segunda-feira, 18 de julho de 2016

Morre aos 75 anos, nos EUA, o jornalista Eliakim Araújo

17/07/2016 19h02 - Atualizado em 17/07/2016 22h39

Jornalista estava internado para tratar de um câncer no pâncreas.

Ele morava nos EUA com a mulher Leila Cordeiro.

Do G1 SP

Morreu aos 75 anos o jornalista Eliakim Araújo. Ele estava internado em um hospital de Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, para o tratamento de um câncer no pâncreas. A doença foi diagnosticada há cerca de um mês e o jornalista chegou a se submeter a um tratamento de quimioterapia, mas não resistiu.
Natural de Guaxupé, Minas Gerais, Eliakim Araújo ingressou no jornalismo aos 20 anos pelo rádio quando ainda era estudante de direito.  Foi na Rádio Continental que anunciou a renúncia de Jânio Quadros à presidência, em 1961. Passou então quase duas décadas na Rádio Jornal do Brasil.

Começou na televisão em 1983, quando se uniu à equipe de jornalismo da Rede Globo. Na emissora, ele conheceu a mulher, a também jornalista Leila Cordeiro. Eliakim assumiu a bancada do Jornal da Globo em 1983. Em 1986, os dois passaram a apresentar juntos o telejornal, formando o primeiro casal de apresentadores da televisão brasileira. Na Globo, Eliakim também fez reportagens, apresentou o programa Globo Repórter, comandou a cobertura dos desfiles de escolas de samba do Rio de Janeiro e cobriu a eleição de Tancredo Neves. 
Juntos, Eliakim e Leila seguiram para a extinta Rede Manchete em 1989. Eles ancoraram o principal jornal da emissora. Em 1992, em São Paulo, também com mulher, Eliakim apresentou telejornais do SBT como o Aqui Agora e o Jornal do SBT.
Leila Cordeiro e Eliakim Araújo formaram o primeiro casal de apresentadores da TV brasileira.  (Foto: Reprodução/Facebook)Leila Cordeiro e Eliakim Araújo formaram o primeiro casal de apresentadores da TV brasileira. (Foto: Reprodução/Facebook)
O casal se mudou para os Estados Unidos em 1997 para atuar como âncoras do canal CBS Telenotícias, em português. O projeto durou 3 anos e os jornalistas decidiram continuar morando no país. Por três anos, o jornalista apresentou o Câmera Record News, na Rede Record. Atualmente, Eliakim Araújo morava em Fort Lauderdale com a família e trabalhava com jornalismo online. Recentemente, ele e Leila Cordeiro apresentavam juntos o programa Conexão América, exibido pela internet.

Somente neste ano, EI estaria por trás de atentados terroristas em 50 países

Edição do dia 17/07/2016
17/07/2016 21h46 - Atualizado em 17/07/2016 21h46

Para cientista político, a perda dos territórios invadidos criou uma falsa impressão de que o grupo extremista muçulmano estava perdendo força.



Segundo levantamento de uma organização muçulmana que é contra o terrorismo, só neste ano 50 países sofreram atentados de alguma maneira ligados ao Estado Islâmico. Quase 12 mil pessoas morreram.
Para o cientista político Heni Ozi Cukier, a perda dos territórios invadidos criou a falsa impressão de que o Estado Islâmico estava perdendo força. Relembre-se de alguns dos últimos atentados.

domingo, 17 de julho de 2016

Morre, nos EUA, ex-apresentador do Jornal da Globo

Eliakim Araújo formou, ao lado da mulher, a também jornalista Leila Cordeiro, o primeiro casal de apresentadores da televisão brasileira




BRASIL PRIMEIRO CASALHÁ 5 MINSPOR


O jornalista Eliakim Araújo morreu neste domingo, 17, aos 75 anos, em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, onde estava internado para o tratamento de um câncer no pâncreas. A doença foi diagnosticada há um mês e Araújo chegou a se submeter a um tratamento de quimioterapia, mas não resistiu.


