segunda-feira, 30 de outubro de 2017

RODRIGO MAIA VAI ARQUIVAR OS 25 PEDIDOS DE IMPEACHMENT CONTRA TEMER




LEAL A TEMER


MAIA RESSALTOU QUE DEPOIS DA LEALDADE A TEMER NAS 2 DENÚNCIAS, NÃO FAZ SENTIDO ATUAR AGORA CONTRA O GOVERNO
Publicado: 29 de outubro de 2017 às 13:20 - Atualizado às 18:13



MAIA TAMBÉM DISSE QUE O TEMER TEM QUE “AGRADECER MUITO” PELO FATO DE ELE NÃO TER AGIDO PARA DERRUBÁ-LO DO PLANALTO FOTO: ALAN SANTOS


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista ao ‘O Estado de S. Paulo’ que vai rejeitar todos os 25 pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer que estão parados em sua gaveta. Segundo a sua argumentação, após ter sido leal a Temer nas duas denúncias, não faz sentido atuar agora contra o governo. Maia também disse que o presidente tem que “agradecer muito” pelo fato de ele não ter agido para derrubá-lo do Palácio do Planalto.
Como fica a sua relação com o Palácio do Planalto no pós-denúncia?
A minha primeira eleição na presidência da Câmara foi independente e o Michel tem de agradecer muito de eu ter sido eleito e não ter feito o que eu podia ter feito. Eu poderia, na minha primeira legislatura, ter trabalhado dizendo o tempo todo que o governo não me ajudou, porque ele só apoiou a minha candidatura nas últimas 24 horas. Mas eu abracei a agenda do governo porque eu acredito na agenda da equipe econômica. Não foi uma questão de “eu sou governo”. Agora, eu não misturo as coisas: o presidente da República e o presidente da Câmara têm uma relação institucional muito boa e essa relação se mantém boa. Mas, o que eu estou dizendo, como presidente da Câmara, é que a relação não será uma relação amanhã igual a que foi antes das duas denúncias se o governo não reorganizar a base.
E o que Temer precisa fazer para reorganizar a base?
Tem vários caminhos para resolver. O que você não pode é achar que o resultado da denúncia gerou uma base de 250 votos. Ter base é ter base que confia no governo, na agenda do governo, mesmo quando vem uma pauta árida para a Câmara. Acho que numa pauta árida, o governo hoje não tem maioria.
Para o sr., qual seria o melhor caminho?
Se eu começar a falar vão dizer que eu estou querendo interferir no caminho que ele (Temer) vai decidir. Eu já falei muito. Tem partidos que se consideram sub-representados, tem partidos que acham que outros estão super representados. Se o governo discorda dessa opinião, tem de chamar os presidentes (das siglas) e seus líderes e dizer: você não está sub-representado. Você está bem representado por isso e por isso.
Nos corredores da Câmara dizem que o sr. pode ser o Eduardo Cunha do Temer.
Se eu quisesse ser o Eduardo Cunha do Temer eu teria sido nas denúncias. Ser agora é até ridículo. Se eu tive a clareza que não deveria me envolver nas denúncias, que um ativismo meu nesse processo ia gerar mais instabilidade para o Brasil, não seria inteligente da minha parte agora atrapalhar o governo, de forma alguma. Como é que agora vou trabalhar para essa instabilidade? Não tem a menor chance de eu fazer isso.
