sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Haiti, um país em estado zombie


Haiti, um país em estado zombie

Cinco anos depois do terramoto que matou 220 mil pessoas e arrasou as estruturas do país, a VISÃO regressou ao Haiti, que continua a depender em absoluto da solidariedade internacional

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Cinco anos depois do terramoto que matou 220 mil pessoas e arrasou as estruturas daquela que já era a nação mais pobre do hemisfério ocidental, são ainda ténues os sinais de regresso à vida. Sem capacidade de gerar riqueza, com 70 por cento da população no desemprego e um clima de grande instabilidade política, o Haiti depende em absoluto da solidariedade internacional
Nos socalcos escavados nas montanhas que envolvem Port au Prince, os bairros de tetos azuis - a cor das tendas fornecidas pela ONU - começam a ficar escondidos pelas copas das árvores, que encontram no clima tropical terreno fértil para crescer a uma velocidade sobrenatural. Mas não há arvoredo que rompa nas favelas de cimento, plantadas em cada pedaço de terreno livre da cidade. "Enquanto nós construíamos 5 mil casas, os haitianos faziam 50 mil...", assume um alto quadro da União Europeia (UE), um dos principais financiadores da recuperação do país, a par dos Estados Unidos da América. Antes do terramoto, os bairros de lata já se impunham na paisagem. Mas hoje, a capital assumiu toda ela um aspeto de favela, com as suas construções toscas e mal acabadas, fazendo uso de qualquer material a que se deita a mão (contraplacados, chapas de zinco, sacas de comida), com puxadas de eletricidade a cruzar os céus, esgotos a escorrer pelas ruas e porcos a chafurdar nas pilhas de lixo que se amontoam a cada esquina. Nos arredores, nasceu mesmo uma nova cidade. Batizaram-na de Canaã - mas qualquer semelhança com a terra prometida na Bíblia, onde tudo existia em fartura, é mera coincidência. Ali vivem amontoadas, em barracas sem água nem luz, cerca de 300 mil pessoas, na mais abjeta pobreza.
O cenário impressiona quem chega de fora mas, com o passar do tempo, aprende-se a filtrar o bom do mau. Apesar da miséria, esta não deixa de ser uma ilha nas Caraíbas, com palmeiras a recortar o horizonte, contra o mar. No centro da cidade pintaram-se as fachadas dos casebres com cores garridas (do rosa, ao verde e amarelo), há sempre música no ar, miúdos a dar chutos numa bola, anúncios do regresso de Jesus e de happy hours nos bares de alterne, velhos a dormitar nos alpendres para digerir o rum e meninas impecavelmente fardadas a caminho da escola, com laços de cetim prendendo o cabelo. E negócios, muitos negócios preenchendo cada pedaço de passeio nas ruas. Vende-se comida e sapatos, telemóveis e roupa interior, brinquedos e motores de automóveis. Há de tudo, e a todos um haitiano oferece de troco um sorriso.
Há hoje na vida do país a mesma dualidade que nos mortos-vivos popularizados pelos cultos vudus, seguidos por mais de metade da população - por um lado, a horizonte negro da pobreza, o luto por aqueles que morreram, a tristeza melancólica nos olhares que não alcançam futuro; por outro, a energia de quem vive nos trópicos, a resiliência de um povo que teima em manter-se de pé, a face solar das crianças. Como cantam os evangélicos nas suas grandiosas missas campais, enquanto fazem soar tambores por toda a capital, "ainda há um coração que bate, bate, bate... sim, é o Haiti".


