domingo, 1 de outubro de 2017

Marina x Bolsonaro




Iriam Para O Segundo Turno Em Eleição Sem Lula

  • 01/10/2017

Da: Folha


A um ano das eleições de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança da corrida presidencial com vantagem expressiva sobre os principais adversários, segundo uma nova pesquisa do Datafolha.
Realizado na quarta (27) e na quinta (28), o levantamento mostra que o petista conservou sua força eleitoral mesmo após ser condenado em um dos processos que enfrenta na Justiça —decisão que poderá impedi-lo de concorrer em 2018 se for confirmada em segunda instância.
As menções espontâneas a Lula como o preferido aumentaram de 15% para 18% desde junho, segundo o Datafolha. Na pesquisa estimulada, em que são exibidos cartões com os nomes dos candidatos, Lula lidera em todos os cenários em que participa, com pelo menos 35% das intenções de voto.
A taxa de rejeição ao ex-presidente caiu nos últimos três meses. Segundo o Datafolha, 46% dos eleitores disseram em junho que não votariam em Lula de jeito nenhum. Agora, 42% têm essa opinião.
O petista foi condenado em julho pelo juiz Sergio Moro a nove anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex de Guarujá (SP). Em setembro, ele foi acusado de corrupção pelo ex-ministro Antonio Palocci, que negocia acordo de delação premiada.
O Datafolha fez 2.772 entrevistas em 194 cidades. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Nos cenários em que está no páreo, Lula tem o dobro de intenções de voto do segundo colocado, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Oscilando entre 16% e 17%, Bolsonaro aparece empatado com Marina Silva (Rede), que varia entre 13% e 14%.
Os dois nomes que aparecem na disputa pela indicação do PSDB, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria, têm desempenho igual quando confrontados com Lula, Bolsonaro e Marina, alcançando 8% das intenções de voto. Nos cenários em que ambos concorrem, o que poderá ocorrer se um dos dois trocar de partido, Alckmin e Doria ficam empatados.
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SIMULAÇÕES DE 1º TURNO, EM % Cenários de intenção de voto para a Presidência mostram a liderança de Lula 1 outubro de 2017
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Simulações de 2º Turno, em % Datafolha
Doria, que nos últimos meses viajou a vários Estados num esforço para aumentar sua visibilidade fora de São Paulo e elevar suas chances, conseguiu tornar-se mais conhecido do eleitorado, mas viu sua taxa de rejeição aumentar de 20% para 25% entre junho e setembro. A de Bolsonaro também subiu no período, de 30% para 33%.
Nas simulações de segundo turno, Lula ampliou sua vantagem sobre os principais adversários, inclusive Marina, com quem aparecia tecnicamente empatado. O único que ainda empata com ele nesses cenários é o juiz Moro, que diz não ter interesse em disputar a eleição.
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SIMULAÇÕES DE 1º TURNO, EM % Cenários de intenção de voto para a Presidência mostram a liderança de Lula 1 outubro de 2017
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SIMULAÇÕES DE 1º TURNO, EM % Cenários de intenção de voto para a Presidência mostram a liderança de Lula 1 outubro de 2017
ALTERNATIVA
Lula poderá ser impedido de concorrer se sua condenação for mantida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que julgará o recurso contra a sentença de Moro. O Datafolha indica que muitos eleitores não veem alternativa a Lula e tendem a votar em branco ou anular quando ele não aparece entre as opções.
Nos cenários sem o petista, Marina assume a liderança da corrida, variando entre 17% e 23%, com pequena vantagem sobre Bolsonaro.
Apesar da força exibida por Lula, os números do Datafolha mostram que sua capacidade de transferir votos diminuiu desde a eleição de 2014, quando ele ajudou a reeleger Dilma Rousseff. Só 26% dizem que votariam com certeza em alguém apoiado por Lula. Em 2014, 37% pensavam assim.
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SIMULAÇÕES DE 1º TURNO, EM % Cenários de intenção de voto para a Presidência mostram a liderança de Lula 1 outubro de 2017
ESQUERDA
As duas apostas da esquerda para ocupar o lugar do ex-presidente Lula se ele ficar fora da eleição de 2018 aparecem na pesquisa do Datafolha com desempenho fraco.
O ex-governador Ciro Gomes (PDT) vai de 7% a 10% nos cenários sem Lula.
O ex-prefeito Fernando Haddad (PT), apontado como favorito entre os petistas, alcança 3% no cenário mais favorável para ele.
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Datafolha Rejeição no 1º turno

"Só quem atravessa ao menos cinco décadas de vida pode entender."



