segunda-feira, 25 de julho de 2016

Governo atua para inibir ações a favor de pacientes do SUS e planos de saúde na Justiça






Ministério da Saúde e CNJ fazem parceria para auxiliar juízes a tomarem decisões. Para especialistas, demandas são consequências de falhas do sistema de saúde


São Paulo 
Marília e Arnaldo, que tiveram que recorrer à Justiça para ter atendimento.
Marília e Arnaldo, que tiveram que recorrer à Justiça para ter atendimento. 

O Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão se reunindo para elaborar ações conjuntas que tentem diminuir decisões judiciais favoráveis a pacientes para a obtenção de medicamentos ou tratamentos negados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou convênios médicos. O CNJ é uma instituição de apoio ao sistema Judiciário, que tem como missão trabalhar pela transparência e eficiência do sistema jurídico “em benefício da sociedade”. Dentre as propostas que estão sendo estudadas está a ampliação de núcleos técnicos, com a participação de especialistas do hospital Sírio Libanês, nome referência no país e na América Latina. A ideia é oferecer pareceres para ajudar os juízes a tomarem decisões. Para especialistas, entretanto, há uma tentativa de criminalizar a prática de pacientes cobrarem seus direitos de acesso à saúde na Justiça, quando o problema, de fato, está no próprio sistema, que falha em oferecer o que a lei determina.
O combate a essa chamada judicialização na saúde tornou-se uma das principais bandeiras do novo ministro da Saúde, Ricardo Barros. O Governo federal prevê que, até o final deste ano, gastará 1,6 bilhão de reais com a compra de medicamentos, equipamentos, cirurgias e internações feitos por demanda judicial, o que representa pouco mais de 1% do Orçamento da pasta. Segundo o ministro, as medidas da Justiça desorganizam a previsão orçamentária dos governos e podem prejudicar outros pacientes, já que a verba precisa ser remanejada. “Faz-se uma política de saúde, se constrói todo um planejamento e as decisões judiciais mudam isso”, afirma ele. “É uma decisão que tira de alguns para dar para outro.”
O assunto é polêmico num país onde recorrer à Justiça muitas vezes é o único caminho para ter direitos básicos assegurados. Para especialistas, a via judicial é a única forma de muitos pacientes obterem aquilo que o SUS e os planos de saúde deveriam oferecer por lei, mas acabam por negar. “Atualmente, vemos muitas pessoas colocando uma carga negativa na judicialização, como se ela fosse culpada pela má- situação da saúde do país. Mas ela é uma consequência de um sistema que é mal gerido pelo Governo e de um serviço que é mal prestado pelas operadoras de saúde", afirma Marcos Patullo, especialista em direito à saúde do escritório Vilhena Silva. “Existem fraudes, claro, mas a grande maioria das pessoas entra na Justiça por não ter outra alternativa.”
É o caso do aposentado do Rio de Janeiro Arnaldo Mourthe, de 79 anos, que sofreu um infarto. Durante o período que ficou internado no hospital, ele contraiu uma série de infecções que prejudicaram ainda mais sua saúde. O médico determinou, então, que o melhor seria que ele voltasse para casa, mas que precisaria de um Home Care (assistência médica domiciliar), que o plano de saúde é obrigado a oferecer. O convênio, entretanto, ignorou o pedido por um mês. “Entramos na Justiça e em uma semana se resolveu”, conta a mulher dele, Marília, 76 anos. Em casa, Arnaldo se recupera bem.