O que o sr. vai fazer com os pedidos de impeachment?
Daqui a pouco vou decidir. Acho que todos os temas do impeachment o Congresso já decidiu, a Câmara já decidiu. Os temas que estão nos pedidos estão diretamente relacionados às denúncias.
Por que, então, não os rejeita logo?
Vou rejeitar no momento adequado. Porque a rejeição vai dar direito a um recurso, e esse recurso tem que ser em um ambiente em que a Câmara esteja mais tranquila, para que não tenha uma votação que possa ser distorcida em relação a sua realidade. Vou criar um novo ambiente para votação do recurso agora, logo depois da denúncia? É só ter calma. A Câmara não pode parar para julgar pela terceira vez a mesma coisa. O Brasil não suporta isso.
O governo vai conseguir aprovar a reforma da Previdência?
Reformas desse tamanho precisam estar patrocinadas pelo governo. Não tem alternativa. Por isso que digo que as próximas semanas serão decisivas para a gente entender qual verdadeiro tamanho do governo na Câmara. Mas, com certeza, a reforma da Previdência não será a que a equipe econômica sonhou, que a gente sonhou.
Por que a Câmara decidiu retomar a pauta de enfrentamento à Lava Jato agora?
Essa comissão que instalei para discutir o projeto sobre abuso de autoridade não tem nada de enfrentamento à Lava Jato.
Mas os procuradores veem o projeto como uma reação às investigações.
Não tem reação nenhuma. Eles estão vendo coisa onde não existe. Não existe na nossa pauta nada contra a Lava Jato.
O sr. vai disputar qual cargo em 2018?
Eu sou candidato a deputado federal. O dia que eu aparecer com 7% ou 8%, aí você me entrevista e eu vou te dizer se sou candidato a presidente da República. Eu tenho que respeitar o eleitor e acho que, na posição que eu estou, tenho alguma chance de recompor a aliança e continuar na presidência da Câmara. É um caminho, e é um caminho de muito poder, é algo que, neste momento, tem mais probabilidade do que eu construir uma candidatura presidencial forte.
O DEM não vai ter candidato a Presidência?
Eu acho que o DEM tem que ter candidato.
Quem? O Luciano Huck?
Não… Eu tenho a maior admiração pelo Luciano Huck, se ele fosse filiado ao DEM hoje, eu teria o maior prazer de defender a candidatura dele, mas ele não é filiado ao DEM. Eu não posso trabalhar com uma variável que eu não controlo.
O DEM não vai repetir a dobradinha com o PSDB em 2018?
Acho que na política tudo é possível, só não é possível o DEM coligar com o PT, o resto… Mas, quando você faz coligação, você fortalece o projeto futuro dos outros, por isso que o PSDB vem conseguindo liderar o nosso campo, porque toda eleição, a gente não teve coragem de lançar um candidato, apoiou o PSDB, e o PSDB foi ganhando musculatura.
Geraldo Alckmin é o nome do PSDB mais preparado ou o sr. prefere o João Doria?
Eu gosto dos dois, me dou bem com os dois, graças a Deus a briga é no PSDB e não no DEM.(AE)

