sábado, 22 de julho de 2017

Delação de Marcos Valério atinge FHC, Lula e Aécio





Colaboração do publicitário com a PF incorpora 60 anexos que haviam sido rejeitados pela Procuradoria-Geral da República e pelo Ministério Público de Minas Gerais






POLÍTICA COLABORAÇÃOHÁ 7 HORASPOR FOLHAPRESS


O acordo de delação firmado entre o publicitário Marcos Valério e a Polícia Federal, que detalha um esquema conhecido como mensalão tucano, também atinge os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP), além dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).


Segundo a reportagem apurou, a colaboração com a PF incorpora 60 anexos (relatos de supostas irregularidades) que haviam sido rejeitados pela Procuradoria-Geral da República e pelo Ministério Público de Minas Gerais. O novo acordo ainda ampliaria a lista de implicados.
A delação, assinada neste mês, foi enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) e depende de homologação. Não está claro quais episódios serão considerados pela PF.
Valério escreveu a delação à mão na prisão e teve os anexos posteriormente digitados. Condenado a mais de 37 anos de prisão pelo mensalão petista, Valério também é réu acusado de operar desvios por meio de suas agências de publicidade, a SMP&B e a DNA Propaganda, para financiar a fracassada campanha de reeleição do então governador mineiro, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998.
Uma planilha assinada por Valério aponta que a campanha recebeu cerca de R$ 10 milhões (o equivalente a aproximadamente R$ 33 milhões hoje) em desvios de estatais como Cemig, Copasa, Furnas, Petrobras e Banco do Brasil.
O documento, com data de 1999, foi entregue à PF. O relatório aponta ainda que quase R$ 48 milhões (cerca de R$ 159 milhões atuais) foram obtidos via empréstimos, especialmente com o Banco Rural. As dívidas, segundo os anexos, seriam quitadas por construtoras, como a ARG e a Andrade Gutierrez.
Segundo o publicitário, o esquema de empréstimos fraudulentos do Banco Rural e um repasse de R$ 1 milhão da Usiminas via caixa dois beneficiaram as campanhas de FHC (1998), Aécio (2002) e Serra (2002). A siderúrgica foi usada também na eleição de Lula, em 2002, conta Valério.
Um anexo afirma que Serra atuou, após perder a eleição presidencial de 2002, para resolver pendências do Banco Rural e, em troca, teve R$ 1 milhão de dívidas de campanha pago pelo banco por meio da SMP&B.
PROPINA
Valério relata, nos 60 anexos, pagamento de propina em troca da obtenção de contratos para suas agências.
Durante o governo FHC, diz, a DNA repassou a Aécio 2% do faturamento do seu contrato com o BB, que havia sido arranjado pelo senador com o aval do ex-presidente.
O publicitário afirma que, no governo Lula, pagava R$ 50 mil por mês ao ex-ministro José Dirceu (PT) pela publicidade dos Correios. A troca de favores teria se repetido na Câmara dos Deputados, no Ministério dos Esportes e na Assembleia de Minas.Valério afirmou ainda que Aécio se encontrou, em Belo Horizonte, com a diretoria do Banco Rural e com os então deputados Eduardo Paes (PMDB-RJ) e Carlos Sampaio (PSDB-SP), da CPI dos Correios, de 2005, para blindar Azeredo.
Em outra CPI, a do Banestado, de 2003, o Banco Rural, segundo Valério, repassou R$ 500 mil a parlamentares por meio do deputado federal José Mentor (PT-SP).
MENSALÃO
Os 60 anexos iniciais de Valério narram que o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, foi nomeado pelo ex-presidente para ser o contato com a SMP&B em meio à crise do mensalão, em 2005, e acertou um pagamento de R$ 5 milhões via Andrade Gutierrez para a defesa de alguns réus.
Valério diz que, junto com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, articulou um encontro entre o banqueiro Daniel Dantas e o ex-ministro Antonio Palocci para resolver problemas do Grupo Opportunity com o governo Lula.
Em troca, a Brasil Telecom, controlada pelo grupo, contratou serviços superfaturados do publicitário Duda Mendonça por R$ 12 milhões.
OUTRO LADO
A defesa do ex-governador de Minas Eduardo Azeredo (PSDB-MG) afirma que não irá fazer comentários sem ter acesso à delação.
Alberto Toron, advogado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), diz que as acusações de Marcos Valério são falsas. Ele argumenta que o contrato da DNA Propaganda, de Valério, com o Banco do Brasil foi firmado em 1994, antes do governo Fernando Henrique Cardoso.
"O próprio Ministério Público, em outras oportunidades, reconheceu e descartou as inverdades dos discursos proferidos pelo senhor Marcos Valério", diz.A assessoria do ex-presidente FHC afirma que ele desconhece a delação e qualquer pagamento de caixa dois.
A assessoria do Instituto Lula afirma que, desde 2012, Valério faz acusações sem provas contra o PT e o ex-presidente. Diz ainda que todas as investigações foram arquivadas pelo MP e que Paulo Okamotto não irá comentar suposições de delações.
O advogado de José Dirceu, Roberto Podval, diz que dar credibilidade a Valério é "desacreditar o próprio instituto da delação".
O deputado José Mentor (PT-SP) afirmou não ter conhecimento da delação e que "não tratou de qualquer assunto da CPI do Banestado com Valério".
A assessoria do Banco Opportunity afirma que Daniel Dantas não se encontrou com o ex-ministro Antonio Palocci. "Delúbio Soares pediu ao Opportunity que o ajudasse a pagar dívidas do PT, o que foi rejeitado."
Segundo a assessoria, Duda Mendonça fez a publicidade da Brasil Telecom GSM, empresa de celular.
A defesa de Duda Mendonça preferiu não se manifestar. A defesa de Delúbio afirma que não teve acesso à delação e que o ex-tesoureiro do PT nunca cometeu ato ilegal.
A assessoria da Andrade Gutierrez afirma que a empresa não vai comentar a delação. A reportagem não conseguiu contato com o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) e o ex-ministro Antonio Palocci. Com informações da Folhapress.

