quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Conheça seis polêmicas sobre Michel Temer

Nesta quarta-feira (31), o peemedebista tomou posse como presidente da República


POLÍTICA NOVO PRESIDENTEHÁ 8 MINS
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Após cerimônia de posse da tarde desta quarta-feira (31) no Senado, Michel Temer passou da condição de interino a presidente da República efetivo. Em cargos eletivos desde 1986, ele foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo seis vezes antes de se tornar vice da agora ex-presidente Dilma Rousseff.


Entre as primeiras polêmicas de seu gestão ainda como interino, houve a convocação de um gabinete de ministros exclusivamente masculino e branco; a citaçãos em latim e o uso de mesóclises; e o patrimônio de Michelzinho, seu filho de sete anos. A revista Superinteressante listou outras curiosidades.
Temer escreveu um livro em que defende o impeachment de um vice-presidente
Em Elementos do Direito Constitucional, de 1982, Temer discorre sobre a possibilidade de um vice-presidente sofrer impeachment. O trecho se encontra no sexto capítulo da obra. "Quais as pessoas passíveis de responsabilização política? São: a) o Presidente da República (arts. 85 e 52, I) e o Vice-Presidente da República (art. 52, I); b) os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, nos crimes conexos com aqueles praticados pelo Presidente da República (art. 52, I); c) os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União (art. 52, II)", defende Temer no livro.
Ele foi a favor da legalização do jogo do bicho
Na época em que era Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Temer defendeu a regulamentação do jogo do bicho. "Eu não vejo razão para deixar de lutar pela legalização do jogo", afirmou em depoimento à Comissão Especial de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado em 1984.
Temer tem cinco filhos, mas não gosta de trocar fraldas
Numa entrevista à revista Rolling Stone, em 2009, o agora presidente falou sobre sua vida íntima: "[Eu, e Marcela] temos um filho de quase 2 meses. Já tenho três filhas e quatro netos. Tenho um filho, que hoje tem uns 10, 11 anos, de uma relação que mantive durante certo período, e a quem eu prestigio. Mas estou vivendo o dia-a-dia, a mudança da rotina da casa", disse ele. O repórter perguntou se ele trocava fraldas, e ele respondeu que "não chegava a tanto".
Ele quis criar o "Dia Nacional do Vencedor" quando era deputado
Em 1986, Temer foi eleito como suplente na Câmara. Ainda assim, propôs a PL 1658/1989, um projeto de lei que visava a criação do Dia Nacional do Vencedor. Porém, no ano seguinte, o projeto foi rejeitado pelo plenário da casa, assim como pela Mesa Diretora. Em 22 anos de Câmara, Temer propôs 22 projetos de lei, segundo o site da Casa.
O presidente teve diversos cargos políticos
Temer iniciou a carreira em 1982 como procurador geral do Estado de São Paulo no governo de Franco Montoro, do PSDB. Dois anos depois, assumiu a secretaria de Segurança do estado. Em 1986 foi eleitou deputado federal, e se tornou presidente da Câmara em 1995. Na época, teve conflitos com Fernando Henrique Cardoso - também do PSDB. Em 2004, revelou que seria vice de Luiza Erundina (PSB), hoje PSOL, para a disputa da prefeitura de capital paulista. Seis anos depois, se tornou vice de Dilma (PT). Hoje é presidente.
Ele tem ficha suja
Apesar de ter assumido a presidência, ele está inelegível. Em maio deste ano, Temer foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo por ter doado mais dinheiro a campanhas do que é permitido por lei. Com isso, ele se virou ficha suja e não pode se candidatar a cargos públicos nos próximos oito anos.

Eu sou para os animais,o que eu queria que as pessoas fossem para mim! Protetora Márcia Liverani.

‘É de chorar de vergonha! Simplesmente patético’, diz Joaquim Barbosa sobre votação do impeachment

Ex-presidente do Supremo manifesta sua indignação com os votos dos deputados que usaram a própria família, e outras desculpas, para justificar o apoio ao impeachment de Dilma Rousseff

Joaquim Barbosa. Foto: André Dusek/Estadão
Joaquim Barbosa. Foto: André Dusek/Estadão
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e hoje advogado Joaquim Barbosa utilizou nesta segunda-feira, 18, seu perfil no Twitter para desabafar sobre seu descontentamento com o teor dos votos dos deputados no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no último domingo. O ex-ministro não se manifestou a favor nem contra o impeachment da petista.
“É de chorar de vergonha! Simplesmente patético!”, afirmou o ex-ministro que ficou famoso pela sua atuação dura no processo do mensalão, que levou à prisão os principais nomes da cúpula do PT. O comentário de Barbosa foi feito logo após criticar a imprensa brasileira e recomendar aos seus seguidores assistirem a entrevista de Glenn Greenwald à emissora de TV americana CNN e também lerem a matéria da revista britânica The Economist listando as justificativas dos deputados em seus votos pelo impeachment.
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Nos votos, a maioria dos parlamentares favoráveis ao afastamento da petista não fizeram nenhum comentário ou posicionamento sobre as pedaladas fiscais – manobras contábeis que embasam o pedido de impeachment – e utilizaram como justificativa seus próprios familiares, “deus”, “cristianismo”, o fim da corrupção, dentre outros motivos que surpreenderam até jornais internacionais.
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“Anotem: teremos outras razões para sentir vergonha de nós mesmos em toda essa história”, seguiu Barbosa, que em nenhum momento se manifestou se era favorável ou contra o afastamento da presidente. No último domingo, 17, a Câmara dos Deputados aprovou, com 367 votos favoráveis, mais do que os 342 necessários, a continuidade do processo de impedimento de Dilma Rousseff, que agora está sob análise no Senado. Se for aceito também no Senado, a presidente será afastada por 180 dias para ser julgada pelo Congresso e, neste período, o vice-presidente Michel Temer assume a Presidência.
Se ao final do processo o Congresso decidir pelo afastamento da petista, o vice segue como presidente até o final do mandato, em 2018.

