domingo, 11 de janeiro de 2015

Opositores de Dilma são citados em investigação sobre a Petrobras

Opositores de Dilma são citados em investigação sobre a Petrobras

Polícia apura se deputado Eduardo Cunha e senador Antonio Anastasia receberam propina

Eduardo Cunha, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. / RENATO ARAÚJO (AG. BRASIL)
A pouco mais de três semanas do fim do recesso do Legislativo dois congressistas opositores do Governo Dilma Rousseff (PT) veem seus nomes envolvidos em uma das maiores investigações contra corrupção dos últimos anos. O deputado Eduardo Cunha (PMDB do Rio de Janeiro) e o senador Antonio Anastasia (PSDB de Minas Gerais) foram citados na Operação Lava Jato, que investiga o desvio de 10 bilhões de reais da Petrobras, a maior empresa estatal brasileira.
Reeleito deputado, Cunha é o favorito para se eleger presidente da Câmara dos Deputados e é da ala do PMDB que defende o rompimento com o Governo petista. Já Anastasia acaba de ser eleito senador e é fiel aliado do senador Aécio Neves, candidato derrotado por Dilma no pleito de outubro passado na mais disputada eleição desde a redemocratização.
Conforme reportagem da Folha de S. Paulo, tanto Cunha quanto Anastasia foram citados como beneficiários de recursos do esquema montado na Petrobras. As informações foram repassadas aos investigadores pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca. O policial foi preso sob a suspeita de trabalhar para o doleiro Alberto Yousseff, um dos cabeças da quadrilha, segundo as apurações da polícia e do Ministério Público.
Careca disse que entregou uma mala de dinheiro a Cunha, mas não citou valores. Enquanto Anastasia teria recebido 1 milhão de reais durante a campanha dele para o governo de Minas Gerais em 2010. O doleiro Youssef reforçou as denúncias contra Cunha. Os dois parlamentares negaram as acusações e as investigações não detalham por qual razão eles teriam recebido os recursos. Os dois casos agora estão sob responsabilidade da Procuradoria-Geral da República. Como o deputado e o senador têm foro privilegiado, eles só podem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal, que ainda não recebeu nenhuma denúncia relacionada a políticos que estariam envolvidos nos desvios.
Conforme o jornal O Globo, uma planilha com uma contabilidade apreendida em um computador de Youssef mostra que o policial Careca teria distribuído 16,7milhões de reais como propina. Outro citado pelo esquema é o deputado oposicionista Luiz Argôlo (Solidariedade da Bahia). Ele já teve seu nome vinculado no esquema e também nega que teria recebido qualquer valor.

Reações

Diante das revelações dos últimos dias, Cunha e Anastasia demonstraram indignação ao terem seus nomes vinculados ao esquema. O deputado afirmou que a ação é uma tentativa de atacar a candidatura dele à presidência da Câmara. Nesta quinta-feira, ele reafirmou que vai articular para que uma nova CPI da Petrobras seja instalada no Congresso, já que a encerrada no ano passado não se aprofundou nas investigações.
Já Anastasia afirmou, por meio de uma nota, que não conhece o policial que o acusou de receber propina e que nunca teve, enquanto governador, qualquer relação com a Petrobras. “Não sei o motivo de tal inverdade no âmbito dessa operação, mas sem dúvida misturar falsidades com fatos verdadeiros possa ser uma estratégia dos culpados”, afirmou.
Se forem encontradas provas contra eles, a Procuradoria-Geral da República deverá apresentar a denúncia no início de fevereiro, quando termina o recesso do Judiciário.

Manifestantes voltam às ruas de São Paulo e enfrentam repressão da polícia

Manifestantes voltam às ruas de São Paulo e enfrentam repressão da polícia

Protesto registrou conflito entre manifestantes e policiais militares, como em 2013

