Percival Puggina
Leio que alguns estados da federação, começando por Santa Catarina, estão debatendo leis para impedir que professores utilizem músicas ou vídeo clips que façam apologia ao crime, ao uso de drogas ou que contenham conteúdo sexual e erótico nas escolas públicas e privadas do estado. No caso catarinense, a lei já está em vigor e incide sobre educandários públicos e privados, com tratamentos diferentes. Na rede pública, envolve processo administrativo; na rede privada, advertência e multa. Só o ensino superior fica fora das referidas restrições.
Ou uma patologia afetou a pedagogia ou pedagogos enfermos buscaram as salas de aula para exercer militância. Não há outro motivo para que providências legislativas com esse teor se façam necessárias e para que pais interessados na educação dos filhos sejam vistos como intrusos no reino onde o toco de giz é cetro e a palavra do professor é lei. Há uma enfermidade muito perversa fazendo vítimas entre pessoas que abusam da nobre missão de ensinar nossos pequenos.
Quem quer controlar a sociedade e empurrar a história tem que controlar a Educação. Nos primeiros anos deste século, em todo o país, leis estaduais e municipais buscaram impedir a introdução nas escolas da tão pretensiosa quanto anticientífica ideologia de gênero. Acompanhei a votação aqui em Porto Alegre e vi o modo frenético como numeroso grupo de professores e professoras se empenhou em impedir a deliberação. Havia entre eles uma necessidade premente de conversar sobre sexualidade e sobre “gênero” com as crianças. Arre! Não admitiam a vedação que acabou caindo pelas mãos do STF, que se creditou com mais essa importante contribuição à educação nacional...
Enquanto muitas portas ainda estavam fechadas ao tema, ele entrou pela janela das salinhas de aula, de mãos dadas com esse estrupício pretensioso chamado linguagem de gênero neutro. Quem não vê artimanhas totalitárias nisso tudo? Por que agem sempre assim, ignorando as próprias trapalhadas ... Duas pérolas
Gilberto Simões Pires
EFEITOS COLATERAIS A considerar a extraordinária quantidade e a qualidade das asneiras que vem sendo ditas e repetidas, à exaustão, pelo presidente Lula, notadamente depois que caiu no banheiro do Palácio da Alvorada, em outubro de 2024, e bateu forte com a cabeça na banheira de hidromassagem, dá a entender que o impacto cerebral causou sérios danos nos filamentos que envolvem a região da sua já reduzida inteligência.
REDES SOCIAIS De tantas bobagens que Lula disse nesta primeira semana de fevereiro, DUAS PÉROLAS merecem destaque, principalmente por conta das reações que estão sendo manifestadas apenas nas REDES SOCIAIS, até porque, mais do que sabido, a MÍDIA TRADICIONAL é muito bem paga para aplaudir e reverenciar tudo que o presidente e seus apoiadores defendem e/ou pretendem fazer.
ARAPUCA Uma delas tem a ver com a estúpida declaração, na qual Lula -RESPONSABILIZA- a alta do dólar à gestão de Roberto Campos Neto no Banco Central. Segundo o ACIDENTADO QUE BATEU FORTE COM A CABEÇA NA BANHEIRA DE HIDROMASSAGEM, Campos Neto foi “totalmente irresponsável” e deixou uma -ARAPUCA- que a gente não pode desmontar de uma hora para a outra. Que tal?
NÃO COMPRAR! Outra, que soou como uma verdadeira PIADA, dá conta da declaração feita pelo ACIDENTADO DA BANHEIRA, em entrevista que concedeu às rádios da Aparenta ser ponto pacífico que a mentalidade e a ação empreendedora dinâmica impulsionam às inovações, o crescimento e a prosperidade. Daron Acemoglu e James Robinson, Douglass North, Adam Smith, entre outros, consagraram a importância das instituições para o alcance de crescimento e prosperidade para uma nação. North enfatizou o papel das regras formais (leis, constituições) e das regras informais, relacionadas às normas de conduta e comportamento, condutoras dos incentivos ao crescimento. Para mim não resta um fiapo de dúvida de que a mentalidade empreendedora é um dos principais “drivers” para o impulsionamento do crescimento. Alexis de Tocqueville apontava os “hábitos mentais” de um povo como sendo essenciais para fazer uma nação prosperar. Dentre esses costumes, Tocqueville destacava a visão ligada à ação empreendedora e os arraigados valores morais de um contexto social. Ele se impressionou com o “tônus vital” dos americanos em correr riscos, empreender e fazer negócios, buscando possibilidades de ascender social e economicamente. A mudança econômica é claramente dependente da mentalidade das pessoas, naquilo que elas valorizam e acreditam, e dos incentivos que essas dispõem para gerar inovações, renda, riqueza e prosperidade. John Maynard Keynes introduziu o conceito de “espírito animal”, para descrever o papel da psicologia humana sobre as decisões econômicas. Para Keynes, o “espírito animal” está ligado ao comportamento empreendedor, uma vez que esses acreditam no sucesso nos negócios mesmo diante de incertezas, assumindo riscos para a conquista de determinado empreendimento. Esses são corajosos para inovar e criar novas oportunidades, arriscando a própria pele. Keynes destaca a importância dos aspectos psicológicos e emocionais dos empreendedores para uma economia saudável. Em suma, não parece haver dúvidas, de que as normas sociais culturalmente determinadas afetam as atitudes em relação ao empreendedorismo e à formação de empresas. O espelho fosco que nos rouba vitalidade
Dartagnan da Silva Zanela Foi sancionada a lei que proíbe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas. Podemos dizer que tal medida é um facho de razoabilidade em um tempo que perdeu de vista o bom senso. Porém, é triste precisar do peso de uma lei para que as famílias reflitam a respeito dos males que a exposição desmedida aos celulares causa.
Sim, até as pedras do calçamento sabem que um celular pode ser muito útil no aprendizado de muitíssimas coisas. No entanto, sejamos francos: na maioria dos casos, é para finalidades edificantes que, frequentemente, os celulares são utilizados pelos infantes? Pois é, foi o que pensei.
Mas há outra pergunta que podemos nos fazer: de que modo usamos nossos celulares fora das nossas lides profissionais? O que fazemos com esses trens? Foi o que imaginei.
E essa é a tragédia que margeia a nova lei, porque em nosso dia a dia, provavelmente, nossos jovens continuarão com os mesmos maus hábitos digitais. Não porque eles são uma geração perdida, mas porque eles são nossos (in)fieis imitadores.
É sempre importante lembrarmos que os indivíduos em tenra idade até podem ser instruídos por meio de palavras, mas eles aprendem, de fato, através dos exemplos que nós lhes apresentamos cotidianamente.
Ora, quantas vezes pedimos silêncio, quando nossos filhos estão fazendo algazarra (ou algo similar), para podermos nos concentrar na leitura de um livro? Quantas vezes enviamos um e-book para nossos filhos porque o achamos interessante? Faça as contas.
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