domingo, 29 de outubro de 2017

Rodrigo Maia Afirma Que Vai Rejeitar Os Pedidos De Impeachment




  • 29/10/2017
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista ao O Estado de S. Paulo que vai rejeitar todos os 25 pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer que estão parados em sua gaveta. Segundo a sua argumentação, após ter sido leal a Temer nas duas denúncias, não faz sentido atuar agora contra o governo. Maia também disse que o presidente tem que “agradecer muito” pelo fato de ele não ter agido para derrubá-lo do Palácio do Planalto.
Como fica a sua relação com o Palácio do Planalto no pós-denúncia?


A minha primeira eleição na presidência da Câmara foi independente e o Michel tem de agradecer muito de eu ter sido eleito e não ter feito o que eu podia ter feito. Eu poderia, na minha primeira legislatura, ter trabalhado dizendo o tempo todo que o governo não me ajudou, porque ele só apoiou a minha candidatura nas últimas 24 horas. Mas eu abracei a agenda do governo porque eu acredito na agenda da equipe econômica. Não foi uma questão de “eu sou governo”. Agora, eu não misturo as coisas: o presidente da República e o presidente da Câmara têm uma relação institucional muito boa e essa relação se mantém boa Mas, o que eu estou dizendo, como presidente da Câmara, é que a relação não será uma relação amanhã igual a que foi antes das duas denúncias se o governo não reorganizar a base.
E o que Temer precisa fazer para reorganizar a base?
Tem vários caminhos para resolver. O que você não pode é achar que o resultado da denúncia gerou uma base de 250 votos. Ter base é ter base que confia no governo, na agenda do governo, mesmo quando vem uma pauta árida para a Câmara. Acho que numa pauta árida, o governo hoje não tem maioria.
Para o sr., qual seria o melhor caminho?
Se eu começar a falar vão dizer que eu estou querendo interferir no caminho que ele (Temer) vai decidir. Eu já falei muito. Tem partidos que se consideram sub-representados, tem partidos que acham que outros estão super representados. Se o governo discorda dessa opinião, tem de chamar os presidentes (das siglas) e seus líderes e dizer: você não está sub-representado. Você está bem representado por isso e por isso.
Nos corredores da Câmara dizem que o sr. pode ser o Eduardo Cunha do Temer.
Se eu quisesse ser o Eduardo Cunha do Temer eu teria sido nas denúncias. Ser agora é até ridículo. Se eu tive a clareza que não deveria me envolver nas denúncias, que um ativismo meu nesse processo ia gerar mais instabilidade para o Brasil, não seria inteligente da minha parte agora atrapalhar o governo, de forma alguma. Como é que agora vou trabalhar para essa instabilidade? Não tem a menor chance de eu fazer isso.
O que o sr. vai fazer com os pedidos de impeachment?
Daqui a pouco vou decidir. Acho que todos os temas do impeachment o Congresso já decidiu, a Câmara já decidiu. Os temas que estão nos pedidos estão diretamente relacionados às denúncias.
Por que, então, não os rejeita logo?
Vou rejeitar no momento adequado. Porque a rejeição vai dar direito a um recurso, e esse recurso tem que ser em um ambiente em que a Câmara esteja mais tranquila, para que não tenha uma votação que possa ser distorcida em relação a sua realidade. Vou criar um novo ambiente para votação do recurso agora, logo depois da denúncia? É só ter calma. A Câmara não pode parar para julgar pela terceira vez a mesma coisa. O Brasil não suporta isso.
O governo vai conseguir aprovar a reforma da Previdência?
Reformas desse tamanho precisam estar patrocinadas pelo governo. Não tem alternativa. Por isso que digo que as próximas semanas serão decisivas para a gente entender qual verdadeiro tamanho do governo na Câmara. Mas, com certeza, a reforma da Previdência não será a que a equipe econômica sonhou, que a gente sonhou.
Por que a Câmara decidiu retomar a pauta de enfrentamento à Lava Jato agora?
Essa comissão que instalei para discutir o projeto sobre abuso de autoridade não tem nada de enfrentamento à Lava Jato.
Mas os procuradores veem o projeto como uma reação às investigações.
Não tem reação nenhuma. Eles estão vendo coisa onde não existe. Não existe na nossa pauta nada contra a Lava Jato.
O sr. vai disputar qual cargo em 2018?
Eu sou candidato a deputado federal. O dia que eu aparecer com 7% ou 8%, aí você me entrevista e eu vou te dizer se sou candidato a presidente da República. Eu tenho que respeitar o eleitor e acho que, na posição que eu estou, tenho alguma chance de recompor a aliança e continuar na presidência da Câmara. É um caminho, e é um caminho de muito poder, é algo que, neste momento, tem mais probabilidade do que eu construir uma candidatura presidencial forte.
O DEM não vai ter candidato a Presidência?
Eu acho que o DEM tem que ter candidato.
Quem? O Luciano Huck?
Não… Eu tenho a maior admiração pelo Luciano Huck, se ele fosse filiado ao DEM hoje, eu teria o maior prazer de defender a candidatura dele, mas ele não é filiado ao DEM. Eu não posso trabalhar com uma variável que eu não controlo.
O DEM não vai repetir a dobradinha com o PSDB em 2018?
Acho que na política tudo é possível, só não é possível o DEM coligar com o PT, o resto… Mas, quando você faz coligação, você fortalece o projeto futuro dos outros, por isso que o PSDB vem conseguindo liderar o nosso campo, porque toda eleição, a gente não teve coragem de lançar um candidato, apoiou o PSDB, e o PSDB foi ganhando musculatura.
Geraldo Alckmin é o nome do PSDB mais preparado ou o sr. prefere o João Doria?
Eu gosto dos dois, me dou bem com os dois, graças a Deus a briga é no PSDB e não no DEM.