Agora ninguém mais lhe ataca, só o tempo – em vez de brigar contra ele, alie-se a ele, tome o tempo todo para si.

sábado, 30 de setembro de 2017

Meu Deus que mensagem profunda



Vivemos numa sociedade artificial, que só pensa em resolver algum problema, quando este lhe incomoda de perto.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Planilha Apreendida Na Casa De Lula Não Registra O Aluguel De Apartamento




Deu em O Tempo
(Agência Estado)



No mesmo baú de arquivos da família de ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no qual a defesa do petista informou ter localizado os 26 recibos (alguns com erros de datas) que comprovariam os pagamentos do aluguel do apartamento 121, do Edifício Hill House, que a operação Lava Jato afirma ser propriedade oculta do ex-presidente, a Polícia Federal apreendeu um controle de “Contas Mensais 2º Sem. 2011” que não registra despesas com a locação do imóvel.

A força-tarefa acusa Lula de ter recebido o apartamento, comprado por R$ 504 mil em 2010, como propina da Odebrecht, em operação de lavagem de dinheiro feita pelo advogado Roberto Teixeira e pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigos do petista Para isso, usaram como laranja o primo de Bumlai, Glaucos da Costamarques.
O PROCESSO – A compra do apartamento 121 – que é vizinho ao 122 em que Lula reside e é dono -, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, é objeto do segundo processo criminal em que o petista será julgado pelo juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato, em Curitiba – a sentença deve sair antes do final do ano. O ex-presidente já foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão em junho.
Neste processo, além dos R$ 504 mil de propinas supostamente recebidos em forma de doação dissimulada do apartamento, Lula e Teixeira são réus acusados de corrupção e lavagem de dinheiro pela compra de um imóvel de R$ 12 milhões, em São Paulo, para ser a sede do Instituto Lula – a operação acabou sendo abortada. Ambos os negócios estão relacionados à propinas supostamente pagas pela Odebrecht por contratos com o governo, em especial, na Petrobras.
Para comprovar que não é dono do apartamento, mas sim locatário, Lula entregou na semana passada à Justiça, por meio de sua defesa o contrato feito entre Dona Marisa Letícia (que morreu em fevereiro) e Glaucos Costamarques, datado de fevereiro de 2011 – e que já estava no processo – e 26 recibos de pagamentos de aluguel.
O material foi entregue pelo advogado do petista Cristiano Zanim Martins – genro de Teixeira. Um dos recibos é de agosto de 2011 no valor de R$ 3.500,00.
CONTRADIÇÕES – A juntada dos documentos ocorreu após o juiz Sérgio Moro cobrar de Lula, em audiência no dia 13, a não localização dos comprovantes e de Glaucos declarar, no dia 6, que até novembro de 2015 não havia recebido um centavo da família Silva. No material há dois com datas que não existem no calendário.
No documento encontrado pela PF na casa de Lula, no dia 4 de março de 2016, quando ele foi alvo da 24ª fase da Lava Jato – e conduzido coercitivamente para depor -, não aparecem despesas de aluguel relacionadas ao apartamento 121.
Há, no entanto, os registros de despesas “Cond. Hill House – Apto 121” no valor de R$ 1.154,00, bem como a do “Cond. Hill House 122”, no valor de R$ 1.100,00. Há ainda despesas da “Eletropaulo Apto 121” e “Eletropaulo Apto 122”, respectivamente de R$ 200 e R$ 250.
OCULTAÇÃO –  Para o MPF, o contrato de locação e os recibos apresentados por Lula são falsos e visam dar aparência de legalidade à operação de lavagem de dinheiro.
A Lava Jato quebrou os sigilos bancários de Lula, de Dona Marisa e de Glaucos Costamarques e “não foram encontrados registros de pagamentos” feitos para o suposto “laranja”.
Só à partir de novembro de 2015, quando Glaucos afirmou ter sido informado por Teixeira que passaria a receber aluguel, é que a Lava Jato identificou nos extratos bancários do laranja “depósitos em dinheiro em seu favor em valores compatíveis com o suposto aluguel”.
EM CONCLUIO – A acusação do MPF nesse processo diz que Lula, dona Marisa (que deixou de figurar no processo após a morte), Glaucos e Teixeira agiram “em conluio” e “dissimularam a origem, disposição, movimentação e propriedade de R$ 504.000.00, provenientes, direta e indiretamente, dos crimes de organização criminosa, cartel, fraude à licitação e corrupção praticados pelos executivos do Grupo Odebrecht”, na Petrobras.
Em depoimento a Moro, Glaucos disse no dia 6 que passou a receber os alugueis do apartamento só em novembro de 2015 – mesmo mês em que Bumlai foi preso pela Lava Jato. Mas que de 2011 a 2015 lançou nas declarações de Imposto de Renda os recebimentos, em consonância com os registros de pagamentos lançados nas declarações de Lula.
Após a entrega dos recibos pela defesa de Lula, Glaucos disse por meio de seus advogados que os documentos foram assinados por ele no mesmo dia, em novembro de 2015, quando Teixeira o teria informado que passaria a pagar os alugueis.

