sábado, 17 de janeiro de 2015

Bombas, depredação e detidos marcam 2º ato contra tarifa em SP

16/01/2015 22h17 - Atualizado em 16/01/2015 22h31

Bombas, depredação e detidos marcam 2º ato contra tarifa em SP

PM diz que foi tropa foi alvo de fogos de artifício na Praça do Patricarca.
MPL acusou corporação de 'ataques gratuitos' e que grupo foi 'caçado'.

Marcelo Mora e Márcio PinhoDo G1 São Paulo
O segundo protesto convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento das tarifas para R$ 3,50 terminou em correria e tumulto no Centro nesta sexta-feira (16). Ao menos oito manfestantes foram detidos, segundo a PM. A corporação diz que foi alvo de fogos de artifício e reagiu com "munição química". O resultado foi uma sequência de explosões entre a Praça do Patriarca e o Viaduto do Chá.
Além da interdição de diversas vias importantes do Centro, de pessoas reclamando do gás e da finalização precoce do ato e vandalismo contra agências bancárias, o desfecho novamente colocou MPL e PM se acusando mutuamente.
Para o MPL, a polícia cometeu "ataques gratuitos" e o trabalho de advogados ativistas foi dificultado no 78º Distrito Policial. Ainda no Centro ao fim da noite, o major da PM Victor Fedrizzi disse que a reação “não foi desproporcional” e que a corporação agiu porque um grupo lançou rojões contra os policiais em frente à Prefeitura.
Começo do ato
O protesto começou às 17h na Avenida Paulista. Na Praça do Ciclista, o grupo decidiu seguir até a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria Estadual de Transportes. Na descida da Rua da Consolação, por volta das 19h30, bombas foram lançadas contra um grupo que estava na parte final da manifestação.

A passeata seguiu e conseguiu chegar ao Viaduto do Chá. No caminho, a PM relatou que uma agência bancária na Rua Xavier de Toledo foi depredada. Quando o grupo estava em frente à Prefeitura de São Paulo, a corporação disse que homens que estavam na Praça do Patriarca foram alvos de fogos de artifício (veja vídeo acima).
O que se seguiu foi uma sequência de explosões que dispersou o ato. Aqueles que se mantiveram no Centro se agruparam no Theatro Municipal. A PM foi hostilizada no local (veja vídeo abaixo).
Bancos depredados
Por causa da correria do grupo, entradas da Estação Anhangabaú foram fechadas. Lixo espalhado pela rua foi incendiado. A Polícia Militar afirma que três bancos tiveram fachadas depredadas:

- Citybank da Avenida São João
- Caixa Econômica Federal na Rua Líbero Badaró
- Banco do Brasil na Rua Xavier de Toledo

Críticas à PM
O professor André Souza, de 24 anos, disse que a reação da PM “foi absolutamente desproporcional”. Ele estava em um grupo que tentou socorrer uma jovem que passou mal após a confusão em frente à Prefeitura. O professor conta que correu pela Rua Libero Badaró, onde havia outro grupo de policiais. Ele relatou que recebeu spray de pimenta nos olhos.
Ainda antes do ato, o MPL divulgou nota na qual critica a cobertura da imprensa que deu destaques às imagens do vandalismo durante o primeiro ato contra o aumento das tarifas.

"Não concordamos com a postura de alguns manifestantes, mas não é função do MPL identificar, julgar ou criminalizar quem está nas ruas, protestando contra a violência diária do transporte e suas tarifas", informou o movimento. Na mesma nota, o MPL também criticou a PM e diz que a corporação promoveu "tortura" contra manifestantes. A corporação nega qualquer ilegalidade.