"Trump cumpriu promessa de colocar Washington de cabeça para baixo"



Internacional

Entrevista - Gwenda Blair



por Deutsche Welle — publicado 22/07/2017 00h50, última modificação 21/07/2017 13h33
Para biógrafa de Trump, em seis meses o presidente só conseguiu bagunçar o governo, mostrando incapacidade de concluir qualquer coisa


Saul Loeb/AFP
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"Acredito que ele tenha trazido sua experiência empresarial para a Casa Branca, mas ele a tem usado em seu nome"


Por Michael Knigge
Em 20 de janeiro de 2017, Donald Trump e suas promessas polêmicas chegaram à Casa Branca. Passados seis meses, engana-se quem acha que o presidente mudará de estilo, afirma Gwenda Blair, professora de Jornalismo da Universidade de Columbia e autora de dois livros sobre Trump - Trumps: Three generations that built an empire (Trumps: três gerações que construíram um império) e Donald Trump: Master Apprentice (Donald Trump: aprendiz-mestre).

A escritora alerta que o presidente americano continuará fiel a seu estilo de controverso homem de negócios, apesar de, segundo ela, "não ter conseguido concluir nada" em seu primeiro semestre no poder.

"A única coisa que cumpriu é aquilo que prometeu, que iria fazer uma grande bagunça em Washington e colocar tudo de cabeça para baixo", ressalta, acrescentando que a base do presidente não parece infeliz.
Deutsche Welle: O presidente Donald Trump está no cargo há seis meses e é justo dizer que esse foi um semestre bastante turbulento. Como seu biógrafo, a senhora tem um conhecimento mais profundo de Trump do que o público em geral. A senhora esperava que as coisas acontecessem da maneira que aconteceram ou os primeiros seis meses de Trump na presidência foram uma surpresa?
Gwenda Blair: Em uma palavra: não. Eu não digo que tenho uma bola de cristal, mas não acho que alguém precisava de uma. O tipo de proposta que ele fez foi que levaria sua experiência empresarial para a Casa Branca. E as pessoas pensavam que isso significava que ele iria usar isso em nome do país.
Acredito que ele tenha trazido sua experiência empresarial para a Casa Branca, mas ele a tem usado em seu nome. Ele tinha um negócio de construção de marca com fins lucrativos e agora fez da Casa Branca uma operação de construção de marca com fins lucrativos. E, desse modo, não acho que seja surpreendente.
DW: Uma característica marcante da presidência de Trump até agora é a confiança que ele deposita nos membros da família para conduzir a Casa Branca, de modo parecido com o que eles ajudaram a levar adiante a campanha do republicano. Seus laços estreitos com os membros da família têm causado problemas políticos e legais para Trump, mais recentemente quando foi revelado que seu filho se encontrou com uma advogada russa durante a campanha. Mas Trump até agora sempre defendeu a família. A senhora vê alguma coisa que possa fazer com que se distancie de seus familiares?
GB: Eu acho que essa poderia ser a única crise verdadeira para ele que venha a surgir em sua presidência. Ele achava que poderia administrar a Casa Branca e o país como um negócio. Em que você diz às pessoas para fazer as coisas, e elas fazem. Mas acontece que ele está enfrentando um Congresso com 535 pessoas que têm suas bases de poder próprias. Eu acho que isso foi e continua sendo um choque para ele.
Mas, considerando jogar alguém chamado Trump ou alguém casado com alguém chamado Trump para baixo de um ônibus – isso poderia ser uma verdadeira crise. Mas, até agora, eu não acho que, no que diz respeito a ele, tem havido qualquer crise. Ele move as metas e redefine os objetivos constantemente, por exemplo, no que diz respeito ao sistema de saúde, e diz: "Isso é o que eu quis dizer. Por que isso não é um sucesso?"