O Governo, por outro lado, alega que há casos na Justiça que levam a gastos desnecessários. Um dos argumentos é que o desconhecimento dos juízes em relação a procedimentos médicos abriria espaço para exageros em favor do paciente que pesam no orçamento da pasta. Um medicamento mais caro, por exemplo, é pedido pelo juiz quando há outro similar, mais barato, oferecido pelo SUS ou que consta no rol de procedimentos obrigatórios da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos de saúde. Os casos de fraudes, como o revelado nesta semana no Hospital das Clínicas de São Paulo – em que, segundo as suspeitas, médicos incentivavam pacientes a entrarem na Justiça para obter uma liminar para a implementação de um marca-passo cerebral – seriam outra fonte de preocupação. Como era obtido por via judicial, o marca-passo não passava por licitação e era comprado acima do preço de mercado, o que beneficiava a fabricante, que pagava propina aos médicos.
As reclamações também partem das operadoras de planos de saúde, que têm tido, a cada ano, um acréscimo nas demandas judiciais, de acordo com o pesquisador e professor do departamento de Medicina Preventiva da USP, Mario Scheffer. "A judicialização é uma desconsideração com políticas públicas vigentes. É a via judicial desmoralizando as políticas públicas. É uma anarquia", afirma Solange Beatriz Mendes, presidenta da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa as principais operadoras do país. A instituição, assim como outros empresários do setor, se reuniram recentemente com o ministro da Saúde para tratar da questão.
No mês passado, Barros também esteve reunido com membros do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde do CNJ para discutir uma parceria com a entidade, um órgão gestor que realiza ações na área da saúde na Justiça. O fórum criou em fevereiro deste ano um comitê, a pedido do ministro do Supremo, Ricardo Lewandowski, para fazer um diagnóstico sobre a judicialização na saúde. "Verificamos que falta ao juiz um corpo técnico que dê a ele informações em tempo rápido para as decisões", explica o conselheiro Arnaldo Hossepian, supervisor do fórum.
Na reunião com o ministro, ele propôs ao ministério uma parceria para ampliar os Núcleos de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NATs), que deem suporte aos juízes na tomada de decisões. A ideia é que eles existam em todos os tribunais estaduais e regionais e que contem com profissionais de saúde, professores de universidades públicas e instituições como hospitais privados. Eles elaborariam pareceres sobre os pedidos judiciais e fariam recomendações aos juízes. O ministério ajudaria a pagar o trabalho envolvido na produção dos pareceres. Uma reunião entra o CNJ e integrantes da pasta está marcada para esta semana para acertar detalhes.
Hossepian destaca que esses documentos ficariam disponíveis para os juízes, que optariam ou não por utilizá-los, já que as decisões dos magistrados são autônomas. Segundo ele, também há uma proposta de se criar áreas destinadas à saúde nos tribunais. As questões relacionadas ao SUS são resolvidas na Vara da Fazenda Pública e, nas comarcas onde há mais de uma Vara do tipo, uma delas seria destinada para as demandas médicas.
Scheffer, no entanto, lembra que quando os pacientes recorrem à Justiça também ajudam a acelerar a inclusão de procedimentos mais modernos nos protocolos do SUS e da ANS. Quando várias ações por um mesmo medicamento, por exemplo, começam a aparecer nos tribunais e o Governo é obrigado a comprar o remédio individualmente, para cada paciente que obtém o direito na Justiça, ele sai mais caro. Por isso, se apressa em colocar no rol obrigatório, para que o remédio possa ser comprado em larga escala pelo Governo para ficar mais barato. "Elas ajudam a apressar ações que depois vão beneficiar todo mundo. Isso aconteceu muito com medicamentos para a Aids e a hepatite", exemplifica. "A tentativa de criminalizar a judicialização não é o caminho."