Eliakim Araújo formou, ao lado da mulher, a também jornalista Leila Cordeiro, o primeiro casal de apresentadores da televisão brasileira, ao comandar o "Jornal da Globo", em 1983. Nascido em Guaxupé, Minas Gerais, Araújo também comandou, na emissora carioca, o "Globo Repórter", além das cobertura dos desfiles de escolas de samba do Rio de Janeiro e a eleição indireta de Tancredo Neves.
O jornalista se transferiu, junto da mulher, para a Rede Manchete, em 1989, quando ancoraram o principal telejornal da emissora. O casal se mudou para os Estados Unidos em 1997 para trabalhar como âncoras do canal CBS Telenotícias, que transmitia em português. O projeto durou três anos e, mesmo após seu final, os jornalistas decidiram continuar morando nos EUA. Recentemente, Eliakim Araújo trabalhava com jornalismo online. Segundo a família, o desejo do jornalista era que seu corpo fosse cremado e a cinzas jogadas no mar. Com informações do Estadão Conteúdo.

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Delação na Lava Jato já reduz penas em 326 anos


Em São Paulo


O juiz Sergio Moro, um dos protagonistas da Operação Lava Jato


Os acordos de colaboração premiada firmados na Operação Lava Jato reduziram em ao menos 326 anos as penas dos condenados em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro. O número se refere a 28% do total de 1.149 anos aos quais todos os réus, delatores ou não, já foram sentenciados no esquema de desvios de recursos da Petrobras.
A redução pode ser maior, uma vez que no levantamento feito pelo "Estado" foram consideradas apenas as 15 colaborações cujos termos dos acordos vieram a público pela 13ª Vara Criminal da Justiça Federal, em Curitiba. Até agora, ao menos 65 réus da Lava Jato fecharam acordos de delação. Há negociações ainda em andamento, como a de Marcelo Bahia Odebrecht, presidente afastado da empreiteira que leva seu sobrenome, a maior do país.
As delações já computadas somam 400 anos de pena por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Após os acordos, nos quais os réus confessaram os delitos e se comprometeram a fornecer informações e documentos que auxiliem a investigação e a produção de provas, o total de penas chega a 74 anos. Entre os delatores, a redução dos anos é de 81%.
Os maiores beneficiados são também os que receberam as penas mais pesadas e os que fizeram as colaborações mais consistentes, com detalhamento do esquema e revelação o envolvimento de nomes importantes. Dois dos principais personagens da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, conseguiram reduzir suas penas em cerca de 140 anos.
Condenado a quase 80 anos de prisão por lavagem de dinheiro e organização criminosa, Youssef fez delação e deve cumprir pena em regime fechado entre três e cinco anos. Depois, passa para o regime aberto. Costa foi condenado a 74 anos, seis meses e dez dias de prisão por corrupção e lavagem. Com o acordo, no qual foi o primeiro a revelar a participação de políticos, a pena foi convertida em um ano de prisão domiciliar, mais dois anos no semiaberto, com tornozeleira. Ele cumpre pena em casa desde outubro.
Para o procurador da República Paulo Roberto Galvão, integrante da força-tarefa, as colaborações são o "coração pulsante" da Lava Jato. "Não são suficientes por si só, pois precisamos acrescentar outras provas às palavras do delator, mas são essenciais para o início e a expansão das investigações", diz.

Benefícios

Segundo Galvão, as colaborações premiadas são responsáveis pelo efeito cascata alcançado na operação. "Acordos de colaboração seguem a regra de que só são feitos quando trazem muitos benefícios para a sociedade", afirma o procurador, ressaltando que mais de 70% dos acordos foram assinados com pessoas soltas. "Muitas delas não estavam no radar das investigações."
Para o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e hoje advogado Gilson Dipp, as delações são um "importante instrumento para a obtenção de provas". Dipp, porém, faz ressalvas a seu uso na Lava Jato. "Acabou por ser a única forma de obtenção de provas, a partir de prisões preventivas ou temporárias atemporais", disse.
Dipp aponta falhas na condução das delações. Ele critica, por exemplo, o fato de Youssef ter descumprido termos de uma primeira delação, no caso Banestado, e ter feito nova colaboração, desta vez na Lava Jato. "Isso não foi reportado pelo Ministério Público."

