terça-feira, 18 de novembro de 2014

Procurador-Geral confirma: “Doleiro operava para o PSDB com objetivo de prejudicar processo eleitoral”

Procurador-Geral confirma: “Doleiro operava para o PSDB com objetivo de prejudicar processo eleitoral”

“Isso é um rastilho de pólvora. Quando um começa a falar, o outro diz: Vai sobrar só para mim?’. E aí eles começam a falar mesmo.”
17/11/14, 23:17
"E
stava visível que queriam interferir no processo eleitoral. O advogado do Alberto Youssef operava para o PSDB do Paraná, foi indicado pelo [governador] Beto Richa para a coisa de saneamento [Conselho de administração da Sanepar], tinha vinculação com partido. O advogado começou a vazar coisa seletivamente. Eu alertei que isso deveria parar, porque a cláusula contratual diz que nem o Youssef nem o advogado podem falar. Se isso seguisse, eu não teria compromisso de homologar a delação.”
Ele disse esperar que a prisão de executivos e presidentes de grandes empreiteiras do país na operação Lava Jato faça com que muitos dos detidos busquem o instituto da delação premiada para tentar reduzir o tamanho de suas penas.
“Isso é um rastilho de pólvora. Quando um começa a falar, o outro diz: Vai sobrar só para mim?’. E aí eles começam a falar mesmo.”
Sobre as empreiteiras, ele disse: “Em principio é fraude em licitação, lavagem de dinheiro, crime contra o mercado e corrupção ativa. Elas [empreiteiras] diziam que eram alvo de concussão [exigência de dinheiro por parte de funcionários da Petrobras]: Eu sou obrigado a dar, senão eu não consigo participar desse negócio e eu morro à míngua’. Se puder me explicar como a fraude à licitação decorre de concussão, eu concordaria com a tese. Como a concussão te obriga a fazer um cartel, fraudar uma licitação e ganhar um dinheirão? Está sendo extorquido para ganhar dinheiro? Para ter que botar US$ 100 milhões no bolso? Vamos combinar, não é. A delação quebrou com essa ponte.”
“As empreiteiras faziam o retalho das licitações. Teu lote é aquele, teu lote é aquele outro. Eu pego meu lucro, engordo ele, os outros engordam mais. Essa diferença entre meu lucro e o que engordei vai irrigar o sistema. Desse dinheiro, pelo que entendi do [ex-diretor da estatal] Paulo Roberto Costa, você tem dinheiro destinado a caixa dois de campanha.

A sequência de fotos foi captada em um espaço de aproximadamente 30 minutos desde o primeiro contato do robô com o solo

17 de novembro de 2014 • 19h24 • atualizado em 17 de novembro de 2014 às 22h04

Imagens mostram pouso acidentado do robô Philae em cometa

A sequência de fotos foi captada em um espaço de aproximadamente 30 minutos desde o primeiro contato do robô com o solo