Ao menos 32 pessoas foram detidas e lojas e bancos acabaram depredadas

Polícia prende manifestante. / VICTOR MORIYAMA (GETTY IMAGES)
As ruas da região central de São Paulo se tornaram novamente o palco de confrontos entre manifestantes e policiais militares, como ocorreu há um ano e meio. Uma passeata contra o aumento da tarifa de transporte marcada pelo Movimento Passe Livre (MPL), o mesmo que em 2013 iniciou uma onda de protestos que se transformaria na maior do país desde os anos 90, acabou em meio a bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e destruição de lojas.
Os manifestantes se reuniram nesta sexta-feira às 17h, em frente ao Theatro Municipal, a menos de 300 metros da sede da Prefeitura de São Paulo, um dos órgãos responsáveis pela decisão do novo aumento da tarifa. Ônibus, gerido pelo Governo municipal, e metrô e trem, administrados pelo Governo estadual, passaram de 3 para 3,50 reais na última terça. Cercados por cordões de policiais militares, eles seguiram em direção à avenida Paulista, onde terminaria o ato, mas ao chegarem à rua da Consolação, mesmo local onde houve o principal confronto entre manifestantes e polícia em 2013, começou a confusão. O ato, neste momento, contava com 5.000 integrantes, de acordo com a Polícia Militar (PM), que sobrevoava a manifestação. Segundo o MPL, 30.000 pessoas participavam.
Um grupo de adeptos da tática black bloc, ativismo que defende a prática de ações "para causar danos materiais às instituições opressivas", começou a chutar vitrines de lojas e a jogar lixo contra a PM. Os policiais atiraram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo não apenas contra eles, mas também contra o restante da multidão, que correu. A grande quantidade de gás e bombas fez com que muitos manifestantes se refugiassem em estacionamentos de prédios e em agências bancárias. Lojas e as entradas das estações Paulista e Consolação do metrô chegaram a fechar. A correria se espalhou por toda a região da Consolação até a avenida Brigadeiro Luís Antônio, de um lado, e a avenida Angélica, de outro. Um ônibus foi incendiado na rua Bahia, disse a polícia. 
"Quando começou o confronto com os black blocs a marcha parou. Mas os policiais começaram a atirar bomba contra a gente", conta uma militante do MPL que não quis se identificar. "Quando vi, estava no chão de um restaurante, nem sei o que aconteceu. A polícia faz sempre a mesma coisa, aguarda qualquer motivo para acabar com o protesto", afirmou.
Os manifestantes se concentraram novamente por volta de 20h15 na avenida Paulista, que foi fechada por um escudo humano formado por homens da Tropa de Choque. Os policiais lançaram bombas e gás lacrimogêneo mais uma vez. A cavalaria da PM fechou a avenida. Um socorrista de um grupo de voluntários afirmava ter atendido três manifestantes com ferimentos leves. "Enquanto tentava ajudar, um policial apontou a arma na minha cara", disse ele. Parte dos policiais que atuou na manifestação não estava com a tarja de identificação obrigatória visível. Ao ter seu nome questionado pela reportagem, um deles respondeu: "eu sou policial". Ao menos 32 participantes acabaram detidos por depredação, segundo a polícia.
O MPL encerrou o ato às 20h45, com o recado de que um novo protesto acontecerá na próxima sexta-feira, às 17h, na Praça do Ciclista, na avenida Paulista. O movimento, que se classifica como "horizontal" e "apartidário" pretende adotar a mesma tática usada em 2013: a realização de uma série de protestos em um curto intervalo de tempo e gritava que o próximo ato seria maior.
Há um ano e meio, o grupo começou com apenas centenas de participantes as mobilizações contra o aumento da tarifa, que havia subido para 3,20 reais. As manifestações, porém, ganharam uma enorme proporção por conta da violência com que a polícia atuou. No quarto ato, em 13 de junho de 2013, que também havia começado nas escadarias do Theatro Municipal, os tiros indiscriminados de balas de borracha e gás lacrimogêneo pela rua da Consolação contra os manifestantes deixaram 200 feridos -entre eles 15 jornalistas, como a repórter da Folha de S.Paulo, Giuliana Vallone, atingida por uma bala de borracha no olho.
As cenas causaram indignação e quatro dias depois 215.000 pessoas tomaram as ruas de 12 das principais capitais do país, 65.000 deles em São Paulo, na maior onda de protestos políticos no Brasil desde os atos pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992. O teto do Congresso Nacional, em Brasília, foi ocupado. Manifestantes gritavam não mais contra a alta nas tarifas, mas contra a violência policial, a corrupção e problemas políticos variados, numa ação que intrigou cientistas sociais e políticos. Vários prefeitos e governadores revogaram a alta da tarifa, mas os protestos já tinham ganhado vida própria e continuaram até quase a Copa do Mundo.  
Por isso, o ocorrido em São Paulo nesta sexta levanta dúvidas de quais serão as consequências desta mobilização. A expectativa era de que o ato teria uma menor participação, devido as medidas tomadas pelo Governo para tentar amenizar o anúncio da alta tarifa, que havia se tornado um tabu: gratuidade para estudantes pobres da rede pública e privada e congelamento da passagem para os que usam os bilhetes mensais, semanais e diários. Parte da esquerda, que geralmente ajuda nas mobilizações, viu as medidas como um aceno positivo do Governo.
Assim como em junho de 2013, neste ano outras cidades além de São Paulo também convocaram a militância às ruas. No Rio de Janeiro e em Belo horizonte também aconteceram protestos nesta sexta, mas não foram registradas confusões. No Rio, os participantes não chegavam a 1.000. A atmosfera era pacífica, com ostensiva vigilância policial, informou Pedro Cifuentes.