Policial diz que foi pressionada por ministro após atentado em Nice

France Presse
25/07/2016 02h08 - Atualizado em 25/07/2016 02h31

Ela era encarregada das câmeras de segurança na noite do atentado.

Governo queria que presença de policiais federais constasse em relatório.

Da France Presse
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A policial municipal de Nice, Sandra Bertin, chefe do departamento de monitoramento por câmeras da cidade (Foto: Valery Hache/AFP)A policial municipal de Nice, Sandra Bertin, chefe do departamento de monitoramento por câmeras da cidade (Foto: Valery Hache/AFP)
A policial municipal encarregada das câmeras de segurança na noite do atentado de Nice, no sul daFrança, afirma que o ministério do Interior francês a pressionou para alterar o relatório sobre a segurança na noite do atentado, que deixou 84 mortos. Desde o massacre, o ministro do Interior ministro, Bernard Cazeneuve tem enfrentado críticas sobre a falta de segurança no dia do atentado.
A agente, Sandra Bertin, declarou ao Journal du Dimanche que foi "pressionada durante uma hora" por um funcionário do ministério pelo telefone depois que ele enviou um auditor para vê-la. Cazeneuve - cuja contagem do número de policiais na noite de 14 de julho, quando ocorreu a tragédia, foi questionada - rejeitou as acusações e disse que irá apresentar uma queixa por difamação.
Segundo a policial, ele pediu que fosse detalhada a presença da polícia local durante os fogos de artifício no dia da Bastilha e que especificasse que "a polícia nacional também havia sido colocada em dois pontos".
"Talvez a polícia nacional estivesse ali, mas não consegui vê-los nas câmeras", declarou Bertin ao veículo. "Fui ordenada a introduzir (no relatório) posições específicas da polícia nacional que eu não vi na tela", acrescentou a agente.
Na quinta-feira, o jornal progressista Libération informou que somente um carro da polícia local fazia a segurança da entrada do passeio marítimo quando Mohamed Lahouiaej Bouhlel irrompeu com seu caminhão no Passeio dos Ingleses, onde o público admirava o espetáculo dos fogos.
Desde que ocorreu o ataque, Cazeneuve enfrentou as críticas dos líderes conservadores da cidade costeira sobre a falta de segurança neste dia.
O presidente francês François Hollande declarou na sexta-feira que ainda tem plena confiança em seu ministro, prometendo "verdade e transparência" sobre as medidas de segurança vigentes no dia em Nice
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'Se o golpe se consolidar, virá um pacote de maldades para os trabalhadores'

Para deputados de oposição ao governo interino, verdadeira agenda de Michel Temer e aliados será implementada depois da votação do impeachment, se Dilma Rousseff for afastada definitivamente


por Eduardo Maretti, da RBA publicado 24/07/2016 10:32

ALEX FERREIRA E GUSTAVO LIMA/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Paulo Pimenta e Orlando Silva
Na opinião de Orlando Silva e Paulo Pimenta, "bondades" estão reservadas só para deputados e senadores
São Paulo – A informação, divulgada pela mídia na sexta-feira (22), de que o governo interino de Michel Temer prepara um "pacote de bondades" para agradar a base no Congresso Nacional, entre as quais a liberação de emendas parlamentares para obras de infraestrutura já contratadas, é diferente do que se pode esperar se o Senado afastar Dilma Rousseff definitivamente. “Bondades serão apenas para os deputados e senadores que formam a base do golpe que Temer deu. Depois da votação do impeachment no Senado, se o golpe se consolidar, virá um pacote de maldades para os trabalhadores”, diz o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).
Entre as “maldades” que estão sendo preparadas, o parlamentar menciona restrições de direitos trabalhistas, reforma da Previdência com idade mínima de aposentadoria e diminuição de inúmeros outros direitos e programas sociais. “O pacote que o Brasil vai conhecer é maldade para o nosso povo”, acrescenta. “O governo já propôs um teto de gastos sociais. Isso é um eufemismo para ocultar a retirada de direitos.”
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) tem avaliação semelhante. Para ele, o suposto pacote seria composto de “bondade para deputados e senadores, não para a população”. Segundo as informações, o presidente interino quer ajudar a "sacramentar" o impeachment, segundo a Folha de S. Paulo.
“O governo Temer recebeu apoio da Fiesp, de grupos ligados ao agronegócio, das bancadas conservadoras, e ele tem um preço a pagar. Esse preço é enfrentar a legislação trabalhista e previdenciária, dificultar o avanço da reforma agrária, da demarcação de terras indígenas e quilombolas, atacar os direitos civis”, afirma Pimenta. “É incompatível com os agentes protagonistas do golpe qualquer pauta que não seja contrária aos interesses da maioria da população.”
Na opinião de Orlando Silva, as medidas já apresentadas pelo governo Temer em pouco mais de dois meses são uma amostra do que pode estar a caminho se o impeachment for consolidado no Senado, no final de agosto, depois dos Jogos Olímpicos. “Por isso, é muito importante a resistência nesse momento. Impedir a consolidação do golpe é impedir um retrocesso de décadas”, alerta o comunista.
Pimenta diz que o chamado “pacote de bondades” que estaria sendo preparado é, na verdade, uma prática conhecida como “fisiologismo”, mas é abordada com benevolência pela mídia. “É o velho toma lá dá cá da política brasileira, que a imprensa sempre criticou, mas agora trata com naturalidade.”
O petista acrescenta que essas práticas eram rejeitadas Dilma Rousseff. “A base de Temer não quer direito de trabalhador, quer vantagem pessoal, troca de favor. Era isso o que eles (os deputados fisiológicos) cobravam da Dilma, e ela não fazia esse jogo miúdo.”