Parlamentares da mesa de posse de Temer têm 76 ações judiciais

Dos cinco convidados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, apenas a deputada Mara Gabrilli não responde a processos




POLÍTICA LEVANTAMENTOHÁ 13 MINS
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Dos seis parlamentares que integraram a mesa de Michel Temer durante sua cerimônia de posse no cargo de presidente da República, na tarde desta quinta-feira (31), cinco respondem a ações judiciais. As informações são da Agência Lupa.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, convidou outros cinco parlamentares para a mesa: os deputados federais Mara Gabrilli (PSDB-SP), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Beto Mansur (PRB-SP), Waldir Maranhão (PP-MA) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Também estavam presentes do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Entre os parlamentares, apenas a deputada Mara Gabrilli não tem ocorrências. Mansur, o 'campeão', tem 54 ações - ele foi condenado em primeira instância por manter trabalhadores em condições análogas à de escravidão; foi condenado a devolver dinheiro público por contrato sem licitação enquanto era prefeito de Santos (SP) e teve prestações de contas da eleições de 2010 reprovadas, entre outros.
O anfitrião, Renan Calheiros, tem nove ocorrências, por suposto envolvimento naOperação Lava Jato e improbidade administrativa. Jucá é alvo de seis ações por crime de responsabilidade no STF, falsidade ideológica e participação na Lava Jato.
Waldir Maranhão também tem seis ocorrências, por crime de lavagem de dinheiro e envolvimento na Lava Jato. Ele teve as contas de 2010 reprovadas. Rodrigo Maia tem uma ocorrência referente ao exercício financeiro de 2010, por irregularidades na aplicação do Fundo Partidário.

Michel Temer é empossado presidente da República até 2018

Votação sobre o afastamento definitivo de Dilma Rousseff foi realizada nesta quarta-feira (31)



POLÍTICA SENADOHÁ 19 MINS
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Agora presidente da República, Michel Temer participa da cerimônia de posse do cargo na tarde desta quarta-feira (31) no plenário do Senado. Ele chegou ao local acompanhado pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros, para participar da cerimônia. O rito incluiu execução do hino nacional e juramento constitucional. Ele ficará no cargo até 31 de dezembro de 2018.


Após ser empossado, Temer disse: "Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil."
O presidente não fez discurso porque gravou um pronunciamento que será exibido em televisão e rádio. Segundo informações da GloboNews, o pronunciamento de Temer deve incluir mensagens para acalmar o mercado econômico e passar a imagem de unificação nacional. 
Após a cerimônia, Temer segue para viagem à China ainda na noite desta quarta para participar de uma reunião do bloco do G-20, as maiores economias mundiais.
Por 61 votos a 20, os senadores aprovaram o afastamento definitivo de Dilma Rousseff. Os parlamentares mantiveram, no entanto, o direito da ex-presidente de exercer cargos públicos.
Com a assinatura de posse, o PMDB chega pela segunda vez à presidência de forma indireta. O fato também aconteceu em 1985, quando o então vice José Sarney assumiu após Tancredo Neves morrer antes de tomar posse.








Temer é empossado como presidente da República no Senado


Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), o peedemebista é efetivado no cargo em cerimônia no plenário de Senado



Depois da cassação do mandato de Dilma Rousseff (PT), o presidente Michel Temer (PMDB/SP) tomou posse na tarde desta quarta-feira (31/8) no plenário do Senado. A cerimônia começou por volta das 16h40. Temer não discursou.


A sessão foi comandada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que estava ao lado de autoridades como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Após empossar Temer, Renan disse: “Estamos juntos”.
Após a execução do Hino Nacional pela banda dos Fuzileiros Navais, o presidente fez o juramento. Prometeu “manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem do povo brasileiro, garantir integridade e a independência do Brasil.”
Após o juramento, Renan Calheiros declarou Temer empossado no cargo de Presidente da República até 31 de dezembro de 2018. O presidente do Senado disse, ao final, “estamos juntos”. Logo em seguida, o primeiro-secretário do Congresso Nacional, deputado Beto Mansur (PRB-SP), leu o termo de posse, assinado por todas as autoridades presentes na mesa.
Chegada ao Senado
Temer chegou ao Senado por volta das 16h20, com 20 minutos de atraso do horário previsto para a cerimônia. Mais tarde, o presidente segue para a China onde participará da reunião do grupo do G20. Logo que chegou ao Senado, ele foi cercado por uma multidão de pessoas que o aguardavam para a posse.
Além do batalhão de fotógrafos e repórteres, muitos queriam registrar o momento histórico e, com isso, Temer mal conseguia se locomover até o plenário. No plenário, ele também foi cumprimentado por muitos políticos presentes. O deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) tentou puxar um coro de “Michel, Michel”, quando Temer chegou na Câmara, mas ficou falando sozinho. Ninguém acompanhou e ele logo parou.
O Senado aprovou no começo da tarde desta quarta-feira o impeachment de Dilma Rousseff. A votação teve 61 votos a favor do impedimento. Na mesma sessão, presidida por Lewandowski, os senadores decidiram manter os direitos políticos da petista.
Com informações de Guilherme Waltenberg

Congresso - Posse Presidencial - 31/08/2016