domingo, 25 de janeiro de 2015

RN tenta superar obstáculos para explorar potencial da energia eólica

25/01/2015 08h15 - Atualizado em 25/01/2015 09h42

RN tenta superar obstáculos para explorar potencial da energia eólica

Produção do RN responde por 30% da geração de energia eólica no país.
Infraestrutura para expansão tem avanços, porém, enfrenta problemas.

Felipe Gibson e Fred CarvalhoDo G1 RN
Em São Miguel do Gostoso, a praia divide o cenário com os aerogeradores (Foto: Felipe Gibson/G1)Em São Miguel do Gostoso, a praia divide o cenário com os aerogeradores (Foto: Felipe Gibson/G1)
Posicionado na chamada "esquina do continente", o Rio Grande do Norte é responsável pela maior produção de energia eólica do Brasil, pouco mais de 30% do total, mas ainda patina nas tentativas de aproveitar todo o seu potencial e colocar a eletricidade gerada a partir dos ventos como alternativa real no país -- uma oportunidade reforçada após o apagão da última semana.
Investidores do setor alegam que o atraso na construção de linhas de transmissão e uma estrutura melhor no porto de Natal para escoar equipamentos que compõem os parques eólicos são empecilhos para o desenvolvimento.

O RN possui 67 parques eólicos, que produzem comercialmente 1,79 gigawatts de energia, segundo levantamento do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energias Renováveis (Cerne). Dos mais de 130 gigawatts produzidos no país, a imensa maioria vem de hidrelétricas e termelétricas. Os parques eólicos no Brasil inteiro ainda respondem por uma parcela de 3,5%, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Na Dinamarca - país tido como referência no setor - esse índice chega a 43%. A meta do país, de acordo com a Agência de Energia Dinamarquesa, é chegar a 2050 produzindo somente energia e calor limpos, eliminando as emissões de dióxido de carbono. Lá, o problema das linhas de transmissão foi resolvido com a construção de cabos subterrâneos.
O Brasil planeja aumentar a produção de energia por fontes renováveis. Segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia 2023, do Ministério de Minas e Energia, as energias eólica e solar devem registrar crescimento de 8% nos próximos anos.
Vantagens ambientais
Hugo Alexandre, diretor executivo da Bioconsultants, empresa que presta consultoria ambiental para empresas de energia eólica, diz que termelétricas e hidrelétricas de fato geram mais eletricidade. Mas o diferencial da energia gerada a partir dos ventos está atrelado aos impactos ambientais.
"Toda e qualquer atividade vai gerar impacto, principalmente se for na geração de energia. O importante é sempre tentar casar a geração de energia com a nova política mundial colocada, que é a política da sustentabilidade", afirma Hugo Alexandre. Com base nessa ideia, ele compara a geração de energia eólica com as demais fontes da matriz energética.
Alexandre detalha que os parque eólicos ocupam uma média de 30% a 40% das terras em que são instalados, não geram resíduos e causam pouco desmatamento se comparado às demais fontes da matriz energética. "A eólica convive com outras atividades como pecuária, agricultura e preservação do meio ambiente. É comum você ter em cima as torres gerando em cima e as plantações embaixo. A comunidade e o proprietário da terra podem utilizar a área tranquilamente", conta.
Bacia dos ventos
A vocação natural do RN se explica pela localização na "esquina do continente". O diretor-presidente do Cerne, Jean-Paul Prates, explica que o estado fica no caminho de uma bacia de ventos e é provavelmente um dos melhores lugares do mundo para a energia eólica. "É uma formação regular de ventos que vêm do Atlântico Sul, batem na costa africana e acabam na ponta do Brasil, onde o RN está", observa.
Especializada em energias renováveis, a empresa francesa Voltalia foi uma das que aterrissou no Rio Grande do Norte para explorar os ventos. Com 15 projetos contratados por meio de leilões organizados pelo governo federal, o diretor geral da empresa, Robert Klein, afirma que os investimentos não devem parar por aí.
"Já investimos cerca de R$ 400 milhões e no conjunto de todos os projetos devemos chegar a um valor entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2 bilhões. Queremos ampliar os parques e estamos estudando participar de novos leilões", afirma.
Voltalia iniciou operação do parque eólico de Areia Branca no fim do ano passado (Foto: Divulgação/Voltalia)Voltalia iniciou operação do parque eólico de Areia Branca no fim do ano passado (Foto: Divulgação/Voltalia)
A Voltalia iniciou em novembro deste ano a operação comercial de um dos três projetos do complexo eólico de Areia Branca, no litoral Norte potiguar. A empresa já começou a construção de oito parques nos municípios de Serra do Mel e São Miguel do Gostoso, também no litoral Norte. Outras quatro usinas estão contratadas para serem implantadas em Serra do Mel.
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Visual nas margens das estradas traz aerogeradores no RN (Foto: Felipe Gibson/G1)Visual nas margens das estradas é repleto de 
aerogeradores (Foto: Felipe Gibson/G1)
Expansão
As empresas que atuam no Rio Grande do Norte planejam se expandir no estado. Levando em conta a operação de todos os projetos, está prevista para os próximos anos a geração de mais de 4 gigawatts, segundo previsão da Aneel.