Governo formaliza antecipação de 50% do 13º dos aposentados

O crédito começa no dia 25 de agosto para os beneficiários que recebem até R$ 880 e têm cartão de pagamento com final 1


ECONOMIA ABONO DE NATALHÁ 11 MINSPOR


O governo federal editou decreto que formaliza o pagamento antecipado da primeira metade do 13º dos aposentados e pensionistas do INSS em agosto.


O crédito começa no dia 25 de agosto para os beneficiários que recebem até R$ 880 e têm cartão de pagamento com final 1.

O decreto está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 25.
De acordo com o texto, o abono anual será efetuado em duas parcelas: a primeira corresponderá a até 50% do valor do benefício do mês de agosto e será paga juntamente com os benefícios do mês; e a segunda corresponderá à diferença entre o valor total do abono anual e o valor da parcela antecipada e será paga juntamente com os benefícios do mês de novembro.

COI lava mãos, não suspende toda a Rússia e deixa decisão para cada federação esportiva

COI decidiu liberar a participação dos atletas russos considerados 'limpos' de doping

 postado em 24/07/2016 11:24 / atualizado em 24/07/2016 15:05
 Agência Estado
Fabrice Coffrini/AFP)
O Comitê Olímpico Internacional atendeu ao pedido das autoridades russas e optou por não suspender toda a delegação de Moscou dos Jogos do Rio, numa decisão que promete abrir uma crise política sem precedentes. No lugar de tomar uma decisão, o COI anunciou que cabe a cada federação esportiva testar todos os atletas e decidir se os esportistas russos devem, ou não, ir aos Jogos.

"O COI não aceitará atletas russos, salvo se cumprirem as seguintes condições", indicou a entidade. Na lista, ela exige que as federações realizem testes em cada um dos atletas russos, usando padrões internacionais.

Neste domingo, a entidade se reuniu de forma extraordinária em Lausanne (Suíça) para tomar uma decisão depois que uma investigação independente liderada pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) revelou que o governo russo de Vladimir Putin fraudou os testes de laboratório antes e durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sochi, para beneficiar seus atletas e em dezenas de outros eventos.

A Wada havia pedido que nenhuma delegação russa estivesse no Rio e uma carta de 14 países diferentes também pressionava a entidade para adotar uma postura dura. Mas, alegando que não seria justo punir todos os 385 atletas russos sem considerar quem estaria limpo, o COI optou por apenas exigir que cada federação esportiva tome uma decisão. Os únicos atletas impedidos de ir ao Brasil serão os 67 do atletismo - a saltadora Darya Klishina, radicada nos EUA, foi liberada.

A decisão promete gerar duras críticas contra o COI, que garante que tem tolerância zero com o doping. A investigação havia provado que "o Ministério dos Esportes dirigiu, controlou e coordenou a manipulação dos resultados de atletas, ajudados pelo FSB (o serviço secreto russo)" , disse o chamado Relatório McLaren.

O levantamento também concluiu que o serviço secreto mantinha um freezer clandestino para ajudar na operação para trocar as amostras dos resultados. A metodologia passou a ser conhecida como a de "fazer desaparecer testes positivos". "Todos os esportes foram afetados", alertou a investigação. Entre as modalidades identificadas estão atletismo, esportes de inverno e a maioria dos esportes da Olimpíada de verão.

O informe produzido pelo advogado canadense Richard McLaren à pedido da Wada foi feita depois que o ex-diretor do laboratório russo Grigory Rodchenkov revelou jornal ao The New York Times que, durante os Jogos de Sochi, recebeu ordens para trocar as amostras de sangue e urina de dezenas de atletas. Pelo menos 15 deles ganharam medalhas.

Segundo Rodchenkov, isso ocorreu "em cooperação com o Ministério dos Esportes" e que a mesma prática foi realizada antes de Londres, em 2012, e do Mundial de Atletismo de Moscou, em 2013. Em 2015, a troca de amostras também ocorreu no Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan. McLaren, em seu informe, confirmou a suspeita.