PT APOSTA EM DIAS TOFFOLI PARA LULA CONCORRER NAS ELEIÇÕES EM 2018




  • 29/10/2017
A um amigo, Delúbio Soares disse que a aposta do PT em Lula está centrada na nomeação de Dias Toffoli como presidente do STF.
Estranho. Toffoli assume apenas no dia 12 de setembro de 2018, a poucos dias da eleição.

As visitas de Humberto Costa ao delator que o denunciou na Petrobrás




  • 29/10/2017

O senador Humberto Costa (PT), líder da oposição no Senado, e o empresário Mário Beltrão, apontado como interposto do petista em supostas propinas de R$ 1 milhão na Lava Jato, visitaram juntos a Petrobrás, segundo apontou o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em documento datado de fevereiro. Além dos registros oficiais da estatal petrolífera, Costa aparece na agenda de encontros do ex-diretor Paulo Roberto Costa, da área de Abastecimento, foco central do esquema de corrupção e cartel instalado na companhia entre 2004 e 2014. Em depoimento, o petista e o empresário admitiram encontros com o ex-diretor, mas negaram ilícitos.


SOLTURA DE PRESOS É POSIÇÃO CONTRA ‘ENCARCERAMENTO ABUSIVO’, DIZ GILMAR





  • 29/10/2017
Dois dias depois de ser acusado pelo colega Luís Roberto Barroso de “mudar a jurisprudência de acordo com o réu” o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) disse neste sábado (28) que tem posicionamento claro contra uma “política de encarceramento abusiva”.
le evitou comentar a discussão que teve no plenário e o impacto que ela produziu sobre a imagem da corte. “Vamos nos ocupar de temas produtivos, não vou me dedicar a isso”, afirmou.


Gilmar disse que não houve contradição em ter votado a favor da prisão a partir da decisão de segunda instância no ano passado e, neste ano, ter concedido habeas corpus com entendimento contrário.
“Eu tenho uma posição muito clara no Supremo em relação à defesa dos direitos e garantias individuais, desde sempre”, afirmou. “Inicialmente eu tinha votado pela exigência de trânsito em julgado lá atrás quando o julgamento foi conduzido pelo ministro [Cezar] Peluso [em 2011].”
“Depois, diante dos casos que passamos a ter no Supremo, inclusive a do [ex] senador Luiz Estêvão (PRTB), que recorreu numa ação com mais de dez anos, eu disse que tínhamos que mudar isso e trazer um critério diferente, que era o da segunda instância”, afirmou.
Segundo ele, havia uma proposta de Dias Toffoli com uma outra alternativa, que era a de levar o caso para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).
“O que está ocorrendo no Brasil? Muitos casos são de prisão preventiva, mantém-se agora a decisão na sentença e é confirmada em segundo grau, portanto o réu cumpre a pena já preso. Eu tenho dito, vamos mudar isso e levar a matéria para o STJ, porque isso está levando a uma política de encarceramento abusiva”, acrescentou.
Segundo ele, dizer que ele tem tomado decisões para livrar réus da Lava Jato “é uma bobagem”. Recentemente, Gilmar votou a favor da concessão de habeas corpus em alguns casos de repercussão, como o do ex-ministro José Dirceu e do empresário de transporte público Jacob Barata.
Na discussão da quinta (26), Barroso disse que Gilmar tinha “parceria com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco”.
TOMATADA
Nesta manhã, Gilmar Mendes palestrou na faculdade de direito do IDP-São Paulo, que coordena, e defendeu novamente uma reforma política que diminua a quantidade de partidos e aumente o poder do Legislativo.
Ao seu lado, o também ministro do STF Alexandre de Moraes palestrou a favor do fortalecimento dos partidos. Ele criticou legendas criadas para defender interesses particulares. “Hoje em dia é mais fácil ter um partido político do que uma pequena ou média empresa”, disse.
Antes do evento, manifestantes protestaram ao lado de fora do prédio, que fica nos arredores da Avenida Paulista, e jogaram tomates em um dos carros que supunham que estava Gilmar. O ministro disse que os tomates podiam ter sido dados a uma entidade beneficente.
Uma mulher também foi retirada do auditório da faculdade pela Polícia Militar porque estava com três bolsas, uma maçã, papéis e uma água mineral. Ela havia sido revistada. A PM não justificou o motivo da expulsão.
Gilmar saiu do evento acompanhado de Kim Kataguiri, um dos líderes do MBL (Movimento Brasil Livre).

