segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

PF Encontra Número De Moreira Franco Em Telefone De Coronel Investigado







A PF descobriu o número do ministro Moreira Franco na agenda de contatos do celular do coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer. Moreira diz que foi Temer quem o apresentou a Lima e que esteve com ele poucas vezes.

O NOME DE HUCK COMEÇA A APARECER EM BRASÍLIA








O entorno do presidente Michel Temer acha que o apresentador de TV Luciano Huck não toparia mudar sua rotina radicalmente e ver sua vida pessoal ser devassada para ser candidato à Presidência da República. Ministros não tão próximos de Temer acham que Huck está no páreo. Só não assume a condição de pré-candidato a fim de não levar pedradas desnecessárias antes da hora.

PF Intima Mais Uma Vez Ex-Coronel Ligado A Temer A Depor Sobre Propina No Setor Portuário








Polícia Federal intimou novamente o ex-coronel João Batista Lima, da Polícia Militar de São Paulo, a depor no inquérito que apura suposto favorecimento de empresas no setor de portos com um decreto assinado pelo presidente Michel Temer em 2017.
A suspeita do Ministério Público Federal é de que executivos da Rodrimar pagaram propina para que a empresa, que atua no ramo portuário, fosse beneficiada com a edição do decreto. Temer e a companhia negam.
A PF tenta ouvir Lima desde 2017, mas o ex-coronel da PM alega motivos de saúde para não comparecer ao interrogatório. Como o blog publicou em janeiro, Lima foi intimado no final do ano passado, mas informou à PF que não compareceria porque o estado de saúde dele estava “bastante delicado”.
Na última terça-feira, dia 30, no entanto, o delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pelo inquérito que investiga Temer e aliados, pediu que Lima seja intimado novamente, “tendo em vista a importância do depoimento do investigado para esclarecimentos dos fatos apurados na presente investigação”.
Lima é apontado pela Procuradoria Geral da República (PGR), com base na delação da JBS, como um dos intermediários de propina que supostamente seria paga ao presidente no caso do decreto de portos.

Mensagens Telefônicas

Em relatório anexado ao inquérito, ao qual o blog teve acesso, a PF analisa mensagens telefônicas trocadas entre Lima e uma pessoa não identificada pelos investigadores chamada Maria Helena. Na mensagem, no dia 30 de abril de 2017, o coronel Lima diz: “amiga, nessas condições ainda tenho esperança de receber as ‘gorjetas’ que você não me deu”.
Diz a PF: “a conversa chama atenção pelo fato de o coronel aparentemente fazer uma cobrança, utilizando o termo gorjeta”.
Os investigadores querem que Lima esclareça em interrogatório do que se trata a conversa.
A conversa ocorreu no mesmo período em que Rodrigo Rocha Loures foi flagrado recebendo uma mala de dinheiro da JBS em uma pizzaria. O encontro do ex-assessor de Temer com a JBS foi em 28 de abril, dois dias antes da conversa citada acima.
Outra conversa citada pela Polícia Federal no inquérito é uma troca de mensagens entre Lima e um interlocutor chamado Miguel de Oliveira. No diálogo, também no dia 30 de abril de 2017, lê-se: “recebeu pouco. Nas minhas contas deveria ter recebido R$ 120 mil. Estão ‘garfando’ o coitado”.
Diz a PF: “A conversa aparentemente remete a um pagamento feito a alguém, que teria sido enganado, pois o valor pago deveria ter sido maior”.

Lima E Rodrimar

Os investigadores também querem esclarecimentos sobre a relação do amigo de Temer com os executivos da empresa Rodrimar. Em depoimento em dezembro de 2017, no âmbito das investigações sobre o setor de Portos, o diretor da Rodrimar, Antonio Celso Grecco, afirmou à Polícia Federal que mantinha relações com Lima.
No interrogatório, ao qual a Globonews teve acesso, Grecco disse ter sido apresentado a Lima por Eduardo Neves, que chegou a ocupar a presidência do conselho de administração do grupo Rodrimar. Neves possuía uma empresa de projetos, a MHA, que “prestava e presta” serviços à Argeplan, que tem como sócio o coronel Lima. “Desde então, eventualmente encontrava-se com o coronel Lima para almoçar”.
Grecco negou aos investigadores que tenha realizado qualquer negócio ou transferido valores a Lima e afirmou que o coronel “nunca comentou sobre qualquer vínculo com o presidente Michel Temer ou mesmo se teria qualquer negócio com o presidente”.
O último contato entre o diretor da Rodrimar e Lima, segundo o depoimento, foi há cerca de quatro anos.

