terça-feira, 9 de agosto de 2016

Rafaela Silva vence no judô e conquista o primeiro ouro do Brasil

A carioca passou pela mongol Sumiya Dorjsuren na categoria até 57kg

Por: Leonardo Oliveira - Enviado especial ao Rio
08/08/2016 - 17h08min | Atualizada em 08/08/2016 - 18h16min


Rafaela Silva vence no judô e conquista o primeiro ouro do Brasil Diego Vara/age
Foto: Diego Vara / age
Enfim o judô brasileiro conseguiu desencantar e conquistar a primeira medalha de ouro para o país nos Jogos Olímpicos Rio 2016. A detentora do feito foi a carioca Rafaela Silva, na categoria até 57kg, que derrotou nesta segunda-feira a mongol Sumiya Dorjsuren.

Na grande final, a judoca brasileira aplicou um wazari logo no início do confronto e levou o resultado até o final da disputa. Muito emocionada, Rafaela chorou ao dar entrevista depois da vitória.

— Eu treinei muito depois da derrota em Londres. Eu não queria realizar o mesmo erro. Depois daquela derrota todo mundo me criticou, falaram que o judô não era para mim e que eu era a vergonha da minha família — desabafou ao final do combate ao canal SporTV lembrando a desclassificação em Londres 2012 nas oitavas de final depois de aplicar um golpe irregular.

Na primeira luta, ela venceu a alemã Miryam Roper. Na segunda luta, passou pela sul-coreana Jandi Kim. Nas quartas de final, Rafaela exorcizou seu fantasma. A adversária era a húngara Hedvig Karakas, sua algoz em Londres 2012, na segunda luta e em um combate que durou alguns segundos. Desta vez, não houve chance. A brasileira ganhou com segurança.

Veio a semifinal contra a romena Corina Caprioriu. Com a torcida a favor e cantando o tempo inteiro, Rafaela tomou a iniciativa do combate. Mas a disputa foi dura. Levou os quatro minutos do combate e mais 3min6seg do golden score (o tempo extra). A brasileira venceu com um wazari a romena, prata em Londres e campeã do Grand Slam de Baku.

Oriunda de um projeto social, o Reação, idealizado pelo medalhista olímpico e hoje global Flávio Canto, Rafaela saiu da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, para ganhar o mundo. Foi descoberta pelo técnico Geraldo Bernardes, que percebeu nela a agressividade típica dos grandes lutadores.

Essa agressividade vinha da necessidade de sobreviver nas ruas de uma comunidade tão carente como violenta. Hoje, essa ferocidade virou medalha.


*ZHESPORTES

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

900 milhões de smartphones Android estão em risco

A mais recente falha de segurança conhecida em Android chama-se Quadrooter



TECH SEGURANÇAHÁ 14 HORAS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO


A Check Point, uma empresa de segurança, revelou os detalhes de uma investigação que aponta uma vulnerabilidade que afetará mais de 900 milhões de dispositivos com Android. O Quadrooter inclui um total de quatro vulnerabilidades que afetam os processadores da Qualcomm.

A empresa reportou as vulnerabilidades à Qualcomm em abril e seguiu o protocolo definido pelo CERT-CC, ao dar à fabricante de processadores 90 dias para corrigir o problema e distribuir uma correção.
Com esta falha, o atacante pode enganar os usuários a instalar aplicativos maliciosos que não precisam de nenhum pedido especial suspeito. A falha dá ao atacante acesso ao root do dispositivo, o que significa que o invasor tem acesso ao hardware e aos dados do smartphone.
Segundo o Inquisitr, o Google Nexus 5X, 6 e 6P, o HTC 10, o LG G5, o OnePlus 3, o Moto X (versão de 2016), o BlackBerry DTEK50 e os Samsung Galaxy S7 e S7 Edge, entre outros, são afetados pela falha em questão.

Temer é citado em delação, governo reage e mantém impeachment


Planalto tem interesse em acelerar o rito de julgamento pois, quanto mais tempo levar, maior o risco de novas revelações serem feitas


POLÍTICA SENADOHÁ 3 HORAS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO


O presidente interino Michel Temer foi citado por Marcelo Odebrecht durante acordo de delação premiada. Embora o governo tenha ficado receoso com as revelações, isso não deve alterar a votação do impeachment que está prevista para os próximos dias.