Manifestação em fotos
Veja abaixo imagens do protesto:
PM e MPL conversam antes da manifestação (Foto: Marcelo Mora/G1)PM e MPL conversam antes da manifestação: corporação negociou para que grupo não seguisse pela Avenida Paulista. Temor era que pedras e itens de obra da ciclovia fossem usados por mascarados. (Foto: Marcelo Mora/G1)
Faixa mostra adesão de grupo do M'Boi Mirim, na Zona Sul, ao protesto. (Foto: Márcio Pinho/G1)Faixa mostra adesão de grupo do M'Boi Mirim, na Zona Sul, ao protesto. (Foto: Márcio Pinho/G1)
Manifestantes se posicionam na Avenida Paulista. Tendência é que grupo desça a Consolação rumo ao Centro. (Foto: Marcelo Mora/G1)Manifestantes se posicionam na Avenida Paulista. Tendência é que grupo desça a Consolação rumo ao Centro. (Foto: Marcelo Mora/G1)
Tropa de CHoque antes da manifestação do MPL (Foto: Marcelo Mora/G1)Tropa de CHoque antes da manifestação do MPL (Foto: Marcelo Mora/G1)
Jovem carrega faixa antes da passeata do MPL em São Paulo (Foto: Marcelo Mora/G1)Jovem carrega faixa antes da passeata do MPL em São Paulo (Foto: Marcelo Mora/G1)
Concentração ato do MPL (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)Concentração ato do MPL (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)
Manifestantes começam a descer a Rua da Consolação (Foto: Márcio Pinho/G1)Manifestantes começam a descer a Rua da Consolação (Foto: Márcio Pinho/G1)
Grupo esconde o rosto na descida da Rua da Consolação (Foto: Marcelo Mora/G1)Grupo esconde o rosto na descida da Rua da Consolação (Foto: Marcelo Mora/G1)
Cartazes de 'aumento não' na Rua da Consolação (Foto: Marcelo Mora/G1)Cartazes de 'aumento não' na Rua da Consolação (Foto: Marcelo Mora/G1)
Explosão de bombas no ato do MPL (Foto: Reprodução/TV Globo)Explosão de bombas no ato do MPL (Foto: Reprodução/TV Globo)
SP protesto confusão polícia dispara (Foto: Johnny de Franco/Sigmapress/Estadão Conteúdo)SP protesto confusão polícia dispara (Foto: Johnny de Franco/Sigmapress/Estadão Conteúdo)

Manifestante se prepara para chutar bomba arremessada pela PM.  (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)Manifestante se prepara para chutar bomba arremessada pela PM. (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)
SP protesto Centro confusão (Foto: Anderson Gores/Alpha/Estadão Conteúdo)SP protesto Centro confusão (Foto: Anderson Gores/Alpha/Estadão Conteúdo)

Mais um suspeito de massacre dos 43 estudantes no México é preso

Mais um suspeito de massacre dos 43 estudantes no México é preso

Conhecido como 'El Cepillo', homem foi detido na cidade de Jiutepec.
Jovens foram mortos em 26 de setembro quando seguiam para protesto.

Da EFE
A Polícia Federal do México e a Secretaria de Defesa Nacional (Sedena) capturaram Felipe Rodríguez, conhecido como 'El Cepillo', membro da organização criminosa Guerreros Unidos e que teria sido o 'autor material' do desaparecimento de 43 estudantes em setembro do ano passado, confirmou nesta sexta-feira (16) a Procuradoria-Geral do país.
Por meio de um comunicado, o órgão afirmou que o detido é "autor material do homicídio do caso Ayotzinapa" e está prestando depoimento. Segundo explicaram à Agência Efe fontes da Polícia Federal, Rodríguez foi detido na noite de quinta-feira (15) no município de Jiutepec, no estado de Morelos.
Em 26 de setembro do ano passado, 43 alunos da Escola Normal Rural Ayotzinapa desapareceram em Iguala. Policiais locais, autoridades e membros do cartel Guerreros Unidos foram acusados pelo crime.
Três membros da organização detidos em novembro de 2014 confessaram ter assassinado e incinerado os corpos dos jovens em um lixão do município de Cocula, vizinho a Iguala.
O procurador-geral, Jesús Murillo, disse em entrevista coletiva concedida em 7 de novembro passado que Rodríguez esteva presente no momento em que os estudantes foram incinerados e inclusive ordenou para que todos os participantes do massacre queimassem suas próprias roupas. "O ato final mostra claramente o desejo de não deixar o menor rastro", disse então o procurador.
Apesar desta versão, apenas um dos estudantes foi identificado a partir dos restos mortais carbonizados analisados em um laboratório da Áustria.
Ao todo, 97 pessoas já foram detidas por participação no crime, entre elas o ex-prefeito de Iguala José Luis Abarca e sua esposa, María de Los Angeles Pineda, considerados autores intelectuais do desaparecimento e morte dos estudantes, junto com o secretário de Segurança, Felipe Flores, que segue foragido da justiça.
Segundo a versão oficial, policiais locais atiraram contra os estudantes por ordens de Abarca, matando seis pessoas, e capturaram 43 alunos, que foram entregues para o cartel Guerreros Unidos.
tópicos:

Família faz última visita a brasileiro que será executado na Indonésia Imagens de TV local mostraram parentes deixando a penitenciária. Marco Archer deve ser fuzilado às 15h de sábado (domingo na hora local).

17/01/2015 07h15 - Atualizado em 17/01/2015 07h19

Família faz última visita a brasileiro que será executado na Indonésia

Imagens de TV local mostraram parentes deixando a penitenciária.
Marco Archer deve ser fuzilado às 15h de sábado (domingo na hora local).

Do G1, em São Paulo
A família do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, que deve ser executado na madrugada deste domingo (17) no horário local – por volta das 15h deste sábado – na Indonésiafez a última visita a ele na prisão. As imagens foram divulgadas por um canal de TV local e exibidas pelo GloboNews. Os parentes chegaram à cidade de Cilacap, na Ilha de Java, neste sábado (16).
Marco Archer é instrutor de voo livre e foi preso ao tentar entrar na Indonésia, em 2004, com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto Internacional de Jacarta. O brasileiro conseguiu fugir do aeroporto, mas foi preso duas semanas depois. A Indonésia pune com pena de morte o tráfico de drogas.
Nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo por telefone ao governante da Indonésia, Joko Widodo, para poupar a vida dos dois brasileiros, mas não foi atendida. Widodo respondeu que não poderia reverter a sentença de morte imposta a Archer, “pois todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia e aos brasileiros foi garantido o devido processo legal”, segundo nota da Presidência.

O assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, informou que o governo brasileiro pediu ajuda ao Papa Francisco contra a condenação à morte do brasileiro. “Fiz chegar à representação da Santa Sé no Brasil um pequeno dossiê sobre o caso e me foi assegurado que isso seria enviado à Secretaria de Estado do Vaticano para que sua Santidade pudesse interceder em favor de uma atitude de clemência do governo indonésio”, disse.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou uma carta ao chefe do Ministério Público da Indonésia para pedir que o governo daquele país adie por oito semanas a execução do brasileiro Marco Archer, condenado à morte por tráfico de drogas.
Segundo a PGR, o adiamento por oito semanas daria ao Ministério Público do Brasil e ao da Indonésia um tempo mínimo para tentar uma cooperação entre os dois países que alivie a situação dos brasileiros e também leve a um acordo mais amplo para solução de futuros casos semelhantes.
  •  
Marco dentro da cadeia na Indonésia (Foto: Rogério Paez / Arquivo pessoal)Marco Ancher dentro da cadeia na Indonésia (Foto: Rogério Paez/Arquivo pessoal)
tópicos:

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Mudança no seguro-desemprego pode afetar 2 milhões de pedidos

16/01/2015 18h19 - Atualizado em 16/01/2015 19h04

Mudança no seguro-desemprego pode afetar 2 milhões de pedidos

Ministério calcula que nº de benefícios concedidos pode cair 26%.
Governo tornou mais rigoroso acesso a benefícios previdenciários.

Do G1, em São Paulo
As novas regras para a concessão do seguro-desemprego, fixadas pela medida provisória (MP) 665, podem reduzir em 26% ou em mais de 2 milhões o número de trabalhadores que receberão o benefício em 2015, segundo divulgou nesta sexta-feira (16) o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O número foi calculado a partir da base de dados do benefício em 2014. No ano passado, 8,55 milhões de trabalhadores requereram o seguro-desemprego. Se as novas regras fossem aplicadas neste mesmo universo, 2,27 milhões não teriam direito ao benefício, segundo o levantamento.
previdência - seguro desemprego (Foto: Editoria de Arte/G1)
Entre as mudanças está a triplicação do período de trabalho exigido para que o trabalhador peça pela primeira vez o seguro-desemprego.
Com as novas regras, que entrarão em vigor a partir de março, o trabalhador que solicitar o benefício pela primeira vez, terá de ter trabalhado por 18 meses nos 24 meses anteriores. Na segunda solicitação do benefício, ele terá de ter trabalhado por 12 meses nos 16 meses anteriores e, a partir da terceira solicitação, terá de ter trabalhado, pelo menos, por seis meses ininterruptos nos 16 meses anteriores.
Em conjunto com outras medidas anunciadas pelo governo, as mudanças no seguro-desemprego vão significar uma economia de cerca de R$ 18 bilhões por ano a partir de 2015, segundo o Ministério do Planejamento.
Resistência do Congresso
As novas regras, porém, ainda precisam ser confirmadas pelo Congresso Nacional no prazo de até 120 dias para que sua eficácia seja mantida. A tendência é de que as mudanças enfrentem resistência no Congresso Nacional, conforme avaliação de partidos da base aliada e da oposição.
“Nenhum direito está sendo suprimido”, afirmou, em comunicado, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.
Segundo o governo, o novo modelo garante o benefício à maior parte das pessoas que buscam o seguro-desemprego pela primeira vez.
Pelos cálculos dos técnicos do MTE, 1,83 milhão de  trabalhadores continuariam recebendo o seguro por terem recebido 18 salários ou mais em 24 meses. O número representa 50,47% do universo de requerentes do benefício pela primeira vez. Entre os que requerem o seguro pela segunda vez, o volume de pessoas enquadradas nas novas regras seria de 66,81%, segundo o ministério.
De acordo com o levantamento, ficariam sem acesso ao benefício em 2014 se as novas regras já estivessem valendo 1,6 milhão de trabalhadores de primeira solicitação e 672 mil de segunda vez.
Em 2014, segundo o governo, já foram negados pedidos de benefício para 195 mil trabalhadores que não tinham recebido no mínimo 6 salários na primeira solicitação e para 155 mil que não tinham recebido 6 salários na segunda solicitação.

