Juiz responsável pelos pedidos de prisão explicou que suspeitos exaltavam a violência
JUSTIÇAHASHTAGHÁ 1 HORA POR NOTÍCIAS AO MINUTO
O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Criminal da Justiça Federal em Curitiba, é o responsável pela decisão de prender 12 pessoas suspeitas de terrorismo.
Em entrevista ao jornal O Globo, o magistrado afirmou ter receio de que a operação seja classificada como preconceito religioso e comentou sobre os pedidos de prisão.
Marcos falou sobre a possibilidade dos suspeitos usarem tornozeleiras eletrônicas. "É possível que polícia e MP concluam que basta que aquele sujeito seja monitorado por tornozeleira eletrônica para que não chegue perto das Olimpíadas ou aeroportos, por exemplo. O risco fica bem diminuído. Esse pessoal está sendo interrogado, o material apreendido analisado, só depois disso conseguiremos dar um panorama. Agora, o sujeito com provas contundentes contra ele, que disser ao delegado que a guerra santa é justa, tem que fazer isso mesmo, a situação dele é diferente", explicou.
Em relação as críticas à Operação, Marcos destacou: "No Brasil, na América Latina em geral, a gente tende a não levar muito a sério determinadas coisas. “Ah, a operação é um exagero, o juiz é autoritário". Mas depois o sujeito vai lá e comete um desatino. Como é que fica? Em algum momento eu precisava avaliar a situação. Tenho 44 anos, me formei depois da Constituição de 1988".
O magistrado explicou que decretou as prisões com base em indícios de que os suspeitos exaltavam a violência e associavam a religião à prática de violência e à necessidade de se praticar o jihad (no sentido de guerra pela fé contra os chamados infiéis).
"Junta-se a esse tipo de coisa a questão das olimpíadas, numa mensagem um diz que todo muçulmano tem que estar pronto para a jihad em qualquer lugar do mundo, o outro vai e complementa dizendo que as olimpíadas estão aí. Diz que o Brasil não é da coalizão, mas que vai ter gente do mundo todo aqui de país que participa da guerra ao Estado Islâmico. E vem outro e afirma que está aprendendo a fazer bomba", esclareceu.
Além disso, o juiz revelou que o Facebook iria receber multa diária de R$ 100 mil se não entregasse dados da comunidade virtual onde os suspeitos se manifestavam sobre possíveis ações terroristas no país.
O centro já foi evacuado e a polícia acaba de chegar no local
JUSTIÇAUNIJORGE (BA)HÁ 48 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Durante a primeira fase do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Centro Universitário Jorge Amado, em Salvador, um homem-bomba, ainda não identificado, ameaçou explodir o local.
Segundo informações do Bahia Notícias, o suspeito abriu a camisa e mostrou os explosivos, gerando correria na universidade.
De acordo com a publicação, o centro já foi evacuado e a polícia acaba de chegar no local.
Ao contrário de outros aplicativos, o site só mostra os Pokémons na área, e não o local exato dos mesmos
TECHPOKÉMON GOHÁ 1 HORA POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Se quer ser um 'mestre Pokemon' e quer 'apanhar todos' tem de conhecer este site. O nome é PokéVision e, tal como outros aplicativos, permite saber que Pokémons estão perto de você.
Ao contrário de outros aplicativos, o site só mostra os Pokémons na área, e não o local exato dos mesmos. Basta entrar no site, escrever, por exemplo, Belo Horizonte, escolher o lugar exato onde está e o site diz que Pokémons estão à sua volta.
O PokéVision utiliza a API da Niantic para recolher a localização de todos os Pokémons perto do utilizador, ou na área selecionada, diz o próprio site. O site diz, também, durante quanto tempo irá permanecer o Pokémon na área escolhida.
Integrantes dos times desembarcaram na vila em dois ônibus por volta de 7h
ESPORTEFALTA POUCOHÁ 2 HORAS POR FOLHAPRESS
Antes mesmo da abertura oficial da Vila dos Atletas para os competidores, às 8h deste domingo (24), as delegações de Israel, Alemanha e Itália foram as primeiras a chegar no complexo localizado ao Parque Olímpico da Barra da Tijuca.
Integrantes dos times desembarcaram na vila em dois ônibus por volta de 7h. Pouco mais tarde, um ônibus com membros da delegação do Canadá chegou às 8h15. Ela foi seguida de um grupo com cerca de dez britânicos, entre atletas e oficiais, que chegaram em uma van.