Jornal Informa Que Cristiane Brasil É Líder De Votos Em Bairro Onde Traficantes Teriam Recebido Apoio.








O mapa de votos da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) mostra que Cavalcanti, na Zona Norte do Rio, é a área onde tem melhor desempenho. Em 2014, foi a candidata à Câmara mais votada na zona eleitoral que abrange parte do bairro e vizinhança. A ligação com o local também aparece por um fato relacionado à campanha de 2010: um inquérito investiga se ela participou de um esquema de pagamento a traficantes de três comunidades para garantir apoio à candidatura de Marcus Vinícius (PTB), seu ex-cunhado, a deputado estadual no Rio.
Indicada pelo presidente Michel Temer para o Ministério do Trabalho, Cristiane teve a posse barrada por uma série de decisões judiciais, incluindo do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter sido condenada em ações trabalhistas.

Cristiane conseguiu, em 2014, 11% dos votos válidos (2.899 votos) da 118ª Zona Eleitoral, formada por parte de Cavalcanti e cinco bairros vizinhos. Grande parcela dessa votação foi obtida justamente em seções localizadas em Cavalcanti, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao longo da carreira política, foi lá que ela obteve os melhores resultados nas urnas. A investigação por associação ao tráfico, revelada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, foi enviada semana passada à Procuradoria-Geral da República. Segundo o inquérito, Cristiane e três assessores teriam pago para garantir que apenas Marcus Vinícius fizesse campanha nas comunidades Morro da Primavera, Parque Silva Vale e JJ Cowsert, todas em Cavalcanti


Com Acusações Bastante Robustas. Moro Começa Os Depoimentos Sobre O Sítio De Atibaia









A partir desta segunda-feira (5) o juiz federal Sergio Moro retoma um dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Lava Jato e começa a ouvir testemunhas de acusação. A ação penal diz respeito ao sítio em Atibaia, que o Ministério Público Federal (MPF) atribui ao ex-presidente e sustenta que foi dado à Lula pela Odebrecht como pagamento de propina por contratos da empreiteira com a Petrobras.
A lista de testemunhas de acusação convocadas pelo MPF no processo inclui uma série de delatores da Lava Jato. Já na segunda-feira (5) serão ouvidos o ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa e os publicitários Mônica Moura e João Santana. Os três delatores, a princípio, vêm à Curitiba para prestarem seus depoimentos.

Os depoimentos das testemunhas de acusação seguem até o dia 26 de março. Também serão ouvidos nessa fase do processo figuras como os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró; o ex-deputado federal Pedro Correa; o lobista Fernando Soares; o ex-senador Delcídio do Amaral e executivos das empreiteiras OAS, Odebrecht e Camargo Correa. A maioria das testemunhas arroladas pelo MPF está no rol de delatores da Lava Jato.
Depois de ouvir as testemunhas de acusação, Moro vai marcar as audiências para ouvir as testemunhas convocadas pelas defesas de todos os réus do processo. Por último, Moro vai ouvir um a um todos os acusados pelo MPF na ação penal. O ex-presidente Lula, portanto, deve voltar à Curitiba para depor pela terceira vez a Moro ainda neste ano.
O processo do sítio em Atibaia tem ao todo 13 réus. Além de Lula, também respondem executivos da Odebrecht e da OAS, como Marcelo e Emílio Odebrecht, Agenor Medeiros, Leo Pinheiro, Paulo Gordilho, Alexandrino Alencar, entre outros. Fernando Bittar, que alega ser o real proprietário do sítio, também está na lista de réus do processo, assim como o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo pessoal de Lula.

Partidos Têm Débitos Milionários Com O INSS Mas O PT Sozinho Deve Dois Terços Do Total









Um dos argumentos mais usados por parlamentares contrários à reforma da Previdência é que o governo ignora os R$ 426 bilhões que as empresas devem ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ataca só os gastos com benefícios. Com o valor sonegado, apontam, daria para pagar duas vezes o rombo esperado para 2018, de R$ 192,8 bilhões. Já os favoráveis às mudanças não cansam de lembrar que o país perde bilhões todos os anos devido à desatualização das regras, dinheiro que poderia ser investido em políticas públicas. Por mais que os discursos dos dois lados façam sentido e tenham embasamento técnico, o que ambos se esquecem de mencionar é que os partidos políticos devem R$ 12,9 milhões à Previdência Social, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