Atualmente, o destaque fica por conta da região do Mato Grande, onde estão os municípios deJoão Câmara e Parazinho, cidades com a maior parte dos projetos funcionando comercialmente, além dos parques em construção e contratados.
Fora as regiões localizadas no litoral ou próximas dele, o estado também possui projetos em construção em regiões serranas, onde a força e constância dos ventos são influenciadas não pela proximidade do mar, mas sim pela altitude. A região chamada de Serra de Santana, onde estão as cidades de Lagoa NovaBodóSantana do MatosFlorânia e Tenente Laurentino Cruz, também aparece no mapa eólico do estado.
O processo
Toda a energia produzida, independente da fonte, vai para as redes do Sistema Interligado Nacional. O diretor de Energia Eólica do Cerne, Milton Pinto, costuma fazer uma analogia para explicar a distribuição da energia no país (veja o vídeo).
"É semelhante a uma grande piscina em que as fontes jogam água. Cada uma joga um tipo de água. A água da piscina será um mistura de cores que representa energia elétrica consumida no final", diz.
O processo de geração de energia eólica começa quando o vento atinge o aerogerador. De acordo com o professor Alexandro Vladno, coordenador do curso de energias renováveis do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), o fluxo de ar faz as pás girarem, gerando um movimento mecânico(veja o vídeo).
Rocha acrescenta que um gerador transforma a energia mecânica em elétrica. A eletricidade então segue para o transformador e é adequada para entrar na rede elétrica. Na subestação, o nível de tensão é adaptado para chegar ao consumidor.

Atrasos em linhas de transmissão
Dono da maior potência eólica instalada em todo o país, o Rio Grande do Norte tem como principais concorrentes para atrair projetos os estados da BahiaCeará e Rio Grande do Sul. A presidente da Associação Brasileira Energia Eólica, Elbia Melo, explica que os leilões têm se tornado cada vez mais competitivos e que a questão da infraestrutura tem pesado.
Atrasos nas linhas de transmissão deixaram projetos parados no RN (Foto: Felipe Gibson/G1)Atrasos nas linhas de transmissão deixaram
projetos parados (Foto: Felipe Gibson/G1)
No caso do RN, a perda de espaço em alguns leilões tem uma causa específica apontada por especialistas: o atraso na entrega das linhas de transmissão – responsáveis por levar a energia gerada nas usinas para as redes distribuidoras da eletricidade.
Embora acredite que a demora na entrega das linhas tenha sido um fator de desequilíbrio em leilões pontuais, a presidente da Abeeólica não acha que os dados sejam tão relevantes.
"Os leilões estão extremamente competitivos. Vencem os que possuem melhores condicões de infraesturura, onde entram as linhas de transmissão. Esse atraso colocou o Rio Grande do Sul um pouco a frente dos estados do Nordeste em alguns leilões porque lá as linhas de transmissão já estavam construídas", analisa Elbia Melo.