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Polícia cerca suspeitos, um refém confirmado


Polícia cerca suspeitos, um refém confirmado

Uma operação policial de grandes dimensões está a decorrer nos arredores de Paris.Os dois suspeitos do ataque ao Charlie Hedbo estão cercados a norte de Paris e têm um refém

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Última atualização há 44 minutos
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Polícia cerca suspeitos, um refém confirmado
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Os dois suspeitos do ataque contra o jornal francês Charlie Hebdo estão cercados a norte de Paris e fizeram um refém esta manhã, disse uma fonte policial à agência France Presse.
Os dois irmãos suspeitos do massacre de 12 pessoas na quarta-feira fizeram um refém esta manhã quando se encontravam em fuga, estando neste momento no interior das instalações de uma empresa gráfica de Dammartin-en-Goele, uma pequena cidade a norte do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris.
O ministro do interior francês, Bernard Cazeneuve, confirmou hoje estar em curso uma operação em Dammartin-en-Goele para a captura dos dois autores do atentado ao jornal Charlie Hebdo.
"Atualmente decorre uma operação em Dammartin-en-Goele para a qual se mobilizaram todos os meios para o terreno de forma a neutralizar os autores do atentado perpetrado há dois dias " anunciou numa declaração à imprensa o ministro do Interior francês.
A unidade especial de intervenção da Guarda (GIGN) encontra-se no local e será responsável pela operação nos próximos minutos acrescentou o ministro.


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Não há informações confirmadas sobre vítimas da troca de tiros ocorrida nesta sexta-feira

Foto: Pascal Rossignol / Reuters
09
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2015

Paris: suspeitos de ataque fazem refém e há troca de tiros

 
09h07
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Não há informações confirmadas sobre vítimas da troca de tiros ocorrida nesta sexta-feira

Autoridades francesas cercaram uma pequena cidade no norte da França com policiais antiterrorismo e helicópteros, nesta sexta-feira, depois que ao menos uma pessoa foi feita refém no local e os dois principais suspeitos pelo ataque ao jornal semanal Charlie Hebdo foram avistados.
Suspeitos de cometerem ataque ao jornal semanal de Paris Charlie Hebdo, Cherif e Said Kouachi
Foto: Twitter / Reprodução
O refém estaria sendo mantidos em fábrica do setor gráfico (CTD -  Création Tendance Découverte). Helicópteros sobrevoavam o local e um cerco policial foi montado.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, confirmou, separadamente, que uma operação policial estava em andamento na cidade, a cerca de 40 quilômetros do local onda a polícia vinha procurando os dois irmãos suspeitos, na quinta-feira.
"Temos indicações da presença dos terroristas que nós queremos pegar", disse o ministro, Bernard Cazeneuve, a repórteres em Paris, após uma fonte da polícia ter dito que havia ao menos um refém em uma instalação industrial de Dammartin-en-Goele.
"Está em andamento uma operação agora em Dammartin-en-Goele, que está mobilizando todos os serviços na região", disse Cazeneuve.
Especialistas atuam nas negociações com os suspeitos em busca da libertação do refém.
Todos os acessos a cidade foram bloqueados, enquanto policiais se dirigem para o local.
Pela manhã, as forças de ordem perseguiram os dois suspeitos do atentado de quarta-feira, e foi registrado um tiroteio em uma estrada a nordeste da capital, segundo fontes policiais. Os tiros ocorreram em uma área a cerca de meia hora de carro do local onde eram procurados na quinta-feira, segundo as fontes. Não há informações confirmadas sobre vítimas.

Al-Qaeda planeja ataques em 'grande escala' no Ocidente

Al-Qaeda planeja ataques em 'grande escala' no Ocidente

A França vive um momento de tensão depois do atentado terrorista nesta quarta-feira

Flores são colocadas em frente à sede do jornal semanal Charlie Hebdo, em Paris, na França, nesta quinta-feira
Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters
O chefe do MI5 - o serviço de inteligência interna britânico - revelou nesta quinta-feira que o braço da rede Al-Qaeda na Síria planeja "atentados em grande escala" no Ocidente.
Falando em Londres um dia após o ataque contra o jornal parisiense Charlie Hebdo, o diretor do MI5, Andrew Parker, alertou para o risco de atentados no Ocidente por parte de combatentes vindos da Síria.
"Sabemos que um grupo de terroristas fanáticos da Al-Qaeda na Síria planeja atentados em grande escala contra o ocidente".
Dois homens leem jornais em banca de Nice, na França, nesta quinta-feira
Foto: Eric Gaillard / Reuters
A França vive um momento de tensão depois do atentado terrorista nesta quarta-feira que deixou 12 pessoas mortas na sede da revista satírica Charlie Hebdo. A polícia busca os responsáveis pelo ataque nesta sexta e há, pelo menos, um refém. 
O incidente preocupa os líderes europeus que condenaram o terrorismo e enviaram mensagens de apoio à França. 