"Não é só por 50 centavos"

MARINA ROSSI
A carta de princípios do MPL afirma que “a luta pela Tarifa Zero não tem um fim em si mesma. Ela é o instrumento inicial de debate sobre a transformação da atual concepção de transporte coletivo urbano (...)”. O grupo que incendiou o país em 2013 defende que ônibus, metrô e trem deveriam ser um direito constitucional e, portanto, gratuito. 
O grupo enfrenta um debate de convicções com a Prefeitura, que diz que não tem dinheiro para implantar o passe livre. “De onde eu vou tirar seis bilhões de reais?”, perguntou o prefeito Fernando Haddad, em entrevista a esse jornal. “É como se eu tirasse todo o dinheiro arrecadado com o IPTU e investisse em transporte e em mais nada”. O MPL, por sua vez, não propõe como se daria a viabilidade da implantação da tarifa zero para toda a população. “Não falamos em número”, disse a militante Luíze Tavares.
Para Andrea Matarazzo, vereador e líder do oposicionista PSDB na Câmara dos Vereadores, a falta de viabilidade econômica para a implantação do passe livre é o grande x da questão. Segundo ele, a manifestação deveria ser por mais qualidade no transporte público e não contra o aumento da tarifa. “O transporte público tem um custo alemão para as empresas e para a Prefeitura, e qualidade africana para o usuário”, afirmou. Em 2013, Matarazzo, que já ocupou diversos cargos como secretário na Prefeitura durante o Governo de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD), afirmou que Haddad estava provando do próprio veneno ao ter que enfrentar as manifestações nas ruas. “As manifestações ocorreram por uma insatisfação geral. É diferente de hoje. Mas a Prefeitura tem dado demonstrações de que não sabe conduzir questões fundamentais para a cidade”, disse. Ele é a favor do aumento da tarifa.
No início da década de 90, durante o Governo da ex-prefeita Luiza Erundina (PT), a proposta de um transporte público livre de catracas quase virou realidade. O então secretário de Transportes, Lúcio Gregori, explica que o projeto foi formulado e era economicamente viável, mas não foi aprovado na Câmara dos Vereadores e acabou engavetado. “Naquela oportunidade, a Prefeitura propunha uma reforma tributária centrada no IPTU”, diz Gregori. “Aumentava-se bastante o IPTU de imóveis de luxo, grandes empreendimentos, bancos, enquanto imóveis com até 60 metros quadrados ficavam isentos”. Com mais dinheiro em caixa, a Prefeitura subsidiaria 100% do transporte público.
Segundo Gregori essa era uma medida de grande aceitação entre a população na época. “Uma pesquisa feita então mostrou que 76% aprovavam a reforma tributária e 68% queriam que a Câmara aprovasse a Tarifa Zero. Mas a Câmara sequer votou”.
Foi em Salvador e Florianópolis que o MPL teve origem. Após uma série de manifestações contra o aumento da tarifa na capital baiana em 2003 – chamada “Revolta do Buzu” – e na capital catarinense, no ano seguinte - a “Revolta da Catraca”, o movimento foi tomando forma. A maioria dos seus integrantes, que diz fazer parte de um movimento “horizontal, apartidário e não anti-partidário”, costuma desconfiar da imprensa, dificilmente sai em fotos e tampouco se identifica como dirigente do movimento. “Todos nós somos militantes, não temos dirigentes”, disse a estudante Luíze Tavares, de 18 anos.
A estratégia do movimento neste último ano tem sido se concentrar na periferia, onde, segundo os militantes, há uma militância mais orgânica. As maiores manifestações, porém, acontecem na região central da cidade. Além dos atos, o MPL organiza aulas públicas sobre o transporte, reuniões e festas populares com cunho politizador. Há comitês do Movimento Passe Livre por outras cidades do país, além de São Paulo.