Em casa

Por causa dos acordos, a maior parte dos delatores cumpre hoje prisão domiciliar. Eles são obrigados a reportar regularmente à Justiça suas atividades profissionais.
O maior peso das condenações, porém, está no bolso dos colaboradores. Os condenados abdicaram de US$ 124 milhões e R$ 323 milhões, além de bens como imóveis de alto padrão, terrenos, carros importados, lanchas e participações societárias. Os recursos foram repassados para a Petrobrás e a União.
As delações, em contrapartida, ajudaram não só a desvendar parte do esquema, que, segundo a Lava Jato, é responsável pelo desvio de mais de R$ 6 bilhões, mas também a apontar a participação de outros envolvidos, entre eles detentores de foro privilegiado. Ao menos 49 políticos foram delatados. As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".

Delator diz que dono da J&F deu casa de luxo como propina para Funaro

17/07/2016 12h09 - Atualizado em 17/07/2016 12h11

STF já homologou delação do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto.

Cleto acusou empresários, doleiro e Eduardo Cunha de fraudes no FGTS.

Da TV Globo, em Brasília

O ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto afirmou em delação premiada firmada com Ministério Público Federal que um dos donos do grupo J&F - Joesley Batista - deu uma casa de luxo ao doleiro Lúcio Funaro como pagamento de propina por obter benefícios no Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Segundo Cleto, a informação foi dada para ele por Alexandre Margotto, sócio de Funaro.
O doleiro foi preso em um desdobramento da Operação Lava Jato no começo deste mês. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu a prisão, Funaro é um dos operadores do deputado federal afastado Eduardo Cunha no esquema de propina na Caixa, além de ter com o parlamentar, que é réu em duas ações penais na Lava Jato, uma "longa e íntima relação". A delação de Cleto, que já foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), baseou o pedido de prisão e pedidos de buscas, que atingiram Joesley Batista e outros empresários.
Tanto Joesley quanto Funaro negam as acusações de pagamento de propina por financiamentos da Caixa Econômica (veja mais detalhes ao final da matéria). O G1 não conseguiu contato com eles neste sábado.
De acordo com a delação, o empresário Joesley Batista procurou o grupo para ampliar o percentual de endividamento da Eldorado, fábrica de celulose do grupo J&F, que já havia conseguido recursos do FI-FGTS. Para defender o interesse da Eldorado, Cleto receberia "propina extra" de R$ 1 milhão. O dinheiro, no entanto, nunca foi pago, segundo o delator.

"Alexandre Margotto comentou com o depoente que Lúcio Bologna Funaro havia recebido, como parte do pagamento de propina de Joesley por esta operação, uma residência no Jardim Europa, em São Paulo; que acredita que seja a casa onde Funaro reside atualmente, mas não tem certeza; Que não tem ideia do valor, mas tem conhecimento que uma casa no Jardim Europa não vale menos de R$ 15 milhões de reais; que o depoente nunca foi nesta casa; QUE o depoente nunca chegou a cobrar de FUNARO o valor da propina extra oferecida de R$ 1.000.000,00, pois tinha certeza que seria uma cobrança infrutífera", diz trecho da delação de Fábio Cleto.

No caso do endividamento da Eldorado, Cleto contou que o aumento do limite era "aceitável" porque era um endividamento temporário, mas que seria necessária "toda uma argumentação para flexibilizar" a situação. O delator contou que partiu de Alexandre Margotto "a demanda", que "é possível que Eduardo Cunha também tenha reforçado o pedido", e que ele conseguiu argumentar tecnicamente de que a alteração seria viável, obtendo sucesso.
Segundo ele, o próprio Funaro, com quem havia se desentendido, prometeu o pagamento extra. O desentendimento entre os dois começou por conta de "cobranças agressivas" de Funaro, que "ameaçou colocar fogo na casa do depoente (Cleto), com os filhos dentro". Depois da briga, Fábio Cleto quase deixou o cargo, mas foi convencido a ficar por Eduardo Cunha, que passou a tratar diretamente sobre a propina na Caixa.

Conforme Cleto, outro pleito de Joesley na Caixa foi a captação de recursos do FI-FGTS para obras de logística, saneamento e energia da fábrica. Mas como o fundo tem limite para áreas, não havia disponibilidade para se investir em energia, somente logística e saneamento, no valor de R$ 940 milhões de reais.