Denunciado na Lava Jato diz que Anastasia recebeu R$ 1 milhão

09 de janeiro de 2015 • 09h02 • atualizado às 09h15

Denunciado na Lava Jato diz que Anastasia recebeu R$ 1 mi

Senador Antonio Anastasia durante a campanha eleitoral
Foto: Daniel Messias / Divulgação
O senador eleito e ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB) teria recebido R$ 1 milhão a mando de Alberto Youssef em 2010, quando era candidato ao governo mineiro. Anastasia foi citado em depoimento do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, denunciado pelo Ministério Público Federal na Operação Lava Jato por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção e desvios na Petrobrás.  As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Careca disse que levou o dinheiro a uma casa em Belo Horizonte e que o doleiro tinha dito que o destinatário era Anastasia. O depoimento, segundo o jornal, foi dado no dia 18 de novembro. “Tempos mais tarde, vendo os resultados eleitorais, identifiquei que o candidato que ganhou a eleição em Minas era a pessoa para quem eu levei o dinheiro.” Ao ver uma foto de Anastasia mostrada pela polícia, Careca afirmou: “A pessoa que aparece na fotografia é muito parecida com a que recebeu a mala enviada por Youssef, contendo dinheiro”.
O candidato à presidência da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também foi citado pelo policial. Cunha, no entanto, nega qualquer envolvimento no esquema.
Anastasia divulgou nota nesta quinta dizendo que está “tomado de forte indignação” por seu nome ter surgido nas investigações da Lava Jato. Ele classifica a menção como “falsa e absurda” e diz estar disposto a participar até de uma acareação com Careca. “Uma acusação falsa e absurda como esta me leva a completa indignação e mesmo revolta. Não sei o motivo de tal inverdade no âmbito desta operação”, afirma o tucano na nota. Para ele, “misturar falsidades com fatos verdadeiros” pode ser “uma estratégia dos culpados” no esquema de corrupção na Petrobrás.
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Ele disse ainda que não conhece Careca ou Alberto Youssef. A menção de Anastasia será analisada pela Justiça Federal do Paraná. Em seu Facebook, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), divulgou uma nota defendendo Anastasia.  “A falsa e covarde acusação não se sustenta em pé, seja pelo caráter e honestidade do senador, seja pela falta de nexo na história”, disse.

No DF, neto descobre durante enterro corpo em cova comprada para a avó

09/01/2015 06h00 - Atualizado em 09/01/2015 06h00

No DF, neto descobre durante enterro corpo em cova comprada para a avó

Campo da Esperança disse que houve confusão em sepultamento anterior.
Família registrou ocorrência; cemitério de Taguatinga é o segundo maior.

