segunda-feira, 13 de abril de 2015

Políticos comentam as manifestações de 12 de abril; saiba o que disseram Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou: 'PT impõe à sociedade a pior equação'. Vice-presidente Michel Temer disse que governo tem que estar atento.

Parlamentares de governo e oposição avaliaram as manifestações deste domingo (12) contra o governo Dilma Rousseff e a corrupção.
Aécio Neves, senador (MG), presidente nacional do PSDB:
"O PSDB se solidariza com os milhares de brasileiros que voltaram às ruas e ocuparam as redes sociais neste domingo para, mais uma vez, legitimamente, manifestar seu repúdio e indignação contra à corrupção sistêmica que envergonha o país e cobrar saídas para o agravamento da crise econômica. Além da crise ética e moral, o governo do PT impõe à sociedade a pior equação: recessão com inflação alta, juros altos e corte de investimentos nas áreas essenciais da educação e saúde (...). Neste domingo de mobilizações pelo país, o PSDB se une aos milhares de brasileiros que amam o Brasil e que, por isso, dizem não ao governo responsável pelo caminho tortuoso que, neste momento, todos trilhamos". Veja mensagem na íntegra.
Michel Temer (PMDB), vice-presidente da República:
O vice-presidente da República, Michel Temer, disse que o fato de as manifestações deste domingo (12) terem reunido menor número de pessoas do que em março não significa que elas têm menor importância. As declarações foram confirmadas pelo G1 com a assessoria de imprensa do vice-presidente. No velório do ex-ministro Paulo Brossard, em Porto Alegre, Temer declarou: "O governo está prestando atenção a estas manifestacoes. Elas revelam, em primeiro lugar, vou dizer o óbvio, uma democracia poderosa. Mas em segundo lugar, que o governo precisa identificar quais são estas reivindicações e atender estas reivindicações. É isso que o governo está fazendo".
José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, em entrevista para o Fantástico: 
"A presidente Dilma está calcada em 54 milhões de brasileiros que a reelegeram para governar o Brasil por 4 anos. Essa ideia de impeachment não se coaduna. Ela não encontra legitimidade e nem ao menos elementos jurídicos para a sua concretização."
Marina Silva, ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, em mensagem publicada em seu blog no sábado, 11:
"Menos gente nas ruas não significa menor insatisfação; ao contrário, pode até significar um aumento da desesperança, o represamento de uma revolta que pode retornar mais forte depois de algum tempo (...) O governo não está em crise, ele é a crise. Isolado pelos aliados, sabotado por seus próprios integrantes, solapado até pelos que lhe deram origem, o governo dá respostas atabalhoadas aos problemas, a maioria criados por ele mesmo (...) Com ou sem resposta, as pessoas marcham. E sabem que é melhor marchar, umas ao lado das outras, nas ruas da desaprovação. É melhor andarem juntos, os indignados com a institucionalização da corrupção. É melhor unir-se na desconfiança, abandonando falsas tábuas de salvação oferecidas por quem só sabe repetir-se – e a repetição não produz esperança. Marchar é um alento e os ativistas das ruas, autores de seu próprio movimento, como em todos os tempos no mundo inteiro, só tem a si mesmos, mas sabem que trazem a possibilidade de algum futuro". Veja mensagem na íntegra
Mendonça Filho, líder dos Democratas na Câmara: 
"As mobilizações são um fato social com dinâmica própria. Assim como no 15 de março, milhares de brasileiros foram para rua hoje. Desta vez, em um número maior de cidades, embora em quantidade menor de participantes. O que não muda em nada a força dos protestos, que são uma realidade. O PT querer desqualificar esse movimento é tentar tapar o sol com a peneira.Participei como cidadão e constatei nas ruas a grande insatisfação de todos os segmentos da sociedade com a situação do Governo, sob o comando do PT"
Flávio Dino comenta as manifestações por Twitter (Foto: Reprodução/Twitter)Flávio Dino comenta as manifestações por Twitter
(Foto: Reprodução/Twitter)
Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, no Twitter:
"Foto que diz tudo sobre a apologia a crimes. Sou contra a corrupcao e contra golpismos".Veja mensagem
Sibá Machado, deputado (AC), líder do PT na Câmara dos Deputados:
Em entrevista para o site do PT, o deputado afirmou que houve um "arrefecimento" dos protestos. "Pode não ter uma terceira edição (dos atos contra o governo)". E que a reestruturação da Petrobras e mudança na articulação política, com a entrada de Michel Temer podem ter levado menos pessoas às ruas. “A mexida na articulação política do governo com a inclusão de Michel Temer tem sido vista de forma positiva”.