Imagem mostra os pontos em que a Philae quicou na superfície do cometa, em um processo que levou 2 horas
Foto: ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team
Imagens de alta resolução do pouso histórico da sonda Philae, divulgadas nesta segunda-feira, detalham como foi a aterrissagem acidentada no cometa 67P.
Os registros foram feitos por uma câmera do satélite Rosetta, do qual a Philae se desprendeu na quarta-feira passada (12) para pousar na superfície do cometa.
A sequência de foto foi captada em um espaço de aproximadamente 30 minutos desde o primeiro contato do robô com o solo. A Philae então "quicou" diversas vezes na superfície, até aterrissar de vez a 1 km de distância desse local.
A sonda ficou sem bateria no sábado e, desde então, não está se comunicando com a Terra. Os cientistas ainda não sabem sua localização exata. Mas os controladores da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) não desistiram de fazer contato com o aparelho e querem, de alguma forma, suprir luz aos painéis solares da Philae para recarregar sua bateria. Para isso, precisam obter mais detalhes de sua localização.
As imagens recém-reveladas devem ajudar nessa missão, ao indicar a direção que a Philae tomou ao ricochetear no solo do cometa.
No final de semana, a ESA já havia divulgado fotos do primeiro contato físico da sonda com o cometa, feitas pelas câmeras de navegação do Rosetta. As imagens exibidas nesta segunda-feira foram feitas pela câmera Osiris, que tem melhor resolução.
Sombra
O mosaico de imagens foi produzido pelo Instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar, que opera a câmera Osiris.
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A sequência detalha a descida da Philae e o impacto dela na superfície do 67P. Pesando 100 kg, a sonda "quica" por quase duas horas, subindo a cada vez centenas de metros acima do cometa.
Há indícios de que seu ponto final de aterrissagem esteja coberto por sombra na maior parte do tempo.
Por conta disso, a Philae recebe energia solar insuficiente para recarregar suas baterias, o que impossibilita uma comunicação via rádio com a Rosetta, que está em órbita.
A ESA não tem certeza se o robô conseguirá ser recarregado. Mesmo assim, a agência diz estar "muito feliz" com o que foi concretizado nas 50 horas que se seguiram ao pouso histórico (e inédito) no cometa.
A sonda completou 80% de suas missões iniciais de coleta científica na superfície. Os dados foram enviados pelo robô pouco antes de sua bateria acabar, mas poucos resultados foram divulgados até agora.
Um deles diz respeito ao MUPUS, sensor acoplado ao robô pelo Instituto de Pesquisas Planetárias da Agência Espacial Alemã que obteve perfis de temperatura do cometa. Mas o sensor quebrou ao tentar cavar sob a superfície do 67P.
Para os cientistas, isso mostra que o material gelado que fica sob a cobertura poeirenta do cometa pode ser mais duro do que se imaginava e ter resistência parecida à de rochas.
Essa superfície também pode ajudar a explicar por que a Philae 'quicou' tão alto após o primeiro contato com o cometa.
O 67P, de 4 km de largura, tem pouca gravidade. Por isso, ante a falha dos sistemas de pouso do robô - que não conseguiram prendê-lo à superfície do cometa no momento da aterrissagem, a Philae se deparou com uma superfície que a fez ri.

Comissão interna não achou irregularidade, mas SBM admitiu pagamento.

17/11/2014 18h40 - Atualizado em 17/11/2014 21h12

Petrobras admite que foi informada sobre recebimento de propina da SBM

Comissão interna não achou irregularidade, mas SBM admitiu pagamento.
Mais cedo, Graça Foster anunciou criação de diretoria de governança.