Vale a pena migrar para o Bilhete Único Mensal em São Paulo?

Vale a pena migrar para o Bilhete Único Mensal em São Paulo?

Veja também como funcionará o passe livre para estudantes que será regulamentado

Ao lado do anúncio da nova tarifa para o transporte público – ônibus, trens e o metrô passaram de 3 reais para 3,50 nesta terça-feira – a Prefeitura e o Governo do Estado de São Paulo anunciaram o passe livre estudantil como uma forma de contrapor o ônus do reajuste.
Polêmico desde o anúncio, em dezembro do ano passado, o benefício para os estudantes provoca dúvidas. Como será de uso conjunto para o transporte municipal (ônibus) e o Estadual (trem e metrô), as regras terão de ser definidas em conjunto entre Prefeitura e Governo do Estado.
A assessoria de imprensa do metrô afirmou que ainda não sabia exatamente como as regras seriam definidas, já que depende da regulamentação, prevista para ocorrer na próxima semana. Mas a Prefeitura de São Paulo respondeu à maioria das questões. Veja abaixo os principais pontos do reajuste e quem pode se beneficiar do passe livre estudantil e quando vale a pena migrar do Bilhete Único para os bilhetes temporais (Mensal, Semanal e Diário) para tentar driblar o novo aumento das tarifas:
Pergunta. Quantas pessoas vão, de fato, pagar a nova tarifa?
Resposta. Segundo os dados da São Paulo Transportes (SPTrans), 51% dos usuários do sistema, ou 1,95 milhão de pessoas, deverão, num primeiro momento, sentir o aumento da tarifa. A Prefeitura de São Paulo, no entanto, acredita que este número deverá diminuir significativamente para os usuários que optarem pelo Bilhete Único Mensal.
P. Por que algumas pessoas devem migrar para o Bilhete Único Mensal?
R. Embora a Prefeitura afirme que o Bilhete Único Mensal terá a tarifa congelada, o que ocorre de fato é que o preço fixo desse cartão é 140 reais. Quem antes usava dois ônibus por dia – um para ir e outro para voltar do trabalho, por exemplo – gastava uma média de 132 reais por mês, em 44 viagens. Com a nova tarifa, esse valor subiria para 154 reais ao mês, o que torna mais vantajoso migrar para o Bilhete Único Mensal, que pode ser usado quantas vezes o usuário quiser pelo valor de 140 reais ao mês. Basicamente, para o usuário que faz mais de 41 viagens ao mês, compensa migrar para o Bilhete Único Mensal.
P. Quais as outras opções de bilhetes que podem ser vantajosas?
R. O Bilhete Único Semanal, que custa 38 reais, vale a pena para quem fizer mais de 11 viagens pagas por semana. Já o Bilhete Único Diário custa 10 reais e vale a pena para quem faz mais de três viagens pagas por dia.
P. Como eu posso adquirir os bilhetes mensal, semanal ou diário?
R. É preciso realizar um cadastro, por meio do site da SPTrans, informando dados pessoais e enviando uma foto digitalizada. Após o cadastro, a Prefeitura avisa, por e-mail, quando e onde o usuário deverá buscar o novo cartão. O usuário escolhe, na hora da recarga, se quer usar o modo diário, semanal ou mensal.
P. Incluindo idosos (que a partir dos 60 anos têm gratuidade no transporte) e os estudantes beneficiados pelo passe livre, qual é o número de pessoas que terá direito ao transporte gratuito e quanto isso representa no percentual do transporte público?
R. Cerca de 505.000 estudantes, sendo aproximadamente 360.000 da rede pública e 145.000 da rede particular, incluindo os de nível superior. Os idosos são 890.000, além de 220.000 pessoas com gratuidade por motivo de saúde, totalizando 13% dos usuários do sistema.
P. Quais são os estudantes que poderão ser beneficiar pelo passe livre?
R. O passe livre para estudantes entrará em vigor no início deste ano letivo. A princípio, o benefício seguirá as mesmas regras do passe escolar, que são três, conforme decreto de 1948:
1 – A escola frequentada deve ser localizada no município de São Paulo
2 – A residência do estudante deve estar localizada a uma distância mínima de um quilômetro da escola
3 – Deve existir uma ligação de transporte coletivo entre a residência do estudante e a escola
Terão direito os alunos de escolas públicas de ensino fundamental e médio. No caso dos estudantes do ensino superior pago, o princípio geral será o de beneficiar alunos que se enquadram nas regras de acesso ao PROUNI e ao FIES (programas de financiamento estudantil). No caso das universidades públicas, esse assunto ainda é objeto de estudo e será tratado durante a regulamentação. De acordo com o secretario de Transportes, Jilmar Tatto, em declaração ao UOL, “o aluno da USP que requerer essa tarifa terá de comprovar que é de baixa renda”. De acordo com ele, o corte de renda para que os alunos de universidades públicas requeiram a tarifa zero deverá ser de um salário mínimo e meio per capita na família.
P. O que um estudante deve fazer para ser beneficiado pelo passe livre?
R. Deve se cadastrar no site da SPTrans logo após a regulamentação, prevista para a semana que vem.
P. O passe livre estudantil funcionará o ano todo, ou apenas durante o ano letivo?
R. Historicamente, o único mês em que não se entrega o desconto da meia passagem é o de janeiro. O critério para o funcionamento do Passe Livre será regulamentado na próxima semana.
P. O aumento da tarifa implicará na melhoria dos serviços?
R. Segundo palavras da Prefeitura de São Paulo: "É importante lembrar que desde o último reajuste (janeiro de 2011), a inflação acumulada foi de 27%, enquanto o reajuste da tarifa básica ficou em 16,67%. Na média de todos os usuários pagantes, o reajuste (considerando os congelamentos dos temporais e a gratuidade para os estudantes) foi de 7,4%. Desde o início de 2013, a Prefeitura de São Paulo prioriza o transporte público. Um exemplo disto foi a criação de 461 quilômetros quilômetros de faixas exclusivas (369,7 quilômetros construídos nesta gestão), que diminuíram em 40 minutos a média de tempo das viagens em relação a 2012, o que significa cerca de 4 horas por semana a menos. Além disto, nos próximos meses será feita a nova licitação que deverá requalificar todo o sistema, a estrutura dos veículos, tecnologia embarcada, circulação, cumprimento de viagens etc".