"Que, nesta época, em 2012, o depoente já não tinha mais relacionamento com Lúcio Bologna Funaro; que Lúcio Bologna Funaro pediu apoio para a operação por meio de Eduardo Cunha e este último pediu ao depoente apoio para a operação; QUE, então, a operação foi estruturada pela Viter (vice-presidência de gestão de ativos de terceiros da Caixa), levada ao Comitê de Investimentos e aprovada; que em razão do pedido de Eduardo Cunha, o depoente votou favoravelmente no Comitê de Investimentos", narrou.

Na operação, Cleto relata ter recebido propina de R$ 680 mil. O dinheiro foi recebido por meio de contas na Suíça em nome da offshore Lastal e os depósitos feitos pela Carioca Engenharia - a Carioca também foi beneficiada com dinheiro do fundo nas obras do Porto Maravilha. Os donos da Carioca fecharam delação e contaram que em razão do benefício faziam pagamentos em contas indicadas por Cunha no exterior.

Relação estreita e viagem ao Caribe
Na delação, Fábio Cleto conta que conheceu Funaro em 2010, por meio de Alexandre Margotto. Que estreitaram uma relação pessoal em razão de trabalho conjunto com operações financeiras. Até que Funaro avisou, em 2011, que o PMDB tinha cargos no governo, entre eles um na Caixa, e que pensou em indicá-lo em razão do histórico profissional - Cleto se formou em administração e trabalhou no banco Itaú. Segundo o ex-executivo da Caixa, nessa época, sabia que Funaro tinha ligação com Eduardo Cunha.

Fábio Cleto foi avisado que a indicação tinha contrapartida e que algumas operações aprovadas teriam pagamento de propina e que isso seria dividido. O nome dele foi levado por Eduardo Cunha ao então líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, que repassou o nome ao governo e ele foi entrevistado para o cargo pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, "a conversa foi técnica".

O ex-executivo também narrou que manteve relacionamento "estreito" com Funaro e que eles foram viajar juntos para o Caribe. Nesta viagem, conheceu o empresário Joesley Batista, que era amigo de Funaro.

"Que esta viagem foi no segundo semestre de 2011, provavelmente mais para o final do ano;  que passaram entre 4 ou 5 dias no local; que provavelmente se tratava de uma quarta feira e provavelmente emendou com o final de semana; que questionado se o depoente possui alguma foto desta viagem, respondeu que não; que questionado a razão disto, respondeu que esta era uma preocupação de Lúcio Bologna Funaro, para não ter provas de que estavam juntos e não se comprometer provavelmente; que era uma preocupação tácita de todos, inclusive do depoente, pois não ficaria “bem” um funcionário da CEF viajando com Funaro e com um empresário", relatou Cleto.

Propina em depósitos e dinheiro vivo
Na delação, Fábio Cleto revela aos investigadores que recebeu US$ 2,1 milhões de propina de dez empresas e obras. E que sempre o dinheiro vinha de depósitos feitos pela Carioca Engenharia.

"Que, conforme explicado, era mais fácil e seguro para Eduardo Cunha realizar transferências de apenas uma empresa para as contas na Suíça do depoente do que realizar transferências das dez empresas; QUE em todos os casos envolvendo tais empresas, o depoente trabalhou para a aprovação dentro da CEF, por indicação de Eduardo Cunha ou Lúcio Bologna Funaro, e após a aprovação e o desembolso da operação, foi informado ao depoente o percentual pago a título de propina, com o posterior pagamento de valores no exterior pela Carioca", contou.

Segundo o ex-dirigente da Caixa, além dos depósitos, ele também recebeu R$ 520 mil em dinheiro vivo como propina, em três vezes distintas - R$ 400 mil, R$ 40 mil e R$ 80 mil. E que "todos estes valores foram entregues por Eduardo Cunha ou por pessoas por ele indicadas."

Cleto narra que Cunha entregou diretamente a ele R$ 40 mil em dinheiro em 10 de agosto de 2012 no apartamento funcional do deputado, hoje afastado do mandato, e que não se lembra onde foram entregues os R$ 80 mil em 30 de julho de 2013. Os R$ 400 mil foram entregues na portaria de Fábio Cleto em uma sacola, em 28 de abril de 2014.

Versão dos acusados
Fábio Cleto, Lúcio Funaro, Alexandre Margotto, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves foram denunciados por fraudes com recursos do FI-FGTS. A denúncia ainda não foi analisada pelo Supremo Tribunal Federal, que cuida do caso em razão do foro privilegiado de Cunha, e isso também não tem data para ocorrer.

Em nota divulgada no dia da operação que prendeu Funaro e realizou buscas, Eduardo Cunha negou ter recebido vantagens indevidas e ter operadores. "Quero desmentir com veemência os supostos fatos divulgados e desafio a provarem", afirmou o deputado, na época.
Joesley não quis se manifestar, mas a Eldorado divulgou nota afirmando que sempre atuou de forma transparente e que todas as atividades são realizadas dentro da legalidade. A defesa de Lúcio Funaro afirmou que o cliente é inocente e que ficaria comprovado que Fábio Cleto mentiu em sua delação.

Inspeção de passageiro em aeroporto será intensificada a partir de segunda

17/07/2016 12h32 - Atualizado em 17/07/2016 13h26

Companhias aéreas recomendam que check-in seja feito 1h30 antes do voo.

Medida anunciada pela Anac antes da Olimpíada não tem prazo para acabar.

Laís AlegrettiDo G1, em Brasília

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou que os procedimentos de inspeção dos passageiros e de bagagens em aeroportos serão intensificados a partir desta segunda-feira (18). As medidas, que já existiam, serão aplicadas de forma mais rigorosa.
Considerando que a inspeção mais intensa vai aumentar o tempo para chegar às salas de embarque, as companhias aéreas orientam que os passageiros passem a se apresentar para o check in com uma antecedência de pelo menos 1h30 antes do horário de partida do voo.
Segundo a Anac, essa medida, que começará dias antes da Olimpíada, não tem ligação com os jogos ou com outro fator externo. A agência reguladora informou, ainda, que no exterior são adotadas medidas semelhantes de segurança.
A mudança, que vale para voos nacionais e internacionais em todos os aeroportos brasileiros, não tem prazo para acabar.
Confira os procedimentos que devem ser intensificados, segundo a Anac:
- Revista física
Todos os passegeiros estão sujeitos a passar por uma revista física, feita por um agente do mesmo sexo. Isso pode ser feito de forma aleatória, ou seja, mesmo que não tenha sido disparado o alarme do equipamento de raios X. De acordo com a Anac, a revista poderá ocorrer em local público ou reservado, a critério do passageiro e do agentes, e com presença de testemunha.
Crianças também podem ser submetidas à revista física, segundo a Anac. A idade mínima, no entanto, não foi informada por "questões de segurança", segundo o órgão.
Se o passageiro se negar a passar por revista física, caso seja solicitado, ele não poderá acessar a área de embarque do aeroporto.
- Notebook
Os passageiros terão que tirar computadores portáteis e outros dispositivos eletrônicos de dentro das malas e mochilas. Antes, segundo a Anac, a medida só era obrigatória para os voos internacionais.
De acordo com a agência reguladora, a presença do notebook dificulta a visualização dos demais itens no interior da bagagem durante a inspeção pelo equipamento de raios X.
- Abertura de bagagem
Os passageiros também podem ter de abrir as bagagens de mão para que os agentes façam a inspeção dos objetos. Isso pode ser solicitado no momento da passagem pelo equipamento de raios X.
Se o passageiro se recusar a abrir a bagagem de mão, ele ficará proibido de entrar na área de embarque do aeroporto.

"Os operadores aeroportuários preveem que a mudança aumentará o tempo para se chegar às salas de embarque", informou a associação.
Filas

Depois de a Anac anunciar as mudanças, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que representa Avianca, Azul, Gol e Latam, informou que as empresas orientam os passageiros dos voos nacionais a se apresentarem para o check-in com antecedência de pelo menos 1h30 antes do horário de saída do voo.
A Anac informou que serão tomadas medidas para evitar possíveis filas, mas não detalhou os procedimentos previstos. "Os operadores aeroportuários estão cientes dos novos procedimentos de segurança e adotarão as medidas necessárias para agilizar o processamento dos passageiros."