A coluna Painel, da Folha de S. Paulo, destaca que a colaboração só deve ser despachada para homologação do Supremo após o julgamento.
O Planalto tem interesse em acelerar o rito de julgamento pois, quanto mais tempo levar, maior o risco de novas revelações serem feitas.
O executivo da Odebrecht também tenta um acordo com o Departamento de Justiça americano, mas o processo no Brasil está em fase mais avançada. Nos Estados Unidos, os depoimentos ainda não têm data para começar.

Eliminado, Djokovic agradece: "Me senti como se fosse um brasileiro"

Sérvio foi eliminado pelo argentino Juan Martín del Potro

Por: Diogo Olivier - Enviado especial ao Rio
08/08/2016 - 00h36min | Atualizada em 08/08/2016 - 07h44min


Eliminado, Djokovic agradece: "Me senti como se fosse um brasileiro" Roberto SCHMIDT,AFP/AFP
Foto: Roberto SCHMIDT,AFP / AFP
Muito abatido, consolado pelos companheiros de equipe da Sérvia antes de voltar para a Vila Olímpica, Novak Djokovic deixou uma frase para emocionar os brasileiros depois de ser eliminado da Rio-2016. 
Ele foi batido por 2 a 0 pelo argentino Juan Martín Del Potro, na quadra central do Parque Olímpico, na primeira grande zebra dos Jogos:
— Estou triste mas ao mesmo tempo feliz. Sou de outro país, mas me senti como se fosse brasileiro. Nunca vou esquecer disso — afirmou Djokovic, que segue sem ouro olímpico após três participações.
Nesta segunda-feira, o sérvio volta às no torneio de duplas, contra os brasileiros Bruno Soares e Marcelo Mello.

Por Aguisemrumo: Romulo Sanches de Oliveira


Este mesmo sendo abastado economicamente incorpora o abstrato do espirito olímpico!








Para PT, Mendes 'tira a toga e assume papel de militante da direita'

Bancada na Câmara divulga nota em que classifica intenção do ministro do TSE, Gilmar Mendes, de pedir a cassação do registro do partido de atitude 'seletiva e política'


por Redação RBA publicado 07/08/2016 18:20, última modificação 07/08/2016 18:23

ABR
afonso florence.jpg
Florence sai em defesa do partido: "O nosso Judiciário precisa de magistrados, não de militantes políticos"
São Paulo – A bancada do PT na Câmara divulgou hoje (7) nota em que repudia a manifestação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, que deseja pedir a cassação do registro do partido. Segundo a nota, trata-se de mais uma “ação seletiva e política” do ministro, que com a atitude “tira a toga e assume o papel de militante da direita brasileira”.
Confira a nota do partido, divulgada há pouco:

Nota da Bancada do PT na Câmara

A Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados repudia mais uma ação seletiva e política do ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Ao pedir a cassação do registro do Partido dos Trabalhadores, Mendes tira de vez a toga e assume o papel de militante da direita brasileira. Sua decisão contra o PT coincide com um momento em que se tenta cassar o mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff, sem que tenha cometido crime de responsabilidade, configurando-se um golpe e a instituição de um ambiente político e jurídico de exceção no País.
Ao acusar o PT de ter se beneficiado de recursos desviados da Petrobras, Gilmar Mendes evidencia sua seletividade, já que outros grandes partidos – como o PSDB, PMDB, DEM e PP – também receberam recursos de empresas investigadas na Operação Lava Jato. Sobre esses partidos, cala-se, como sempre, o presidente do TSE, que enxerga problemas no sistema democrático brasileiro apenas quando se trata do PT.
A atitude  autoritária do presidente do TSE só encontra paralelo no regime autoritário encerrado em 1985. A última vez em que um partido político foi cassado no Brasil foi mediante ato institucional de uma ditadura militar.
São notórios o destempero verbal e a parcialidade  de Gilmar Mendes contra o PT. Ele não está à altura do cargo que ocupa. Suas ações, no âmbito da Suprema Corte, como a de juízes de primeira instância, têm maculado a imagem do Judiciário brasileiro.
Ao pedir agora a cassação do registro do PT, o ministro faz jus aos que o chamam de “tucano de toga” do STF.  O nosso Judiciário precisa de magistrados, não de militantes políticos.
Brasília, 7 de agosto de 2016
Afonso Florence (BA), líder do PT na Câmara




