GREVE GERAL
O Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP) exige que CUT, CTB e demais centrais sindicais construam imediatamente uma Greve Geral para derrotar os ataques e o governo Temer.
sexta-feira 24 de março| Edição do dia
Em Assembleia Geral, no dia 22 de março, os trabalhadores da USP aprovaram um carta exigindo que as centrais sindicais, como a CUT e a CTB, construam uma grande e forte greve geral para derrotar as reformas e os ataques do governo Temer contra os trabalhadores.
Marcello Pablito, diretor do Sintusp declarou:
No dia 15 de março nós trabalhadores da USP, junto a estudantes e professores paralisamos nossas atividades. Como parte da luta realizamos um corte de rua, trancando a rua Alvarenga que fica na entrada principal da USP, logo pela manhã. A Tarde tivemos um forte bloco de trabalhadores no Ato na Avenida Paulista.
Assim como estamos em luta contra o governo golpista de Temer que ataca os trabalhadores com a reforma da previdência, a PEC 55 e o PL da terceirzação, estamos também resistindo na universidade a ataques semelhantes disferidos pelo reitor da USP, Marco Antônio Zago e pelo governador Geraldo Alckmin. Exemplo disso foi nossa paralisação e Ato no dia 7 de março contra o que chamamos de PEC do fim da USP em fomos duramente reprimidos pela Polícia Militar a mando da reitoria e do governador. Por isso, aprovamos em assembleia essa exigência, pois é preciso organizar uma grande greve geral para barrar todos os ataques do governo golpista de Temer e de todos os governos
Abaixo publicamos a Carta direcionada às centrais sindicais:
Carta à Centrais Sindicais pela Greve Geral
A paralisação nacional do dia 15 de março deu uma amostra clara da imensa força da classe trabalhadora. A reação do governo Temer e do Congresso Nacional foi fazer uma manobra em relação à reforma da previdência, separando sua implementação sobre os servidores públicos em cada estado e município, para dividir nossa resistência, e ao mesmo tempo acelerar a aprovação dos outros grandes ataques que estão na sua agenda, como o PL da terceirização, já aprovado pela câmara, e a reforma trabalhista.
Frente a isso, e à enorme disposição de luta demonstrada pela classe trabalhadora de todo o país no dia 15 de março, é absurdo que as grandes centrais sindicais estejam deixando ataques tão duros avançarem e ainda não tenham convocado um novo dia de paralisação nacional. CUT e CTB apontam um "dia de mobilização" nada claro para 31 de março, quando está claro para os trabalhadores que a necessidade é "parar tudo". Essas centrais também falam de Greve Geral em abril como uma ameaça vaga, sem data.
Chamamos as centrais sindicais a que comecem a organizar a Greve Geral já, construída com assembleias em todos os locais de trabalho, pois essa auto-organização dos trabalhadores pela base é a única forma de colocar em movimento toda a força da classe trabalhadora brasileira, da qual o dia 15M foi uma amostra, e assim derrotar a reforma da previdência, trabalhista, o PL da terceirização e o governo Temer!
ASSEMBLEIA GERAL DOS TRABALHADORES DA USP
São Paulo, 22 de março de 2017.