Malas De Dinheiro De Geddel Foram Entregues Próximo A Empresa De Temer




  • 29/09/2017
Pelo menos uma das malas de dinheiro encontradas no “bunker” do ex-ministro Geddel Vieira Lima pode ter ligação direta com Michel Temer; um aliado de Geddel  afirmou à Polícia Federal ter recebido uma mala de dinheiro destinada ao político baiano; ele contou para a polícia que, por orientação de Geddel, se encontrou com um homem “moreno” num local que a polícia suspeita que seja o Hotel Clarion Faria Lima, na rua Jerônimo da Veiga, no bairro do Jardins, e que caminhou por alguns minutos com ele até um escritório próximo, onde foi feita a entrega da mala; o hotel  fica a apenas 300 metros de um endereço de uma empresa de Temer, a Tabapuã Investimentos e Participações, que fica na rua Pedroso Alvarenga; além de ser do mesmo partido, Geddel é amigo de longa data de Temer, de quem foi ministro da articulação política; também na mesma região, a 290 metros do hotel, fica um escritório de Yunes, também amigo de Temer e que trabalhou no governo até pouco tempo atrás
O dinheiro encontrado no “Bunker” do ex-ministro Geddel Vieira Lima pode complicar Michel Temer.

Preso no mesmo dia em que o esconderijo foi encontrado, Gustavo Ferraz admitiu que esteve em São Paulo para buscar uma mala de dinheiro para Geddel. A polícia encontrou a digital de ambos em plásticos que envolviam o dinheiro.
No depoimento dado aos investigadores, porém, ele disse não se recordar de valores, do local exato ou da feição detalhada da pessoa que lhe repassou o dinheiro. Ele afirmou estar disposto a colaborar com os investigadores, admitiu ter ido buscar valores para o ex-ministro, preso no presídio da Papuda, em Brasília.
Ferraz contou para a polícia que, por orientação de Geddel, se encontrou com um homem “moreno” num local que a polícia suspeita que seja o Hotel Clarion Faria Lima, na rua Jerônimo da Veiga, no bairro do Jardins.
Segundo Ferraz relatou, ele caminhou com esse homem por cerca de duas quadras em direção a um escritório. “Essa pessoa a levou até um dos escritórios do prédio, sem identificação externa”, afirmou, conforme consta no termo de depoimento.
(…)
O hotel Clarion Faria Lima fica a apenas 300 metros de um endereço de uma empresa de Temer, a Tabapuã Investimentos e Participações, que fica na rua Pedroso Alvarenga.
Além de ser do mesmo partido, Geddel é amigo de longa data de Temer, de quem foi ministro da articulação política. Também na mesma região, a 290 metros do hotel, fica um escritório de Yunes, também amigo de Temer e que trabalhou no governo até pouco tempo atrás.
As informações são de reportagem de na Folha de S.Paulo.