Brasil pede ajuda ao Papa contra condenação à morte de brasileiro

16/01/2015 17h22 - Atualizado em 16/01/2015 17h33

Brasil pede ajuda ao Papa contra condenação à morte de brasileiro

Marco Archer foi condenado em 2004 por tráfico de cocaína na Indonésia.
Assessor de Dilma, porém, acredita que mudança de decisão é 'improvável'.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília
O assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, informou nesta sexta-feria (16) que o governo brasileiro pediu ajuda ao Papa Francisco contra a condenação à morte do brasileiro Marco Archer, preso na Indonésia em 2004 por tráfico de drogas. Garcia afirmou que ele será fuzilado à meia-noite de domingo (18) – 15h de sábado (17) no horário de Brasília.
“Fiz chegar à representação da Santa Sé no Brasil um pequeno dossiê sobre o caso e me foi assegurado que isso seria enviado à Secretaria de Estado do Vaticano para que sua Santidade pudesse interceder em favor de uma atitude de clemência do governo indonésio”, disse Marco Aurélio Garcia.
A jornalistas, o assessor disse, porém, considerar “absolutamente improvável” que o Papa possa vir a mudar a decisão do governo do país asiático. O G1 procurou a assessoria da Nunciatura Apostólica, representante do Estado do Vaticano no Brasil, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Na Indonésia, os presos são executados por um pelotão de fuzilamento, e podem escolher se querem ficar de pé, sentados ou deitados. Eles são vendados para a execução. O atual presidente do país, Joko Widodo, assumiu o cargo em 2014 e adotou espécie de “mão pesada” na luta contra as drogas e afirmou, no mês passado, que iria rejeitar os pedidos de clemência das 64 pessoas no corredor da morte por crimes relacionados a drogas.
Ao término da entrevista no Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia disse acreditar que “somente um milagre” fará com que Marco Archer não seja executado neste fim de semana.
Segundo negociadores do Ministério das Relações Exteriores, procurar autoridades internacionais, como o Papa e líderes internacionais, é “natural”, em razão de outros países estarem na mesma situação que o Brasil.
“Tentar a articulação com outras autoridades, como o Papa, é algo que está na nossa perspectiva porque nós também temos feito articulação com outros países que estão com problema semelhante”, disse um diplomata sob a condição de anonimato.
Histórico
Marco Archer é instrutor de voo livre e foi preso ao tentar entrar na Indonésia, em 2004, com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto Internacional de Jacarta. O brasileiro conseguiu fugir do aeroporto, mas foi preso duas semanas depois. A Indonésia pune com pena de morte o tráfico de drogas.
As leis da Indonésia contra crimes relacionados a drogas estão entre as mais rígidas do mundo, e contam com o apoio da população. "Com isso (as execuções), mandamos uma mensagem clara para os membros dos cartéis do narcotráfico. Não há clemência para os traficantes", relatou à imprensa local Muhammad Prasetyo, procurador-geral da Indonésia.
Além do brasileiro, há entre os condenados um indonésio, um holandês, dois nigerianos e um vietnamita. Apesar de a Indonésia não ter realizado nenhuma execução durante o ano de 2014, está previsto para este ano o fuzilamento de 20 prisioneiros.
De acordo com jornais locais, as autoridades do país afirmam que já foram preparados “o esquadrão de tiro, um clérigo e médicos”. As execuções ocorrerão simultaneamente. A procuradoria explicou ainda que os condenados são avisados da execução com três dias de antecedência para que possam se preparar mentalmente e para que façam seus últimos pedidos.

