segunda-feira, 4 de junho de 2018

PALOCCI VAI IMPLODIR O PT: “ENTRE O PARTIDO E MINHA FAMÍLIA, FICO COM A SEGUNDA OPÇÃO”





Palocci está certo […] ele foi traído pelo PT […] foi usado enquanto era útil e agora Lula, Gleisi, Lindbergh e a petralhada toda abandoraram o ex-ministro

O texto é grande, porém as principais partes estão destacadas em AZUL!
A VERDADE, DOA A QUEM DOER – ANTÔNIO PALOCCI FILHO

Soube pela imprensa da abertura do processo disciplinar pelo PT-RP, bem como de minha suspensão pelo Diretório Nacional.
Confesso minha estranheza sobre o conteúdo do referido processo.
Neste último período, havia me preparado para enfrentar junto ao partido um procedimento de natureza ética frente à recente condenação que sofri na 13ª Vara Federal de Curitiba, pelo DD. Juiz Sérgio Fernando Moro.
Pensava ser normal que o partido procurasse saber as razões que levaram a tal condenação e minhas eventuais alegações. Mas nada recebi sobre isso.
Recebo agora as notícias de abertura de procedimento ético em razão das minhas declarações no interrogatório judicial ocorrido no último dia 6/9/2017, sobre ilegalidades que cometi durante os governos de nosso partido.
Sobre isso, tenho a dizer que:
1) Há alguns meses decidi colaborar com a Justiça, por acreditar ser este o caminho mais correto a seguir, buscando acelerar o processo em curso de apuração de ilegalidades e de reformas na legislação de procedimentos públicos e na legislação partidária-eleitoral, que reclamam urgente modernização.
2) Defendo o mesmo caminho para o PT. Há pouco mais de um ano tive oportunidade de expressar essa opinião de uma maneira informal a Lula e Rui Falcão, então presidente do PT, que naquela oportunidade transmitia uma proposta apresentada por João Vaccari, para que o PT buscasse um processo de leniência na Lava Jato.
3) Estou disposto a enfrentar qualquer procedimento de natureza ética no partido sobre as ilegalidades que cometi durante nossos governos, as razões e as circunstâncias que me levaram a estes atos e, mesmo considerando a força das contingências históricas, suportar pessoalmente as punições que o partido julgar cabíveis.
4) Não vejo possibilidade, entretanto, de colaborar no processo aberto pelo partido sobre minhas afirmações quanto às responsabilidades do ex-presidente Lula nas situações citadas por ocasião do interrogatório de 6/9/2017. Isso porque tais questões fazem parte do processo de negociação com o MPF, e tal procedimento encontra-se envolto em sigilo legal. Foi por isso que naquela oportunidade limitei-me a fatos relacionados àquele processo. Dito isto, declaro minha disposição de responder aos questionamentos do partido sobre qualquer tema, logo após os prazos legais.
5) De qualquer forma, quero adiantar que, sobre as informações prestadas em 6/9/2017 (compra do prédio para o Instituto Lula, doações da Odebrecht ao PT, ao Instituto e a Lula, reunião com Dilma e Gabrielli sobre as sondas e a campanha de 2010, entre outros) são fatos absolutamente verdadeiros. São situações que presenciei, acompanhei ou coordenei, normalmente junto ou a pedido do ex-Presidente Lula. Tenho certeza que, cedo ou tarde, o próprio Lula irá confirmar tudo isso, como chegou a fazer no “mensalão”, quando, numa importante entrevista concedida na França, esclareceu que as eleições no Brasil eram todas realizadas sob a égide do caixa dois, e que era assim com todos os partidos. Naquela oportunidade ele parou por aí, mas hoje sabemos que é preciso avançar na abertura da caixa preta dos partidos e dos governos, para o bem do futuro do país.
6) Ressalto que minha principal motivação nesse momento é que toda a verdade seja dita, sobre todos os personagens envolvidos.
7) Sob o ponto de visa político, estou bastante tranquilo em relação a minha decisão. Falar a verdade é sempre o melhor caminho. E, neste caso, não posso deixar de registrar a evolução e o acúmulo de eventos de corrupção em nossos governos e, principalmente, a partir do segundo governo Lula.