A investigação ainda aponta que o governo de Putin "dirigiu e controlou" o esquema de doping, usando até mesmo os serviços de inteligência da ex-KGB. A ordem vinha do Ministério dos Esportes trocando as amostras de atletas indicados pelo governo. "O governo estava envolvido nesse esquema", confirmou.

Em Sochi, a manipulação também ocorreu. Mas, com a vistoria internacional, os russos tiveram de se adaptar para fazer desaparecer as amostras. O FSB foi acionado e nenhum teste positivo para atletas russos era feito sem o serviço secreto. Os testes eram colhidos regularmente. Mas pela noite era passado para um prédio ao lado, onde ficava uma operação ilegal fora da sala. Ali, as amostras eram trocadas. "Assim, os atletas podiam competir sabendo que não seriam pegos", disse McLaren.

Sem previsão de reajuste para a Polícia Civil

Crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF.
CRÉDITO: ED ALVES/CB/D.A. PRESS. BRASIL. BRASILIA - DF.
Publicado em CB.Poder
A secretária de Segurança Pública e Paz Social, Márcia de Alencar, confirma que a mensagem com o pleiteado reajuste da Polícia Civil não será enviada agora ao Congresso Nacional, como ocorreu com o aumento de 21% da Polícia Federal. Policiais civis contam com a isonomia com a PF.
Segundo a secretária, o GDF não tem condições financeiras de se comprometer agora com a classe. Qualquer aumento na despesa de pessoal na área de segurança pública acarreta impacto no caixa próprio do GDF, uma vez que o Fundo Constitucional não é suficiente para custear todos os gastos com saúde e educação, segunda Márcia de Alencar. “O Distrito Federal passa por ajuste fiscal severo, mas assim que for possível, as forças de segurança serão contempladas. Acredito que 2017 será um ano que poderemos trazer boas notícias”, afirmou.



Por Aguiasemrumo: Romulo Sanches de Oliveira

Era uma vez uma Polícia onde os homens mais capazes, mais audazes, valorosos e que reuniam todas as virtudes que se espera de um Policial cansaram, lutaram, gritaram, imploraram e por fim faleceram.



Aqueles que tinham propósito claro de que vale a pena trabalhar para garantir a vida, a propriedade e a liberdade dos cidadãos de sua cidade, desapareceram, não suportaram entregar suas vidas para um ideal, quando os meios que lhes são oferecidos para servir são justamente os mesmo que servem para ceifar suas vidas.



De uma vez por todas se uniram, cansaram de observar meia dúzia de parasitas sugarem milhões de reais para realizar a manutenção de viaturas que nunca foram feitos, enquanto reuniam farelos de seus suados salários para consertá-las.



Seus corpos estão em hospitais, salas de cirurgias, UTI, caixões, o dos parasitas, provavelmente se regozijando em um alto cargo do Governo, cujos vencimentos são duramente pagos com nosso suor, lágrimas e sangue.

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'Bomba' em corpo de candidato da OAB na Bahia era bala de gengibre

24/07/2016 21h06 - Atualizado em 24/07/2016 21h45

Segundo polícia, Frank Oliveira da Costa foi levado ao DPT e será liberado.

Homem ameaçou explodir local de prova em Salvador; exame foi cancelado.