Premiê da Grécia promete cortes de impostos, enquanto esquerda lidera pesquisas

Premiê da Grécia promete cortes de impostos, enquanto esquerda lidera pesquisas

sábado, 10 de janeiro de 2015 13:52 BRST
 
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ATENAS (Reuters) - O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, prometeu neste sábado cortar impostos e gradualmente dar fim à austeridade enquanto busca atrair eleitores e reverter a liderança do partido esquerdista de oposição Syriza antes das eleições antecipadas.
À frente do governo de coalizão desde 2012, Samaras tem perseguido reformas impopulares como parte do resgate de 240 bilhões de euros (284,26 bilhões de dólares) da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudar a Grécia a se recuperar após o pico da crise da zona do euro.
Pesquisas de opinião mostram o partido de esquerda radical Syriza, que se opõe ao resgate internacional, à frente do partido de centro-direita de Samaras, o Nova Democracia, a duas semanas das eleições desencadeadas pela incapacidade do parlamento de eleger um novo presidente.
Durante a intensa campanha, Samaras está tentando focar na melhora das finanças gregas e nos primeiros sinais de crescimento econômico após seis anos de recessão, prometendo aliviar a pressão financeira enfrentada por muitos gregos se seu partido for reeleito.
"Não haverá mais cortes em pensões ou salários", disse ele a partidários e eleitores em um hotel no centro de Atenas. "O próximo passo no nosso plano de crescimento inclui cortes de impostos amplos que podem acontecer gradualmente, passo a passo".
 