Parlamentares Articulam Projetos Que Atingem Em Cheio A Lava Jato




  • 29/10/2017
Após conseguirem barrar as duas denúncias contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva e por organização criminosa e obstrução de Justiça, os deputados se preparam para tentar aprovar projetos que podem interferir nas investigações da operação Lava Jato.
De acordo com reportagem do jornal O Globo deste domingo (29), além da criação da comissão especial para dar andamento à matéria vinda do Senado sobre abuso de autoridade, outros dois projetos ameaçam a operação como ela é hoje.


Apresentado no ano passado, o Projeto de Lei 12.850/2016, de autoria de Wadih Damous (PT-RJ), proíbe que réus presos façam delação premiada e que depoimentos de delações sejam divulgados. O deputados Danilo Forte (ex-PSB, ainda sem partido-CE) incluiu uma sugestão parecida na comissão especial que discute a reforma do Código de Processo Penal (CPP), alegando que é necessário “regulamentar o instituto da delação”, para evitar que presos criem “situação fantasiosa” para sair da prisão. O relator da reforma, João Campos (PRB-GO) se disse a favor das delações de réus presos, mas uma emenda apresentada por forte pode ser aprovada pelo colegiado.
Ao O Globo, o procurador da Lava Jato Carlos Fernando do Santos Lima, a operação passa por uma “reação orquestrada”. A Lava Jato já contou com grandes acordos de delação feitos por réus presos, entre eles os de Paulo Roberto Costa e, mais recentemente, a de Marcelo Odebrecht.
Ainda de acordo com a reportagem do jornal, outro projeto que preocupa a Lava Jato é o vindo do Senado, com regras mais rígidas para investigar advogados. O autor naquela Casa foi o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e a proposta foi aprovada com facilidade.
Encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o parecer do relator Wadih Damous ainda não foi entregue. Prevendo penas de até quatro anos de detenção para quem “violar direito ou prerrogativa do advogado” e até que um juiz perca o cargo e seja proibido de retornar ao serviço público por até três anos se determinar uma condução coercitiva ou prisão arbitrária. A matéria é considerada uma blindagem a advogados suspeitos de cometer crimes e também classifica como crime a violação de sigilo telefônico e outras prerrogativas de advogados. Segundo Roberto Veloso, presidente da Associação de Juízes Federais do Brasil (Ajufe), disse à reportagem do jornal, a proposta cria uma imunidade para os advogados que não existe nem para os parlamentares.
Abuso de autoridade
Um dia após a votação que suspendeu a ação penal contra Temer, na quinta-feira (26), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinou a criação de uma comissão especial para analisar o projeto de lei que trata do abuso de autoridade. A proposta estava engavetada há cerca de seis meses na Casa e tramitará em regime de urgência. O texto endurece punição a autoridades, como juízes e procuradores, que forem acusadas de abusar de suas prerrogativas.
Enquanto o projeto, que é criticado por juízes e procuradores ligados à Lava Jato, seguirá com prioridade na Câmara, a matéria que prevê o fim do foro – que pode atingir quase 200 deputados que são alvos de inquéritos e ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF) – está parada na Casa desde maio. O texto está parado na CCJ.
A proposta de abuso de autoridade veio do Senado com um texto produzido a partir de duas proposições que tramitavam na Casa: o PLS 280/16, de autoria do senador Renan Calheiros; e o PLS 85/17, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que se originou de sugestões elaboradas pelo Ministério Público Federal. As duas propostas foram apensadas e tramitarão juntas.
A proposta de Renan foi uma resposta a outra decisão do Judiciário na época, no fim do ano passado. Ele desengavetou um projeto originalmente apresentado em 2009 após o Supremo Tribunal Federal ter tentado afastá-lo do Senado e após ser denunciado pela primeira vez no âmbito da Lava Jato. O projeto foi relatado por Roberto Requião (PMDB-PR) e enfrentou resistência no Judiciário, inclusive do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato no Paraná e dos coordenadores da força-tarefa da operação, que a classificaram como “uma vingança”.

