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Incra reconhece comunidades quilombolas em dois estados
A origem da comunidade, contudo, era questionada pelos produtores rurais, o que gerou conflitos. Nos últimos anos, os quilombolas lutaram tanto pelo reconhecimento da história quanto por políticas públicas para a saúde, educação, produção de alimentos e geração de renda, uma vez que enfrentavam dificuldades para o sustento da comunidade.
Além da Comunidade Quilombola Dezidério Felipe de Oliveira, ontem (30), o Incra também reconheceu e declarou como terras da Comunidade Remanescente do Quilombo de Cambará, uma área de 570 hectares no município de Cachoeira do Sul (RS), no Vale do Jacuí.
Fruto da aquisição, por parte de escravos libertos, de partes da então sesmaria da Palma, concedida pela Coroa Portuguesa a Manoel Gomes Porto, em 1797, a comunidade desenvolve hoje agricultura de subsistência e a criação de pequenos rebanhos.
O território foi ocupado por fazendeiros nas últimas décadas. Mas, no caso dessa comunidade, de acordo com informações do Incra os quilombolas posicionaram-se a favor da permanência no território de agricultores familiares não quilombolas que moram e exploram diretamente as propriedades.
A próxima etapa da regularização fundiária de Cambará é a assinatura do decreto pela Presidência da República declarando as terras de interesse social. Depois, poderão ocorrer as retiradas da área de não remanescentes e a titulação da área.
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