Por Aguiasemrumo:Romulo Sanches de Oliveira.

É como eu sempre digo: Político, Representante na vida pública corrupto e demais Instituições devem ser enxergados com o mesmo ódio e repulso que enxergamos os assassinos, estupradores ou os pedófilos. Pois é isso que eles são, a escória da humanidade. Suas ações corruptas dão inicio a acontecimentos trágicos para a nossas vidas, a criança, a idosa que morre de fome, Os animais domésticos que são membros da família que passam por todas as dificuldades em um país prospero como o nosso, foi porque um vagabundo desses surrupiou milhões para sua conta. A idosa que morre na fila de um hospital por falta de médicos, leitos e remédios foram porque um vagabundo desses meteu a mão nos cofres públicos. A mulher que é estuprada na esquina por falta de uma viatura policial foi porque um político patife desviou milhões para sua conta fantasma no exterior, para comprar carrões, iates e joias caras para sua prostituta de luxo. Eles são a causa primária desse degradante efeito borboleta.. Político corrupto é o pior bandido que possa existir na face da terra. Suas atitudes decidem o que será de nossas vidas, o que será de nosso país?





PF DESCOBRE QUE O BANCO SANTANDER ESTÁ ENVOLVIDO EM UM ESQUEMA MILIONÁRIO DE CORRUPÇÃO




  • 29/09/2017
A Procuradoria da República do Distrito Federal apresentou nesta sexta-feira denúncias envolvendo o banco Santander e outras duas empresas sob a acusação de pagarem ou negociarem propina com integrantes do Carf (Conselho de Administrativo de Recursos Fiscais).
O órgão, vinculado ao Ministério da Fazenda, julga recursos a multas aplicadas pela Receita Federal e determinadas cobranças de contribuintes que se sentem lesados pela União.


Os procuradores também identificaram crimes cometidos por representantes das empresas Brazil Trading e Qualy Marcas Comércio e Exportação de Cereais. As denúncias são resultado da Operação Zelotes, que mira a compra de sentenças do Carf e de medidas provisórias do governo federal.
O Ministério Público pede a condenação de 23 pessoas por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Ao todo, nos três casos houve pagamento de R$ 4,5 milhões em suborno.
A representação contra o Santander aponta, segundo a investigação, para a negociação de pagamentos ilegais que tinham por objetivo livrar o banco de uma multa de R$ 890 milhões. A penalidade era referente irregularidades no imposto de renda e na contribuição sobre o lucro líquido da empresa no período de 1995 a 2000.
O banco apresentou cinco recursos entre os anos de 2000 e 2005 para questionar as cobranças. Embora não tenham comprovado o pagamento de propina, os procuradores sustentam que a prática do crime ficou caracterizada pelo simples oferecimento de vantagem indevida.
“A negociação foi fartamente documentada por meio de conversas telefônicas interceptadas com autorização judicial e de mensagens eletrônicas trocadas entre os acusados”, argumenta a Procuradoria.
O Santander nega a acusação e argumenta que eventuais irregularidades são de responsabilidade dos antigos controladores do banco Bozano, que foi incorporado pelo Santander em 2000.
ESQUEMA
O esquema identificado na Zelotes possuía um roteiro comum a maioria dos investigados. Empresas com pendências no Carf contratavam intermediários–escritórios de advocacia ou de contabilidade– para fazerem a ponte com os conselheiros dispostos a receber valores em troca de votos favoráveis em processo que tramitavam no colegiado.
Já a Qualy Marcas, Comércio e Exportação de Cereais desembolsou R$ 4,5 milhões de suborno, de acordo com o Ministério Público.
Para os procuradores, corrompendo conselheiros, a empresa conseguiu uma decisão do Carf para receber R$ 37,6 milhões. O montante era relativo a um crédito tributário gerado por mudanças de planos econômicos e da moeda do País na década de 90. O processo transcorreu por 11 anos no Conselho.
A investigação mostrou que uma conselheira chegou a mudar seu parecer para beneficiar a Qualy. O voto que garantiu a vitória à exportadora foi elaborado pelos participantes do esquema.
“Após ter se posicionado contra o recebimento de um dos recursos apresentados pela empresa, ela não só mudou de opinião como foi relatora do processo na votação seguinte, quando apresentou um parecer favorável à empresa”, afirmam os procuradores.
Outro elemento da apuração chamou a atenção dos investigadores. Em uma mensagem um conselheiro agradece a um parceiro de negociata: “Obrigado pelos vinhos, vou apreciar em situações especiais”.
O texto foi enviado no mesmo dia em que os um dos intermediários contratados pela Qualy recebeu um repasse financeiro da empresa.
A denúncia contra a Brazil Trading contém provas de quem um outro conselheiro recebeu R$ 37,5 mil para votar conforme interesses da empresa num processo em que se discutia uma cobrança de R$ 568 mil contra a companhia.
Na tentativa de camuflar o suborno, “foi firmado um contrato de prestação de serviços entre a Brazil Trading e o escritório do qual o conselheiro é sócio”, acrescenta a Procuradoria.
OUTRO LADO
Procurado na noite desta sexta-feira, o Santander afirma que “não é parte investigada na Operação Zelotes, tampouco tem ciência ou foi citado em ação relacionada ao caso” e acrescenta que tomou conhecimento da denúncia por meio da imprensa.
“A instituição acrescenta que eventuais processos de origem anterior à compra do banco Bozano não são de responsabilidade do Santander, e sim da Companhia Bozano”, argumentou em nota oficial enviada pela assessoria de imprensa.