A expectativa é a de que equipes de 14 países entrem na Vila dos Atletas neste domingo, entre elas o Brasil -com nove modalidades. Mesmo com poucos atletas desembarcando houve certa confusão com a entrada de funcionários da Vila, que precisavam acessar o local por outro portão.
No deles, uma aglomeração se formou e houve receio de que alguns serviços para os atletas, como o salão de beleza, não estivesse funcionando no horário previsto, a partir das 9h. Com informações da Folhapress.
Representante do país alega inúmeros problemas, como de gás, encanamento e eletricidade
ESPORTE7 A 1 SEM FIMHÁ 4 MINS POR FOLHAPRESS
A chefe de missão da delegação australiana, Kitty Chiller, afirmou em nota neste domingo (24) que nenhum atleta australiano vai entrar na Vila dos Atletas por enquanto, o que era previsto.
Segundo ela, o complexo localizado próximo ao Parque Olímpico da Barra contém inúmeros problemas de gás, encanamento e eletricidade. Os australianos estavam designados para ficar no edifício 23, mas devem se instalar em hotéis nos arredores do Parque Olímpico. "Por mais de uma semana nosso estafe trabalhou, durante muitas horas, para deixar nosso setor pronto para os atletas na vila", disse a nota. Porém, não houve solução.
Chiller lista os seguintes problemas: banheiros bloqueados, vazamentos, fiação exposta, falta de iluminação e uma "enorme sujeira". A chefe de missão disse que os oficiais australianos, que já vinham trabalhando na vila há alguns dias, relataram os inúmeros problemas ao comitê organizador dos Jogos do Rio e ao COI (Comitê Olímpico Internacional). Ela citou que o Reino Unido, Nova Zelândia e outros países também ressaltaram as dificuldades. "A vila não é segura e nem está pronta".
Chiller disse que foi feito um teste neste sábado (24) com componentes dos apartamentos e houve vazamento e um forte cheiro de gás. Outros testes, como de incêndio e encanamento, serão feitos. "Há muito trabalho a ser feito na vila e nós apreciamos os esforços do COI e do comitê organizador para resolver os problemas", concluiu Chiller. Com informações da Folhapress.
O terapeuta Charles Kinsey cometeu "dois erros" ao mesmo tempo: ser negro e querer ajudar seu paciente. Eles poderiam ter custado sua vida na Miami (Estados Unidos) de hoje.
O tiroteio que inquietou a comunidade afro-americana ocorreu quando Kinsey, de 47 anos e terapeuta de profissão, foi buscar um paciente autista de 23 anos que havia escapado do centro no qual recebia tratamento. Quando o encontrou na rua, o inofensivo paciente – de pele branca – brincava na calçada com um caminhão de brinquedo. Kinsey se sentou ao lado dele para convencê-lo a voltar tranquilamente ao hospital.
Na paranoica Flórida de hoje a atitude pareceu suspeita a um morador que chamou a polícia para denunciar que um homem ameaçava se matar na rua, de acordo com a imprensa norte-americana. Com a área interditada, a polícia pediu a Kinsey que levantasse as mãos e não fizesse movimentos suspeitos. O terapeuta seguiu à risca as ordens, mas não o jovem paciente que continuava concentrado em seu caminhão alheio ao que ocorria ao seu redor. “Tudo o que ele tem nas mãos é um caminhão de brinquedo, um caminhão de brinquedo”, repetia aos gritos. “Sou um terapeuta em um centro de ajuda”, identificou-se o cuidador.
“Senhor, por que atirou em mim?”, falou depois. “Mas eles responderam que não sabiam”.
Poucos minutos depois Kinsey – o negro – recebeu três tiros na perna enquanto o paciente – o branco – continuava atônito ao lado dele. A cena, gravada com um celular, foi amplamente divulgada nas redes sociais. A comunidade negra ficou indignada não só pelos disparos injustificados, mas pelo tratamento recebido pela vítima já que o terapeuta foi algemado enquanto sangrava à espera da ambulância.
“Quando fui baleado foi tão surpreendente como uma picada de mosquito”, disse Kinsey no hospital à rede de televisão WSVN. “Minhas mãos estavam para cima quando senti o tiro”. No momento em que se aproximaram, só perguntei: “Senhor, por que atirou em mim?”, falou depois. “Mas eles responderam que não sabiam”.
A polícia disse ao The Miami Herald que tentou negociar com os dois homens na situação e mesmo tendo afastado da corporação os policiais envolvidos, não deu uma explicação convincente.