DW: Outra característica do começo de seu mandato é uma aparente falta de fortes convicções políticas, mesmo em questões cruciais, como alterações climáticassaúde ou relações transatlânticas e, em vez disso, um foco em fazer negócios, mesmo sem resultados claros em mente e correndo risco de alienar parceiros e membros do gabinete. A senhora pode explicar esta característica de Trump?
GB: Ele passou a vida inteira sendo extremamente competitivo e absolutamente focado em vencer. Tudo o que importa é ganhar ou perder, e ele sempre irá ganhar. E se você não pode vencer de uma maneira, você vence de outra.
Logo no início de sua carreira, em seu primeiro grande projeto com seu nome, quando ele vendia condomínios na Trump Tower, em Nova York, ele ficou muito infeliz com o fato de que um modelo em escala do prédio da General Motors ao lado era mais alto do que a Trump Tower.
Então, ele queria fazer a Trump Tower mais alta no modelo em escala, mas a mulher responsável pelas vendas disse: "O senhor não tem permissão para fazer isso." Então, o que ele fez foi tornar a outra construção mais baixa. Ele não podia fazer seu edifício mais alto, mas a outra construção mais baixa. Ele teve permissão para fazer isso. O que resume bem a forma como tudo é feito.
DW: Alguns de seus defensores argumentaram que Trump é um novato político e precisa de tempo para se adaptar a seu novo papel como presidente. Com Trump no cargo há seis meses, a senhora espera que ele mude de comportamento?
GB: Nem um pouco, nem um pouco. Um novato político? Ele tem 71 anos e tem sido um cidadão deste país por, creio eu, todos seus 71 anos. Todos nós aprendemos em aulas de educação cívica que há três ramos do governo, freios e contrapesos, e que você tem que tentar fazer acordos.
Mas isso não é o que ele fez nos seus negócios. Nos negócios, ele iria receber a pessoa na sala, obter o máximo que pudesse e deixar para ela o mínimo possível. Então, por que ele mudaria? Eu não vejo isso acontecendo.
Ele também tem uma base suficientemente grande e a única coisa que cumpriu é aquilo que prometeu, que iria fazer uma grande bagunça em Washington e colocar tudo de cabeça para baixo. A base dele não parece infeliz.
DW: Já que a senhora diz que devemos nos preparar, porque as coisas vão continuar da maneira que têm sido, qual o seu conselho sobre como lidar com o presidente Trump?
GB: Eu acho que a mídia e o país precisam manter duas coisas em mente. Sigam seus tuítes e suas distrações, porque eles têm que ser seguidos para serem respondidos, mas nunca tirem os olhos do restante que está acontecendo no Congresso, em outras partes do Executivo, e nunca percam o controle sobre estes. Ele não está chegando a lugar algum legislativamente, mas uma enorme quantidade de coisas está acontecendo em todo o resto do governo federal, que é muito grande.
DW: E, finalmente, se a senhora tivesse que nomear os três incidentes mais significativos durante os primeiros seis meses de Trump no cargo, quais seriam eles?
GB: No momento, algumas coisas que poderiam ser itens para um livro de história são a demissão de [James] Comey [ex-diretor do FBI], algo muito, muito impactante, e seu apoio insistente a figuras autocráticas, incluindo [o presidente russo, Vladimir] Putin principalmente, mas não apenas ele, além de sua incapacidade de concluir qualquer coisa.
registrado em: Donald Trump EUA

