A deficiência de vitamina D está relacionada a várias doenças. Os trabalhos mostram que baixos níveis dessa vitamina se relacionam a doenças autoimunes, doença inflamatória intestinal, infecções bacterianas e virais, doenças cardiovasculares, câncer e doenças neurodegenerativas. Alguns pesquisadores, inclusive, defendem a classificação da vitamina D como hormônio por se tratar de um ativo derivado do colesterol com cascata de ativação que inclui precursores, receptores e um conjunto de enzimas próprias. Idosos, crianças, gestantes e mulheres amamentando, negros e obesos têm maior chance de desenvolver deficiência de vitamina D.
A vitamina D é classicamente denominada a vitamina do sol. A exposição solar leva a nossa pele a iniciar uma séria de reações bioquímicas que culminam com a produção da vitamina D ativa (calcitriol). No entanto, usar produtos químicos na pele, como protetor solar ou bronzeador, impedem que essas reações aconteçam. O ideal seria que uma pessoa se expusesse, por pelo menos trinta minutos por dia, com a maior superfície corpórea descoberta, e não se lavasse por até trinta minutos depois dessa exposição para que ocorra a conversão na pele e níveis mínimos aceitáveis no sangue. O melhor horário seria ao meio-dia por questões relacionadas à luz solar, mas a exposição pode ser feita no começo da manhã ou no final da tarde.Alguns alimentos também podem ser naturalmente fonte dessa vitamina, como bacalhau, salmão selvagem e ovos. Por outro lado, a indústria alimentícia já usa vitamina D para enriquecer alguns compostos.
Além disso, existe a suplementação de vitamina D prescrita por médico através da utilização de diferentes excipientes (cápsula, gota, comprimido sublingual ou injeção).
Muito se debate sobre os valores séricos (o dosado no sangue) normais para vitamina D. Atualmente, valores acima de 30 ng/mL são considerados normais. No entanto, muitas pesquisas têm sido feitas aceitando níveis bem mais elevados. Por exemplo, nos trabalhos que acompanham pessoas com esclerose múltipla, e que são tratadas com altas doses de vitamina D, os níveis séricos chegam a 100ng/mL sem qualquer prejuízo. Já é uma tendência internacional considerar o nível ótimo entre 50-80ng/mL. Para crianças, os valores considerados normais seriam os mesmos.
Se a pessoa fica gripada ou resfriada com frequência pode ser um sinal de deficiência de vitamina D, assim como alterações na concentração e no humor, fácil irritabilidade, fraqueza e alterações do sono. Por ser uma vitamina que regula vários sistemas no nosso corpo, os sinais e sintomas variam de pessoa para pessoa. O exame mais acurado envolve dosar a vitamina D (na forma de 25-hidroxivitamina D3 – calcidiol) no sangue. Alguns medicamentos interferem na absorção e utilização da vitamina D, como antiácidos, corticóides, laxativos e quimioterapia. A ingestão de bebidas alcóolicas também causa essa interferência. Portanto, é recomendável que os usuários desses medicamentos e os que ingerem etílicos fiquem ainda mais vigilantes quanto ao nível sérico de vitamina D3.