Rodrigo Gularte também foi preso em 2004, mas a data da execução da pena ainda não foi definida. Conforme o Itamaraty, atualmente há 3.209 brasileiros presos no mundo. A maior parte (1.108, 34%), está detida em países da Europa. Desses 3,2 mil, 2,4 mil são homens; 963 estão detidos por tráfico ou porte de drogas; 1,4 mil estão em prisão preventiva ou aguardando julgamento; e 1,4 mil já cumprem pena no exterior.

FAB ainda não concluiu investigações do acidente aéreo de Eduardo Campos

País

FAB ainda não concluiu investigações do acidente aéreo de Eduardo Campos

Agência Brasil
As investigações sobre o acidente aéreo que vitimou o ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, ainda não foram concluídas, de acordo com nota divulgada hoje (16) pela Força Aérea Brasileira (FAB).
A nota é uma resposta à matéria publicada nesta sexta-feira, no jornal O Estado de S.Paulo,segundo a qual o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) aponta para uma sequência de falhas do piloto Marcos Martins como causa do acidente. Ainda de acordo com a reportagem, não foi encontrado indício de falha técnica do avião.
A nota da FAB diz que "as investigações que apuram os fatores contribuintes do acidente com a aeronave PR-AFA ainda não foram concluídas pelo Cenipa. O Relatório final de Investigação é o documento destinado a divulgar a conclusão oficial e as recomendações desegurança de voo relativas ao acidente. A investigação não trabalha com prazos durante sua realização. O processo segue a seu tempo para o benefício da prevenção, e é proporcional à complexidade do acidente".
A tragédia ocorreu no dia 13 de agosto do ano passado, quando um jato Cessna 560XL caiu em Santos, no litoral de São Paulo. O avião havia decolado no Rio de Janeiro com destino a uma base aérea na cidade do Guarujá. Além de Campos, o acidente também vitimou quatro assessores, o piloto e o co-piloto. No último dia 6, a Aeronáutica havia dito que vai começar a divulgar, no início de fevereiro, informações sobre as investigações que apuram as causas do acidente, mas sem definir uma data.
Após a publicação da reportagem, o irmão de Campos, Antonio Campos, divulgou nota na qual diz estranhar o acesso às investigações antes da apresentação do relatório final. “É estranho que se tenha acesso às investigações da Aeronáutica e se divulgue conclusões antes da divulgação pelo órgão competente". Diz ainda ser prematura qualquer conclusão, uma vez que o "Cenipa não está fazendo todas as perícias do caso e não pode ter uma visão global do acidente”.
Além do Cenipa, o caso também é investigado pela Polícia Federal e pela Polícia Civil de São Paulo. O irmão de Campos disse ainda que só se pronunciará após a conclusão das investigações da Aeronáutica e dos inquéritos policiais em curso, que poderão trazer provas complementares. "Até lá, é prematura a conclusão noticiada, até porque está pendente da conclusão de relevantes perícias”, disse.
Tags: acidente, avião, campos, investigação, queda

Candidatos do Enem podem pedir certificado do ensino médio semana que vem

País

Candidatos do Enem podem pedir certificado do ensino médio semana que vem

Agência Brasil
Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que fizeram o exame para obter a certificação do ensino médio, poderão solicitar o documento a partir da próxima semana, segundo informou hoje (16) o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).O participante do Enem deve procurar a instituição certificadora escolhida durante o preenchimento da inscrição do exame. De acordo com o Inep, as secretarias estaduais de educação e os institutos federais de todo o país terão acesso aos dados de quem obteve a pontuação exigida para a certificação ainda no começo da semana.
Para solicitar a certificação do ensino médio, é preciso ter completado 18 anos de idade e alcançado no mínimo 450 pontos em cada uma das quatro áreas de conhecimento avaliadas, além de 500 pontos na redação.
No Enem de 2014, 67.254 candidatos, 10,6% do total dos que fizeram o exame para obter a certificação, atingiram os requisitos mínimos.
Além de certificar o ensino médio, a nota do Enem pode ser usada para ingressar no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), obter bolsas de estudo no esnino particular pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), participar de intercâmbio pelo Ciência sem Fronteiras e disputar vagas no ensino técnico.
Tags: ensino, exame, médio, nacional, prazos