A Salvação De Temer Custará R$ 300 Bilhões Aos Brasileiros





A salvação de Temer, acusado de corrupção, além dos prejuízos políticos para o país, tem um custo econômico altíssimo. Os R$ 11 bilhões em aumento de impostos anunciados essa semana já são reflexos do uso indevido e irresponsável da máquina pública que Temer faz para comprar votos na Câmara e tentar se salvar.
A estimativa inicial que se faz, por baixo, é que o valor que está em jogo chega próximo aos R$ 300 bilhões. Isso mesmo, R$ 300 bilhões! E essa quantia pode ser ainda maior até o dia 2 de agosto, data da votação


Primeiro foram os 2 bilhões em emendas para comprar votos na Câmara. Depois, a sanção da lei que regulariza terras públicas ocupadas ilegalmente por grandes fazendeiros na Amazônia, em atendimento à bancada ruralista. Segundo cálculo da ONG Imazon, isso representa uma perda de pelo menos R$ 19 bilhões de patrimônio público.
Nos últimos dias, como já mencionado, veio o aumento dos impostos. E agora, o governo se debruça sobre a proposta que prevê R$ 220 bilhões em perdão de dívidas (Refis) para os grandes sonegadores do país, incluindo muitos parlamentares que são donos de empresas. Esse instrumento certamente será usado como moeda de troca para que Temer dê continuidade ao seu plano de compra de votos.
Além disso, no pacote de Temer, há também a MP do Funrural, que soma mais R$ 26 bilhões, e a promessa para acelerar a tramitação do projeto que libera a venda de terras para o capital estrangeiro no Brasil, atendendo a mais uma demanda da bancara ruralista no Congresso.
Apenas nesta operação, para se salvar, adiar sua prisão e de seus assessores próximos, como Moreira Franco e Eliseu Padilha, Michel Temer está repassando uma conta para o país de quase R$ 300 bilhões

Mulher De Sérgio Moro Se Cansa E Revela Seu Maior Segredo








Da Redação 22/07/2017


O juiz federal Sérgio Moro é um dos nomes mais festejados da Justiça brasileira. Sérgio Moro luta contra a corrupção no poder público, e, consequentemente, contra inúmeros políticos. O último deles a ser condenado pelo juiz foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT). O protagonista da vida no Brasil é muito bem casado. Sua mulher é a advogada Rosangela Maria Wolff de Quadros Moro. Por ser mulher de Moro, Rosangela logo atraiu também a fama para ela. Isso não foi tão bom quanto muitos imaginam. Wolff usa até mesmo escolta particular para ir aos mais diversos locais, em plenos 43 anos.
Rosangela Moro: ‘Eu me recusei a ser só a mulher do juiz’
Rosangela deu uma entrevista à revista Veja e disse que se recusa a fazer papel de coadjuvante.