Padre Moacir tem carro de luxo e fazenda não declarados, diz Receita


Daniel Ferreira/Metrópoles

Relatório da Lava Jato revela que o religioso de Brasília, que recebeu R$ 350 mil da OAS por indicação de ex-senador Gim Argello, é dono de patrimônio de R$ 3,3 milhões e comprou apartamento em bairro de luxo, em Fortaleza por R$ 300 mil à vista




Relatório da Receita Federal aponta que o padre Moacir Anastácio de Carvalho, da Paróquia São Pedro, em Taguatinga, não declarou a propriedade de uma fazenda, no Ceará, e dois carros, um deles uma Toyota Hilux. Dono de um patrimônio de R$ 3,3 milhões, o religioso começou a ser investigado na Operação Lava Jato após a igreja que comanda receber repasse de R$ 350 mil da construtora OAS, a pedido do ex-senador Gim Argello (PTB-DF), preso desde abril.


“O contribuinte declara como ocupação principal ‘sacerdote ou membro de ordens ou seitas religiosas’. Informações da internet apontam que o sr. Moacir Anastácio de Carvalho é o pároco da Paróquia São Pedro localizada em Taquatinga-DF. Consta que a construtora OAS teria repassado R$ 350 mil, em 2014, à paróquia sendo a despesa vinculada a obra da Refinaria do Nordeste (Abreu e Lima)”, informa o relatório.
O parecer é datado de 16 de junho e foi anexado aos autos da Operação Lava Jato na semana passada. No documento, a Receita aponta que o patrimônio do “padre de Gim Argello” em 2013 era de R$ 3,216 milhões, em 2014, de R$ 2,449 milhões e em 2015, de 3,339 milhões. A variação de 2014 para 2015 foi de R$ 889.975,42. “Em 2013 e 2015 o contribuinte teve indício de variação patrimonial à descoberto. Nestes anos, o aumento de seu patrimônio foi em valor maior do que os rendimentos declarados ao Fisco”, indica o relatório.
REPRODUÇÃO/AGÊNCIA ESTADOReprodução/Agência Estado
Trecho do relatório produzido pela Receita Federal que mostra a variação patrimonial do padre a descoberto

Não declarados
De acordo com a Receita, dois veículos registrados em nome de Moacir Anastácio de Carvalho não estão na lista de bens informados à Receita nas declarações de imposto de renda. Um dos carros é um Honda Titan, verde, de 2001. O outro é um Toyota Hilux, preto, de 2010.
Outro bem não declarado ao Fisco, segundo o relatório, é uma fazenda na região de Tamburil, no interior do Ceará. O município tem uma população estimada em 25 mil habitantes e fica a cerca de 300 quilômetros da capital Fortaleza.
“Consulta ao Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir)  apontou que o Sr. Moacir Anastácio de Carvalho seria proprietário da Fazenda Caconha localizada no distrito de Carvalho, município de Tamboril (CE). A mudança de titularidade teria ocorrido em 19 de julho de 2014 e o proprietário antigo era Anastácio Jose de Carvalho – 170.860.943-15. Este imóvel rural não se encontra declarado ao Fisco”, informa o relatório.
REPRODUÇÃO/AGÊNCIA ESTADOReprodução/Agência Estado
Receita enumera bens do religioso