Em entrevista para o Fantástico, o deputado declarou: "[O impeachment] é ilegal e não tem ambiente na política, na conjuntura, na economia. Nenhum tipo de amparo. Acho que tem pessoas se aproveitando das manifestaçãoes e de um setor da sociedade, especialmente, na classe média que tem anseios sobre todas essas coisas e que alguns se aproveitando disso, tem falado nesses temas".

Manifestantes em São Paulo reclamam de dificuldades econômicas

Em protesto na Avenida Paulista, inflação e recessão são atribuídas ao governo Dilma. Maioria dos manifestantes é de eleitores do PSDB, mas há também ex-petistas, decepcionados.
Além da corrupção, uma das reclamações mais recorrentes entre os manifestantes que participaram do protesto contra o governo de Dilma Rousseff (PT) neste domingo (12/04), na Avenida Paulista, foi o fraco desempenho da economia. Para eles, problemas como a inflação e a recessão têm origem unicamente nas más decisões do governo.
Antonio Carlos Pereira, de 51 anos, é dono de uma loja no Jaguaré, zona oeste da cidade. Ele disse que esta é a primeira vez que vai a uma manifestação na vida. "As vendas caíram muito. É culpa do governo, sim", afirma ele. "Acho que não vamos conseguir o impeachment, mas é importante mostrar que estamos descontentes."
O comerciante Fábio Castro, de 38 anos, engrossa o coro da queda nas vendas. Dono de uma loja de materiais de construção em Jaçanã, na zona norte, ele diz que as pessoas reduziram os gastos ao "mínimo necessário".
"As pessoas agora só compram quando um cano estoura, por exemplo. Não fazem mais reforma, só manutenção. Estão com medo de se endividar, pagar parcelado no cartão, e depois perder o emprego", conta.
Castro reclama que o governo desqualifica os manifestantes como "elite". "Sou trabalhador e morador da periferia. O governo tinha que me ouvir", diz.
Para Tainá Melo, de 24 anos, dona de uma loja de roupas na mesma região, a situação é ainda pior. "Roupa é considerada supérfluo, é a primeira coisa que cortam. Tenho visto muitos fornecedores fecharem as portas na cidade."
Segundo os manifestantes, a alta dos preços é um dos grandes vilões. "A gente vê aumento de tudo, luz, combustível, o que afeta os negócios", diz a administradora de empresas Eliane Comunale, de 49 anos.
Valquíria Dias, de 26 anos, também reclama da inflação. "Está tudo muito caro! A passagem do metrô e ônibus aumentou muito, isso para você andar em pé!", diz ela, que foi ao protesto para vender assessórios e bandeiras.
"A faixa com 'Fora Dilma' está vendendo bem mais do que a 'Brasil'", conta ela, logo após declarar apoio irrestrito à manifestação. Valquíria trabalha em um restaurante e espera ganhar um dinheiro extra nesse domingo de protesto.
Decepção com o PT
Entre uma venda e outra, Valquíria confessa que votou em Dilma nas últimas eleições. "Eu vou ser honesta... Essa foi a primeira vez que eu votei e foi nela. Mas me arrependi demais. A Dilma veio só para atrasar o lado dos brasileiros."
O grande motivo da decepção de Valquíria é o Bolsa Família. Ela garante que a mãe perdeu o direito ao benefício três meses depois das eleições. "A Dilma prometeu e eu acreditei, mas ela está fazendo tudo ao contrário, está cortando tudo. Não está investindo em nada! Enquanto isso, as ruas estão cheias de mendigos."
Já para Maria Brígido, de 67 anos e ex-eleitora do PT, a decepção com o partido é principalmente com a corrupção. "Desde o mensalão que as coisas começaram a degringolar. E a inflação, agora, vai afetar aos mais pobres, como sempre", reclama ela, que votou em Lula e se diz arrependida.
"Também acho um absurdo a conivência do PT com o que está acontecendo na Venezuela. Lá estão prendendo pessoas inocentes... O partido aqui está usando o dinheiro público para apoiar uma esquerda mais radical", diz.
Apesar de haver ex-eleitores do PT, os protestos são frequentados, em sua maioria, por pessoas que votaram em Aécio Neves (PSDB) nas últimas eleições presidenciais.
Protesto mais vazio
O protesto deste domingo teve bem menos participantes do que a última manifestação, em 15 de março. Segundo o Datafolha, foram cerca de cem mil, contra 210 mil na anterior. A Polícia Militar, que estimou em um milhão o número de manifestantes do primeiro protesto, falou em 275 mil nesse domingo.
"Hoje está mais vazio. Acho que teve essa coisa do momento... De repente, boom!, todo mundo veio! Depois as pessoas pensam que já fizeram a sua parte e não continuam o movimento", diz Fábio, que participou do protesto pela segunda vez.
Tainá, que também havia estado na manifestação de março, concorda. "As pessoas vieram com tudo, mas depois não conseguem manter a mesma força. Não entendem que a democracia é um exercício constante", se queixa.
Além do número menor de participantes, foi possível notar também um clima menos efusivo. Nas estações de metrô próximas à Paulista, a maioria dos manifestantes se dirigiram silenciosamente ao local do protesto. Em março, ao contrário, as pessoas já cantavam, gritavam e faziam fotos nas estações lotadas.
Entretanto, os trajes em verde e amarelo, os rostos pintados e os acessórios como cornetas, apitos e perucas, voltaram a marcar presença na manifestação, assim como os vendedores ambulantes. Dessa vez, já preparados para o clima festivo, houve tempo até para montar tendas, que vendiam desde acarajé e tapioca ao tradicional churrasquinho e cachorro-quente. Tudo para fugir da recessão.