sábado, 28 de outubro de 2017

Coreia do Norte


noticiasbrasilonline.com.br
Coreia do Norte reforça ameaça de teste nuclear sobre o Pacífico - Noticias Brasil Online
O alerta do ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte sobre um possível teste nuclear atmosférico sobre o Oceano Pacífico deve ser entendido “de forma literal”, disse uma autoridade norte-coreana de alto escalão em uma entrevista à CNN transmitida nesta quarta-feira. “O ministro das Relações Exteriores está muito ciente das intenções de nosso líder supremo, por isso acho que vocês deveriam interpretar suas palavras literalmente”, disse Ri Yong Pil, diplomata veterano da chancelaria da Coreia do Norte, à rede CNN. No mês passado, o chanceler norte-coreano, Ri Yong Ho, disse que Pyongyang cogita realizar “a detonação mais poderosa” de... Leia Mais
Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira.
Alguém fornece matéria prima para enriquecimento através centrifugação?
Para resolver esse problema, alguns métodos foram desenvolvidos ao longo dos anos para o enriquecimento. Como a reatividade não poderia ser utilizada, confiou-se em outra característica: o peso molecular. Ora, o urânio-238 é mais pesado do que o urânio 235 (diferenças quase desprezíveis, mas é), já que existe 3 nêutrons a menos neste último. Podemos listar os três principais métodos baseados na diferença de massa entre os dois isótopos colocados em prática na história humana:
1. O primeiro método ficou conhecido como Difusão Térmica e foi utilizado durante o período da Segunda Guerra Mundial. Nele, hexafluoreto de urânio, na forma gasosa, é difundido em um sistema com superfícies quentes e frias. O mais pesado, 238, tende a se difundir no sentido da superfície fria e o leve, 235, na superfície quente. Assim, obtém-se uma separação, mesmo muito ineficiente e dispendiosa. Está aposentado desde 2013, e obsoleto desde que foi implantado o processo descrito a seguir;
2. O segundo, e efetivo, método foi através da Difusão Gasosa, onde o hexafluoreto  de urânio gasoso era forçado a atravessar membranas semipermeáveis especiais. Esse processo separa uma pequeníssima quantidade do urânio-235, sendo necessário ser efetuado diversas vezes para concentrar uma grande quantidade desse isótopo. Substituiu bem a Difusão Térmica durante a Guerra Fria. Até hoje, cerca de 33% do urânio enriquecido é obtido através desse mecanismo;
3. Mas assim que o método de Centrifugação Gasosa foi aperfeiçoado a partir de modelos mais simples usados em 1934, este se tornou o processo mais almejado por todos os programas nucleares. Com um custo bastante reduzido e eficiência dezenas de vezes maior, ele é a menina do olhos na purificação do urânio-235. Atualmente, 54% de todo urânio produzido é feito através dessa tecnologia e diversas otimizações na mesma são conquistadas todos os anos em alguns países.
         O processo existente na Centrifugação Gasosa é o mesmo existente na centrifugação tradicional, como aqueles aparelhos de centrífuga usados para separar a parte sólida do sangue do seu líquido (plasma). Na centrifugação, seja o tipo que for, é criada uma rotação com alta velocidade angular, acelerando todos os corpos dentro do sistema através de uma força centrípeta (a velocidade angular fica constante depois de um tempo). Por diferença de densidade e, no caso dos isótopos, pela diferença de peso entre os átomos, corpos mais densos tendem a ir mais rapidamente para o sentido