O assassinato de dois negros pela polícia nos Estados Unidos a duas semanas atrás causou uma onda de mortes de policiais. O primeiro caso, em Dallas, deixou cinco policiais mortos. Posteriormente mais três foram baleados em Baton Rouge (Louisiana) por outro atirador negro.
Há pouco mais de um mês o presidente interino da República, Michel Temer, convocou uma reunião para anunciar medidas de combate à violência contra a mulher. O encontro foi uma resposta à onda de manifestações pelo Brasil em repúdio ao estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro. Mas chamou a atenção o fato de, entre os 27 secretários de Segurança Pública do país (convocados para o encontro), apenas um ser mulher: Márcia de Alencar Araújo, à frente da pasta no Distrito Federal desde janeiro deste ano.
"Sentar na cadeira de secretária de Segurança de um Estado também é enfrentar uma violência institucional pela condição de ser mulher", afirmou, em entrevista ao EL PAÍS.
Mesmo antes de uma mulher assumir o comando da secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal,Brasília já era considerada uma referência no enfrentamento à violência de gênero pelo fato de sua Delegacia da Mulher funcionar 24 horas por dia e aos fins de semana — o que, surpreendentemente, não acontece na maioria do Brasil. Em São Paulo, uma petição popular, organizada pela ONG Minha Sampa, pede o funcionamento ininterrupto das delegacias femininas, o que também é objeto de um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados. Embora ainda não esteja muito claro o que o núcleo recém-criado irá fazer, o Governo interino prometeu realocar verbas federais para destinar às áreas especializadas no combate à violência contra a mulher.
Num ambiente reunido para pensar em soluções para proteger as mulheres, ficou evidente a baixa representação feminina neste meio, o que foi criticado por especialistas em segurança. Afinal, como um grupo quase exclusivamente masculino poderia pensar em ações de interesse feminino? Naquele mesmo dia, Márcia foi escolhida para integrar o núcleo de combate à violência de gêneroanunciado pelo Ministério da Justiça. Acostumada a ser minoria, a secretária do DF não crê, porém, que trata-se de uma tarefa impossível. O desafio é outro: desconstruir a "cultura de violência à mulher" (termo que prefere usar, no lugar de cultura do estupro) em uma sociedade cujas instituições são, em sua maioria, machistas.
O fato de ser mulher não é, entretanto, a única característica que diferencia Márcia de alguns de seus pares. Ela se autodefine como uma "pacifista e humanista", e não demonstra preocupação com o fato de suas opiniões serem vistas como progressistas, em um ambiente majoritariamente conservador. Ascaracterísticas humanistas são resultado, sobretudo, de sua formação em psicologia e sociologia, que seus críticos destacam em seu currículo, segundo ela, ignorando o fato de também ser formada em direito e gestão pública, e de atuar há 20 anos com sistema prisional e penal (trabalhou no Ministério da Justiça e na ONU). E por opiniões progressistas, leia-se, sua visão em torno de pontos como a desmilitarização da Polícia Militar; a revogação do estatuto do desarmamento; e a redução da maioridade penal, por exemplo.
Márcia conversou com o EL PAÍS algumas semanas depois da reunião com o Governo interino. Durante uma hora e meia de entrevista por telefone, respondeu às perguntas sobre temas relacionados à segurança pública, sempre de maneira pausada, segura, embora, às vezes, um pouco prolixa. A seguir, algumas dessas opiniões:
Única mulher no cargo
"Sinto-me muito respeitada pelos meus colegas e pelos meus pares que também têm um assento horizontal ao que eu ocupo hoje. No entanto, quando passamos a falar da dinâmica das relações institucionais e da forma como alguns grupos corporativos e alguns grupos de policiais se referem, às vezes, à minha condição, eu percebo de modo muito claro a reprodução da violência contra a mulher, do modelo patriarcal, da forma como é tratado o elemento feminino neste ambiente. Eu percebo que há uma ilusão por eu ter as minhas características humanistas e de pacifista de que eu não tenha capacidade de comando e domínio sobre o processo. Por quê? Porque eu sou mulher."