Jonas, Que Vendia Sentenças No TCE/Rio, Se Aposenta Com Salário De R$ 30,4 Mil



  • 29/09/2017
A presidente interina, Marianna Montebello Willeman, do Tribunal de Contas do Estado do Rio, aposentou, ‘a pedido’, o conselheiro Jonas Lopes de Carvalho Júnior, acusado pelo Ministério Público Federal por venda de sentença. Delator na Operação Descontrole, desdobramento da Lava Jato, Jonas Lopes confessou o recebimento de propinas na Corte de contas. O ex-conselheiro e ex-presidente do Tribunal vai receber uma aposentadoria de R$ 30,4 mil.
A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira, 28. Além de aposentar Jonas Lopes, a presidente do TCE dissolveu o gabinete do conselheiro ‘em função da perda de sua titularidade’. Estavam locados no gabinete 14 servidores.


“Com a consequente exoneração dos servidores ocupantes de cargo comissionado, devolução dos servidores cedidos aos respectivos órgãos de origem e relotação dos servidores efetivos”, determinou Marianna Montebello Willeman.



A delação de Jonas Lopes levou à deflagração da Operação O Quinto do Ouro em março deste ano. Na ocasião, conselheiros do TCE foram presos e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB) foi levado coercitivamente para depor.
Em agosto, Jonas Lopes e outros quatro investigados foram denunciados por envolvimento em esquema de venda de decisões da Corte de contas, com a participação de outros conselheiros perante o Superior Tribunal de Justiça. Com a aposentadoria, a acusação do Ministério Público Federal deverá ser remetida para a Justiça Federal do Rio.
A denúncia apontou corrupção em três períodos sucessivos (2000 a 2006, 2007 a 2010 e 2011 a 2016), lavagem de dinheiro e evasão de divisas, além de associação criminosa. Também foram denunciados Jonas Lopes de Carvalho Neto, Jorge Luiz Mendes Pereira da Silva, Álvaro José Galliez Novis e Edimar Moreira Dantas.
Esses crimes, afirma a acusação, ‘renderam vasta quantidade de dinheiro em espécie, que foi repartida entre os participantes em encontros realizados na sala da presidência do TCE, mediante a entrega de envelopes e pastas contendo os valores ilícitos’.
Durante cerca de 17 anos, segundo a Procuradoria, conselheiros de contas ‘estruturaram um ajuste criminoso de solicitação e recebimento de vantagens indevidas, oferecidas por interessados em processos submetidos a análise da Corte’.
A denúncia apontou que os valores serviram para determinar avaliações menos rigorosas nos processos submetidos a julgamento da Corte. O Ministério Público Federal afirma na acusação que há provas ‘de que parte do dinheiro foi ocultada em conta mantida no exterior e outra convertida em animais bovinos e terras rurais, como forma de dissimular a natureza criminosa dos ativos’.