolvido pela Microsoft, para suavizar a filmagem – o que significa que ele usa processamento de imagem, em vez de confiar-se no giroscópio ou acelerômetro dos aparelhos para obter resultados mais consistentes. A solução criada por Redmond também utiliza reconhecimento de imagem para estabilizar vídeos criados diretamente da face de alguém (usuários de GoPro que equipam seus capacetes com a câmera, por exemplo), o que o coloca muito à frente do que foi apresentado no app lançado pelo Instagram. Confiram o vídeopromocional do Hyperlapse abaixo:

A versão para Windows conta com alguns adicionais a mais, se comparada às do Android e Windows Phone; Usuários podem, através do app para desktop, desfrutar do algorítimo “Hyperlapse Pro”, que oferece opções para um processamento otimizado e menos tremidas nas câmeras, além de contar com um modo especial dedicado para as GoPro, o que ajuda de forma visível nos resultados finais.
versão de desktop é paga, mas conta com um período de testes (trial) para os usuários realmente decidirem se o app vale ou não a pena. A Microsoft também está oferecendo uma solução Hyperlapse baseada em seu serviço Azure, para conversão diretamente na nuvem – algo que pode poupar os minutos a mais que o usuário passa em frente ao PC/smartphone para esperar o processo de conversão ser concluído.
Para informações adicionais, confiram o site oficial do Hyperlapse. Para baixar a versão do Android, primeiro é necessário entrar na comunidade oficial do Google Plus e cadastrar-se como um “testador” através deste link. Os aplicativos para Android e Windows Phone podem ser baixados nos links ao final da matéria original com um clique aqui.

Dois candidatos são assassinados em menos de 24 horas no México


Elecciones Mexico 2015
Enrique Hernández, o candidato assassinado em Yurecuaro. / EFE
Ele se chamava Enrique Hernández e era candidato a prefeito de Yurécuaro, um povoado no noroeste do Estado de Michoacán, 450 quilômetros a leste da capital do México, pelo Movimento de Regeneração Nacional (Morena), liderado por Andrés Manuel López Obrador. Não era um rosto novo em seu povoado. Havia sido líder de milícia, e mais tarde foi preso acusado pelo assassinato do prefeito de Tanhuato, Gustavo Garibay García. Hernández foi morto a tiros, por um carro em movimento, na praça pública, durante um comício. Três pessoas também ficaram feridas.
  • A guerraA mais de mil quilômetros de Michoacán, no município de Huimanguillo, em Tabasco, outro candidato a um cargo público pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI) teve o mesmo fim. Héctor López Cruz foi atingido por 16 balas minutos depois de abrir a porta de sua casa. Seu irmão Eloy, testemunha do crime, foi gravemente ferido e se encontra em recuperação em um hospital próximo.
As duas mortes agitam o processo eleitoral no México, que realizará eleições regionais em 7 de junho, nas quais também renovará sua Câmara baixa (equivalente à Câmara de Deputados).
López voltava de um evento de campanha. Segundo informações de algumas testemunhas à imprensa local, os agressores chegaram em sua casa a bordo de duas caminhonetes brancas e cinzas. Após o ocorrido, o candidato à prefeitura do município de Tabasco pelo PRI, Gerald Washington, anunciou que suspenderá a campanha durante dois dias.
O candidato michoacano, Enrique Hernández, iria participar da eleição pelo Morena, mas era um rosto conhecido em seu povoado, onde era comerciante antes de se transformar em líder de milícia, chamada de As Labaredas. Acusou em diversas ocasiões autoridades policiais locais de ajudar Os Cavaleiros Templários, o cartel dominante em Michoacán.
As duas mortes agitam o processo eleitoral no México, que realizará eleições regionais em 7 de junho
Quando Hernández foi preso pelo assassinato do prefeito de Tanhuato, ele sempre negou as acusações e denunciou ter sido torturado durante sua prisão, que foi realizada sem uma ordem judicial. Um relatório da Comissão Estadual dos Direitos Humanos tem seu depoimento. Contou que colocaram um saco plástico em sua cabeça e levou golpes com a mão aberta em diferentes partes do corpo. Sua própria filha, Guadalupe Hernández, repetiu na época: “Só um tio meu pôde vê-lo, por cinco minutos e através de um circuito fechado. Ele me disse que meu pai estava muito mal e poderia perder a audição de um ouvido pela surra”, relatou ao EL PAÍS em abril. Meses depois, Hernández foi libertado por falta de provas e o assassinato pelo qual era acusado não foi esclarecido. 98% dos crimes cometidos no México ficam sem punição.
A morte de Hernández acontece dias depois do assassinato do candidato à prefeitura de Chilapa (Guerrero), Ulises Fabián Quiroz. O terror que os grupos de criminosos trazem à população causou problemas a seu partido, no caso o PRI. Cinco pessoas recusaram substituí-lo.
Guerrero e Michoacán são, junto com Jalisco e Tamaulipas, os Estados essenciais nos quais está centrada a estratégia de segurança do presidente Enrique Peña Nieto.