Logística
A infraestrutura do Rio Grande do Norte para receber os projetos também é um dos alvos de questionamentos nas discussões sobre energia eólica. O material usado na construção dos parques chega em navios e é transportado em carretas, que acompanhadas pela escolta de batedores, chegam até os empreendimento para serem montados. Por serem equipamentos pesados, as torres e pás usadas nos aerogeradores precisam de espaço para serem escoados. É aí onde, segundo investidores, reside um dos problemas.
Por estar localizado em um bairro de ruas estreitas como a Ribeira, na Zona Leste da capital, o porto de Natal exige uma logística mais complexa para o transporte dos equipamentos.
"É um porto confinado por terra", afirma o diretor geral do Cerne, Jean-Paul Prates. A falta de espaço também impede o desenvolvimento da cadeia produtiva no entorno, como acontece nos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco, constantemente escolhidos como pontos de transporte de carga dos parques eólicos instalados no RN.
Para a presidente da Abeeólica, Elbia Melo, a questão portuária é o que falta para um salto ainda maior do Rio Grande do Norte no setor. "Não é um porto adequado para este tipo de operação. São máquinas grandes, pesadas e que requerem um cuidado especial. A logística é um ponto muito importante. Tanto que os portos maiores atraem muitos fabricantes de equipamento. O porto de Natal não tem condições físicas para receber o tipo de carga que um empreendimento eólico movimenta", opina.

Tomar a pílula aumenta o risco de cancro cerebral

Tomar a pílula aumenta o risco de cancro cerebral

O uso de contracetivos hormonais a longo prazo pode duplicar o risco do cancro do cérebro

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Tomar a pílula aumenta o risco de cancro cerebral
Reuters
Investigadores da Dinamarca compararam os dados relativos a 317 mulheres diagnosticadas com glioma, um tipo de cancro cerebral, e 2,126 saudáveis, todas entre os 15 e os 49 anos, ou seja, jovens o suficiente para usarem contracetivos.

Mulheres que usaram um contracetivo oral ou um dispositivo intrauterino (DIU), têm 50% mais probabilidade de desenvolver cancro de cérebro do que as mulheres que não tomam nada, concluiram. Para mulheres que usam um desses contracetivos há cinco anos ou mais, o risco aumenta para 90%. Os cientistas defendem que, no entanto, a probabilidade de alguma mulher desenvolver a doença é extremamente pequena.

Os investigadores acreditam que a explicação resida na progesterona (presente nos contracetivos), que poderá provoar um aumento da proliferação de células de glioma, mas sublinham que é impossível, para já, formar conclusões assertivas acerca da relação entre os contracetivos que contêm progesterona e o cancro cerebral.
Os cientistas defendem que, no entanto, a probabilidade de alguma mulher desenvolver a doença é extremamente pequena. Mesmo que se confirme a relação, "apenas surgiria um glioma a mais, anualmente, por cada 50 mil mulheres que tomam a pílula".


Ler mais: http://visao.sapo.pt/tomar-a-pilula-aumenta-o-risco-de-cancro-cerebral=f807967#ixzz3Pprpvcde