Papa batiza crianças na Capela Sistina e diz às mães que poderiam amamentá-las

Papa batiza crianças na Capela Sistina e diz às mães que poderiam amamentá-las

domingo, 11 de janeiro de 2015 09:23 BRST
 
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CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O Papa Francisco batizou 33 crianças na Capela Sistina neste domingo e disse às mães que se sentissem livres para amamentá-las se elas chorassem ou estivessem com fome.
"Vocês, mães, dão aos seus filhos o leite e, até mesmo agora, se eles choram, porque estão com fome. Amamente-os, não se preocupem", disse ele, a partir de seu texto preparado.
O texto escrito tinha a frase "dar-lhes leite", mas mudou usar o termo italiano "allattateli", que significa amamentar, e acrescentou que elas não deveriam hesitar.
Como as 20 meninas e 13 meninos na sala dos famosos afrescos de Michelangelo choraram, o papa pediu aos seus ouvintes para lembrarem as mães pobres de todo o mundo "muitas, infelizmente, que não podem dar comida para seus filhos".
O batismo é o sacramento pelo qual crianças ou convertidos são iniciados na fé cristã. O papa derramou água sobre as testas dos bebês como parte do ritual.

França persegue suspeita por Charlie Hebdo após cerco mortal

França persegue suspeita por Charlie Hebdo após cerco mortal

sábado, 10 de janeiro de 2015 14:15 BRST
 
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PARIS (Reuters) - A França lançou uma grande caçada contra a cúmplice dos militantes islâmicos por trás do ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo e a uma loja de artefatos judeus, mantendo alto o alerta de segurança antes da "passeata silenciosa" de Paris com líderes europeus, no próximo domingo.
O primeiro ministro Manuel Valls pediu que a participação seja muito alta no domingo. Dezenas de milhares fizeram vigílias locais no sábado, com 80 mil em Toulouse e 30 mil na cidade de Nice. Um número similar fez sua homenagem em Pau, no sudoeste.
Na pior ameaça à segurança doméstica da França por décadas, 17 vítimas perderam as vidas em três dias de violência que começaram com um ataque contra o jornal semanal Charlie Hebdo na quarta-feira e terminou com dois incidentes envolvendo reféns.
Forças de segurança mataram os dois irmãos por trás do ataque ao Hebdo após eles se refugiarem em um prédio, e um associado amado com uma Kalashnikov que havia plantado explosivos no restaurante em Paris em um cerco que tirou a vida de quatro reféns.
Na manhã deste sábado, ainda havia presença visível da polícia em torno da capital francesa, com patrulhas em áreas sensíveis incluindo redações da imprensa. Houve um alerta falso de bomba na Eurodisney, a leste da capital.
"Não é mais como antes", disse Maria Pinto, em uma rua no centro de Paris.
O ataque ao Charlie Hebdo, jornal que satirizava o Islã, assim como outras religiões e políticos, levantou questões sensíveis sobre liberdade de expressão, religião e segurança em um país com dificuldades para integrar a minoria de cinco milhões de muçulmanos.
O paradeiro da parceira do ataque à loja judaica, Hayat Boumeddiene, 26 anos, continua desconhecido. A polícia a listou como suspeita desse ataque e do assassinato anterior de uma policial, considerando-a "armada e perigosa".
"Todos nossos recursos estão concentrados em procurar essa pessoa", disse o chefe de polícia nacional Jean-Marc Falcone à emissora de televisão BFM-TV. "Nós pedimos que ela se entregue à Justiça".
Uma fotografia oficial da polícia mostra uma jovem mulher com cabelos negros e longos por cima das orelhas. A imprensa francesa, no entanto, publicou fotos que mostram Boumeddiene totalmente sob um véu, posando com um arco e flecha, no que eles disseram ser um treinamento em 2010 na região montanhosa de Cantal.
A imprensa francesa contou que ela é uma de sete filhas cuja mãe morreu quando ela era jovem e cujo pai teve dificuldades para continuar trabalhando enquanto cuidava da família. Como adulta, perdeu o emprego como caixa quando se converteu ao Islã e começou a usar o niqab.