Ministério da Justiça define compromissos para garantir extradição de Pizzolato O conteúdo da carta não foi divulgado, mas o governo brasileiro deverá firmar compromissos com as autoridades italianas

O Ministério da Justiça informou hoje (11) que finalizou o documento que será enviado ao governo da Itália para pedir a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

O conteúdo da carta não foi divulgado, mas o governo brasileiro deverá firmar compromissos com as autoridades italianas para garantir a integridade física do condenado durante o cumprimento da pena. As alegações foram definidas após reunião entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, subsecretario das comunidades brasileiras no exterior.

Em fevereiro, a Corte de Cassação de Roma autorizou a extradição de Pizzolato, no entanto, a decisão final será do governo da Itália.  O ex-diretor tem cidadania italiana e fugiu após a condenação. Ele foi preso na cidade de Maranello em fevereiro de 2014, por porte de documento falso.

Centenas de milhares protestam em todo o país contra o governo e a corrupção

Por Bruno Marfinati
SÃO PAULO (Reuters) - Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas pacificamente neste domingo em 24 Estados e no Distrito Federal para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff e a corrupção, em atos mais dispersos e com um número total menor de participantes em relação às manifestações realizadas em março.
A Polícia Militar estima que aproximadamente 680 mil pessoas protestaram neste domingo, no segundo dia de manifestações em âmbito nacional contra o governo em menos de um mês. Os organizadores, porém, calcularam a participação de 1,5 milhão de pessoas, segundo dados compilados pela mídia local.
Em São Paulo, a estimativa da Polícia Militar é de que 275 mil pessoas protestaram na avenida Paulista, tradicional ponto de concentração de protestos da cidade, enquanto que o Instituto Datafolha afirmou que o ato reuniu 100 mil pessoas ao longo do dia na importante via da capital paulista.
Para os organizadores, 800 mil pessoas aderiram ao movimento na Paulista. Na manifestação realizada em 15 de março, a PM estimou que um milhão de pessoas participaram do protesto na cidade, enquanto o instituto Datafolha calculou em cerca de 210 mil.
Um comboio com cerca de 120 caminhões, segundo a PM, ostentando bandeiras contra Dilma, também se juntou ao protesto em São Paulo, mas foi impedido de acessar a avenida Paulista por questão de segurança.
No interior do Estado, as manifestações aconteceram principalmente na manhã deste domingo em cidades como Campinas, Ribeirão Preto, Guarulhos e no Grande ABC.
No Twitter, partidários de Dilma manifestaram sua contrariedade às manifestações deste domingo, e a hashtag #AceitaDilmaVez já era a mais citada, segundo a lista de principais tópicos discutidos no site de microblog.

O Palácio do Planalto disse que não comentaria os protestos deste domingo, ao contrário do que ocorreu em março, quando os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foram escalados para comentar os protestos.