A Europa à espera do grito grego "As revoluções acontecem mais frequentemente - e é forçoso que aconteçam - quando o povo tem um espírito orgulhoso, e tem a noção de que é tão bom como os seus governantes." - Aristóteles 22:21 Sábado, 24 de Janeiro de 2015 | 0 comentários 56 1 Comentar Imprimir Email Mais de dois mil anos depois, a frase de Aristóteles continua a fazer todo o sentido e assenta num princípio a que nem sempre se presta a devida atenção: as revoluções não se planeiam nem se fazem, apenas acontecem, como consequência de algo que ocorreu anteriormente. Quer isto dizer que por mais importante e radical que seja o resultado das eleições legislativas gregas, nunca este 25 de janeiro de 2015 vai ficar na data como o dia da revolução. Mas pode, muito bem, ser recordado como o dia em que a Europa vai começar a mudar. Ou, pelo menos, o dia em que se tornou urgente que mude. Depois de cinco anos de medidas brutais de austeridade impostas pela troika, a Grécia é hoje um país em que a classe média quase desapareceu, um quarto da população não consegue encontrar emprego (nem metade dos jovens!), onde os níveis de pobreza não cessam de aumentar e em que, estatisticamente, até já se morre mais depressa do que seria de esperar num país do Sul da Europa. A Grécia é um país onde se perdeu a esperança, onde metade da população vai votar com o sentimento de que "pior já não fica" ou com o medo de perder o pouco que ainda lhe resta. É aqui que a frase acima de Aristóteles ganha nova actualidade: a Grécia chegou a este ponto depois de um programa de ajustamento da dívida imposto por quem se achava "iluminado" pela razão e com a solução para todos os males. Agora, está à vista que essa suposta elite, comandada do centro da Europa, se enganou. E pior: que é incapaz de reconhecer o seu falhanço ou, sequer, aprender com os erros cometidos. Para que exista uma mudança, só é preciso, pois, que o povo recupere o seu orgulho. A anunciada vitória do Syriza pode ser uma primeira manifestação desse orgulho - e nada mais do que isso, acredito, tal como, há década e meia, a vitória do "revolucionário" Lula não virou o Brasil de pernas para o ar, ao contrário do que anunciavam os arautos da desgraça. Mas a subida ao poder de um partido fora do habitual arco de governação será, seguramente, um grito de alerta que tem de ser ouvido, com redobrada atenção, por toda a Europa. De uma forma ou de outra, o povo grego vai hoje fazer ecoar a sua voz. E mesmo que não o assumem, acredito que há muita gente, por essa Europa fora, a desejar um grito alto e sonoro dos gregos. Não porque partilhem as ideias do Syriza (longe disso!), mas apenas porque desejam que "as elites europeias' sofram um revés e, talvez, comecem a aprender a lição. E atenção, estamos ainda em janeiro. Daqui até ao final deste ano de 2015 (que promete ficar nos livros da História!) ainda teremos eleições no Reino Unido, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Polónia, Espanha, Portugal e, talvez, em Itália. Em todas elas, de uma maneira ou de outra, vamos todos andar a olhar para os resultados eleitorais em busca de sinais sobre o futuro da União Europeia. Com uma certeza, porém: a de que, em quase todo o lado, cada vez há mais povo que, como dizia Aristóteles, "tem a noção de que é tão bom como os seus governantes." E isso é que faz nascer as revoluções. Ler mais: http://visao.sapo.pt/a-europa-a-espera-do-grito-grego=f808201#ixzz3PprPzDrd

A Europa à espera do grito grego

"As revoluç

A Europa à espera do grito grego

"As revoluções acontecem mais frequentemente - e é forçoso que aconteçam - quando o povo tem um espírito orgulhoso, e tem a noção de que é tão bom como os seus governantes." - Aristóteles

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Mais de dois mil anos depois, a frase de Aristóteles continua a fazer todo o sentido e assenta num princípio a que nem sempre se presta a devida atenção: as revoluções não se planeiam nem  se fazem, apenas acontecem, como consequência de algo que ocorreu anteriormente.
Quer isto dizer que por mais importante e radical que seja o resultado das eleições legislativas gregas, nunca este 25 de janeiro de 2015 vai ficar na data como o dia da revolução. Mas pode, muito bem, ser recordado como o dia em que a Europa vai começar a mudar. Ou, pelo menos, o dia em que se tornou urgente que mude.
Depois de cinco anos de medidas brutais de austeridade impostas pela troika, a Grécia é hoje um país em que a classe média quase desapareceu, um quarto da população não consegue encontrar emprego (nem metade dos jovens!), onde os níveis de pobreza não cessam de aumentar e em que, estatisticamente, até já se morre mais depressa do que seria de esperar num país do Sul da Europa. A Grécia é um país onde se perdeu a esperança, onde metade da população vai votar com o sentimento de que "pior já não fica" ou com o medo de perder o pouco que ainda lhe resta.
É aqui que a frase acima de Aristóteles ganha nova actualidade: a Grécia chegou a este ponto depois de um programa de ajustamento da dívida imposto por quem se achava "iluminado" pela razão e com a solução para todos os males. Agora, está à vista que essa suposta elite, comandada do centro da Europa, se enganou. E pior: que é incapaz de reconhecer o seu falhanço ou, sequer, aprender com os erros cometidos. Para que exista uma mudança, só é preciso, pois, que o povo recupere o seu orgulho.
A anunciada vitória do Syriza pode ser uma primeira manifestação desse orgulho - e nada mais do que isso, acredito, tal como, há década e meia, a vitória do "revolucionário" Lula não virou o Brasil de pernas para o ar, ao contrário do que anunciavam os arautos da desgraça.  Mas a subida ao poder de um partido fora do habitual arco de governação será, seguramente, um grito de alerta que tem de ser ouvido, com redobrada atenção, por toda a Europa.
De uma forma ou de outra, o povo grego vai hoje fazer ecoar a sua voz. E mesmo que não o assumem, acredito que há muita gente, por essa Europa fora, a desejar um grito alto e sonoro dos gregos. Não porque partilhem as ideias do Syriza (longe disso!), mas apenas porque desejam que "as elites europeias' sofram um revés e, talvez, comecem a aprender a lição.
E atenção, estamos ainda em janeiro. Daqui até ao final deste ano de 2015 (que promete ficar nos livros da História!) ainda teremos eleições no Reino Unido, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Polónia, Espanha, Portugal e, talvez, em Itália. Em todas elas, de uma maneira ou de outra, vamos todos andar a olhar para os resultados eleitorais em busca de sinais sobre o futuro da União Europeia. Com uma certeza, porém: a de que, em quase todo o lado, cada vez há mais povo que, como dizia Aristóteles, "tem a noção de que é tão bom como os seus governantes." E isso é que faz nascer as revoluções.