Danutta RodriguesDo G1 BA


Foto com balas de gengibre presas ao corpo do homem que ameaçou explodir bomba circulam nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)Foto com balas de gengibre presas ao corpo do
homem que ameaçou explodir bomba circulam nas
redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)
O homem que ameaçou explodir uma bomba na Unijorge, em Salvador, onde seria realizada a prova da OAB, estava com balas de gengibre presas ao corpo. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia na noite deste domingo (24).
Por causa da ameaça, a prova do exame da ordem em Salvador foi cancelada. Frank Oliveira da Costa se entregou à polícia por volta das 16h50. Segundo testemunhas, o homem já tentou o exame da OAB 11 vezes.
De acordo com a SSP-BA, não foram encontrados artefatos explosivos ou armas de fogo com o rapaz. Após depoimento no Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), Frank Oliveira foi levado para exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT). Ele será liberado em seguida.
Segundo a SSP-BA, ele foi autuado com um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), quando não tem potencial ofensivo, pois não foi encontrado nenhum explosivo ou arma com o rapaz. Ele vai responder crime com base no artigo 41 da Lei das Contravenções Penais por provocar alarme anunciando perigo existente capaz de produzir pânico ou tumulto. Frank Oliveira pode pegar de 15 dias a seis meses de prisão.
A Unijorge informou por meio de nota que Frank Oliveira da Costa cursou direito há 10 anos na instituição, entre os segundos semestres de 2000 e 2006. De acordo com a universidade, o histórico escolar de Frank é de um aluno de conduta regular, sem qualquer registro de incidente durante o período de curso.
Frank Oliveira da Costa se entregou após negociação com a polícia (Foto: Alberto Maraux/Ascom SSP)Frank Oliveira da Costa se entregou após
negociação com a polícia (Foto: Alberto Maraux/
Ascom SSP)
Homem se rendeu quatro horas após ter feito ameaça de explosão (Foto: Maiana Belo/G1)Homem se rendeu quatro horas após ter feito
ameaça de explosão (Foto: Maiana Belo/G1)
Negociação
A rendição ocorreu quatro horas após início da confusão e com a chegada do advogado Marcos Melo, que foi contratado pela família do suspeito. Segundo o coronel do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Paulo Coutinho, o motivo da ameaça seria o fato de o homem não ter passado no exame anteriormente e estar frustrado.
O coronel ainda afirmou que o rapaz aparentava ter problemas mentais e já tem um processo contra a OAB. As duas sacolas que estariam com as supostas bombas tinham apenas roupas, segundo o coronel do Bope.
O advogado do rapaz chegou ao local no momento da rendição (Foto: Maiana Belo/G1)O advogado do rapaz chegou ao local no momento
da rendição (Foto: Maiana Belo/G1)
A SSP-BA ainda informou que o homem passou por atendimento médico e depois foi encaminhado ao Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), onde é ouvido. Segundo a polícia, informações preliminares dão conta de que o caso se trata de um fato isolado, sem conexões com terrorismo.
Ameaça de bomba
Uma ameaça de bomba interrompeu e suspendeu a prova da OAB na Unijorge, que fica na Avenida Paralela, em Salvador, por volta das 12h40 deste domingo. De acordo com a assessoria da instituição, um homem ameaçou explodir o local. A situação causou pânico e correria. A polícia informou que não houve feridos.
Por volta das 15h50, o grupo anti-bomba chegou no local (Foto: Maiana Belo/G1)Por volta das 15h50, o grupo antibomba chegou no
local (Foto: Maiana Belo/G1)
De acordo com a SSP-BA, o suspeito ficou isolado em uma sala até a rendição. O grupo antibomba da Polícia Federal chegou a ser acionado e esteve no local.
Segundo Fabrício de Castro Oliveira, Conselheiro Federal da OAB na Bahia, o homem teria entrado em uma sala e pedido para os candidatos saírem em 11 minutos, pois estava em posse de uma bomba pronta para explodir.
Neste domingo é realizada a primeira fase do exame da Ordem dos Advogados do Brasil em todo o país. A presidente da comissão do exame da OAB na Bahia, Beta Norma, informou que 3,4 mil pessoas iriam fazer a prova na Unijorge, 6 mil na Bahia.
Jorge Magno tentou conversar com suposto homem bomba (Foto: Maiana Belo/G1)Jorge Magno tentou conversar com suposto
homem bomba (Foto: Maiana Belo/G1)
Pânico e confusão