Cristiane CardosoDo G1, no Rio
Após anunciar a criação de uma diretoria de governança na Petrobras, motivada por denúncias de corrupção da Operação Lava Jato, a presidente da estatal, Graça Foster, admitiu nesta segunda-feira (17) que foi informada pela empresa SBM Offshore de que funcionários da empresa receberam propina da companhia holandesa.
Em março deste ano, a Petrobras afirmou que uma comissão interna criada pela estatal para investigar as denúncias não havia encontrado “fatos ou documentos que evidenciem" esse tipo de pagamento.
"No caso da SBM, nós fizemos uma comissão interna de apuração que levou, se não me engano, 45 dias, e nessa apuração, nós não identificamos nenhuma não conformidade nos processos de contratação e, mais do isso, naquele período, nós não identificamos nenhuma sinalização de que pudesse ter havido corrupção na companhia. E foi assim que terminamos nosso trabalho", disse Graça Foster.
Ela admite, no entanto, que foi informada de que “havia, sim, pagamento de propina”. "Nós informamos aquilo que nós identificamos, nenhuma não conformidade nesse sentido. Passadas algumas semanas ou alguns meses, eu fui informada de que havia, sim, pagamento de propina para empregado ou ex-empregado de Petrobras”, afirmou Graça.
 “Nós recebemos informações da própria SBM que havia pagamento de propina para funcionário da Petrobras e imediatamente foi cortado. Fizemos algumas visitas, idas, à Holanda, aos Estados Unidos, inclusive, para tentar obter informações, nomes, sem sucesso. Então, até hoje não sabemos quem, nem quando. Quem paga essa conta é a própria SBM que fica fora das licitações”, declarou.
Diretoria de governança
Graça disse ter proposto a criação do novo órgão de governança na sexta (14), ao Conselho de Administração da companhia, e que obteve dele "a autorização para aprofundamento e preparação de proposta para criação – na diretoria do colegiado na Petrobras – dessa diretoria de compliance".
"Foi apoio unânime que nós recebemos do comitê de administração da Petrobras. Temos capacidade de governar, de governança da companhia", disse Graça durante a divulgação de dados operacionais do terceiro trimestre de 2014, em conferência com analistas e investidores.
Afastamento da SBM
De acordo com a executiva, após o relato sobre a propina, a SBM foi afastada das licitações da estatal brasileira: “imediatamente, nós informamos à SBM que ela não participaria de nenhuma licitação conosco enquanto não fosse identificada a origem, nome de pessoas que estariam se deixando subornar dentro da Petrobras e é isso que aconteceu”, afirmou. “Tivemos uma licitação recente, foram duas licitações recentes, Libra e Tartaruga, e a SBM não participou".
Apesar da declaração, a presidente da estatal declarou que não irá interromper os contratos existentes com a empreiteira até que as informações sejam "tão avassaladoras que justifique que nós encerremos contrato".
“Nós temos contratos com a SBM, sempre uma performance muito acima da média, boa, ou seja, não vamos interromper contratos com ela nem com outros empreiteiras que estão trabalhando conosco até que tenhamos informações que sejam tão avassaladores que justifiquem que nós encerremos contrato”.
A denúncia
O suposto esquema foi revelado na internet em outubro do ano passado por um ex-funcionário da empresa holandesa SBM Offshore, e publicado pelo jornal "Valor Econômico". Segundo a empresa, ele pediu dinheiro para não divulgar os documentos.
Segundo a denúncia, a SBM, uma das maiores empresas de aluguel e operação de plataformas, teria corrompido autoridades de governos de vários países e representantes de empresas privadas para conseguir contratos.
O ex-funcionário disse ainda que, entre 2005 e 2011, o valor pago teria chegado a US$ 250 milhões. No Brasil, o principal intermediário do esquema seria o empresário Julio Faerman. Ele foi um dos representantes da SBM no país até 2012 e é citado na investigação criminal aberta peloMinistério Público Federal neste mês. Faerman nega as acusações.
Comissão interna da Petrobras concluiu não haver provas de suborno. A denúncia, porém, está sendo investigada pela Polícia Federal. Os contratos entre a empresa holandesa e a Petrobras passam ainda por uma análise do Tribunal de Contas da União.
A companhia holandesa negou que tenha feito pagamentos indevidos a servidores ou a trabalhadores da estatal. A empresa informou ter pago US$ 139,1 milhões em comissões para seu agente no Brasil, mas reiterou não ter comprovado pagamento de propina a funcionários da Petrobras.
As empresas Faercom e Oildrive, apontadas nas denúncias como intermediárias dos pagamentos de propina no Brasil, também negam envolvimento.
No início de novembro, no entanto, a SBM informou que fechou acordo com o Ministério Público da Holanda e aceitou pagar US$ 240 milhões como punição por pagamentos de propina ocorridos entre 2007 e 2011 no Brasil, na Guiné Equatorial e em Angola.

Dois homens entraram numa sinagoga armados com facas, machados e armas de fogo.

18.11.2014  08:28
Atentado em Jerusalém faz quatro mortos
Dois homens entraram numa sinagoga armados com facas, machados e armas de fogo.
Dois homens entraram na manhã desta terça-feira numa sinagoga em Jerusalém armados com facas, machados e armas de fogo e mataram quatro pessoas, sendo que o número de vítimas mortais está ainda a ser actualizado.
As autoridades acabaram por abater a tiro os dois atacantes, alegadamente palestinianos, que deixaram ainda quatro pessoas feridas.
O episódio provocou um forte aparato e, segundo as autoridades, tudo indica que se trate de um ataque terrorista.
As pessoas que estavam no interior da sinagoga acabaram por expulsar os atacantes do edifício.

Prévia do PIB avança 0,59% no 3º trimestre - Economia - Notícia - VEJA.com

Prévia do PIB avança 0,59% no 3º trimestre - Economia - Notícia - VEJA.com
18/11/2014 06h00 - Atualizado em 18/11/2014 06h00

PF ouvirá nesta terça em Curitiba ao menos cinco presos da Lava Jato

Presos na 7ª fase da operação estão detidos na Polícia Federal do Paraná.
Delegados começaram ouvi-los no sábado (15), após as primeiras prisões.