Imóveis
Chamou a atenção do Fisco ainda a compra de um apartamento, próximo à praia, pago à vista pelo valor de R$ 297.211,00 no bairro do Meirelles, em Fortaleza. A aquisição do imóvel está em uma das cinco Declarações sobre Operações Imobiliárias (DOI) envolvendo Moacir Anastácio de Carvalho identificadas pela Receita.
“De acordo com as DOIs apresentadas em 2015 o contribuinte tomou posse de dois imóveis, um em Águas Claras, por meio de doação, e outro em Fortaleza (CE). Embora nas Declarações do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física conste imóveis em Águas Claras e em Fortaleza não ficou claro se são os mesmos imóveis”, relata o Fisco.
Na denúncia criminal em que acusa Gim Argello e outros oito investigados de arquitetar um esquema de pagamento de ao menos R$ 5,3 milhões em propinas de empresas para evitar a convocação de empreiteiros investigados na Lava Jato para depor nas CPIs no Senado e no Congresso em 2014, a Procuradoria-Geral da Tepública dedica um trecho do documento à ligação entre o padre e o ex-senador. Os investigadores apontam que o padre Moacir Anastácio “é o responsável por promover a festa religiosa denominada Festa de Pentecostes, em Taguatinga/DF, que arregimenta milhões de pessoas”.
“Na referida festa de Pentecostes, Moacir Anastácio, notadamente, em época das eleições, como no caso do escrutínio de 2014, enaltece a figura de candidatos políticos, e, foi nessa ocasião, que promoveu a imagem de Gim Argello, alcunhando-o de Senador de Pentecostes. A proximidade de Gim Argello com o Padre Moacir Anastácio se corrobora pela existência de pelo menos 58 ligações telefônicas, no período de 19 de março de 2014 a 26 de agosto de 2014”, destacaram os procuradores na denúncia.
A reportagem ligou e mandou mensagem para o celular do padre Moacir Anastácio, mas ele não retornou.

Nº de mortes por policiais de folga é o maior no semestre em 11 anos em SP

08/08/2016 09h00 - Atualizado em 08/08/2016 09h21

Nos primeiros seis meses, 115 pessoas foram mortas por policiais sem farda
Secretaria da Segurança diz desenvolver ações para reduzir letalidade.

Cíntia Acayaba e Kleber TomazDo G1 São Paulo
No primeiro semestre de 2016, policiais de folga mataram o maior número de pessoas dos últimos 11 anos no estado de São Paulo se comparado com os primeiros seis meses dos anos anteriores (veja tabela).
AnoPolicial militarPolicial civilTotal
200639847
200737845
200855762
200964367
201040343
201143548
2012371249
201378785
2014771390
2015811091
201610114115
Dados oficiais da Secretaria da Segurança Pública (SSP) compilados pelo G1 e por Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que policiais militares e civis mataram 115 pessoas nos primeiros seis meses desse ano, 2,5 vezes mais do que no mesmo período em 2006, quando 47 foram mortos e quando ocorreram os crimes de maio após os ataques da facção que age dentro e fora dos presídios.
Essas mortes são consideradas como reações ou oposições à intervenção policial e não entram na estatística de homicídio. O recorte foi feito a partir de 2006 porque é quando a categoria "reações" foi criada.
Procurada pela reportagem, a Secretaria da Segurança Pública respondeu, por meio de nota, que desenvolve ações para “reduzir a letalidade policial, seja em folga ou em serviço” (leia mais abaixo).
O levantamento foi feito a partir de metodologia usada pela própria secretaria. Até março de 2015, o número era divulgado somente no Diário Oficial como “homicídio doloso fora de serviço reações”. Desde abril do ano passado, no entanto, passou a aparecer nas estatísticas trimestrais publicadas no site da SSP como “pessoas mortas por policiais militares de folga”.
Após o G1 publicar em abril que “Uma em cada 4 pessoas assassinadas em SP foi morta pela PM” , a pasta reconheceu que é correta a comparação entre os dados de "homicídio doloso - fora de serviço (reações)" e "morte decorrente de intervenção policial em folga".
No mesmo período, em 2006, 61 policiais de folga foram mortos nos primeiros seis meses. Em 2016, foram 37agentes mortos, 32% do total de pessoas mortas por policiais.
Julgamento moral
Para a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, as estatísticas já fazem um julgamento moral porque desde o início não consideram que houve um homicídio, mas uma intervenção por legítima defesa. “Antes do inquérito ser concluído, já se assume que o policial é inocente. E o pior, a maioria dos inquéritos é arquivado e os casos dificilmente serão investigados. A série mostra que os policiais se sentem mais impunes, têm carta branca”, disse.