Ler mais: http://visao.sapo.pt/a-europa-a-espera-do-grito-grego=f808201#ixzz3PprPzDrdões acontecem mais frequentemente - e é forçoso que aconteçam - quando o povo tem um espírito orgulhoso, e tem a noção de que é tão bom como os seus governantes." - Aristóteles

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Mais de dois mil anos depois, a frase de Aristóteles continua a fazer todo o sentido e assenta num princípio a que nem sempre se presta a devida atenção: as revoluções não se planeiam nem  se fazem, apenas acontecem, como consequência de algo que ocorreu anteriormente.
Quer isto dizer que por mais importante e radical que seja o resultado das eleições legislativas gregas, nunca este 25 de janeiro de 2015 vai ficar na data como o dia da revolução. Mas pode, muito bem, ser recordado como o dia em que a Europa vai começar a mudar. Ou, pelo menos, o dia em que se tornou urgente que mude.
Depois de cinco anos de medidas brutais de austeridade impostas pela troika, a Grécia é hoje um país em que a classe média quase desapareceu, um quarto da população não consegue encontrar emprego (nem metade dos jovens!), onde os níveis de pobreza não cessam de aumentar e em que, estatisticamente, até já se morre mais depressa do que seria de esperar num país do Sul da Europa. A Grécia é um país onde se perdeu a esperança, onde metade da população vai votar com o sentimento de que "pior já não fica" ou com o medo de perder o pouco que ainda lhe resta.
É aqui que a frase acima de Aristóteles ganha nova actualidade: a Grécia chegou a este ponto depois de um programa de ajustamento da dívida imposto por quem se achava "iluminado" pela razão e com a solução para todos os males. Agora, está à vista que essa suposta elite, comandada do centro da Europa, se enganou. E pior: que é incapaz de reconhecer o seu falhanço ou, sequer, aprender com os erros cometidos. Para que exista uma mudança, só é preciso, pois, que o povo recupere o seu orgulho.
A anunciada vitória do Syriza pode ser uma primeira manifestação desse orgulho - e nada mais do que isso, acredito, tal como, há década e meia, a vitória do "revolucionário" Lula não virou o Brasil de pernas para o ar, ao contrário do que anunciavam os arautos da desgraça.  Mas a subida ao poder de um partido fora do habitual arco de governação será, seguramente, um grito de alerta que tem de ser ouvido, com redobrada atenção, por toda a Europa.
De uma forma ou de outra, o povo grego vai hoje fazer ecoar a sua voz. E mesmo que não o assumem, acredito que há muita gente, por essa Europa fora, a desejar um grito alto e sonoro dos gregos. Não porque partilhem as ideias do Syriza (longe disso!), mas apenas porque desejam que "as elites europeias' sofram um revés e, talvez, comecem a aprender a lição.
E atenção, estamos ainda em janeiro. Daqui até ao final deste ano de 2015 (que promete ficar nos livros da História!) ainda teremos eleições no Reino Unido, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Polónia, Espanha, Portugal e, talvez, em Itália. Em todas elas, de uma maneira ou de outra, vamos todos andar a olhar para os resultados eleitorais em busca de sinais sobre o futuro da União Europeia. Com uma certeza, porém: a de que, em quase todo o lado, cada vez há mais povo que, como dizia Aristóteles, "tem a noção de que é tão bom como os seus governantes." E isso é que faz nascer as revoluções.