“Sentar na cadeira de secretária de Segurança de um Estado também é enfrentar uma violência institucional pela condição de ser mulher”
Desmilitarização da Polícia Militar
"O cidadão ainda tem a polícia como um rescaldo da ditadura ou do militarismo em si. E essa polícia, mesmo tendo se esforçado a se mostrar cidadã, não conseguiu estabelece uma relação suficientemente positiva. Nós temos nessa tradição um esgotamento. Esse padrão que reproduzimos desde a retomada da democracia foi necessário como modelo de transição. Mas qualquer sistema de gestão que não esteja conectado a esse novo tempo não responde mais à missão institucional que se pretende. E, no caso da polícia, isso é muito sério. Primeiro porque o custo social é a violência potencializada. E o custo econômico das polícias é fruto do esforço da sociedade que paga com seus esforços e que, portanto, tem que ter uma instituição forte sim, mas com um modelo de gestão eficiente e eficaz. E mais que isso, penso que as polícias querem demonstrar sua humanidade. Elas se prepararam para os protocolos do século 21, e elas estão prontas pra responder. Elas seriam muito valorizadas e queridas se tivessem uma forma de gestão que permitisse esse fluxo de relação continua com o cidadão."
Cultura do Estupro
"Eu prefiro chamar de cultura de violência à mulher, porque ela se manifesta de várias formas e o estupro é uma delas. Mas há também a cultura do feminicídio, da misoginia... [...] Eu concordo com os especialistas que não é simples, que é complexo. O que eu discordo é que não é possível. Temos que começar. [...] E Brasília teve, aí sim, o privilégio de se conectar com muita agilidade, de construir a Delegacia da Mulher um modelo que serviu de referência para todos os lugares do Brasil. E agora nós vamos implantar em todas as delegacias, independentemente das especializadas, um núcleo de atendimento à mulher, com oitiva feita por mulheres, com um ambiente completamente climatizado para a lógica feminina de acolhimento... Acabamos de inaugurar um espaço como esse na 31ª DP em Planaltina."
Aborto em casos de violência sexual
"Eu penso que o Estado é laico. E, de forma objetiva: a mulher é dona do seu corpo. Essa decisão não é do Estado, é da mulher que sofreu essa violência. E, portanto, é nossa a autonomia enquanto mulher de tomar a decisão sobre qualquer ato consequente de uma violência praticada contra o nosso corpo. O Estado deve garantir que nós tenhamos a autonomia jurídica para tomar a decisão. Então, esse projeto de lei [o PL 5069] deve preservar principalmente a privacidade dessa vítima, e não revitimizar essa mulher. Agora, essa sensibilidade eu espero da nossa Casa Legislativa maior. E espero que o presidente interino possa sancionar os aspectos da lei que reforcem o progresso das nossas conquistas, e que vetar aqueles pontos em que ele tem o poder, de proibir."
Atuação da ‘bancada da bala’
"[Os congressistas dessa bancada] Esses são exatamente os que defendem a lógica tradicional. Nós temos de fato um Congresso conservador, que não é um Congresso republicano no sentido de estar antenado ao que é o nosso tempo de hoje. Este Congresso está desatualizado do ponto de vista de representação política, do que já foram as histórias de conquista das nossas Casas legislativas. Ele tende, assim, que algumas pautas regridam.
“O Estado é laico. Essa decisão [o aborto em caso de estupro] não é do Estado, é da mulher que viveu essa experiência”
Na nova política de gestão de segurança pública, o que precisamos alcançar são os crimes organizados, grandes mercados, crimes transnacionais, federais, que envolvem economia, sobretudo administração pública, tráfico de drogas, de armas, de pessoas... E nesse sentido, as inteligências precisam avançar com rapidez para poder proteger a sociedade. Portanto, eu penso que a legislação tem que pensar simultaneamente a cultura de paz e a construção dessa lógica de prevenção qualificada. Hoje, por exemplo, as armas letais são usadas de uma forma pelas policias mundiais em casos em que ela não alcançou com a sua inteligência o desarmamento, a solução pacifica daquela circunstância."
Revogação do Estatuto do Desarmamento
"O ambiente legislativo hoje se encontra em crise. E é importante ter muita cautela para que as decisões legislativas aconteçam de uma forma que não ameacem as conquistas da carta cidadã de 1988 e os avanços que tivemos nos últimos anos."
Descriminalização das drogas
"A tendência mundial é tratar a questão do uso de drogas como um tema de saúde pública. Por isso, o debate nacional sobre a descriminalização cresceu tanto nos últimos tempos. Só que qualquer iniciativa deve estar associada a uma consulta pública e uma campanha educativa massiva de conscientização. Já o tráfico de drogas trata-se de uma questão de segurança e hoje representa um dos três crimes transacionais mais rentáveis do mundo. Portanto, o debate sobre a descriminalização da maconha não deve estar dissociada deste contexto."