Para ela, o PM afastado em muitos casos é retirado das ruas para trabalhar internamente na Corregedoria da Polícia Militar, diretamente ligada ao Comando, o que prejudica a investigação.
Segundo Samira Bueno, o aumento dos casos se deve à omissão dos órgãos. “A Polícia Civil, por exemplo, deveria conduzir investigações sérias antes de concluir os inquéritos. O Ministério Público [MP] é omisso. Apenas afastar o policial envolvido, sem responsabilização do comando também não é uma resposta adequada.” O G1 procurou o MP, mas até a publicação desta reportagem ele não respondeu.
Em junho, um suspeito de roubo foi morto em Presidente Prudente, após ser baleado por um policial civil de folga em um posto de combustíveis localizado no Parque Alexandrina, na Zona Norte da cidade. Mesmo assim, a Corregedoria da Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso, que foi registrado como roubo e homicídio em oposição a intervenção policial
Questionada, a Secretaria da Segurança Pública, não respondeu se o aumento de mortes por policiais de folga está ligado aos "bicos" que os agentes fazem ou se houve aumento de reações a roubos e furtos.
  •  
Ocorrência foi registrada no Parque Alexandrina, em Presidente Prurdente (Foto: Heloise Hamada/G1)Policial civil matou em posto de gasolina de Presidente Prurdente (Foto: Heloise Hamada/G1)
Feridos
O levantamento também mostra aumento no número de pessoas feridas por policiais militares e civis durante o trabalho e nas folgas.
Se levar em conta os dados de feridos por integrantes das duas polícias durante suas folgas, esse número mais do que dobra, indo de 60 no ano passado para 143 em 2016. O número de feridos em confrontos com agentes da PM e da Polícia Civil durante o serviço saltou de 234 no primeiro semestre de 2015 para 259 no mesmo período deste ano.
Em serviço
Em contrapartida, no primeiro semestre de 2016, houve recuo no número de pessoas mortas em confrontos com os integrantes da PM e da Polícia Civil em horário de trabalho. Nos primeiros seis meses de 2015, agentes das duas polícias mataram 358 pessoas no mesmo período de 2015, mas, em 2016, foram 288.
Após analisar a letalidade policial, o G1 também compilou os dados a respeito dos policiais militares e civis mortos durante o serviço e notou recuo. Por exemplo, de janeiro a junho de 2015, foram mortos 11 agentes. No mesmo período deste ano foram dez. O número de policiais feridos durante o trabalho foi o que mais teve recuo: era 145 e ficou em 129.
Nota da SSP
"A SSP esclarece que vem desenvolvendo ações para reduzir a letalidade policial, seja em folga ou em serviço, que resultaram na queda de 10,24% das mortes decorrentes de intervenção policial Militar e Civil, no primeiro semestre de 2016 comparado com o mesmo período de 2015.
Uma das ações implementadas para a redução foi a Resolução SSP 40/15 que garante maior eficácia nas investigações de mortes, pois determina o inédito comparecimento das Corregedorias e dos Comandantes da região, além de equipe específica do IML e IC, para melhor preservação do local dos fatos e eficiência inicial das investigações. A resolução, que prevê também imediata comunicação ao Ministério Público, foi elogiada no relatório final da CPI sobre homicídios de jovens negros e pobres da Câmara dos Deputados, em julho, que defendeu a adoção da medida em todo o Brasil, como texto legal no CPP (Código de Processo Penal).
Outras medidas adotadas são o Programa de Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar (PAAPM), para policiais envolvidos em ocorrências de alto risco, incluindo aquelas que resultam em morte; o ECOAR, que analisa a ocorrência com resultado morte e estuda alternativas de intervenção que poderão evitar o mesmo resultado em episódios futuros; o socorro especializado nas ocorrências com vítimas (Resolução 5/13) e a investigação obrigatoriamente realizada pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Cabe destacar que a atuação da polícia de São Paulo se dá estritamente dentro dos limites da lei. A opção pelo confronto não é do policial militar, mas sim dos infratores. As exceções são apuradas com rigor e terminam com a punição dos policiais acusados de crimes."