Ela não quer ser só a esposa de Sérgio Moro. Advogada tributarista, a profissional defende hoje empresas do terceiro setor. Ela tem cuidado, inclusive, com as pessoas que vai apertar a mão. Isso porque muitos desistem de enviar os caso jurídicos para ela ao saberem quem é o marido da advogada. Rosangela fala que não atua na sombra do marido e conta um grande segredo do juiz da federal, sobre como conheceu.
Segredo revelado: mulher de Moro diz como conheceu o juiz da Lava Jato
A forma como os dois se apaixonaram é curiosa. Mesmo muito novo, Sérgio deu aulas de Direito Cinstitucional para a esposa no último semestre da faculdade dela. Ele já era juiz com pouco mais de vinte anos e, ao mesmo tempo, já dava aulas. Rosângela diz que o primeiro sentimento que teve pelo marido foi raiva. Isso porque, enquanto ela queria se divertir e ir para festas, ele se mostrava exigente, solicitando as mais difíceis teses.
A profissional em Direito contou então que teve que estudar o dobrado para conseguir passar e conseguiu.
A paixão, o namoro e o casamento
Rosângela disse que a paixão acabou assim que ela terminou a faculdade e também um antigo relacionamento. Em uma festa entre amigos, a advogada encontrou o professor e eles conversaram sem parar. Na mesma noite, os dois deram o primeiro beijo e já iniciaram o namoro. Demorou apenas um ano para que o juiz federal a pedisse em casamento.
A advogada ainda lembra outros momentos importantes e difíceis da vida deles. Ela disse, por exemplo, que teve que se mudar para uma cidade pequena e tinham que recusar convites de festas por conflitos de interesses. Dessa maneira, ter vida pessoal era difícil. Hoje ela está toda orgulhosa do marido e o apoia. #Sergio Moro #Política

"Toda honra abaixo de Deus seja dada as Mulheres Homem nasce de Mulher!"







noticiasaominuto.com.br
Ex de Luiza Brunet pede fim da Maria da Penha: 'Leizinha vagabunda'
Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira
Toda honra abaixo de Deus seja dada as Mulheres Homem nasce de Mulher!
É fácil. Aprende lidar com Mulher ou vai morar com viado!
Fonte:

Qual o verbo mais importante na comunicação humana?

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Uma nova e impactante revelação sobre o Santo Sudário que poderia confirmar sua autenticidade






 Noticias Internacional,Yahoo Notícias qui, 20 de jul 04:52 BRT 

Trata-se, sem dúvidas, da peça de tecido mais estudada do mundo. Durante séculos o Santo Sudário, ou Sudário de Turim – no qual, segundo a tradição cristã, Jesus foi envolto após ser crucificado – foi objeto de investigações, teorias e escrutínio.
Esquerda: detalhe do Santo Sudário. Direita: uma imagem fotográfica do tecido. Foto: IBT Times
A última investigação conhecida, cujos resultados foram publicados na revista científica norte-americana PlosOne, sustenta a teoria de que o tecido usado como mortalha funerária é verdadeiro.
Elvio Carlino, pesquisador do Instituto de Cristalografia de Bari, na Itália, disse que a peça de três metros de comprimento por um de largura, com uma imagem ligeiramente manchada de um homem que, para os cristãos, representa Jesus, contém minúsculas partículas que revelam um “grande sofrimento” de uma vítima “envolta na mortalha funerária”.
Estas partículas tinham uma “estrutura, tamanho e distribuição peculiares”, acrescentou Giulio Fanti, professor da Universidade de Pádua.
Sudário de Turim. Foto de AP
Em um artigo intitulado “Nova evidência biológica dos estudos de resolução atômica no Sudário de Turim”, os pesquisadores afirmam que o sangue no tecido continha altos níveis de creatinina e ferritina, substâncias encontradas em pacientes que sofrem fortes traumas, como a tortura.
“Estas descobertas só puderam ser reveladas pelos métodos desenvolvidos recentemente no campo da microscopia eletrônica,” esclareceu Elvio.
Ele disse que a investigação marcou o primeiro estudo “das propriedades em nano-escala de uma fibra pura extraída do Manto de Turim”.
A análise foi realizada pelo Instituto Oficial de Materiais em Trieste e pelo Instituto de Cristalografia de Bari, ambos sob a liderança do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, bem como do Departamento de Engenharia Industrial da Universidade de Pádua.
Investigações anteriores asseguravam que o tecido era mais recente – da época medieval – e que a imagem havia sido criada por falsificadores. O fato de que o mesmo está manchado de sangue já é considerado incontestável.
Fanti, um dos estudiosos do sudário, acreditava que a imagem representada na mortalha poderia ter sido resultado de uma explosão de “energia radiante”, como luz ultravioleta, raios X ou correntes de partículas que emanam do próprio corpo humano.
O sudário está atualmente em exibição na Catedral de São João Batista em Turim, na Itália. Durante uma visita à cidade em 2015, o Papa Francisco fez uma pausa e uma oração silenciosa diante do Santo Sudário.