Raquel MoraisDo G1 DF
Coveiro do cemitério Campo da Esperança de Taguatinga tenta identificar corpo em cova (Foto: Faerisson Lima Souza/Arquivo Pessoal)Coveiro do cemitério Campo da Esperança de Taguatinga tenta identificar corpo em cova (Foto: Faerisson Lima Souza/Arquivo Pessoal)
O servidor público Faerisson Lima Souza, de 30 anos, foi pego de surpresa ao tentar enterrar a avó no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga, no Distrito Federal: o corpo de outra pessoa já ocupava a cova comprada pela família. A administradora informou ao G1 que ofereceu outro jazigo, sem custos, para o sepultamento. O caso, ocorrido em 29 de dezembro, é investigado pela Polícia Civil.
Foi muito constrangedor, um transtorno geral. Ficaram remexendo na nossa frente, vimos a caveira, ficaram procurando. No início eles tinham uma postura meio de desdém, mas, depois disso, parece que começaram a ficar mesmo preocupados"
Faerisson Lima Souza,
servidor público e neto de idosa
De acordo com Souza, a sepultura foi adquirida pela família em 2004, quando o marido de Ivone Leite morreu. A idosa comprou duas gavetas. “Iam fazer a exumação para enterrar minha avó junto com o meu avô. Aí, na hora que abriram, havia um corpo lá. O coveiro estranhou, porque já tinha duas pessoas ali. Foi aí que a gente percebeu o erro.”
Como o enterro teria ocorrido há menos de cinco anos, os funcionários foram impedidos de continuar mexendo no local. Os coveiros decidiram, então, abrir o jazigo ao lado. A suspeita era de que os restos mortais do avô pudessem estar nesta outra cova e que apenas os números que identificam as lápides estivessem trocados. No local, no entanto, havia o caixão de uma mulher.
“Foi muito constrangedor, um transtorno geral. Ficaram remexendo na nossa frente, vimos a caveira, ficaram procurando. No início eles tinham uma postura meio de desdém, mas, depois disso, parece que começaram a ficar mesmo preocupados”, afirma o servidor público.
Enquanto isso, cerca de 80 familiares e amigos permaneciam com o corpo da idosa na sala de velório. A mulher morreu aos 79 anos, vítima de uma pneumonia, e deixou sete filhos.
Ivone Leite, avó de servidor público que foi enterrada em Taguatinga (Foto: Faerisson Lima Souza/Arquivo Pessoal)Ivone Leite, que foi enterrada em Taguatinga
(Foto: Faerisson Lima Souza/Arquivo Pessoal)
“A pior parte é lá, quando você fica vendo o corpo parado e não sabe o que vai fazer”, declarou Souza. “Muito difícil. A gente tenta ficar com a família, com as que estão mais fracas, como minhas tias e minha mãe, e passa por isso.”
Em nota, o cemitério informou que identificou por meio de documentos que o corpo enterrado no jazigo da família deveria estar na sepultura ao lado. Os parentes serão informados para que possam reconhecer os restos mortais. Depois disso, o corpo da idosa será transferido para o local.
O cemitério de Taguatinga é o segundo maior do DF e tem 136 mil pessoas enterradas. A taxa de sepultamento é de R$ 40.

Irmãos suspeitos de ataque em Paris integram lista de terroristas nos EUA

France Presse
09/01/2015 00h19 - Atualizado em 09/01/2015 00h19

Irmãos suspeitos de ataque em Paris integram lista de terroristas nos EUA

Cherif e Said Kouachi são suspeitos de ataque a jornal 'Charlie Hebdo'.
Eles estão em lista 'No fly' que proíbe a presença em voos para EUA.

Da France Presse
Chérif Kouachi e Said Kouachi, suspeitos do ataque à revista 'Charlie Hebdo' (Foto: Divulgação)Chérif Kouachi e Said Kouachi, suspeitos do ataque à revista 'Charlie Hebdo' (Foto: Divulgação)
Os dois supostos autores do atentado contra o jornal Charlie Hebdo, em Paris, integram "há anos" a lista negra de terroristas elaborada pelos Estados Unidos, informou à AFP um funcionário americano.
Os irmãos Cherif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos, apontados como os autores da execução de 12 pessoas no ataque ao jornal satírico parisiense "estão há anos em nossa lista de vigilância", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.
Os irmãos, que são caçados pelas forças da ordem em um enorme operação na França, figuram na base de dados americana de suspeitos de terrorismo, incluindo a famosa "No Fly List", que proíbe a presença em voos para ou a partir dos Estados Unidos.
O irmão mais velho, Said, passou "vários meses" treinando com armamento de guerra com um membro da Al-Qaeda no Iêmen em 2011, antes de regressar à França, disse ao jornal The New York Times outro funcionário americano.
A caçada aos dois irmãos prossegue na noite desta quinta-feira, mobilizando milhares de homens e cinco helicópteros, especialmente no norte da França, onde a dupla foi avistada.
O atentado foi saudado nesta quinta-feira pelo grupo Estado Islâmico, que chamou os irmãos de "heróis".
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