Filipe MatosoDo G1, em Curitiba
A Polícia Federal retomará nesta terça-feira (18) os depoimentos dos presos na sétima fase da Operação Lava Jato na superintendência de Curitiba (PR). Deverão ser ouvidos ao menos cinco investigados, segundo afirmaram advogados que estiveram na segunda-feira na sede da PF na capital paranaense.
São aguardados os depoimentos de Ednaldo Alves da Silva, Ricardo Ribeiro Pessoa e Walmir Pinheiro Santana, todos da empresa UTC, segundo o advogado Alberto Toron. São esperados também os depoimentos de Dalton Santos Avancini e João Ricardo Auler, ambos da Camargo Corrêa, de acordo com o advogado Celso Vilardi.
Os depoimentos começaram a ser colhidos pela PF em Curitiba no sábado (15), um dia depois da sétima fase da Lava Jato ter sido deflagrada. No domingo (16) e nesta segunda (17) os delegados também colheram depoimentos. Ao todo, segundo advogados que estiveram na sede da Polícia Federal na capital paranaense, ao menos dez presos falaram aos delegados.
A expectativa, segundo a PF, é que os depoimentos dos 23 presos sejam colhidos até esta terça. Entre os que já foram interrogados, está o ex-diretor de Serviços da PetrobrasRenato Duque. O advogado dele, Renato de Moraes, afirmou após acompanhar o depoimento em Curitiba que “em hipótese alguma” o cliente proporá delação premiada à Justiça do Paraná.
Além dos 23 presos, há outros dois investigados que estão foragidos. Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”, e Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA), não se entregaram à Polícia Federal, embora os mandados de prisão temporária tenham sido expedidos pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato na primeira instância.
Em Curitiba, o advogado de Fernando Soares, Mário de Oliveira Filho, afirmou que o cliente está sendo usado como “bode expiatório” e não tem ligação com o PMDB – ao depor à PF e ao Ministério Público Federal em outubro, o doleiro Alberto Youssef, considerado um dos líderes da organização criminosa desarticulada pela Lava Jato, disse à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção.
Lava Jato
A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos daPetrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
Na primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano, foram presos, entre outras pessoas, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
nova fase da operação policial se concentrou em executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras cujos contratos com a Petrobras somam R$ 59 bilhões. Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal.
Ao todo, foram expedidos, nesta sétima etapa, 85 mandados em municípios do Paraná, de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Pernambuco e do Distrito Federal. Conforme balanço divulgado pela PF, além das 23 prisões, foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão. Também foram expedidos nove mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir à polícia prestar depoimento), mas os policiais conseguiram cumprir seis.

América Latina Argentina: morre gerente de boate onde 194 morreram em incêndio

América Latina

Argentina: morre gerente de boate onde 194 morreram em incêndio

Condenado a dez anos de prisão , Omar Chabán estava internado em hospital

Vítimas são socorridas após incêndio na boate República Cromãnón, na Argentina
Vítimas são socorridas após incêndio na boate República Cromãnón, na Argentina (AFP/VEJA)
O empresário argentino Omar Chabán, gerente da boate República Cromañón, de Buenos Aires, na qual morreram 194 jovens em um incêndio em dezembro de 2004, morreu nesta segunda-feira em Buenos Aires, informou a imprensa local. Chabán, de 62 anos, morreu no hospital Santojanni, onde estava internado em tratamento intensivo por um linfoma de Hodgkin no estágio 4. 
Devido ao câncer, o administrador da boate obteve o benefício da prisão domiciliar em 2013. Nos últimos meses deste ano, ele esteve internado no hospital fazendo quimioterapia. Em 2009, Chabán foi condenado a 20 anos de prisão por responsabilidade nas mortes. Três anos depois, a setença foi reduzida para dez anos e nove meses. 
Tal como na tragédia de 2013 na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), o incêndio da Cromañón foi provocado pelo acionamento de fogos de artifício durante a apresentação de uma banda. As chamas entraram em contato com o material que revestia o interior da boate, que acabou entrando em combustão. A maioria das vítimas morreu por sufocamento. Outras 1.432 pessoas ficaram feridas.
A tragédia também resultou em outras prisões. Raúl Alcides Villarreal, chefe de segurança e colaborador direto de Chabán, foi condenado a seis anos de prisão. Também foram presos integrantes da banda, o empresário do grupo, o cenógrafo e agentes públicos. 
O incidente custou o cargo do prefeito de Buenos Aires, Aníbal Ibarra, que foi cassado no final de 2005 depois de um julgamento político realizado pelo Legislativo da cidade.