O agente penitenciário Jorge Magno relatou que chegou a conversar com suspeito. "Ele estava em uma sala do lado da minha, fui lá e tentei conversar com ele, disse 'rapaz, vamos conversar', e ele disse: 'você tem 12 minutos para deixar o prédio'. Não vi bomba, mas ele estava com duas sacolas e quando eu tentava me aproximar, ele colocava a mão na sacola, então preferi sair", disse o candidato.
O jornalista Alex Soares estava no local à espera da esposa que estava dentro da universidade para fazer a prova. “Ela disse que pediram para todos [os candidatos] deitarem no chão e chegou uma informação de que um homem estava com bomba no corpo”, disse.
Trânsito no local está lento (Foto: Daniel Cardozo/Arquivo pessoal)Trânsito no local está lento (Foto: Daniel Cardozo/
Arquivo pessoal)
A candidata Suzane Senzano relatou que algumas pessoas ficaram feridas na confusão. “Eu estava no 5° andar. Estava em frente à minha sala quando ouvi um barulho alto. Todo mundo começou a correr. As pessoas foram pisoteadas. Fui correndo para o lado de fora. Me escondi em um condomínio aqui do lado [da universidade]. Perdi algumas coisas que estavam na minha bolsa, as pessoas me empurraram na escada, na hora não senti nada, só saí correndo”,  disse. Não há informações oficiais sobre feridos.
De acordo com um outro candidato que preferiu não se identificar, o homem que estaria com bombas amarradas ao corpo estava na sala ao lado da dele. "Na sala ao lado tinha um cara com um colete, com bombas amarradas e armado. Disseram que outras pessoas armadas estavam com ele também. Nessa confusão, ele abriu a camisa e deu tiro na sala. Ele ainda colocou cadeira e mesa para atrapalhar a saída das pessoas. Foi a maior correria", contou. A polícia não confirma a ocorrência de tiros no local.
Presidente da OAB-BA, Luiz Viana, esteve no local  (Foto: Maiana Belo/G1)Presidente da OAB-BA, Luiz Viana, esteve no local
(Foto: Maiana Belo/G1)
Segundo Luiz Viana, presidente da OAB-BA, uma nova data será marcada para a realização do exame em Salvador.
"A prova está suspensa em Salvador. Vai ser marcada uma nova data garantindo a todos a fazer uma nova prova com tranquilidade. O mais importante é que estão todos do lado de fora e ninguém ficou ferido. A nova data vai ser publicada no site da OAB nacional e no regional", disse. A OAB ainda não informou os detalhes da nova prova que será realizada para os candidatos de Salvador.
Por meio de nota, a Unijorge informou que o prédio 1 do campus Paralela é frequentemente alugado para realização de provas e concursos. Nessas ocasiões, o locatário assume na totalidade a operação do espaço, sendo responsável por limpeza, acesso, segurança, dentre todas as outras atividades necessárias para o pleno funcionamento do local. Segundo a instituição, esta é a primeira vez que é registrado um incidente do tipo.
Grupo antibomba participou de operação (Foto: Alberto Maraux/Ascom SSP)Grupo antibomba participou de operação (Foto: Alberto Maraux/Ascom SSP)
Não foram encontrados explosivos com suspeito (Foto: Maiana Belo/G1)Não foram encontrados explosivos com suspeito (Foto: Maiana Belo/G1)
Equipe do Corpo de Bombeiros deixou universidade por volta das 17h (Foto: Maiana Belo/G1)Equipe do Corpo de Bombeiros deixou universidade por volta das 17h (Foto: Maiana Belo/G1)
Três mil e 400 candidatos fariam a prova da OAB na Unijorge neste domingo (Foto: Maiana Belo/G1)Três mil e 400 candidatos fariam a prova da OAB na Unijorge neste domingo (Foto: Maiana Belo/G1)
Frente da Unijorge, em Salvador (Foto: Alex Soares/Arquivo Pessoal)Polícia, Bombeiros e Samu estiveram no local (Foto: Alex Soares/Arquivo Pessoal)

Confusão causou correria na Unijorge (Foto: Maiana Belo/G1)Confusão causou correria na Unijorge (Foto: Maiana Belo/G1)

Após ameaça de bomba, candidatos saíram correndo (Foto: Maiana Belo/G1)Após ameaça de bomba, candidatos saíram correndo (Foto: Maiana Belo/G1)


Grupo antibomba da PF chegou ao local por volta das 15h50 (Foto: Maiana Belo/G1)Grupo antibomba da PF chegou ao local por volta das 15h50 (Foto: Maiana Belo/G1)
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Prédio da Unijorge foi isolado pela polícia (Foto: Maiana Belo/G1)Prédio da Unijorge foi isolado pela polícia (Foto: Maiana Belo/G1)
Equipes dos Bombeiros e Samu estão no local (Foto: Daniel Cardozo/Arquivo pessoal)Equipes dos Bombeiros e Samu estiveram no local (Foto: Daniel Cardozo/Arquivo pessoal)
Candidatos na frente da Unijorge, após confusão na prova da OAB, em Salvador (Foto: Alex Soares/Arquivo Pessoal)Candidatos na frente da Unijorge, após confusão na prova da OAB, em Salvador (Foto: Alex Soares/Arquivo Pessoal)