Por trás do debate político, eles deixam de pagar contribuições que, juntas, seriam suficientes para sustentar por um ano, com um salário mínimo (R$ 954), mais de mil famílias brasileiras. O valor se refere apenas às dívidas ativas, atualmente em cobrança – ou seja, não entram na lista as que foram negociadas, parceladas ou estejam em discussão judicial. No universo de devedores da Previdência não existe ideologia política nem regionalismo. Tanto partidos inclinados à direita quanto à esquerda, de 130 diretórios espalhados pelo Brasil, têm pendências, que, em alguns casos, chegam a valores milionários.
tualmente, o líder dos partidos devedores é o PT, que, entre municípios e estados, acumula débito de R$ 8,1 milhões. Crítico incansável da reforma da Previdência, o partido fica em primeiro lugar por conta das 27 dívidas contraídas pelo diretório do Rio Grande do Sul, que somam R$ 7,13 milhões. O presidente do PT do estado, deputado federal Pepe Vargas, explica que as pendências vêm de épocas de crise financeira do partido. A estratégia que tem sido usada para quitá-las, desde que o deputado assumiu o comando do diretório, no ano passado, tem sido parcelar o valor aos poucos, dentro da possibilidade de pagamento, enquanto mantém as contribuições mensais em dia.  “Não adianta negociar tudo de uma vez e não conseguir honrar os pagamentos”, explica.

Sem explicação. Apesar de o ranking ser liderado por um partido de esquerda, o segundo maior devedor é o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), que tem feito de tudo para emplacar a reforma da Previdência. Considerados os diretórios municipais e estaduais, o partido deve R$ 1,68 milhão ao INSS. A maior parte da dívida vem de Sergipe, que deixou de pagar R$ 1,58 milhão. Como o novo presidente do diretório, Mendonça Prado, assumiu o posto na semana passada, no lugar de Ana Alves, que foi presa em dezembro por formação de organização criminosa, obstrução de investigação e peculato, ainda não tem uma justificativa para o valor. “Ainda não tenho acesso aos números, porque está tudo mudando. Até o tesoureiro mudou. Para não cometer erros, prefiro não comentar por agora”, explica Prado. O fato de a ex-presidente ter se mantido no comando do diretório durante parte do tempo que passou na prisão pode ter afetado a regularização das contas.

O presidente do DEM nacional, senador José Agripino Maia (RN), ressalta que o diretório comandado por ele não tem nenhuma dívida previdenciária ativa. “Os diretórios regionais, por lei, têm autonomia e responsabilidade próprias”, explica a assessoria, preceito que vale para todas as legendas. No caso do terceiro maior devedor, o PCdoB, que luta para que a reforma da Previdência em discussão seja retirada de pauta, a responsabilidade pelos R$ 501 mil devidos pelo partido é dividida entre vários diretórios. A assessoria de imprensa da legenda em Minas Gerais, que tem a maior pendência, de R$ 115,3 mil, foi contatada, mas não respondeu à reportagem até o fechamento da edição.

Nem a sigla do presidente da República, Michel Temer, fica de fora da lista. O MDB é o quarto maior devedor da Previdência entre os partidos, com dívida de R$ 461,6 mil. A maior parcela vem do Rio Grande do Norte: R$ 153 mil. O senador Garibaldi Alves Filho (MDB-RN), que assumiu em novembro o diretório do estado, afirma estar “ciente das pendências do partido” e diz ter “determinado à área financeira um completo levantamento” dos números. “Tomando conhecimento dessa dívida previdenciária, ela merecerá prioridade na negociação de parcelamento através do diretório nacional do partido”, garante o senador.
Em quinto lugar ficou o PSB, com débito de R$ 318 mil. Diferentemente dos demais, o que pesa, no caso do PSB, é o diretório nacional, que deixou de pagar R$ 123 mil à Previdência. A assessoria de imprensa do partido foi consultada, mas não respondeu às solicitações de esclarecimento até o fechamento da edição. Para completar os 10 maiores devedores entre os partidos, entram na lista PSDB, PP, PR, PDT e PV, que devem valores entre R$ 172,5 mil e R$ 299 mil, contando todos os diretórios.

Livres para fazer campanha.  Quando o assunto é o calote dos partidos políticos à Previdência Social, não é só o valor que preocupa. Os R$ 12,9 milhões devidos por eles atualmente deixam de entrar nos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e contribuem para o tão atacado rombo previdenciário, mas não atrapalham em nada a vida política dos devedores. O fato de uma legenda não pagar as contribuições previdenciárias não as impede, por exemplo, de lançar candidatos nas eleições, aponta a advogada Karina Kufa, especialista em direito eleitoral do Instituto de Direito Público (IDP) de São Paulo. “Não há nenhum tipo de restrição na lei eleitoral quanto a isso. Um diretório devedor pode manter todas as atividades políticas sem nenhum problema”, afirma.