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Japão classifica de "ignóbil e imperdoável" execução de refém, Obama condena ato

 
10:35 25.01.2015

Japão classifica de "ignóbil e imperdoável" execução de refém, Obama condena ato

Reuters

O primeiro-ministro japonês qualificou hoje de "ignóbil e imperdoável" a execução de um refém nipónico pelos 'jihadistas' do Estado Islâmico, enquanto Obama, Cameron e Hollande condenam assassinato e expressam solidariedade.

Shinzo Abe, que falava após a divulgação de um vídeo da execução que o Japão considerou credível, exigiu a "libertação imediata" de um segundo refém, o jornalista Kenji Goto, raptado pelo Estado Islâmico em outubro do ano passado.

"Este é um ato terrorista ignóbil e imperdoável, condeno fortemente", declarou Shinzo Abe, que exprimiu as suas condolências à família do seu compatriota assassinado, Haruna Yukawa, que terá sido presumivelmente raptado na Síria em agosto último.

"Vamos continuar a lutar contra o terrorismo ao lado da comunidade internacional", prometeu o primeiro-ministro japonês.

Também os líderes dos principais partidos políticos japoneses manifestaram hoje a sua indignação face ao assassinato de Haruna Yukawa.

O Presidente norte-americano, Barack Obama, foi o primeiro a reagir, ao garantir que os Estados Unidos estão "ao lado do seu aliado japonês para trazer os assassinos à justiça e tomar medidas para reduzir e, finalmente, eliminar o Estado Islâmico".

Barack Obama ligou a Abe da Índia, onde se encontra de visita, para exprimir a sua "solidariedade com o povo japonês".

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que esta morte e as outras ameaças do Estado Islâmico demonstram a "barbárie destes terroristas".

Também o Presidente francês, François Hollande, condenou o "assassinato bárbaro" e congratulou-se "com a forte determinação do Japão na luta contra o terrorismo internacional e o seu papel ativo a favor da paz no Médio Oriente".

A execução do cidadão japonês acontece menos de dois dias após o fim do ultimato de 72 horas feito pelos 'jihadistas' do Estado Islâmico, que ameaçavam executar os dois japoneses se não recebessem 200 milhões de dólares (178,4 milhões de euros, à taxa de câmbio atual).

Grécia, o país onde é obrigatório votar mas ninguém leva muito a sério - Renascença

Grécia, o país onde é obrigatório votar mas ninguém leva muito a sério - Renascença

sábado, 24 de janeiro de 2015

" forma inteligentíssima pra economizar energia, e preservar o meio ambiente."

Ilidiane Mariana seria uma" mas os governos federais e estaduais não pensa como nós, e não investem nada pra colaborar com o planeta. Até qdo teremos pessoas tão desinteressadas no poder????

Deixa o Japão fora de problema. Não vamos esquecer que a Macedônia? Primeira Guerra Balcânica · Segunda Guerra Balcânica · Reino dos sérvios, ... Macedônia (região da Grécia) · Antiga República Iugoslava da Macedônia ...

Barack Obama condena "brutal morte" de refém japonês às mãos do Estado Islâmico

LUSA
O presidente norte-americano condenou hoje "a brutal morte do cidadão japonês Haruna Yukawa pelo grupo terrorista Estado Islâmico", uma execução que no entanto ainda não foi confirmada pelas autoridades japonesas.
null
O Governo japonês estava hoje a tentar verificar a autenticidade do vídeo que anuncia a execução de um dos dois cidadãos japoneses reféns do Estado Islâmico na Síria, mas Barack Obama não hesitou em apresentar as suas "condolências ao povo japonês" e a exigir a libertação do segundo refém japonês, segundo um comunicado do Governo norte-americano.
"Nós renovamos o nosso apelo à libertação imediata de Kenji Goto e de todos os outros reféns. Estamos do mesmo lado do nosso aliado japonês e aplaudimos a sua dedicação à paz e pelo desenvolvimento de uma região longe das suas fronteiras", adiantou o presidente Obama.
"Vamos continuar a trabalhar para trazer estes assassinos à justiça e continuaremos a desenvolver as ações para eliminar o Estado Islâmico", concluiu.
No vídeo analisado pelas autoridades japonesas, as imagens apresentam o primeiro refém Kenji Goto com uma fotografia de Haruna Yukawa, o segundo refém, aparentemente morto.
SMM // CSJ
Lusa/Fim