Popularidade de Lula segue imbatível apesar de campanha anti-PT Pesquisa do Datafolha aponta que ex-presidente é eleito o melhor da história pelos brasileiros

Lula é apontado pelo Datafolha como o melhor presidente da história
Lula é apontado pelo Datafolha como o melhor presidente da história
Enquanto as manifestações que pedem o impeachment de uma presidenta legitimamente eleita começam a dar sinais de cansaço, uma pesquisa Datafolha, divulgada neste domingo (12/04), mostra de que lado o povo realmente está. 
O levantamento revela que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda é apontado como o melhor presidente da história pelos brasileiros. Lula tem nada menos que 50% da preferência nacional. Fernando Henrique Cardoso aparece bem distante, em segundo lugar, com 15%.
O resultado dessa pesquisa deve levar ao desespero aqueles que estão por trás de uma tentativa de criar um clima de instabilidade no país e temem uma nova derrota pelas vias democráticas em 2018.
A unanimidade em torno de Lula se mantém inalterada. O ex-presidente deixou a presidência em 2010 com 87% de aprovação segundo o Ibope e a CNT (Confederação Nacional do Transporte). Um recorde mundial de popularidade. Já FHC deixou o cargo em 2002 com apenas 26% de aprovação.
A popularidade de Lula não é fruto apenas de seu inquestionável carisma. Durante seu governo, foi registrada a maior distribuição de renda e inclusão social da história do Brasil. Algo que nenhum outro presidente jamais conseguiu. 

Pesquisa Datafolha aponta Lula como melhor presidente da história do país

Uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada neste domingo (12/4) aponta que metade dos brasileirosentrevistados consideram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o melhor chefe de estado da história do Brasil. O estudo foi realizado nos dias 9 e 10 de abril, com a participação de 2.834 pessoas em 171 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Pesquisa Datafolha
Pesquisa Datafolha
A segunda posição na pesquisa foi do tucano Fernando Henrique Cardoso, antecessor de Lula, com 15% das escolhas dos entrevistados. A presidenta Dilma Rousseff aparece em quinto lugar no levantamento. 
A pesquisa mostra ainda os nomes de José Sarney, com 2% das opiniões, e Juscelino Kubitschek, em quarto lugar, com 3%. Getúlio Vargas aparece com 6% das escolhas, ficando em terceiro lugar. 

domingo, 12 de abril de 2015

Mari AC “Já vi muita coisa ruim, principalmente em trabalhos que realizei em fazendas do Mato Grosso. Mas o que encontrei naquela pastelaria foi o pior de tudo. Para começar, havia uma cela, como se fosse uma cadeia, com grades e cadeado, montada dentro da lanchonete, onde o trabalhador ficava encarcerado. Além disso, ele convivia com o cheiro dos cachorros mortos, que ficavam ao lado dele. Eu não aguentei. Quando senti o cheiro, comecei a passar mal e pedi para sair do estabelecimento. Ao abrimos as caixas de isopor, vimos os cachorros congelados. Ficamos perplexos. Foram vários os crimes cometidos ali” afirmou à procuradora. (Equipe da Fiscalização)

Uma investigação do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro identificou uma pastelaria no Rio de Janeiro onde cachorros que haviam sido mortos a pauladas eram congelados para a produção de recheios para pastéis e outros salgados. A lanchonete ficava em Parada de Lucas, na zona norte da capital fluminense, e era comandada por chineses. De acordo com o depoimento do dono do estabelecimento, que já cumpre pena no Complexo de Gericinó, o uso de carne de cães na produção de pastéis é prática comum em lanchonetes chinesas espalhadas pela cidade. As informações são do jornal O Globo.
Em depoimento, o dono da lanchonete chegou a dizer que não sabia que matar cachorro para consumo era proibido no Brasil. Mais tarde, porém, ele admitiu que sabia da ilegalidade e que recolhia os animais nas ruas da zona norte.
Segundo a procuradora Guadalupe Louro Couto, a descoberta foi em 2013 e causou angústia em toda equipe de fiscalização. “Já vi muita coisa ruim, principalmente em trabalho que realizei em fazendas do Mato Grosso. Mas o que eu encontrei naquela pastelaria foi o pior de tudo. Para começar, havia uma cela, como se fosse uma cadeia, com grades e cadeado, montada dentro da lanchonete, onde o trabalhador ficava encarcerado. Além disso, ele convivia com o cheiro dos cachorros mortos, que ficavam ao lado dele. Eu não aguentei. Quando senti o cheiro, comecei a passar mal e pedi para sair do estabelecimento. Ao abrirmos as caixas de isopor, vimos os cachorros congelados. Ficamos perplexos. Foram vários crimes cometidos ali”, disse a procuradora ao jornal.