O mesmo vale para os candidatos que tenham dívidas nos próprios CPFs, que não são impedidos de concorrer em eleições e podem assumir qualquer cargo público. “Inclusive, se os partidos ou os candidatos parcelarem as dívidas, nem irregulares ficam aos olhos do fisco”, ressalta a advogada. O procurador Everaldo Souza Passos Filhos, da Coordenação-Geral da Dívida Ativa da União da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), explica que, depois que o valor é renegociado, o nome da empresa é excluído da lista em até uma semana. Ou seja, basta parcelar a dívida para ficar com o nome limpo. “Não precisa nem pagar a primeira parcela”, ressalta Karina.

Além de não incluir valores parcelados, a lista de devedores não mostra os que foram suspensos por decisão judicial. “Na prática, os partidos podem ficar discutindo se o cálculo está correto ou não por muito tempo, e com o nome fora da lista”, critica a advogada Adriane Bramante, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP). Para Adriane, o fato de não haver nenhum tipo de sanção faz com que os devedores rolem a dívida indiscriminadamente. Devido a esse tipo de situação, a advogada defende a criação de uma barreira para que partidos com dívidas acumuladas com a Previdência não possam lançar candidatos. “Uma empresa devedora, por exemplo, não consegue participar de licitações. No caso dos partidos, isso pouco importa. Não há nenhuma regra que faça com que eles se preocupem com essa questão”, aponta.

Escândalo!! Cristiane Brasil Coagiu Funcionários Da Secretaria Da Prefeitura Do Rio A Votarem Nela E Arrumarem Outros 30 Votos Em 2014







Durante a campanha em que foi eleita deputada federal, em 2014, Cristiane Brasil (PTB-RJ) coagiu funcionários da Secretaria Especial de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida da prefeitura do Rio, da qual era titular, a votarem nela e arrumarem outros 30 votos, sob risco de perderem o emprego. Um áudio obtido pelo “Fantástico”, da TV Globo, mostra a cobrança feita pela parlamentar em uma reunião com cerca de 50 pessoas, dentro da secretaria.
— Se eu perder a eleição de deputada federal… Eu preciso de setenta mil votos. Eu fiz quase trinta (mil votos, em 2012, quando foi eleita vereadora no Rio). Agora são setenta mil. No dia seguinte, eu perco a secretaria (se não for eleita deputada). No outro dia, vocês perdem o emprego — ameaçou Cristiane.

Em outro momento da reunião, a deputada foi ainda mais direta:
— Se amanhã vocês ficarem desempregados, como é que vai ser a vida de vocês? Vai ficar um pouquinho mais complicada, não é? Eu só tenho um jeito de manter o emprego de vocês: me elegendo.
Um perito confirmou ao “Fantástico” que a voz na gravação é da deputada. Um funcionário que trabalhou na secretaria disse à TV Globo que reuniões desse tipo eram frequentes e que ele se sentia pressionado a fazer campanha. Cristiane também deu exemplos de abordagens:
— Se cada um no âmbito familiar me trouxer 30 fidelizados… “Pô, tu é minha mãe. Se tu não votar nela (Cristiane), eu perco o emprego”. Olha que poder de convencimento essa frase tem. Para o marido: “Meu querido, vai querer pagar minhas calcinhas? Então me ajude.”
Filha de Roberto Jefferson, presidente do PTB, Cristiane foi eleita vereadora em 2012 e depois foi convidada pelo então prefeito do Rio, Eduardo Paes, para ser secretária municipal. A deputada pretendia que a estrutura da secretaria, voltada aos idosos, fosse usada de maneira a turbinar sua candidatura:
— Eu preciso de uma coisa que está na mão de vocês (funcionários) agora, que é a credibilidade junto ao idoso. É a amizade que eles têm com vocês. É o carinho que eles têm com vocês no dia a dia.
Ex-cunhado de Cristiane, o deputado estadual Marcus Vinícius (PTB-RJ) também participou do encontro e reforçou o discurso dela. Em nota, a deputada disse que “nunca pediu votos a servidores públicos durante o expediente ou dentro da repartição”. Marcus Vinícius afirmou que não se manifestaria por “desconhecer a gravação”.