oposto do centro de rotação por causa da força centrípeta, enquanto as mais leves tendem a ficar mais próximas do centro. Quanto maior a velocidade angular, maior a força centrípeta. É o mesmo que ocorre quando deixamos uma solução decantar, só que, neste caso, estamos usando a força da gravidade para puxar as partículas mais densas para o fundo. Através de uma forte centrifugação, a força centrípeta, agora no lugar da gravitacional para o papel de decantador, é muito maior, gerando uma aceleração também maior, e, portanto, diminuindo drasticamente o tempo de decantação.
        Seguindo o princípio descrito acima, nos cilindros de centrifugação gasosa, hexafluoreto de urânio gasoso é rotacionado em altíssimas velocidades, fazendo com que o isótopo 238, mais pesado, seja arremessado em sentido tangente ao exterior do cilindro, enquanto o 235 fica mais perto do centro de rotação. Assim, é possível extrair, separadamente, os dois isótopos dessas duas partes do sistema. O parte mais rica em urânio 235 é lançada para outro cilindro de centrifugação, para ficar ainda mais rico no 235. Ou seja, os cilindros são ligados em série, como mostrado na figura abaixo, para aumentar a eficiência e diminuir o tempo do processo de enriquecimento. Na saída final, teremos uma mistura de urânio bem rico no isótopo 235.
NOTAS
Isótopos: São elementos químicos que apresentam o mesmo número atômico (número de prótons no núcleo e, consequentemente, o mesmo número de elétrons em seu estado neutro), mas diferente número de nêutrons (portanto, diferente massa atômica). Assim, eles os isótopos, como os do urânio, possuem, virtualmente, o mesmo perfil químico e diferentes pesos atômicos.
Hexfluoreto de urânio: É um sólido cristalino incolor à temperatura e pressão ambiente. É usado para os processos de enriquecimento por requerer baixas temperaturas para entrar na forma gasosa (baixo ponto de ebulição: 56,5°C) e se encontrar na forma sólida nas condições ambientes padrões, o que facilita bastante seu manuseio nas instalações de centrifugação.
Plutônio: Os isótopos do plutônio são fissíveis também, mas encontram-se em quantidades extremamente ínfimas na natureza. Para obtê-lo em escala comercial e prática, usa-se o bombardeamento de urânio 238 com nêutrons, produzindo neptunio- 239 através do decaimento beta (um nêutron no núcleo é transformado em próton) e, logo em seguida, este último é convertido em plutônio 239, através do mesmo processo. Nas usinas e bombas nucleares, esse mecanismo ocorre naturalmente, onde os nêutron inicial vêm da fissão do núcleo do urânio-235 (o plutônio faz parte do chamado ´lixo radioativo´). Os isótopos mais usados para fins energéticos são o 239 (majoritário) e o 238.
         O plutônio também é usado para a fabricação de armas nucleares, compondo o núcleo de bombas de fissão e termonucleares. Porém, para fabricar tais armas com esse elemento, é preciso de mecanismos mais complicados e maiores custos, apesar de ser exigido uma menor quantidade de massa desse elemento para fabricar uma arma com o mesmo poder de uma de urânio. O urânio-235 acaba sendo a escolha inicial porque já é um elemento fissível naturalmente encontrado em relativa boa quantidade na mineração, além de ser exigido nas usinas termonucleares e permitir a fabricação mais simples de bombas atômicas. Quando um país dispõe de enormes estoques de plutônio, é porque este já é um subproduto das usinas nucleares. Esse subproduto pode, sim, ser usado para fabricar bombas atômicas, porém exige-se maior custo e empreendimento para tal. Mas caso o país consiga dominar bem sua feitura, se torna uma opção geralmente melhor do que aquelas baseadas em urânio-235.