PARTE 2

Vocês sabem que procurei ajudar no projeto do PT e do presidente Lula em todos os momentos. Convivi com as dificuldades e os avanços.
Sabia o quanto seria difícil passar por tantos desafios políticos sem qualquer desvio ético.
Sei dos erros e ilegalidades que cometi e assumo minhas responsabilidades.
Mas não posso deixar de destacar o choque de ter visto Lula sucumbir ao pior.
Nada importava, nem mesmo o erro de eleger e reeleger um novo governo, que redobrou as apostas erradas, destruindo, uma a uma, cada conquista social e cada um dos avanos econômicos tão custosamente alcançados, sobrando poucas boas lembranças e desnudando toda uma rede de sustentação corrupta e alheia aos interesses do cidadão.
Nós, que nascemos diferentes, que fizemos diferente, que sonhamos diferente, acabamos por legar ao país algo tão igual ao pior dos costumes políticos.
Um dia, Dilma e Gabrielli dirão a perplexidade que tomou conta de nós após a fatídica reunião na biblioteca do Alvorada, onde Lula encomendou as sondas e as propinas, no mesmo tom, sem cerimônias, na cena mais chocante que presenciei do desmonte moral da mais expressiva liderança popular que o país construiu em toda a nossa história.
Enquanto os fatos me eram imputados e eu me mantive calado não se cogitava a minha expulsão.Ao contrário, era enaltecido por um palavrório vazio. Agora que resolvo mudar minha linha de defesa e falar a verdade, me vejo diante de um tribunal inquisitorial dentro do próprio PT.
Qual o critério do partido? Processos em andamento? Condenações proferidas? Se é este o critério, o processo de expulsão não deveria recair apenas contra mim.
Até quando vamos fingir acreditar na autoproclamação do “homem mais honesto do país”enquanto os presentes, os sítios, os apartamentos e até o prédio do Instituto (!!) são atribuídos a Dona Marisa?
Afinal, somos um partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade?
Chegou a hora da verdade para nós. De minha parte, já virei essa página.
Ao chegar ao porto onde decidi chegar, queimei meus navios. Não há volta.
Depurar e rejuvenescer o partido, recriar a esperança de um exercício saudável da política será tarefa para nossos novos e jovens líderes.
Minha geração talvez tenha errado mais do que acertado. Ela está esgotada.
E tenho razões ainda maiores. Nas últimas décadas, sempre me decidi pelo PT, pela política, e minha família sempre aceitou, suportou e sofreu com isso.
Agora decidi pela minha família! E o fiz com a alma tranquila.
Desde que fundei o PT há 36 anos, em Ribeirão Preto com um grupo de amigos, na sede do Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina, entre 1980/1981, dediquei-me totalmente ao partido, à política e a nossos governos.
Tive a honra e a felicidade de ser vereador e prefeito de minha cidade por duas vezes.
Tive a honra de servir aos governos de Lula e Dilma.
Na verdade, o caminho até a crise de 2008 foi, do ponto de vista do projeto de desenvolvimento, de grande sucesso.
Mas, como o ovo da serpente, já se via, naqueles melhores anos, a peçonha da corrupção se criando para depois tomar conta do cenário todo.
Coordenei várias campanhas eleitorais, em vários níveis e pude acompanhar de perto a evolução de nosso poder e nossa deterioração moral.
Assumo todas as minhas responsabilidades quanto a isso, mas lamento dizer que, nos acertos e nos erros, nos trabalhos honrados e nos piores atos de ilicitudes, nunca estive sozinho.
Por isso concluo:
1) Continuo a apoiar a proposta de leniência do PT.
2) Aós respeitar os prazos legais de sigilo quanto a minha colaboração com a Justiça, terei toda a disposição para esclarecer e depor perante o partido sobre todos esses temas.
3) Com humildade, aceitarei qualquer penalidade aprovada. Mas ressalto que não posso fazê-lo neste momento e neste formato proposto pelo partido onde quem fala a verdade é punido e os erros e ilegalidades são varridos para debaixo do tapete.
Por todas essas razões, ofereço a minha desfiliação, e o faço sem qualquer ressentimento ou rancores. Meu desligamento do partido fica então à vossa disposição.

Saudações cordiais,
Antonio Palocci Filho




Romulo Sanches De Oliveira Sanches de Oliveira · 

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Lava Jato neles...

É como eu sempre digo: Políticos, Empresários, Representantes na vida pública corruptos devem ser enxergados com o mesmo ódio e repulsa que enxergamos os assassinos, estupradores ou os pedófilos. Pois é isso que eles são, a escória da humanidade. Suas ações corruptas dão inicio a acontecimentos trágicos para a nossas vidas, a criança, a idosa que morre de fome, Os animais domésticos que são membros da família que passam por todas as dificuldades em um país prospero como o nosso, foi porque um vagabundo desses surrupiou milhões para sua conta. A idosa que morre na fila de um hospital por falta de médicos, leitos e remédios foram porque um vagabundo desses meteu a mão nos cofres públicos. A mulher que é estuprada na esquina por falta de uma viatura policial foi porque um político patife desviou milhões para sua conta fantasma no exterior, para comprar carrões, iates e joias caras para sua prostituta de luxo. Eles são a causa primária desse degradante efeito borboleta... Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país?

Todo sofrimento para criminosos que Roubam o Povo passe no cárcere é pouco, diante do sofrimento que a CORRUPÇÃO promovida em nome do Poder pelo Poder da qual ele fez parte causou a milhões de formas de vida com agravante maior de lesa a pátria!

Um imperador Romano já dizia: O PIOR DOS CRIMINOSOS É O LADRÃO DO DINHEIRO PUBLICO....POR QUE ROUBAM DE TODOS....

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A proposta é do senador petista Jorge Viana (AC). A PEC 106/2015 prevê reduzir a quantidade de deputados e senadores




Pesquisas recentes de opinião apontam que mais de 73% da população avalia o desempenho dos parlamentares como ruim e/ou péssimo.
O custo para mantê-los na capital do país impressiona e chega a atingir a cifra astronômica de R$ 1 bilhão por ano (o que equivale a mais de 1,1 milhão de salários mínimos)

No início de 2016, o assunto ganhou repercussão e centenas de milhares de internautas votaram a favor da PEC, no site do Senado.
Independente da orientação partidária, a pressão popular deve continuar para que a Proposta de Emenda à Constituição não caia no esquecimento.
O projeto de Viana visa reduzir em um terço a quantidade de senadores (de 3 para 2 por unidade da Federação) e em 25% o número de deputados federais .
Caso a PEC fosse aprovada hoje, haveria uma redução de 81 senadores para 54 e 513 deputados para 385. 

A REDUÇÃO NOS COFRES PÚBLICOS

Somente na Câmara dos Deputados, a redução poderia gerar uma economia de R$ 256 milhões ao ano.
No Brasil cada deputado representa (em média) 400 mil habitantes. Só perdemos para os Estados Unidos, onde cada parlamentar representa 740 mil habitantes.
Viana apresentou a PEC em julho de 2015.
A proposta foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, desde então, está parada à espera de um relator.



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Anthony E Rosinha Garotinho Serão Interrogados Nesta Segunda Por Suposta Prática De Extorsão








Inicialmente marcada para o dia 18 de abril, a audiência em que os ex-governadores do Rio Anthony e Rosinha Garotinho serão ouvidos, no processo que investiga a suposta prática de extorsão adotada pelo casal contra empresários do município de Campos, Norte fluminense, ocorre nesta segunda-feira (4). O interrogatório será realizado no fórum da cidade.
Anthony e Rosinha chegaram a ser presos, durante a operação Caixa d’Água, deflagrada em novembro do ano passado. De acordo com as investigações, o dinheiro extorquido era usado em campanhas eleitorais tanto do casal quanto de aliados políticos.

O interrogatório havia sido adiado em virtude de problemas de saúde do advogado dos políticos, Carlos Azeredo. Desta vez, a defesa voltou a alegar a necessidade de mudança de data, devido a uma cirurgia de catarata a ser feita pelo advogado e que estaria marcada para esta segunda (4).
O juiz do caso, no entanto, não aceitou o novo pedido e, de acordo com o portal G1, nomeou dois advogados para o casal, caso Azeredo não possa comparecer. No entendimento do juiz, é claro o objetivo dos réus de tentar adiar a audiência.

A FRAUDE NO CONTRATO DE LULA COM A OAS






Lula mandou favorecer a OAS em obra de 353 milhões de reais para a prefeitura de São Bernardo do Campo, comandada por Luiz Marinho.

Foi o que delatou Léo Pinheiro, presidente da empreiteira e um dos maiores pagadores de propinas para Lula.
Conforme O Globo:
“A história que envolve Luiz Marinho está contada em um dos primeiros anexos apresentados por Pinheiro à Lava Jato, que tratam de sua relação com o ex-presidente Lula. Segundo o empreiteiro, a entrada da OAS no negócio foi acertada em duas reuniões no Instituto Lula, durante o segundo semestre de 2012 (…).
‘O ex-presidente Lula me convocou para uma reunião no Instituto Lula para pedir que a OAS estudasse uma solução para o problema de inundação no Centro de São Bernardo do Campo, praça e arredores do Paço Municipal. Realizados os estudos, mantive um novo encontro com Lula na mesma data em que ocorria uma sessão televisionada do julgamento da AP 470 no Supremo Tribunal Federal. Nessa reunião, o ex-presidente, que estava assistindo ao julgamento pela televisão, desligou o aparelho para conversar comigo. Apresentei alternativas para a solução do problema. Lula se mostrou satisfeito e solicitou que entrasse em contato com Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo, para resolver o assunto’, relata Léo Pinheiro.
Na sequência do seu relato, o empreiteiro esclarece o que seria ‘resolver o assunto’.
‘Atendendo à orientação (de Lula), determinei que um diretor da OAS procurasse Luiz Marinho. Nesse contato, se acertou a elaboração de um edital especificamente para que a OAS ganhasse a licitação e realizasse as obras em São Bernardo do Campo. A OAS sagrou-se vencedora do certame num consórcio com a Serveng’, conta Léo Pinheiro.”


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Modesto Carvalhosa: “Chegou A Hora Da Intervenção Civil No Governo’





  • 04/06/2018




Modesto Carvalhosa está empenhado em, como ele próprio coloca, “quebrar a substituição de um político profissional por outro”. Para o jurista, até a crise desencadeada pela greve dos caminhoneiros foi uma contestação contra a autoridade constituída, “por força da arrogância da Petrobrás”.
Ele defende que os detentores de mandatos renunciem em favor de uma “intervenção civil”. E aqueles que procuram manter os cargos para se blindar contra a Lava Jato? “Querem adiar uma realidade que vai acontecer de qualquer maneira, até através do Supremo. Estão perdidos”, sentencia.


Suas ideias mais recentes estão no livro Da Cleptocracia À Democracia em 2019: Um Projeto de Governo e de Estado, que será lançado na próxima segunda-feira, dia 11, em São Paulo.
No trabalho, o advogado tece uma análise do cenário político atual e elabora propostas visando tirar o Brasil da crise. “Como ninguém faz nenhuma proposta pra um projeto de governo, de alteração da Constituição, de nada, resolvi tomar essa providência”, explicou em entrevista a Paula Reverbel. A seguir, os principais trechos.
O que o motivou a lançar mais esse livro?
Como ninguém faz nenhuma proposta pra um projeto de governo, de alteração da Constituição, de nada, eu resolvi tomar essa providência como cidadão no sentido de realmente fazer um projeto de Estado, para conseguir tirar o País da atual cleptocracia, (e levar) para um mundinho democrático já em 2019.
O sr. chegou a cogitar disputar a Presidência na eventualidade da queda de Temer e de convocação de eleições indiretas…
Exatamente. Um grupo de advogados pediu que eu assumisse, para se ter um candidato da sociedade civil que pudesse trazer uma nova proposta fora do esquema político. Era uma proposta de ter alguém fora da política pra poder arbitrar uma nova Constituição, novas propostas para o País, que é o que está aqui nesse livro que eu escrevi. Eu defino saídas muito interessantes, que eu espero que ainda deem certo uma hora qualquer. Como essa ideia de quebrar o profissionalismo político, quebrar aquela substituição de um político profissional por outro.
Uma eleição indireta poderia contar com candidatos sem filiação partidária, certo?
Não tinha necessidade. Na Constituição, não está prevista nenhuma filiação partidária por eleição indireta para substituição do presidente da República. Qualquer pessoa, qualquer cidadão poderia se apresentar, independentemente de partido, não havia nenhuma restrição constitucional pra eleição indireta pra substituição do Temer, se ele caísse.
Ainda rejeita a ideia de se filiar a alguma legenda que já existe? 
Eu não me filiei a nenhuma, fiz questão de não me filiar. Acho que represento a ideia de uma sociedade civil que não quer se filiar a esses partidos que estão aí e que são realmente comprometidos com a corrupção. A não ser o partido Novo – e estão surgindo aí mais alguns poucos – os restantes são comprometidos com a corrupção. Então eu sou apartidário.
Está descartada a ideia de o sr. disputar eleições futuras?
Não tenho nenhuma pretensão de assumir nenhum cargo. Sou eleitor, não sou candidato a nada. Quis esboçar um pouco a possibilidade – que já existe – de candidatura independente, conforme está no Tratado de São José Costa Rica. Ele determina que todo cidadão das Américas pode se candidatar, independentemente de partidos. E esse tratado foi aprovado pelo Brasil e se impõe à própria Constituição Brasileira. O ministro (Luís Roberto) Barroso vai colocar em pauta essa matéria, talvez antes das eleições.
Espera que o STF permita nomes independentes já nestas eleições?
Um requisito da democracia é que, ao lado de candidaturas partidárias, existam as candidaturas independentes.
O sr. participou dos protestos pelo impeachment e depois virou crítico do governo Temer.
Foi uma decepção o governo dele, que prosseguiu no grande esquema da corrupção.
Tinha esperança de que o sucessor de Dilma seria diferente? 
Naquela época, eu tinha esperança de que ele fosse um verdadeiro chefe de Estado, no sentido de que teve condições culturais e tudo isso… Um constitucionalista, um homem que conhecia as questões de Estado. Poderia convocar um ministério de primeira ordem, propor reformas pra valer e enquadrar o Congresso, inclusive com essa reforma necessária pra sair da crise. E ele infelizmente colocou no ministério aquela bandidagem toda. Alguns estão presos, outros ainda estão lá no governo. Uma decepção total.
A crise do desabastecimento estava diretamente relacionada à política de preços da Petrobrás. Qual sua opinião?
É uma questão ciclotímica. A Petrobrás, de uma empresa inteiramente corrompida, passou a ser uma empresa que está acima do próprio mercado.
Como assim?
Se há aumento do petróleo, dos derivados, a sociedade é que tem que pagar, no próprio dia em que isso aumenta. A Petrobrás já transfere esse aumento à população e mantém o seu lucro. É uma forma perversa, transfere para sociedade todo ônus de um aumento internacional. Isso mostra o absurdo de uma empresa estatal. Em regime de livre concorrência, jamais aconteceria isso. Parte dos prejuízos seriam absorvidos pelas próprias empresas. Mas a Petrobrás quer que a sociedade pague toda a diferença. Essa crise – que, muito além da própria greve dos caminhoneiros, foi uma crise política – é uma contestação da própria autoridade constituída por força da arrogância da Petrobrás. Então você vê que a ela não tem jeito, ou é canibalizada pelo PT, ou se torna a inimiga pública n.º 1. A população apoiou os caminhoneiros, apesar de sofrer danos diários e pessoais nessa greve.
O que achou do desdobramento da Lava Jato sobre doleiros? 
Ah, mostra o tamanho da corrupção no Brasil, que abrange toda a classe política praticamente. Quer dizer, não é (só) PT… E esses doleiros vão dar dimensão da promiscuidade entre determinados setores empresariais beneficiados pelo esquema de corrupção, os políticos e os agentes públicos envolvidos.
E membros da sociedade que usavam os doleiros? 
Mostram que a nossa elite é totalmente comprometida com a criminalidade, né? Por isso que o Brasil é um país de terceiro mundo.
Temos visto, no STF, discussões, decisões conflitantes… O que acha dos bate-bocas entre Barroso e Gilmar? 
É, eu entrei com um pedido de impeachment contra o Gilmar Mendes… Agora, eu acho que o STF perdeu muito de sua legitimidade na medida em que tem, na sua composição, juízes que são efetivamente partidários da impunidade. Nós temos no STF dois partidos: o contra a impunidade, que tem seis ministros, e o a favor da impunidade, com cinco. Perdeu sua homogeneidade no plano da capacidade de julgar de uma maneira objetiva, a favor do interesse público, etc. O protagonismo é muito interessante.
O protagonismo?
Tivemos primeiro o protagonismo do Poder Executivo com a Dilma, foi aquele desastre. Depois o protagonismo do Legislativo com Eduardo Cunha, aquele desastre. Em seguida, o protagonismo do STF com aquele Gilmar Mendes, que é um desastre. Agora nós estamos vendo que o protagonismo está indo para as Forças Armadas, né? Então nós estamos no momento com quatro protagonistas nessa crise.
O que acha desse momento?
Ao invés de haver uma convocação do Exército, deveríamos ter uma convocação da sociedade civil. Uma intervenção civil no governo. Ou seja, o Temer deveria renunciar, deveria haver a eleição de uma pessoa representativa da sociedade. Para fazer com que comecemos a mudar todo esse plano eleitoral, a questão da relação dos agentes públicos com o setor privado. Acabar com os privilégios do setor público.
Alguns dos que ocupam cargos públicos têm medo de deixar o mandato e serem abatidos pela Lava Jato…
Querem adiar uma realidade que vai acontecer de qualquer maneira, até através do Supremo. Estão perdidos. Para o Brasil, é a hora de parar tudo e começar de novo. Sem golpe militar. Os militares não estão interessados nisso. A outra via que temos é se aparecer um populista – de direita ou de esquerda.



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STF Julga Em Junho Se Aceita Pedido Da PGR Para Revogar O Uso Do Voto Impresso Nas Eleições Deste Ano








STF deve julgar em 6 de junho se aceita um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para revogar o uso do voto impresso nas eleições deste ano. O julgamento foi marcado pela ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte.


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Gleisi Hoffmann, Entra Na Lista De Cotados Para Ser Plano B Do PT Nas Eleições







Diz o Estadão:
Gleisi e Wagner seriam os únicos que, na avaliação de Lula, teriam coragem de assinar o indulto para livrá-lo da prisão e de rever a lei da delação premiada. Fernando Haddad não cumpriria tarefas como essas.

A decisão do STF de acabar com a prerrogativa de foro para congressistas ampliou as opções de “plano B” no PT caso o ex-presidente Lula seja impedido de disputar a eleição. Alvo da Lava Jato, a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, entrou na lista de cotados. Ela tem sinalizado que irá disputar vaga de deputada federal, mas, sem a garantia de que manterá seus casos no Supremo, pode acabar assumindo a vaga de candidata ao Planalto. Jaques Wagner, também investigado, planeja disputar o Senado e diz que não aceitará outra missão.
Jaques Wagner nega que tenha mudado seus planos por causa do fim do foro privilegiado. “Sou candidato ao Senado e já estou em campanha”
O presidiário só acredita em um desses dois.

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