São Paulo, 23 abr (EFE).- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quinta-feira em São Paulo o Conselho África, formado por intelectuais, acadêmicos, diplomatas e ativistas que se uniram para combater o preconceito contra o continente africano. "O mundo precisar acabar com o preconceito contra a África", declarou o ex-presidente durante o lançamento do conselho, em um ato realizado no Instituto Lula. Em seu discurso, Lula lembrou a "escalada" da relação entre Brasil e África nos últimos anos, que se intensificou durante seus dois mandatos e continuou com sua sucessora Dilma Rousseff. No entanto, Lula pediu aos brasileiros "promover mais diálogo" com o continente africano, sem dar lições sobre o que cada país deve fazer ou não, mas fortalecendo os investimentos. "O mundo precisa entender que a África é um continente altamente promissor", afirmou. Para Lula, "o mundo estaria melhor hoje se, em 2009 - em uma reunião mundial de líderes da qual ele participou - houvéssemos decidido transformar os pobres em consumidores e desenvolvido a África, continente com o qual Brasil tem um compromisso gigantesco, e não somente econômico". Entre os participantes do Conselho África está Celso Amorim, que foi ministro das Relações Exteriores de Lula e fomentou as relações entre Brasil e os países do continente africano. O jornalista e ex-vice-presidente do banco Santander Brasil, Miguel Jorge, que foi titular do Ministério de Comércio Exterior de Lula, e João Bosco Monte, diretor do Instituto Brasil África, também fazem parte do conselho. A iniciativa também tem o respaldo de Carlos Lopes, economista de Guiné-Bissau e atual secretário-executivo da Comissão Econômica para a África das Nações Unidas. O Conselho África "será um espaço para conectar os colaboradores africanistas do Instituto Lula e acompanhar as atividades da Iniciativa África", ressaltou o comunicado. EFE wgm/cd/rsd
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