Fissão nuclear: Quando um núcleo atômico se divide, parte da energia de ligação que mantinha esse núcleo estável é liberada na foram de uma imensa quantidade de radiação eletromagnética (raios X, raios gama, infravermelho, etc.) e energia cinética, a qual logo se transforma em energia térmica e gera o grande aumento de temperatura e expansão dos gases ( explosão).
IAEA: Fiscaliza o enriquecimento de urânio e programas nucleares ao redor do mundo, permitindo que o processo ocorra apenas para o uso em usinas nucleares para a produção de energia elétrica (seguindo os acordos internacionais).
Países que efetuam, explicitamente, o enriquecimento de urânio: Brasil, Argentina, EUA, Coreia do Norte, Irã, Inglaterra, China, França, Alemanha, Índia, Japão, Rússia, Paquistão e Holanda. Outros como a Itália e Bélgica, compram urânio enriquecido desses países. Já alguns são suspeitos de terem programas de enriquecimento escondidos, como Israel. E, por último, alguns não possuem mais o programa de enriquecimento, como a África do Sul.
Curiosidade: O Brasil possui uma notável tecnologia de enriquecimento de urânio e isso rendeu uma forte tensão com a IAEA em 2004. Nesse período, estava sendo construido (e ainda está) uma moderna instalação de centrífugas para o enriquecimento, em Resende, fato que chamou a atenção dos inspetores da agência internacional. Mas o governo brasileiro não quis deixar que a IAEA inspecionasse o projeto, alegando proteção de tecnologia nacional, já que as centrífugas prometiam ser 25% melhores do que as existentes no mundo. Uma artigo da revista Science, no mesmo ano, alegou que as centrífugas de Resende teriam o potencial de produzirem bastante urânio enriquecido para abastecer entre 5 e 6 armas nucleares por ano. Isso serviu para jogar ainda mais fogo na situação, onde críticas pesadas foram feitas ao programa nuclear brasileiro. Mas no final de 2004, um suado acordo foi alcançado, e a IAEA teve permissão de vistoriar as instalações e deu um resultado positivo para o que viu. Hoje, nosso programa nuclear anda meio morto e cheio de dívidas. No futuro, com um possível maior uso da energia nuclear pelo mundo, talvez o Brasil saia no lucro, podendo até vender bastante urânio enriquecido para outros países a preços salgados.
Artigo Complementar: O que é uma Bomba de Hidrogênio?
REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
https://www.princeton.edu/~rskemp/Kemp%20-%20Gas%20Centrifuge%20and%20Nonproliferation%20-%20SPLG.pdf
https://fas.org/issues/nonproliferation-counterproliferation/nuclear-fuel-cycle/uranium-enrichment-gas-centrifuge-technology/centrifuges-nuclear-weapon-proliferation/
https://www.nrdc.org/policy-library?f[0]=field_issue_term%3A30&f[1]=field_priority_term%3A44
http://www.nuclearweaponarchive.org/Nwfaq/Nfaq4-1.html#Nfaq4.1.7.1
http://www.exportcontrols.org/centrifuges.html
http://www.world-nuclear.org/information-library/nuclear-fuel-cycle/conversion-enrichment-and-fabrication/uranium-enrichment.aspx#.UWrver-IRAs
https://www.iaea.org/
https://web.archive.org/web/20080303234143/http://www.uic.com.au/reactors.htm
http://www.cnfc.or.jp/e/proposal/reports/index.html
http://www.nti.org/analysis/articles/brazils-nuclear-ambitions/


Fonte: