Minha gente:
Sabemos que existe todo tipo de teoria da conspiração.
Dos fatos:
Sergio Moro é altamente preparado nos Estados Unidos "Washington Post diz
que Sérgio Moro é ‘nerd’ treinado nos EUA. Bingo”! “Estudioso “da Operação Mão
Limpas” Itália” pelas equipes de combate ao crime organizado!
A formação
Guerreira do Senhor: SERGIO MORO O Juiz Templário.
A formação
pessoal e profissional do Juiz Sérgio é realmente admirável. Formado em Direito
e Antropologia, é fascinado por livros clássicos e apaixonado pelas artes de
combate, pois é Faixa Preta 2DAN de karatê, 1DAN de Aikido e Faixa Roxa de
Judô, além de exímio atirador (armas curtas e longas) são especialistas em
combate com faca, com curso de operações especiais na PF, por isso é um
guerreiro, um grande estrategista. É leitor voraz dos Grandes Pensadores e
escritores universais, dentre eles o Nicolau Maquiavel.
Só uma
pessoa com o conhecimento do escritor renascentista italiano, que escreveu
sobre política de estado, teria essa sagacidade e a esperteza para destroçar a
ideologia nefasta, comunista e exploratória implantada pelo PT - Partido dos
"Trabalhadores".
Para isso,
ele age com sobriedade e adota um estratagema de forma a não permitir que as
suas decisões sejam contestadas pelos tribunais superiores, a exemplo do STF e
do STJ.
Sergio Moro
aprendeu tudo com Maquiavel, certamente devorando o Príncipe, seu livro mais
conhecido.
Trabalha com
paciência, como um exímio enxadrista, para acuar o ex-presidente e seus
"vampiros" até o golpe fatal, o xeque-mate que se aproxima, com a
movimentação cuidadosa no "Tatame da vida" e das peças no tabuleiro.
É assim que
o juiz Sergio Moro está montando o quebra-cabeça do maior escândalo da história
do país, organizando o jogo de xadrez com inteligência e a paciência de um
monge Templário.
A prisão do
Lula virá... E esse fato será o coroamento dessa operação incansável dos nossos
Templários.
Ontem em
entrevista, o Juiz Templário disse a seguinte frase do Nicolau Maquiavel:
"Os homens julgam, em geral, na base das aparências mais do que da
substância. Pois todos têm olhos, mas poucos possuem o dom da sagacidade".
E acrescentou com tom forte na voz: "Eu me preparei à vida inteira para o
combate... Não temo nada, sou um Homem livre e de bons costumes. Estou pronto
para a guerra.”.
Da
competência: Análise jurídica e processual sobre a Operação Lava Jato, procurou
estudar a origem do crime lavagem de dinheiro, suas formas de combate no
ordenamento jurídico brasileiro e faz uma analogia no direito comparado, sob a
ótica das ordenações estrangeiras e suas ramificações como: narcotráfico, crimes
organizados e suas infiltrações na Administração Pública sobre a forma de
corrupção e formação de quadrilha envolvendo a estatal Petrobrás.
Do mérito:
Padrão americano, mesma equipe o tempo todo! Não vasa nada. Prisão do Lula!
Não despacha
crimes comuns; Exemplo cobranças, cheques sem fundo, roubo de bicicleta etc...
Dedicado as
investigações de crime organizado produzindo só
na Lava Jato processos com mais de 10.000 folhas e sabe como ninguém
fazer conexões de cada detalhe!
Resumo:
Ninguém com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal vão conseguir manter
sigilo, ler e produzir 10.000 folhas de um processo lá.
COMPARTILHE-
temos esta obrigação como brasileiros!
Otto Frederick Warmbier, escoltado por dois soldados.Jon Chol Jin AP / ATLAS
A Justiça norte-coreana condenou nesta quarta-feira a 15 anos de trabalhos forçados um jovem norte-americano por ter tentado retirar do país, que é extremamente fechado, um cartaz de propaganda política. Otto Frederick Warmbier, que admitiu ter cometido o furto há apenas duas semanas em uma confissão que poderia ter sido forçada pelas autoridades, foi declarado culpado de “crimes contra o Estado”, segundo anunciou nesta quarta-feira o Tribunal Supremo da Coreia do Norte.
A sentença, divulgada pelas agências de notícias Xinhua (chinesa) e Kyodo(japonesa), não foi confirmada ainda pelos meios de comunicação estatais norte-coreanos. Warmbier, 21 anos, estudante da Universidade de Virginia, entrou na Coreia do Norte como turista e em uma viagem organizada tendo como motivo a passagem de ano. No começo de janeiro, quando já estava próximo de deixar o país em direção à China, Warmbier foi detido por ter cometido, segundo a Coreia do Norte, “um ato hostil”.
A sentença de Warmbier ocorre no mesmo momento em que se dá umaescalada da tensão nas relações entre a Coreia do Norte e os seus vizinhos, assim como os Estados Unidos, devido ao programa nuclear conduzido pelo país. O regime deKim Jong-unacaba de ser alvo de novas sanções econômicas por parte das Nações Unidas depois daexplosão de uma suposta bomba de hidrogênioe o lançamento de um foguete que a comunidade internacional interpretou como um teste de misseis camuflado.Em 29 de fevereiro passado, o regime norte-coreano divulgou vários vídeos em que o jovem norte-americano confessa o furto, afirmando, entre lágrimas e soluços, que havia cometido “o maior erro de minha vida” e pedindo a sua libertação. Segundo afirmou, ele agiu cumprindo uma ordem de uma igreja protestante de Ohio que tinha como objetivo “atingir a motivação e o trabalho do povo norte-coreano”, com a conivência da CIA e do governo dos EUA. Caso fosse preso, detalhou o estudante, a igreja daria uma indenização de 200.000 dólares a sua família, “que estava passando por graves dificuldades financeiras”. Vários estrangeiros que já foram presos na Coreia do Norte declararam, depois de soltos, que tinham sido forçados a fazer esse tipo de confissão.
O aparelho midiático norte-coreano reagiu com uma retórica belicista exacerbada nas últimas semanas com a promessa de novos testes atômicos, supostos êxitos no que diz respeito ao lançamento de armas nucleares com mísseis e até mesmo ameaças de “ataques nucleares preventivos”. Somam-se a isso tudo as manobras anuais conjuntas entre os exércitos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul na península, que este ano contam com um número recorde de militares.
Com Warmbier, a Coreia do Norte mantém atualmente três cidadãos estrangeiros presos por “atos hostis”. Os outros dois são um pastor canadense de origem sul-coreana, Hyeon Soo Lim, condenado perpetuamente no mês passado a trabalhos forçados por sedição; e um empresário norte-americano também de origem sul-coreana, Kim Dong Chul, acusado de espionagem e que se encontra à espera de seu julgamento. Os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas com a Coreia do Norte, razão pela qual esses casos estão sendo tratados pela embaixada da Suécia no país asiático, que representa os EUA de forma limitada.
Em outubro passado, Pyongyang soltou um outro estudante sul-coreano, Joo Won-moon, que ficou preso durante seis meses por ter atravessado a fronteira ilegalmente. Em 2014, o país libertou o missionário norte-americano Kenneth Bae, também condenado a 15 anos de trabalhos forçados, mas que acabou cumprindo apenas dois. Um outro norte-americano, Jeffrey Edward Fowle, passou cinco meses preso por ter deixado uma Bíblia no banheiro de um clube noturno.
Em 15 de maio do ano passado, o Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria-Geral da República, autorizou a Polícia Federal a vasculhar a residência do então governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, do PMDB, à cata de provas sobre a participação dele num esquema de corrupção. Cinco dias depois, uma equipe da PF amanheceu no duplex do governador, em Cuiabá. Na batida, os policiais acabaram descobrindo que Silval Barbosa guardava uma pistola 380, três carregadores e 53 munições. Como o registro da arma vencera havia quatro anos, a PF prendeu o governador em flagrante. Horas mais tarde, Silval Barbosa pagou fiança de R$ 100 mil e saiu da prisão. Naquele momento, o caso já estava no noticiário. Às 17h15, o governador recebeu um telefonema de Brasília. Vinha do mesmo Supremo que autorizara a operação.
“Governador Silval Barbosa? O ministro Gilmar Mendes gostaria de falar com o senhor, posso transferi-lo?”, diz um rapaz, ligando diretamente do gabinete do ministro. “Positivo”, diz o governador. Ouve-se a tradicional e irritante musiquinha de elevador. “Ilustre ministro”, diz Silval Barbosa. Gilmar Mendes, que nasceu em Mato Grosso, parece surpreso com a situação de Silval Barbosa: “Governador, que confusão é essa?”. Começavam ali dois minutos de um telefonema classificado pela PF como “relevante” às investigações. O diálogo foi interceptado com autorização do próprio Supremo – era o telefone do governador que estava sob vigilância da polícia. Na conversa, Silval Barbosa explica as circunstâncias da prisão. “Que loucura!”, diz Gilmar Mendes, duas vezes, ao governador (leia ao lado um trecho da transcrição da conversa). Silval Barbosa narra vagamente as acusações de corrupção que pesam contra ele. Gilmar Mendes diz a Silval Barbosa que conversará com o ministro Dias Toffoli, relator do caso. Fora Toffoli quem, dias antes, autorizara a batida na casa do governador. Segue-se o seguinte diálogo:
Silval Barbosa: E é com isso que fizeram a busca e apreensão aqui em casa. Gilmar Mendes: Meu Deus do céu! Silval Barbosa: É! Gilmar Mendes: Que absurdo! Eu vou lá. Depois, se for o caso, a gente conversa. Silval Barbosa: Tá bom, então, ministro. Obrigado pela atenção! Gilmar Mendes: Um abraço aí de solidariedade! Silval Barbosa: Tá, obrigado, ministro! Tchau!
Meia hora após o telefonema de Gilmar Mendes, foi a vez de o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ligar para Silval Barbosa. Isso mesmo: o chefe da PF foi interceptado... num grampo da PF. A secretária avisa: “Governador, é o ministro da Justiça”. Curiosamente, a conversa começa quase idêntica à anterior. “Que confusão, hein, governador?”, diz Cardozo. Silval Barbosa repete o que dissera a Gilmar Mendes sobre as acusações de corrupção. “Barbaridade!”, diz Cardozo. Silval Barbosa diz ao ministro que tinha uma arma com registro vencido. Cardozo responde: “Muita gente não sabe disso, viu, Silval?”, diz o ministro sobre as regras de renovação de porte. Cardozo ainda diz “que loucura” quando o governador critica o fato de a investigação ser tocada no Supremo, foro do ex-governador e atual senador Blairo Maggi, um dos investigados, e não no Superior Tribunal de Justiça, foro de Silval Barbosa. A conversa prossegue – em determinado momento, Silval Barbosa é chamado de “mestre” por Cardozo. “O pessoal da PF se comportou direitinho com você? (…) Eu queria saber muito se a PF tinha feito alguma arbitrariedade”, diz Cardozo. “Fizeram o trabalho deles na maior educação, tranquilo”, afirma o investigado. “Qualquer coisa me liga, tá, Silval?”, diz o ministro da Justiça.
ÉPOCA teve acesso com exclusividade à íntegra do inquérito relatado por Dias Toffoli. É lá que se encontram os áudios transcritos nestas páginas (ouça em epoca.com.br) – e as provas do caso. O inquérito foi batizado com o nome de Operação Ararath – uma referência bíblica ao monte da história de Noé, na qual só os policiais parecem encontrar sentido. Iniciada em 2013, a investigação da PF e do Ministério Público Federal desmontara um esquema de lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e corrupção política no topo do governo de Mato Grosso. O caso subiu ao Supremo quando um dos principais operadores da quadrilha topou uma delação premiada. Entregou o governador e seus aliados, assim como comprovantes bancários. No dia em que Silval Barbosa foi preso, a PF também fez batidas em outros locais. Apreendeu documentos que viriam a reforçar as evidências já obtidas.
A investigação exigiu do Ministério Público Federal uma força-tarefa de procuradores, além de uma investigação em sigilo absoluto, com direito à entrega de documentos em mãos ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo as provas reunidas pelos investigadores, o esquema era simples. O grupo político que governava Mato Grosso desde 2008, representado pelo então governador Blairo Maggi, hoje senador, e Silval Barbosa, que era seu vice, usava a máquina do governo para financiar campanhas eleitorais. Empreiteiras com contratos no governo do Estado faziam pagamentos a intermediários, que por sua vez repassavam dinheiro às campanhas. Esses intermediários eram donos de empresas que funcionavam como pequenos bancos ilegais. Mantinham à disposição do grupo político uma espécie de conta-corrente. Silval Barbosa foi acusado de articular pessoalmente o pagamento de R$ 8 milhões às campanhas dele e de seus aliados, nas eleições de 2008 e 2010. Há documentos bancários que confirmam o depoimento do delator.
Antes mesmo da batida no apartamento do governador, os delegados foram peremptórios sobre a participação dele no esquema. “Além do crime contra o sistema financeiro nacional, revela-se por parte de Silval Barbosa a prática do crime de corrupção passiva, consubstanciada na solicitação – e posterior recebimento – de empréstimo de R$ 4 milhões (na campanha de 2008), quantia que não seria obtida mediante operação regular (vantagem indevida), para fins eleitorais e partidários (satisfação das necessidades do PMDB), circunstância ligada diretamente a sua atividade política e cargo ocupado (vice-governador); a conduta foi praticada, portanto, em razão da função”, escreveram os delegados ao STF.
O irmão mais novo de Gilmar Mendes, Francisco Mendes, pertence ao mesmo grupo político de Silval Barbosa e Blairo Maggi. Francisco Mendes foi prefeito de Diamantino, cidade natal da família. Apesar da proximidade com Silval Barbosa, Francisco Mendes, ressalte- se, não está sob investigação da PF. O ministro Gilmar Mendes também mantém boas relações com Silval Barbosa. Em 21 de junho de 2013, quando Silval Barbosa era governador e o caso começava a ser investigado pela força-tarefa, Gilmar Mendes foi ao gabinete dele em Cuiabá para receber a medalha de honra ao mérito do Estado de Mato Grosso. Assim falou Gilmar Mendes: “É uma visita de cortesia ao governador. Somos amigos de muitos anos, temos tido sempre conversas muito proveitosas. Fico muito honrado. Faço tudo para que o nome de Mato Grosso seja elevado”.
Em sete de outubro, quatro meses após o telefonema de solidariedade a Silval Barbosa, o ministro Gilmar Mendes foi convocado a desempatar um julgamento do inquérito. A Procuradoria-Geral da República pedira ao Supremo que o principal operador do esquema, segundo a PF, fosse preso novamente. Argumentava-se que ele tentara fugir – e tentaria de novo. Trata-se de Éder Moraes. Ele fora secretário da Casa Civil, da Fazenda e chefe da organização da Copa do Mundo em Mato Grosso nos governos de Blairo Maggi e Silval Barbosa.
Quatro meses após ligar para Silval, Gilmar deu o voto decisivo para manter livre o operador do esquema
O pedido foi julgado na primeira turma do Supremo, composta de cinco ministros. Meses antes, Toffoli, o relator do caso, votara por mantê-lo em liberdade. Os ministros Celso de Mello e Luís Roberto Barroso avaliaram que não poderiam atuar no caso. Sem declinar as razões, Celso de Mello e Barroso se declararam suspeitos. O ministro Luiz Fux votou com Toffoli, mas os ministros Marco Aurélio Mello e Rosa Weber votaram a favor do pedido do Ministério Público – pela prisão preventiva. O julgamento estava empatado. Faltava um voto. O ministro Gilmar Mendes avaliou que não tinha razões para se declarar impedido ou suspeito de participar do julgamento. Votou contra a prisão do acusado. Foi o voto que assegurou a liberdade de Éder Moraes – que, segundo as investigações, era o parceiro de Silval Barbosa no esquema.
Procurados, os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli disseram que não conversaram sobre o processo. ÉPOCA enviou ao ministro Gilmar Mendes cópia do diálogo interceptado pela PF. Em nota, o ministro negou qualquer conflito de interesses ao participar do julgamento do operador. Também não viu problemas no teor do telefonema de solidariedade ao investigado. “Ao ser informado pela imprensa sobre a busca e apreensão na residência do então governador do Estado do Mato Grosso, com quem mantinha relações institucionais, o Min. Gilmar Mendes telefonou ao Governador Silval Barbosa para verificar se as matérias jornalísticas eram verídicas”, diz a nota. A assessoria do ministro disse ainda que ele usou as expressões “que absurdo” e “que loucura” como interjeições, sem juízo de valor. Gilmar Mendes preferiu não fazer nenhum comentário adicional sobre o assunto.
A amigos, Gilmar Mendes disse que seu voto no caso obedeceu aos mesmos princípios que ele sempre seguiu em julgamentos de pedido de prisão. Segundo a assessoria de Gilmar Mendes, o ministro não julgou Silval Barbosa e, mesmo nesse caso, não haveria motivo para impedimento ou suspeição porque, segundo Gilmar Mendes, eles não são amigos íntimos. “O ministro Gilmar Mendes foi convocado a participar do julgamento de agravo regimental pela Primeira Turma e, no caso, não se verificam quaisquer das hipóteses de suspeição e impedimento, estritamente reguladas nos artigos 277 a 287 do RISTF, 95 a 107 do CPP e 134 e 135 do CPC”, diz uma nota do ministro.
As leis e as normas citadas pelo ministro estipulam os casos em que um magistrado pode se declarar impedido ou suspeito para julgar um caso. Há uma diferença entre impedimento e suspeição. Um juiz declara-se impedido de julgar determinado processo por critérios objetivos. Quando há razões subjetivas que possam comprometer a parcialidade do juiz, ele deve se declarar suspeito. Um juiz deve se declarar impedido quando, por exemplo, ele for parente de uma das partes do processo. Os critérios subjetivos que determinam a suspeição do juiz são vagos: incluem ser “amigo íntimo ou inimigo capital”. Na prática, com exceção de casos muito claros, como os que envolvem parentesco com os acusados, o juiz tem liberdade para decidir, caso a caso, quando deve se declarar impedido ou suspeito.
Ouvido por ÉPOCA, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que é seu dever apurar abusos da Polícia Federal e, por isso, ligou para o governador. “Sempre que recebo algum tipo de informação de que pode ter ocorrido algum tipo de abuso, é meu dever apurar. Era uma mera busca e apreensão, e não havia prisão. Posteriormente, pela imprensa, chegou a informação de que o governador tinha sido preso. Deputados também tinham dito que houve arbítrio. E para checar exatamente o que tinha acontecido, eu liguei para o governador para saber o que tinha acontecido.” Segundo Cardozo, ele mantinha contato frequente com Silval Barbosa por ser governador e, por isso, ligou diretamente. O ministro afirmou ainda que, ao falar em “loucura” e “barbaridade”, usou expressões de concordância, sem juízo de valor.
O advogado de Silval Barbosa, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que não há provas contra o ex-governador. “O caso está sendo investigado e a única base das acusações é uma delação que já foi, inclusive, desmentida pelo delator mediante retratação formal. A defesa não considera que exista qualquer prova de irregularidade contra o governador Silval Barbosa”, disse.
O senador Blairo Maggi negou qualquer participação no esquema. O advogado de Éder Moraes, Rodrigo Alencastro, negou a participação de seu cliente como operador do grupo de Silval Barbosa. “Ele jamais teve esse papel de operador e nem sequer conhece a existência do esquema. Essas afirmações do delator são todas peremptoriamente negadas por Éder Moraes”, disse.
No Supremo, após a decisão que manteve solto o homem acusado de ser o principal operador do esquema, o inquérito contra Silval Barbosa e Blairo Maggi tramita lentamente.
BERNA - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta quinta-feira, 17, que "ninguém está imune" a uma investigação ao ressaltar que vai examinar as suspeitas de que a presidente Dilma Rousseff teria agido para obstruir a Justiça. "Nosso trabalho é republicano. Não há pessoa fora de investigação", declarou nesta quinta-feira, 17, em Berna, na Suíça.
O procurador já havia apontado nessa direção na quarta-feira em Paris diante de novo conteúdo da delação premiada do senador Delcídio Amaral revelado pelo site da revista Veja. Agora, seus assessores indicam que a possibilidade foi reforçada com a divulgação do telefonema entre a presidente Dilma e o ex-presidente e o ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Janot voltou a repetir o termo "republicanamente" ao ser questionado sobre o andamento das investigações da Operação Lava Jato. "Temos que analisar o que temos, analisar o que está nas delações premiadas e ai, tecnicamente, vamos tomar uma decisão. Não há uma decisão de instaurar e nem de arquivar. Nós vivemos em uma república e ninguém está nem acima e nem abaixo da lei. Todos devem ser tratados republicanamente", disse. O mesmo termo foi usado para falar da tecnicidade a ser empregada na análise das suspeitas que envolvem o ex-presidente Lula, hoje ministro da Casa Civil, na Lava Jato.
O procurador reiterou que o Ministério Público só vai agir com base em fatos jurídicos. "O MP não age politicamente. Será algo técnico", afirmou. Questionado se ser presidente blindaria a presidente Dilma de um inquérito, ele respondeu: "De jeito nenhum, de jeito nenhum".
Gravações
Janot passou parte da madrugada de quarta para quinta-feira num dos restaurantes do hotel onde está hospedado na Suíça, escutando aos trechos das gravações e as reações das ruas após a divulgação do conteúdo dos grampos da conversa entre a presidente Dilma e Lula. Ao lado de dois assessores, foi para o quarto perto da 1 da manhã. "Dormi pouco", disse na manhã seguinte.
Questionado se havia escutado às gravações das conversas de Lula, ele ironizou: "qual delas? Eu nem consegui ler os jornais. É muita coisa".
Os investigadores da força-tarefa da Lava Jato acreditam que um dos trechos da conversa entre a presidente e Lula evidencia que a petista nomeou o ex-presidente como ministro-chefe da Casa Civil numa tentativa de evitar que ele fosse investigado na primeira instância sob a responsabilidade do juiz federal Sérgio Moro, considerado mão pesada. Dilma rebateu, no entanto, a tese, afirmando que ela nem sequer havia assinado a nomeação no momento em que conversava ao telefone com ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.